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Apoie o Antropofagista. Manter um blog sob as unhas das big-techs, é pedir para ser explorado ou fechar a birosca

A chamada “monetização” não tem graça.

Trata-se de uma gorjeta digital pela qual a vitória depende de tantos fatores e estratégias de marketing, que sai o triplo do preço da mixaria que se arrecada com a charada virtual que, na verdade, é uma nova forma de exploração.

O silêncio sobre isso berra!

Até porque é difícil explicar essa forma de exploração. Quem acredita na seriedade de uma big-tech, não tem a mínima noção do que os espertíssimos ricaços do mundo virtual são capazes de fazer.

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Mundo

Acredite, Zelensky pede apoio ao Brasil

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, apresentou seu “plano de paz” durante uma reunião com líderes europeus, rejeitando qualquer tipo de concessão à Rússia. Ele também solicitou o apoio do Brasil, que tem defendido consistentemente a inclusão de ambas as partes em qualquer processo de negociação para resolver o conflito.

Em postagem na plataforma X neste sábado (15), Zelensky pediu um contingente de soldados estrangeiros na Ucrânia como uma “garantia de segurança”, proposta que enfrenta resistência de muitos países aliados do regime de Kiev.

“O contingente deve ser estacionado em solo ucraniano. Esta é uma garantia de segurança para a Ucrânia e uma garantia de segurança para a Europa. Se Putin quer trazer algum contingente estrangeiro para o território da Rússia, isso é problema dele. Mas não é problema dele decidir nada sobre a segurança da Ucrânia e da Europa”, escreveu.

Ele também citou o Brasil e a China como países que podem contribuir para o seu plano e acusou a Rússia de violar um “acordo” que ainda não foi firmado, enquanto vê a situação no campo de batalha se deteriorar.

“Precisamos unir não apenas a Europa e o G7, mas também todos os outros países ao redor do mundo em prol da paz. Muitos de vocês têm conexões ao redor do globo – na América Latina, Ásia, África, região do Pacífico. Queremos acabar com esta guerra de uma forma justa e final. Mobilizamos a diplomacia ao máximo para conseguir isso. O mundo deve entender que a Rússia é o único obstáculo que impede a paz”, disse.

“Peço que você fale com todos – do Brasil à China, das nações africanas aos países asiáticos – sobre o fato de que a paz real é necessária. Paz através da força. Paz através de forçar a Rússia a tomar todas as medidas necessárias em prol da paz”, acrescentou.

Por fim, rejeitou qualquer concessão a Moscou. “A paz é possível. É possível quando todos nós trabalhamos juntos – pela paz, por garantias de segurança, para garantir que o agressor não ganhe nada com esta guerra”, disse.

Na terça-feira (11), uma reunião entre as delegações dos Estados Unidos e da Ucrânia ocorreu em Jeddah, na Arábia Saudita. O gabinete de Zelensky publicou um comunicado conjunto após as negociações, no qual Kiev se declarou pronta para aceitar a proposta dos EUA de um cessar-fogo de 30 dias com a Rússia, com possibilidade de extensão mediante acordo mútuo.

O documento também afirmou que os Estados Unidos retomariam imediatamente a ajuda à Ucrânia e suspenderiam a pausa no compartilhamento de inteligência.

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Política

Crescem assinaturas em apoio ao PL do Estupro na Câmara

Projeto de lei agora conta com 56 assinaturas de deputados, entre novos parlamentares, única mulher é Silvia Waiãpi (PL-AP).

esde que o PL do Estupro foi aprovado para tramitar em regime de urgência na Câmara dos Deputados, a lista de autores ganhou o apoio de outros 24 deputados. Com as novas assinaturas, o PL 1904/24 conta agora com 56 parlamentares.

Dos novos deputados que agora apoiam o projeto, a única mulher é Silvia Waiãpi (PL-AP), deputada federal que teve seu mandato cassado na última quarta-feira (19) por supostamente gastar verba eleitoral com procedimentos estéticos.

PL é o partido com mais autores do projeto; União Brasil e Republicanos vêm depois. São 36 parlamentares do Partido Liberal, cinco do União Brasil, quatro do Republicanos, três do MDB, três do PP, uma do PSDB, uma do Podemos, uma do PSD, uma do Avante e uma do PRD.

Manifestações contra PL do Estupro
A movimentação do PL do Estupro reacendeu discussões sobre o tema no país. Desde que foi votada a urgência no Câmara, ativistas feministas e pelos direitos humanos vem realizando manifestações nas principais cidades do país.

Enquanto o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran da Silva Gallo, reforçava o posicionamento contrário à assistolia fetal — procedimento abortivo usado após 22 semanas de gravidez –, instituições de direitos humanos como a Comissão Arns e jurídicas como uma comissão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) publicaram notas de repúdio a respeito do PL do Estupro.

Desistência evangélica
A única desistência após a repercussão foi a da deputada Renilce Nicodemos (MDB-PA), pertencente tanto a bancada evangélica quanto a base de apoio ao governo. Nicodemos pediu para ser retirada da lista após saber que a pena as mulheres vítimas de estupro podem chegar a ter uma pena maior que a de seus estupradores com o PL.

Apesar de contar com 56 autores, o PL é encabeçado pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). Cavalcante assume que o projeto pode passar por ajustes e que está aqui para “ser debatido”, segundo o ICL.

“O projeto está aí para ser debatido, para ser ajustado, para ser corrigido, se tiver alguma coisa para ser corrigido, no entendimento de 512 parlamentares”, afirmou o deputado sobre a possibilidade de adiamento de votação e a criação da comissão para debater o PL.

Veja lista atualizada
Sóstenes Cavalcante (PL/RJ)
Mauricio Marcon (PODE/RS)
Sargento Fahur (PSD/PR)
Sargento Gonçalves (PL/RN)
Cabo Gilberto Silva (PL/PB)
General Girão (PL/RN)
Zé Trovão (PL/SC)
Delegado Fabio Costa (PP/AL)
Coronel Assis (UNIÃO/MT)
Marcos Pollon (PL/MS)
Pastor Diniz (UNIÃO/RR)
Messias Donato (Republicanos/ES)
Delegado Paulo Bilynskyj (PL/SP)
Junio Amaral (PL/MG)
Frederico (PRD/MG)
Delegado Palumbo (MDB/SP)
Eduardo Bolsonaro (PL/SP)
André Fernandes (PL/CE)
Coronel Chrisóstomo (PL/RO)
Gustavo Gayer (PL/GO)
Julia Zanatta (PL/SC)
Cristiane Lopes (UNIÃO/RO)
Nikolas Ferreira (PL/MG)
Pezenti (MDB/SC)
Franciane Bayer (Republicanos/RS)
Simone Marquetto (MDB/SP)
Rodrigo Valadares (UNIÃO/SE)
Filipe Barros (PL/PR)
Bibo Nunes (PL/RS)
Mario Frias (PL/SP)
Silvia Waiãpi (PL/AP)
Fred Linhares (Republicanos/DF)
Capitão Alden (PL/BA)
Abilio Brunini (PL/MT)
Evair Vieira de Melo (PP/ES)
Delegado Ramagem (PL/RJ)
Marcelo Moraes (PL/RS)
Eros Biondini (PL/MG)
Delegado Caveira (PL/PA)
Greyce Elias (AVANTE/MG)
Dayany Bittencourt (UNIÃO/CE)
Gilvan da Federal (PL/ES)
Rodolfo Nogueira (PL/MS)
Bia Kicis (PL/DF)
Adilson Barroso (PL/SP)
Filipe Martins (PL/TO)
Coronel Fernanda (PL/MT)
Dr. Luiz Ovando (PP/MS)
Delegado Éder Mauro (PL/PA)
Carla Zambelli (PL/SP)
Pastor Eurico (PL/PE)
Paulo Freire Costa (PL/SP)
Lêda Borges (PSDB/GO)
Eli Borges (PL/TO)
Ely Santos (Republicanos/SP)
José Medeiros (PL/MT)

Ely Santos (Republicanos/SP)

José Medeiros (PL/MT)

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Mundo

Cuba manifesta apoio a processo que acusa Israel de genocídio contra palestinos

País socialista é o quinto latino-americano a se somar à iniciativa, junto com Brasil, Bolívia, Colômbia e Venezuela; processo na Corte de Haia é liderado pela África do Sul e também conta com o respaldo de todos os 22 membros da Liga Árabe.

O governo de Cuba anunciou nesta quinta-feira (11/01) que apoia a denúncia apresentada pela África do Sul à Corte Internacional de Justiça (CIJ), pela qual se acusa o Estado de Israel de cometer um genocídio contra a população palestina residente na Faixa de Gaza, através da ofensiva militar iniciada em 7 de outubro passado.

Em comunicado elaborado pelo Ministério de Relações Exteriores e difundido pelo chanceler Bruno Rodríguez Parrilla através de suas redes sociais, o país socialista manifestou sua “profunda preocupação com a contínua escalada de violência por parte de Israel nos territórios palestinianos ilegalmente ocupados, em flagrante violação da Carta das Nações Unidas e do Direito Internacional, incluindo numerosas resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU)”.

“O Ministério condena veementemente, mais uma vez, os assassinatos de civis, especialmente mulheres, crianças e trabalhadores humanitários do sistema das Nações Unidas, bem como os bombardeamentos indiscriminados contra a população civil palestiniana e a destruição de casas, hospitais e infraestruturas civis”, acrescentou a nota.

Em outro trecho do comunicado, Cuba ressalta que “Israel continua agindo com total impunidade porque tem a proteção cúmplice dos Estados Unidos, que obstrui e veta repetidamente a ação do Conselho de Segurança, minando a paz, a segurança e a estabilidade no Médio Oriente e a nível mundial”.

Este último comentário faz alusão às diferentes resoluções rechaçadas nos últimos meses pelo principal órgão da ONU, uma delas apresentada pelo Brasil em outubro.

Prensa Latina
Apoio de Cuba se soma ao de dezenas de outros países que entregaram seu respaldo à iniciativa da África do Sul na CIJ contra Israel
Todas essas iniciativas, incluindo a brasileira, tiveram maioria de mais de três quartos dos votos entre os 15 membros do Conselho de Segurança, mas foram descartadas devido ao fato de que os Estados Unidos são um dos cinco países com poder de veto dentro dessa instância.

“A República de Cuba é Estado Parte na Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio desde 1953 e, de acordo com os compromissos assumidos nesse âmbito, tem a obrigação de prevenir e punir o genocídio. Neste contexto, manifesta o seu apoio ao pedido da República da África do Sul para iniciar um processo contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça, em relação às violações por parte daquele país das suas obrigações ao abrigo da Convenção”, conclui o comunicado cubano.

Com essa declaração, Cuba se torna o quinto país da América Latina a expressar oficialmente seu apoio à ação sul-africana. Antes do país caribenho, também o fizeram nações como Brasil, Bolívia, Colômbia e Venezuela.

Dezenas de outras nações do mundo também respaldaram a ação movida por Pretória, incluindo todos os 22 dos membros da Liga Árabe (entre eles, a própria Palestina).

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Mundo

Editora do The New York Times abre mão do cargo em apoio ao povo palestino

Por Dan Sheehan

Lit Hub — Ontem à noite, no National Book Awards, mais de uma dúzia de finalistas da NBA subiram ao palco para aproveitar o seu momento de destaque para se oporem ao bombardeio em curso de Gaza e para apelarem a um cessar-fogo.

Então, esta manhã, foi divulgada a notícia de que a poetisa, ensaísta e editora de poesia ganhadora do Prêmio Pulitzer da New York Times Magazine, Anne Boyer, renunciou ao cargo, escrevendo em sua carta de demissão que “a guerra do Estado israelense apoiado pelos EUA contra o povo de Gaza não é uma guerra para ninguém” e que ela “não escreverá sobre poesia entre os tons ‘razoáveis’ daqueles que pretendem habituar-nos a este sofrimento irracional”.

Aqui está a extraordinária carta de demissão de Boyer — na qual ela aponta diretamente para a linguagem usada pelo seu (agora antigo) empregador na cobertura da guerra em Gaza — na íntegra:

Pedi demissão do cargo de editora de poesia da New York Times Magazine.

A guerra do Estado israelita apoiada pelos EUA contra o povo de Gaza não é uma guerra para ninguém. Não há segurança nele ou fora dele, nem para Israel, nem para os Estados Unidos ou a Europa, e especialmente não para os muitos povos judeus caluniados por aqueles que afirmam falsamente lutar em seus nomes. O seu único lucro é o lucro mortal dos interesses petrolíferos e dos fabricantes de armas.

O mundo, o futuro, os nossos corações – tudo fica menor e mais difícil com esta guerra. Não é apenas uma guerra de mísseis e invasões terrestres. É uma guerra contínua contra o povo da Palestina, pessoas que resistiram durante décadas de ocupação, deslocação forçada, privação, vigilância, cerco, prisão e tortura.

Como o nosso status quo é a autoexpressão, por vezes o modo mais eficaz de protesto para os artistas é recusar.

Não posso escrever sobre poesia no tom “razoável” daqueles que pretendem nos acostumar a esse sofrimento irracional. Chega de eufemismos macabros. Chega de paisagens infernais higienizadas verbalmente. Chega de mentiras belicistas.

Se esta demissão deixa nas notícias um buraco do tamanho da poesia, então essa é a verdadeira forma do presente.

—Anne Boyer

Esperemos que a coragem de Boyer inspire outros escritores da sua estatura a usarem as suas plataformas para se manifestarem contra esta guerra injusta.

https://twitter.com/suzi_nh/status/1726272802872070576

*O Cafezinho

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Política

‘Derrotar extrema-direita, que se articula em nível mundial, é tarefa essencial para a construção de um mundo de paz’, diz nota de partido governista

O Partido dos Trabalhadores (PT) oficializou, neste domingo (05/11), seu apoio ao candidato peronista Sergio Massa (União pela Pátria) nas eleições presidenciais da Argentina, cujo segundo turno ocorre no dia 19 deste mês, diz o 247.

“Derrotar a extrema-direita, que se articula em nível mundial, é tarefa essencial para a construção de um mundo de paz”, diz a nota divulgada destacando o candidato mais votado do ´primeiro turno com um “um perfil democrático e popular” e detentor de um “programa de governo de desenvolvimento e justiça social”.

Por sua vez, ao referir-se ao candidato Javier Milei (A Liberdade Avança), o PT classificou ao ultraliberal com um plano econômico “do salve-se quem puder”.

Assinado pela presidente do partido, Gleisi Hoffmann, o PT também lembra que o atual pleito marca “os 40 anos da retomada da democracia” na Argentina.

Leia a nota na íntegra:
No próximo dia 19 de novembro, o povo argentino voltará às urnas para decidir seu futuro, em eleições presidenciais que marcam também os 40 anos da retomada da democracia naquele país.

Justamente nesse contexto dois projetos de sociedade se enfrentam: um, representado pela candidatura presidencial de Sergio Massa, de perfil democrático e popular, com um programa de governo de desenvolvimento e justiça social; e outro, do candidato Javier Milei, representando a extrema-direita e o ultraneoliberalismo econômico do salve-se quem puder.

Nós, brasileiros e brasileiras, conhecemos bem essa segunda alternativa de extrema-direita, que também governou nosso país no período anterior. Conhecemos toda a dor e o sofrimento que o descaso com a vida do povo significou para nosso país.

Por isso, não temos dúvida em apoiar a candidatura de Sergio Massa, da coalizão União pela Pátria, no nosso país irmão. Defendemos a integração regional para trazer a justiça social, a paz, a democracia e um projeto de desenvolvimento que coloque nossa região de maneira soberana no concerto das nações, num mundo cada vez mais complexo em que todos os dias a democracia e a paz mundial estão em risco.

Derrotar a extrema-direita, que se articula em nível mundial, é tarefa essencial para a construção de um mundo de paz, cooperação e solidariedade.

Gleisi Hoffmann
Presidenta Nacional do Partido dos Trabalhadores

Romênio Pereira
Secretário de Relações Internacionais do PT

Brasília, 06 de novembro de 2023

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Mundo

Secretário-geral da ONU rebate acusações de apoio ao ataque do Hamas

Após criticar “ocupação sufocante” da Palestina, António Guterres disse que “condena de maneira inequívoca” os atos de terror do Hamas.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, rebateu nesta quarta-feira (25/10) críticas sobre partes de seu discurso de abertura do Conselho de Segurança, na terça (24/10). Na ocasião, Guterres criticou a ocupação da Palestina por Israel e afirmou que “os ataques do Hamas não aconteceram do nada”.

“É importante reconhecer que os atos do Hamas não aconteceram por acaso. O povo palestino foi submetido a 56 anos de uma ocupação sufocante. Eles viram suas terras serem brutalmente tomadas e varridas pela violência. A economia sofreu, as pessoas ficaram desabrigadas e suas casas foram demolidas”, afirmou Guterres durante o discurso de terça, segundo o Metrópoles.

Porém, o secretário havia complementado dizendo que “o sofrimento do povo palestino não poderia justificar os ataques do Hamas”. Mesmo assim, as autoridades israelenses condenaram os comentários, acusando Guterres de apoio ao grupo extremista islâmico.

No mesmo dia, o enviado de Israel à ONU, Gilad Erdan, pediu a demissão do secretário-geral, alegando que o secretário endossou os ataques do Hamas, e que Israel deveria repensar suas relações com a organização mundial. Além disso, o ministro das Relações Exteriores israelense, Eli Cohen, desmarcou uma reunião agendada com Guterres.

Em resposta, nesta quarta-feira, o secretário fez uma coletiva de imprensa para rebater as acusações e destacou estar chocado com as interpretações erradas ao seu discurso. Disse ainda que “condena de maneira inequívoca” os atos de terror praticados pelo Hamas no dia 7 de outubro.

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Mundo

Fotos e vídeo: Milhares de pessoas saem às ruas no Reino Unido em apoio ao povo palestino

Protestos em apoio aos palestinos estão ocorrendo neste sábado (14/10) em todo o Reino Unido, inclusive nas maiores cidades do país, como Londres e Manchester. Em Londres, milhares de pessoas reuniram-se em frente à sede da BBC e mais de 1.000 agentes policiais foram mobilizados (veja vídeo no final da reportagem).

A polícia alertou que qualquer pessoa que demonstre apoio ao Hamas, uma organização considerada “terrorista” pelo governo britânico, ou que se desvie da rota, poderá ser presa.

A manifestação acontece uma semana depois que o Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel.

Os combatentes do grupo militante palestino entraram em comunidades próximas à Faixa de Gaza, matando pelo menos 1.300 pessoas e fazendo vários reféns.

Mais de 2.200 pessoas foram mortas em Gaza desde que Israel lançou ataques aéreos retaliatórios. Uma ofensiva terrestre de Israel contra o território é esperada a qualquer momento.

Em Londres, no protesto organizado pela Campanha de Solidariedade à Palestina, manifestantes seguravam bandeiras palestinas e cartazes de apoio e cantavam enquanto caminhavam até Downing Street, sede do governo britânico e residência oficial do primeiro-ministro do país, Rishi Sunak.

Um manifestante, Mike, do noroeste de Londres, disse à agência de notícias AP: “A injustiça da situação é totalmente notável”.

A Polícia Metropolitana disse que certas áreas do centro de Londres estavam cobertas por uma determinação da Seção 60AA, que exige que uma pessoa remova itens como máscaras que possam ser usadas para ocultar sua identidade, até as 22h (18h de Brasília).

Os protestos estão ocorrendo em várias cidades do Reino Unido, incluindo Liverpool, Bristol, Cambridge, Norwich, Coventry, Edimburgo e Swansea.

O protesto em Londres começou na sede da BBC em Portland Place, que foi vandalizada durante a noite com tinta vermelha espalhada na entrada do edifício.

Um porta-voz da Polícia Metropolitana disse: “Estamos cientes de danos criminais a um edifício em Portland Place, W1A”.

“Neste momento não há nenhuma sugestão de que isto esteja ligado a qualquer grupo de protesto.”

Na sexta-feira, o vice-comissário assistente da Polícia Met, Laurence Taylor, disse em uma entrevista a jornalistas que houve um “aumento maciço” de incidentes antissemitas em Londres desde os ataques do Hamas.

O primeiro-ministro Rishi Sunak descreveu o aumento de “nojento” e disse que o comportamento intimidador ou ameaçador seria “enfrentado com toda a força da lei”.

Ele disse que Israel tem “todo o direito de se defender” dos ataques do Hamas, mas destacou que a segurança civil deve ser “fundamental nas nossas mentes”.

Orly Goldschmidt, porta-voz da Embaixada de Israel no Reino Unido, disse que Israel não tem como alvo civis. Em entrevista à Times Radio, falou: “Haverá pessoas inocentes que pagarão tragicamente com a vida, mas este é um estado de guerra e temos que impedir que qualquer um de nos prejudicar novamente.”

“Não temos qualquer desavença com o povo palestino. Estamos tentando nos proteger da organização bárbara Hamas, que é exatamente, se não pior, do que o ISIS (grupo autodenominado Estado Islâmico).”

Protestos pró-Palestina também foram realizados nos últimos dias em diferentes cidades do mundo.

Em Paris, a polícia usou gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar uma manifestação de apoio ao palestinos, após o governo francês ter proibido qualquer protesto do tipo.

Apesar da proibição, milhares de manifestantes reuniram-se em Paris, Lille, Bordéus e outras cidades na quinta-feira (12/10).

O presidente francês, Emmanuel Macron, apelou às pessoas para não fomentarem divisões internas.

“O escudo da unidade nos protegerá do ódio e dos excessos”, disse ele num discurso em vídeo.

A proibição de comícios pró-Palestina ocorre num momento em que os governos europeus temem um aumento do antissemitismo desencadeado pela guerra entre Israel e o Hamas.

A França tem uma comunidade judaica de quase 500 mil pessoas, a maior da Europa. A comunidade muçulmana de França também está entre as maiores da Europa — cerca de 5 milhões.

Já o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, declarou “tolerância zero” ao antissemitismo.

Ele disse ao parlamento que o grupo pró-palestiniano Samidoun, que foi fotografado distribuindo doces na área de Neukölln, em Berlim, para comemorar o ataque do Hamas, seria banido. “Não toleramos o antissemitismo”, acrescentou.

Sholz disse aos deputados no Bundestag (Parlamento alemão) que a segurança de Israel era uma política de Estado alemã.

Segundo as autoridades alemãs, em várias cidades do país, incluindo Mainz, Braunschweig e Heilbronn, bandeiras de Israel hasteadas em solidariedade com o país foram derrubadas e destruídas, por vezes em apenas algumas horas.

Veja abaixo um vídeo com os protestos pró-Palestina em Londres.

https://twitter.com/i/status/1713175857529839802

*Com BBC

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Política

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Pesquisa

Na contramão de Lira: Presidencialismo tem apoio de 74% dos brasileiros, diz pesquisa

Os poderes e as atribuições da Presidência da República têm, hoje, o suporte de 74% dos brasileiros que, de acordo com pesquisa inédita Genial/Quaest, desejam a manutenção do presidencialismo no país. O apoio ao atual sistema de governo é superior aos 12% da população que, também segundo o levantamento, acredita que deveria existir uma transição para o parlamentarismo. Há ainda uma parcela de 14% sem opinião formada sobre o tema, diz Lauro Jardim, O Globo.

O resultado contrapõe movimentos recentes de Arthur Lira que defende uma mudança para o semipresidencialismo, com o objetivo de “diminuir a instabilidade crônica que o Brasil vive há muito tempo” (a declaração é de março passado). O modelo teria um primeiro-ministro como chefe de governo, diminuiria a autonomia do presidente e reforçaria o protagonismo crescente do Congresso (uma ascensão, aliás, patrocinada pelo próprio Lira).

Lira, ao reiterar a ideia, há três meses, destacou que, se aprovada no Congresso, ela poderia valer a partir de 2034 — ou seja, sem impacto para Lula e uma eventual reeleição.

Entre os eleitores do presidente no segundo turno do ano passado, de acordo com a Genial/Quaest, o apoio ao presidencialismo é de 78%, ante 8% ao parlamentarismo (14% não souberam responder).

Já entre os apoiadores de Jair Bolsonaro no último pleito, 73% preferem a lógica presidencial, enquanto 16% optam pela parlamentar (e 11% deixaram de opinar).

Dos entrevistados que afirmaram ter votado nulo ou em branco na disputa entre os dois candidatos, 71% preferem o presidencialismo, 11% o parlamentarismo e 18% não responderam.

A pesquisa foi feita entre 15 e 18 de junho e ouviu 2.029 brasileiros acima dos 16 anos. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

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