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Alexandre de Moraes pede bloqueio de contas da Aprosoja por financiamento a atos

Ministro do STF foi alertado que entidade que representa produtores de soja estaria financiando atos bolsonaristas previstos para o 7 de setembro.

Alexandre de Moraes (STF) determinou ao Banco Central que bloqueie as contas bancárias da Aprosoja, Associação Nacional dos Produtores de Soja e também da Aprosoja-MT.

O ministro tomou a decisão após receber da PGR um ofício, assinado pela subprocuradora-geral, Lindôra Araújo direcionado a Moraes alertando que o presidente da Aprosoja e ex-presidente da Aprosoja-MT, Antonio Galvan, supostamente atuou nos atos bolsonaristas de 7 de setembro, mesmo estando na condição de investigado.

Os atos pró-Bolsonaro são marcados por pautas agressivas e violentas com ameaças de invasão ao STF e agressões aos ministros do Supremo.

Embora tenha sido alvo de mandado de busca e apreensão, segundo a PGR, Antonio Galvan continua liderando uma “suposta atuação mediata” através de ativos alocados para financiar investigados e atos antidemocráticos.

Trata-se de receitas advindas da Aprosoja e direcionadas a bolsonaristas que lideram organização dos protestos.

“É preciso obter maiores informações a propósito da movimentação financeira de ambas as associações, bem como de eventuais fundos em que detenham participação, na proporção respectiva, de forma a permitir a identificação de possíveis beneficiários, pessoas físicas ou jurídicas, de transferências suspeitas ou atípicas”, diz o texto.

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Planalto fez duas reuniões oficiais com organizadores do 7 de Setembro

Investigados por organizar manifestações antidemocráticas para o dia 7 de setembro, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro tiveram duas reuniões no Palácio do Planalto na semana anterior à operação da Polícia Federal que mirou, entre outros nomes, o cantor Sérgio Reis e o deputado Otoni de Paula (PSC-RJ).

As audiências ocorreram na Secretaria Especial de Articulação Social, que funciona no quarto andar do Planalto e é subordinada à Secretaria de Governo, hoje comandada pela ministra Flávia Arruda (PL-DF). Ambos os encontros estão registrados na agenda oficial da secretária de Articulação Social, Gabriele Araújo, nos dias 10 e 11 de agosto.

Responsável pelo caso, a PGR (Procuradoria-Geral da República) apura se o governo participou do planejamento dos atos, que vinham sendo convocados por meio de ataques a autoridades e incitações ao fechamento do STF (Supremo Tribunal Federal) e do Congresso, além de ameaças de paralisação do país com uma greve de caminhoneiros.

A primeira dessas reuniões, no dia 10, aparece na agenda de Araújo com a pauta “Movimento Brasil Verde e Amarelo”. Trata-se de um grupo formado por sindicatos e associações rurais que convocou, no final de maio, uma manifestação em apoio a Bolsonaro em Brasília. Entre as bandeiras do ato estava a proposta do voto impresso, rejeitada pela Câmara em agosto.

Na ocasião, a secretária recebeu Antonio Galvan, presidente da Aprosoja Brasil (Associação Brasileira dos Produtores de Soja) e um dos investigados no Supremo. No último dia 23, após ser alvo de buscas e apreensões, Galvan foi depor à PF em Sinop (MT) acompanhado de um grupo de ruralistas, que chegaram ao local em um comboio de tratores.

Galvan confirmou ao UOL que o tema do encontro foi o Movimento Brasil Verde e Amarelo, mas não explicou qual seria a participação do governo no assunto. “Fui fazer uma visita de cortesia lá para ela [a secretária Gabriele Araújo]. Que a gente já conhecia, [a gente] falou que ia passar uma hora para bater um papo com ela”, afirmou.

A agenda registra que o encontro também teve as presenças da advogada Paula Boaventura, esposa de Galvan, e de Fabrício Rosa, diretor-executivo da Aprosoja. Rosa afirmou que não participou da conversa e que a entidade ruralista não tinha relação com a pauta.

*Com informações do Uol

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Ato de Sérgio Reis racha agronegócio e ruralista diz que ‘quanto mais mexe, mais fede’

Cantor disse que produtores de soja financiariam protesto para invadir e ‘quebrar’ STF.

O presidente da Aprosoja Brasil (Associação Brasileira dos Produtores de Soja), Antonio Galvan, recebeu duras críticas por envolver a entidade na manifestação de 7 de setembro em apoio a Jair Bolsonaro.

Na semana passada, ele esteve em Brasília junto com o cantor Sérgio Reis. Depois do encontro, o artista afirmou em mensagem de áudio a um amigo que a ideia deles é parar o país junto com caminhoneiros para “ordenar” que o Senado avalie o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Caso não sejam obedecidos em 30 dias, disse o cantor, “nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra. Pronto. É assim que vai ser. E a coisa tá séria”.

Sérgio Reis revelou ainda na conversa que os produtores de soja estavam bancando todas as despesas dessas manifestações.

“O Galvan fala como se o setor inteiro do agronegócio e da soja assinasse embaixo de suas posições. E isso não é verdade”, diz Blairo Maggi, um dos maiores produtores de soja do mundo e filiado à Aprosoja.

Maggi diz ainda que Antonio Galvan pode ter posições pessoais de apoio a Bolsonaro e críticas ao STF. “Mas não pode usar a associação para isso”, segue. “Ele tem o direito de ir [à manifestação de 7 de setembro], mas não pode falar em nome da entidade. Para isso, precisaria submeter o assunto a uma assembleia e conseguir o apoio da maioria.”

Blairo Maggi revela que telefonou para Galvan para reclamar. “Eu disse a ele que bloquear estradas com caminhoneiros será uma tragédia para o próprio agronegócio. Uma semana de confusão botará o Brasil de joelhos. Todo o fluxo de insumos e mercadorias será interrompido. Como pode uma associação defender esse tipo de ruptura? É uma tragédia”, afirma. “A gente sabe como começa. E não sabe como termina.”

Questionado, Antonio Galvan afirmou à coluna: “Deixa quieto esse assunto. Merda, quanto mais mexe, mais fede”. E depois acrescentou: “Só tenho uma coisa a dizer. Nós pensamos no país. Alguns pensam no próprio bolso”.

Na segunda (16), a péssima repercussão da fala de Sérgio Reis levou Galvan a minimizar a postura do cantor. Ele disse em entrevista que o o artista tinha “tomado umas pingas” e por isso falou demais.

Já a mulher de Sérgio Reis afirmou que ele ficou deprimido e passando mal com a repercussão do assunto. Segundo Ângela Bavini, o marido foi “mal interpretado”.

*Mônica Bergamo/Folha

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