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Vídeo: Eduardo Bolsonaro desvirtua Muro das Lamentações e deixa bilhete inusitado

Filho do ex-presidente condenado foi a Jerusalém e usou o local sagrado para os judeus como “quadro de avisos”

Em mais um episódio que mistura performance política e constrangimento internacional, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está em Israel, decidiu transformar o Muro das Lamentações, em Jerusalém, um dos locais mais sagrados do judaísmo, em palco para um pedido pessoal: “Solta o Bolsonaro”.

O bilhete, deixado nas fendas do muro nesta quinta-feira (4) e exibido em vídeo, virou motivo de críticas por reduzir um espaço de oração e memória histórica a um post-it político.

O Muro das Lamentações — último vestígio do Segundo Templo e destino de peregrinação de judeus de todo o mundo — é tradicionalmente usado por fiéis para deixar orações, pedidos de saúde, paz e proteção. A escolha de Eduardo de utilizá-lo como instrumento de pressão pela libertação de Jair Bolsonaro foi vista como desrespeitosa e, para muitos, caricata, especialmente pela total desconexão entre o simbolismo do local e a agenda familiar do deputado.

O gesto surge após quase um ano em que Eduardo Bolsonaro passou a viver nos Estados Unidos, em um lobby junto a integrantes do governo de Donald Trump que visa coagir o judiciário e governo brasileiro para livrar seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, da prisão. De acordo com a Forum, a ofensiva, no entanto, não produziu qualquer resultado concreto: Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, já começou a cumprir pena em regime fechado e os governos do EUA e Brasil já iniciaram uma reaproximação.

Eduardo e criminoso de guerra
O ainda deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) segue colecionando vexames pelo mundo. Em visita a Israel, o filho do ex-presidente condenado se reuniu com Yuval Vagdani, soldado que fugiu do Brasil, em janeiro de 2025, após a Justiça Federal determinar investigação da Polícia Federal (PF) contra ele por crimes de guerra cometidos contra palestinos em Gaza.

Segundo publicação do militar das Forças de Defesa de Israel (FDI), os dois conversaram, trocaram presentes e discutiram sobre o povo israelense.

No início do ano, documentos apresentados pela Fundação Hind Rajab (HRF) incluíram vídeos, dados de geolocalização e mensagens postadas pelo soldado nas redes sociais. Em uma delas, Vagdani teria escrito: “Que possamos continuar destruindo e esmagando este lugar imundo sem pausa, até os seus alicerces”.

Em nota, à época, o governo israelense criticou a ação judicial brasileira, acusando a HRF de explorar “de forma cínica os sistemas legais para fomentar uma narrativa anti-Israel”. A entidade atua denunciando crimes contra a humanidade, crimes de guerra e violações de direitos humanos praticados na Palestina.

Entre as acusações, o militar das FDI foi apontado como tendo participado da demolição de um quarteirão residencial em Gaza, que servia como abrigo para palestinos deslocados durante o genocídio provocado por Israel. O caso configuraria crime de guerra.

A solicitação para que Vagdani fosse investigado quando ele estava no Brasil se baseou no Estatuto de Roma, do qual o Brasil é signatário, e que criou o Tribunal Pena Internacional (TPI).

Porém, com ajuda da embaixada israelense no Brasil e do Mossad, o serviço secreto de Israel, o soldado fugiu do Brasil antes que qualquer providência fosse tomada pela PF. Ele estava na Bahia, de férias, e viajou rapidamente para a Argentina, onde foi recebido pela representação diplomática de seu país e enviado para Israel.


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Política

Em confronto com Gilmar Mendes, Senado prepara nova lei sobre impeachment de ministro do STF

Proposta apresentada por comissão de juristas está parada desde 2023 por causa de pontos polêmicos

O Senado prepara uma nova lei sobre crime de responsabilidade de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e outras autoridades — como o presidente da República — para rebater a decisão de Gilmar Mendes que blindou os ministros contra processos de impeachment, ao elevar o quórum para afastá-los e tornar uma prerrogativa exclusiva do procurador-geral da República (PGR) a apresentação de pedidos contra eles.

Esse projeto foi apresentado em 2023 pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), após uma minuta ser formulada por equipe liderada pelo então ministro do STF e hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. A proposta foi debatida ao longo daquele ano, mas desde agosto de 2023 está parada.

De acordo com integrantes da cúpula do Senado, a estratégia do presidente Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) é colocar este projeto em votação ainda antes do recesso parlamentar. Ele conversou com o senador Weverton Rocha (PDT-MA), relator da proposta, para que o parecer seja apresentado em breve.

O projeto ficou parado por causa de pontos polêmicos, como impor um prazo para que o presidente da Câmara dos Deputados decida se aceita a denúncia por crime de responsabilidade contra o presidente da República. Atualmente, ele pode ficar com o processo na gaveta, sem arquivar ou aceitar a representação.

Além disso, o texto amplia o rol de autoridades sujeitas a serem processadas por crime de responsabilidade, incluindo juízes, desembargadores e integrantes do Ministério Público. Outro ponto polêmico é conferir a partidos políticos, sindicatos e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a possibilidade de apresentar denúncias contra autoridades.

Senadores dizem que a expectativa é de que o texto seja debatido na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) na próxima semana. A Folha não conseguiu contato com Rocha. A ideia é que a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) apresentada pela oposição para permitir que qualquer cidadão possa solicitar o impeachment dos ministros não seja debatida, já que o plano é atualizar a lei de 1950.

Outras propostas que a oposição tenta retomar são as PECs para limitar as decisões monocráticas (individuais) no STF e para permitir que o Congresso suspenda julgamentos da corte. Porém, parte da Câmara afirma que o ideal é avançar com o projeto de lei que regulamenta este tipo de decisão dos ministros e restringe os partidos com acesso ao Supremo, aprovado esta semana pela Casa.

Gilmar Mendes age na contramão da democracia, afirma deputado | Partido dos  Trabalhadores

A reação do Congresso ocorreu após Gilmar declarar parte da Lei do Impeachment inconstitucional. Ele proibiu que cidadãos comuns peçam ao Senado o impeachment dos ministros e disse que isso é uma competência exclusiva do procurador-geral da República.

Além disso, ele aumentou o quórum para aprovar o impeachment. Pela lei, é necessário o apoio da maioria simples dos votantes. Gilmar igualou ao afastamento do presidente da República, que exige o voto favorável de dois terços do Senado — 54 dos 81 senadores.

Nesta quinta, Gilmar defendeu sua decisão em evento em Brasília. “As pessoas dizem: mas por que liminar? Estou lhes dando as razões. Com tantos pedidos de impeachment, com as pessoas anunciando que farão campanhas eleitorais para obter maioria no Senado para fazer o impeachment”, afirmou.

O ministro Flávio Dino o apoiou e disse que nunca houve tantos pedidos de impeachment. “Espero que esse julgamento sirva como estímulo ao Congresso Nacional para legislar sobre o assunto”, disse. “Basta lembrar que o campeão é apenas um ministro: Alexandre de Moraes. Então, ou se cuida de um serial killer ou se cuida de alguém que está sendo vítima de uma espécie de perseguição, de uma chantagem”.

As falas foram criticadas por congressistas. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), foi um dos poucos no Congresso a defender a decisão. Para ele, o impeachment dos ministros “não pode ser convertido em instrumento de intimidação, retaliação ou coerção política contra o Poder Judiciário” e há um plano da direita para intimidar o Supremo, ao formar maioria no Senado.

Uma ala majoritária do governo avalia que o debate sobre impeachment de ministros tira a sucessão no STF do foco e permitirá ao Palácio do Planalto realinhar sua relação com o Senado. Há, inclusive, quem defenda um gesto de solidariedade de Lula a Alcolumbre para desobstruir os canais de comunicação, interrompidos após o petista indicar Jorge Messias para a vaga no Supremo, preterindo Pacheco.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, viajará com Alcolumbre para o Amapá nesta sexta (5), para anúncio de programas federais. Aliados de Lula afirmam que a conversa com o presidente do Senado pode ocorrer já na próxima semana, antes do recesso, embora a votação para o novo ministro do STF deva ficar para 2026.

No entanto, a crítica do petista às emendas parlamentares em evento com empresários e integrantes da sociedade civil nesta quinta (4) aumentou a tensão entre os dois Poderes.

“Não concordo com as emendas impositivas. Eu acho que o fato de o Congresso Nacional sequestrar 50% do Orçamento da União é um grave erro histórico. Mas você só vai acabar com isso quando mudar as pessoas que governam e que aprovam isso”, declarou o petista, durante a sexta reunião do “Conselhão”.

A fala incomodou deputados e senadores da base aliada que estavam no plenário da Câmara dos Deputados para uma sessão do Congresso. Um deputado ligou para o secretário especial de Assuntos Parlamentares da SRI (Secretaria de Relações Institucionais), André Ceciliano, e repassou o telefone para o presidente do Senado.

Segundo parlamentares, Alcolumbre questionou, em frente aos demais, “que sequestro” seria este, já que estava trabalhando para aprovar a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) como queria o governo e ainda atuando para ajudar os Correios, com uma mudança na meta fiscal que permite que o Executivo não tenha que cortar despesas para compensar o prejuízo maior que a estatal deve registrar em 2026.

*Por Raphael Di Cunto, Caio Spechoto, Catia Seabra e Carolina Linhares/ICL


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Brasil Mundo

Lula recebe alerta da Abin e da PF sobre movimentos de Trump; entenda

O relatório “Desafios de Inteligência – Edição 2026”, produzido pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência), alerta que o avanço do crime organizado transnacional, combinado as fragilidades institucionais e interferência externa, ameaça a autonomia política da América Latina. O documento afirma que essas vulnerabilidades podem ser usadas como justificativa para intervenções sob o argumento de combater o “narcoterrorismo”.

A agência aponta que sua função é assessorar o presidente com informações estratégicas em áreas como fronteiras, terrorismo e narcotráfico. “A região enfrenta pressões por alinhamentos e está exposta à interferência de potências estrangeiras, que exploram fragilidades internas — como dissidências políticas e o avanço do crime organizado — sob pretextos securitários (como o ‘narcoterrorismo’) para minar a soberania e a autodeterminação política”.

Segundo a coluna de Paulo Cappelli no Metrópoles, embora o texto não cite Venezuela ou Estados Unidos, a Abin manifestou ao Planalto preocupação com movimentos de Washington. A Polícia Federal compartilhou avaliação semelhante com o presidente Lula.

Para integrantes da cúpula da PF, há supostos interesses financeiros dos EUA por trás de ofensivas militares recentes na região. A Abin relaciona esse cenário a episódios em que tensões internas se sobrepõem a disputas por recursos estratégicos e ao aumento de pressões políticas, econômicas e militares de potências estrangeiras sobre governos que buscam autonomia.

Nos últimos meses, os EUA realizaram bombardeios no Caribe contra embarcações atribuídas ao narcotráfico e elevaram o tom contra a Venezuela. O presidente Donald Trump afirmou que ataques terrestres podem ocorrer “muito em breve”, citando críticas ao regime de Nicolás Maduro e ao que chama de “narcoterrorismo”.

A Abin acredita que maior integração regional ajudaria a reduzir vulnerabilidades e equilibrar forças diante de potências externas.

O relatório alerta ainda para o risco de militarização indireta da Amazônia. De acordo com o DCM, a agência aponta que argumentos ambientais podem ser usados como pretexto para intervenções, sobretudo em áreas sensíveis e ricas em recursos naturais. Esse movimento, segundo o documento, amplia preocupações sobre soberania territorial.


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Política

O bolsonarismo está em acelerada decomposição

Não há qualquer surpresa na decomposição instantânea do bolsonarismo que aconteceu em três parcelas: em 2022, quando Bolsonaro perdeu a eleição para Lula, quando foi condenado a 27 anos de prisão e, agora, que ficará definitivamente em regime fechado.

Lógico, tudo isso era previsto pelo próprio clã, que caiu em desgraça, junto com o próprio líder da falange.

Na verdade, o bolsonarismo nunca foi ideológico, sempre teve um discurso reacionário para justificar a criação de uma federação de oportunistas da pior espécie. É o inferno do inferno, é o poço além do fundo, é a total falta de um cisco de caráter, de verdade, de projeto político, que fará projeto para o país.

Não sobrará poeira do bolsonarismo que foi mantido com muita grana e muitos interesses quando Bolsonaro se tornou presidente. Não tendo mais vantagens a oferecer aos correligionários do submundo do crime, que se encontram órfãos e, juntos, transformaram-se em presas fáceis para a Polícia Federal, Receita e Ministério Público que, quase todos os dias, é anunciada a prisão de algum bolsonarista por um naco de alguma forma de crime organizado, que chegou chegando ao poder sob a bênção de Bolsonaro.

Em 2026, quase não haverá vestígio de bolsonarismo nas eleições de outubro. Aliás, assim como Tarcísio, os atuais bolsonaristas, que ainda sobrevivem da rapa do tacho, farão declarações públicas negando qualquer relação com o condenado, digo, aqueles que ainda não estiverem presos, porque crime, com certeza, cometeram muitos.

E não se elegendo, perderão a imunidade e terão que se ajoelhar no milho na sala da justiça.

A realidade é que, essa Michelle esfuziante, pelo desprezo que trata a prisão de Bolsonaro, é emblemática, porque tal desprezo já está sendo condição sine qua non para quem está tentando correr do buraco que Bolsonaro está enfiado.


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Política

Claudio Castro entra na mira da Polícia Federal

As relações incestuosas entre o fornecedor de armas para o Comando Vermelho e o PL, partido de Bolsonaro, e a facção criminosa, parece que tem conexões não em um único lugar como a Alerj, tudo indica que há uma ligação de Claudio Castro na proteção ao Comando Vermelho.

Para os investigadores da Polícia Federal, ato do governador do RJ teria ajudado a manter elos de políticos com a facção.

Segundo o Estadão, que procurou o governo do RJ e a Alerj, o jornal aguarda retorno.

O que realmente está na mira da PF, e é considerada a primeira digital do chefe do estado fluminense, é o despacho do governador Claudio Castro sobre os tentáculos do Comando Vermelho dentro do Palácio Guanabara.

O ato, assinado por Castro, de estalão, obrigou a publicação de uma edição extraordinária do Diário Oficial do estado em 3 de setembro deste ano, na tarde do dia em que o ex-deputado TH Joias, Thiego Raimundo dos Santos Silva havia sido preso pela PF por lavagem de dinheiro, compra de armas e drones e relações pessoais suspeitas com o cefe da facção.

Nesse mesmo per[iodo, Claudio Castro exonerou às pressas o então secretário estadual de Esporte e Lazer, Rafael Picciani.

Com a prisão do suplente na manhã de 3 de setembro, Rafael Picciani formalizou o pedido pela sua exoneração da secretaria, tendo sido acolhido pelo governador Claudio Castro exatamente para garantir o afastamento imediato de TH Joias.

A manobra, segundo fontes ouvidas pelo Estadão, tinha como objetivo forçar a saída do cargo de TH Joias, evitando assim que a Alerj fosse obrigada a votar a manutenção ou relqaxamento da prisão, como mandam as regras do estado.

No dia de toda a movimentação, Castro foi às redes sociais falar sobre a manobra, hoje, vista como suspeita pela Polícia Federal. Disse ele:

“Por minha determinação, o deputado estadual, Rafael Picciani está retornan do ao seu mandato na Assembleia Legislativa, ele substitui o deputado estadual TH Joias, preso hoje em ação conjunta das Polícias, Civil, Federal e Ministério Público.”

Detalhe, o governador Claudio Castro aparece ao lado de TH Joias em fotos pela internet.

Moraes, que determinou a prisão de Rodrigo Bacellar, presidente da Alerj, nesta terça (3), dá a entender que todo o trâmite endossado e assinado por Castro, tenha relação com a necessidedade degarantir votos para 2026.

Por fim, Moraes determinou ao governo do Rio o fornecimento de todas as informações de acesso aos sistemas oline oficiais que tramitaram documentos referentes à exoneração de Picciani do cargo de secretário de estado, com horário, usuário responsável, logins de acesso e demais formas de acessos disponíveis.

Moraes mandou ainda que a imprensa oficial do estaqdo forneça dados e horários referentes ao pedido para a criação da edição extraordinária do dia 3 de setembro.


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Moraes nega pedido de Carlos para visitar Bolsonaro

Ministro mantém regras da PF e impede encontro no aniversário do vereador

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu negar o pedido apresentado por Carlos Bolsonaro para visitar o pai, Jair Bolsonaro, atualmente detido na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília. De acordo com Otávio Rosso, 247, o vereador havia solicitado um encontro excepcional com Bolsonaro no próximo domingo (7), data em que completa aniversário.

A defesa argumentou que Carlos não conseguiria comparecer na visita previamente autorizada para terça-feira (2), devido a uma viagem. Por isso, requereu que o encontro fosse transferido para 7 de dezembro, quando o parlamentar celebraria mais um ano de vida.

O pedido afirmava que a mudança teria caráter humanitário, destacando: “Relator, requer-se apenas a alteração da data para dia 07 de dezembro de 2025 (domingo), coincidindo com o aniversário do filho, o que reforça o caráter humanitário e a pertinência da adequação ora pleiteada”.

Regras da PF impedem exceção
Moraes, entretanto, manteve o calendário regular previsto pela Portaria 1.104/2024 da Superintendência da PF no Distrito Federal. O ministro frisou que as normas devem ser integralmente seguidas no cumprimento da pena do ex-presidente, mantido em sala de Estado-Maior.

Em sua decisão, Moraes registrou: “Ressalto, ainda, que o cumprimento da pena privativa de liberdade de Jair Messias Bolsonaro, em sala de Estado Maior nas dependências da Superintendência da Polícia Federal, deve seguir as regras previamente estabelecidas de visitação”.

A regulamentação prevê que familiares só podem visitar Jair Bolsonaro às terças e quintas-feiras, das 9h às 11h, por trinta minutos, com limite de duas pessoas por dia — e sempre de forma individualizada.

Visita anterior já havia sido autorizada
No início da semana, Moraes permitiu que Carlos e Flávio Bolsonaro visitassem o pai na terça-feira (2). A defesa, porém, explicou que Carlos estaria impossibilitado de comparecer e insistiu na remarcação para um domingo, o que contraria expressamente o protocolo da PF.

O episódio ocorre em meio a outros desdobramentos envolvendo Carlos Bolsonaro, que é investigado por suposto envolvimento com uma estrutura de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do pai — caso que motivou diligências da PF em janeiro de 2023.


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Política

Novas revelações sobre a parceria do governo dos EUA com a Lava Jato

Por Natalia Viana, Alice Maciel, Amanda Audi

Agência Pública

Uma reunião realizada entre membros da Força-Tarefa Lava Jato e membros do governo americano no MPF RJ em janeiro de 2016 passou despercebida da opinião pública – até agora.

Segundo um documento confidencial obtido pela Agência Pública, a reunião que durou dois dias (28 e 29 de janeiro) reuniu altos membros do MPF e executivos da SEC, a comissão de valores mobiliários do governo americano, que discutiram pormenores do acordo para dividir a verba da multa da Petrobras, incluindo “quais seriam os destinos aceitáveis” e como os brasileiros poderiam usá-lo, mais uma indicação que a criação da Fundação da Lava Jato fez parte das tratativas com os norte-americanos.

O documento em questão estava entre os arquivos reunidos no celular de Deltan Dallagnol que foram obtidos pela Polícia Federal na Operação Spoofing. Ele faz parte de novos documentos obtidos pelas repórteres da Pública durante a apuração para a audiossérie Confidencial – As Digitais do FBI na Lava Jato, lançada em parceria com a Audible em setembro (clique aqui para ouvir a audiossérie na Plataforma).

Durante a reunião, os procuradores americanos também ficaram sabendo de outras apurações que envolviam funcionários americanos de empresas investigadas pelo MPF. Entre elas, funcionários da petroquímica Braskem, das empresas de serviços de perfuração em alto-mar Ensco/Pride e Vintage Drilling, e da empresa de venda de asfalto Sargeant Marine.

Uma reunião realizada entre membros da Força-Tarefa Lava Jato e membros do governo americano no MPF RJ em janeiro de 2016 passou despercebida da opinião pública – até agora.

Segundo um documento confidencial obtido pela Agência Pública, a reunião que durou dois dias (28 e 29 de janeiro) reuniu altos membros do MPF e executivos da SEC, a comissão de valores mobiliários do governo americano, que discutiram pormenores do acordo para dividir a verba da multa da Petrobras, incluindo “quais seriam os destinos aceitáveis” e como os brasileiros poderiam usá-lo, mais uma indicação que a criação da Fundação da Lava Jato fez parte das tratativas com os norte-americanos.

O documento em questão estava entre os arquivos reunidos no celular de Deltan Dallagnol que foram obtidos pela Polícia Federal na Operação Spoofing. Ele faz parte de novos documentos obtidos pelas repórteres da Pública durante a apuração para a audiossérie Confidencial – As Digitais do FBI na Lava Jato, lançada em parceria com a Audible em setembro (clique aqui para ouvir a audiossérie na Plataforma).

Durante a reunião, os procuradores americanos também ficaram sabendo de outras apurações que envolviam funcionários americanos de empresas investigadas pelo MPF. Entre elas, funcionários da petroquímica Braskem, das empresas de serviços de perfuração em alto-mar Ensco/Pride e Vintage Drilling, e da empresa de venda de asfalto Sargeant Marine.

“Eu me lembro de que foi uma época muito interessante para estar no Brasil, uma época muito intensa”, disse. “Me lembro de ser um momento muito sério para estar no Brasil e tentei ser respeitoso quanto a isso”.

“Quanto à investigação da Petrobras, e falando apenas do ponto de vista da SEC e do que está disponível no registro público, não foi um caso típico do FCPA”, disse ele, referindo-se à lei Foreing Corrupt Practices Act, que permite ao governo dos EUA investigar casos de corrupção internaciona. “Porque não se tratava de alguém subornando um funcionário para conseguir um contrato ou acesso a algo. Era um esquema de apadrinhamento político, onde os benefícios para a Petrobras como empresa eram muito menos claros”

Para ele, entretanto, não havia interesse estratégico do governo norte-americano na parceria com a Lava Jato. Ele diz que a corrupção na petroleira brasileira “se tornou problema dos Estados Unidos quando a Petrobras veio e vendeu 10 bilhões de dólares em valores mobiliários”. A SEC monitora todas as empresas que vendem ações na bolsa de Nova York e fez parte, junto com o Departamento de Justiça, das investigações contra a Petrobras que renderam uma multa milionária ao governo dos EUA – 853 milhões de dólares, a maior já obtida até então com um acordo de leniência por corrupção internacional.

Essa foi a terceira reunião entre os membros da Força-Tarefa e o governo norte-americano registrada pelos documentos vazados. A primeira ocorreu entre 6 e 9 de outubro de 2015 e foi feita de maneira ilegal, por não ter sido avisada e nem aprovada pelo Ministério da Justiça. A revelação foi feita pela Agência Pública em parceria com o The Intercept Brasil.

Mas aquela primeira visita pode ter sido mais importante para o governo americano do que se sabia antes. Segundo outro documento obtido pela reportagem para a audiossérie, vieram para o Brasil mais representantes do governo americano naquela mesma época.

A revelação consta de uma lista de vistos concedidos a representantes do governo americano para o Brasil nos anos de 2015 e 2016. A lista foi enviada pela Secretaria de Estado das Relações Exteriores do Itamaraty ao Deputado Federal Ivan Valente após um pedido de esclarecimentos.

Agentes do FBI
A lista revela que dois agentes do FBI, Michele Marie Tucker e Michael Roderick, vieram ao Brasil de 14 a 18 de setembro de 2015, aos cuidados do adido legal Steven L Moore, que esteve envolvido nas investigações da Lava-Jato e esteve na visita à sede do MPF em Curitiba.

Outros agentes do FBI que obtiveram visto para ir à Curitiba entre 3 e 10 de outubro foram Mark Schweers e Jeff Pfeiffer. Mas, na mesma semana, os advogados da SEC Spencer Evan Bendell  e Lance Jasper, também vieram ao Brasil para participar da visita à Curitiba, e não estavam na lista oficial entregue por Deltan Dallagnol à PGR.

Além deles, outros nomes chamam a atenção: os agentes do FBI Deborah Ann Washignton e Christopher Joseph Sedmak vieram aos Brasil entre setembro e outubro de 2015 para prestar assistência ao adido Steve Moore.

O documento revela ainda que a agente Leslie Backshies, agente filha de brasileiros e que chegou a comandar o esquadrão de corrupção internacional do FBI, veio mais vezes ao Brasil do que se sabia. Há um registro de entrada entre 14 e 18 de julho de 2017. A visita chama a atenção porque ocorreram pouco antes a assinatura do acordo do governo americano com a Petrobrás, em setembro de 2017.

Leslie era uma das principais investigadoras envolvidas nos casos de corrupção envolvendo a Petrobras e Odebrecht, e foi descrita pelo seu chefe do FBI como tendo feito “um trabalho tremendo” e “crítico para o FBI” durante a parceria com o MPF de Curitiba. Sua trajetória foi retratada em uma reportagem da Pública em 2020.

Outros funcionários do governo americano estiveram por aqui naquela mesma época.

Entre os dias entre 12 e 16 de agosto de 2017, o procurador do Departamento de Justiça dos EUA, Mark Edward Bini, esteve em SP, aos cuidados de Deltan Dallagnol.

Thimothy S Pack, descrito como um “funcionário do FBI” vem “para prestar assistência administrativa” a Steve L Moore” de 10 a 27 de setembro de 2015.

O documento do Itamaraty também traz nomes de agentes secretos, militares e agentes da DEA que vieram ao Brasil no mesmo período – e que não têm relação com a investigação da Lava Jato. Abaixo, publicamos o documento na íntegra.

“Hawala Dealers”
A relação com os americanos mais além da parceria é demonstrada por outro documento vazado, uma apresentação em PowerPoint feito por Deltan Dallagnol para uma apresentação sobre a Força-Tarefa Lava Jato na Universidade de Harvard, nos EUA, em abril de 2016.

No documento, Deltan explica que a origem da lava jato teve como origem o monitoramento de operadores Hawala Dealers – os doleiros –, uma comunidade que atraía enorme interesse e monitoramento do governo americano, segundo um documento diplomático da embaixada dos EUA em Assunção vazado pelo WikiLeaks.

No PowerPoint, Deltan Dallagnol também acusava o presidente Lula de fazer parte do “verdadeiro esquema criminoso” e detalhava como o MPF estava coordenando a campanha pela aprovação das 10 Medidas Contra a Corrupção.


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Política

Moro decalca Moro

Moro repete o mesmo ramerrão de que a denúncia de Tony Garcia é fantasiosa, assim como disse sobre a Vaza Jato, do Intercept, o pacto de sangue entre ele e Bolsonaro, prendendo Lula sem qualquer prova de crime, para Bolsonaro ser presidente e ele, ministro.

Sem falar da bagatela de R$ 2,5 bilhões da Petrobras, que Moro e Dallagnol, confessadamente, meteram a mão, com a permissão da juíza Gabriela Hardt, e tiveram que devolver aos cofres públicos por ordem de Alexandre de Moraes

Nada é mais significativo sobre a personalidade do fora da lei de Curitiba. A negação de que o baile da cueca aconteceu para ele colecionar chantagiados e extorquidos da goma alta paranaense, é uma mistura de Sergio com Moro, que acaba dando valor real ao talento nenhum de sua “grande honestidade”.

Na prática, Moro não surpreende ninguém ao negar a delação de Tony Garcia. Essa é sua estética oficial, assim como é a sua concepção de justiça. Basta correr os olhos no Googleq ou IA, que chegará nas tramoias curitibanas que envolvem Sergio Moro, Deltan Dallagnol, os filhos de Januário e Gabriela Hardt, para saber das peripécias nada ortodoxas que eram peças-chave da farsa da Lava Jato.

Assim, a palavra de Moro vale tanto quanto ele que só quem republica suas desculpas é quem carrega na vida as mesmas práticas delituosas que orientaram os passos na república de Curitiba e de seu líder máximo, Sergio Moro.


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Política

Castro estaria no “modo pânico” após Moraes colocar Bacellar na cadeia

Governador do Rio, após operação do morticínio no Alemão, cantou de galo para o Brasil e trucou ministro do STF, relator da ADPF das Favelas. Agora, tudo é medo para o bolsonarista

Numa trama digna das novelas mais lendárias e intrincadas da política brasileira, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), parece ter entrado em um inevitável “modo pânico”, apurou a Fórum com fontes fluminenses no poder. O que começou como uma tentativa de se posicionar como o “xerife implacável” contra o crime organizado culminou, nesta quarta-feira (3), na prisão de um de seus aliados mais próximos: Rodrigo Bacellar (União Brasil), presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a detenção de Bacellar por obstrução de justiça e laços com o Comando Vermelho (CV) não é apenas um golpe no tabuleiro político fluminense, mas sim é um alerta vermelho para Castro, cuja gestão tem sido marcada por uma mistura de inépcia administrativa e proximidade suspeita com as engrenagens do crime que ele jura combater.

Vamos rebobinar essa “novela” desde o início, para entender como um governador sem brilho, que ascendeu ao cargo quase por acidente após o impeachment de Wilson Witzel em 2021, acabou se enredando numa teia que pode custar-lhe não só o mandato, mas a liberdade.

A Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, batizada de “ADPF das Favelas”, foi ajuizada em 2019 pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) e entidades de direitos humanos. O objetivo? Questionar a violência policial nas comunidades do Rio e impor balizas para reduzir a letalidade em operações. Inicialmente relatada pelo ministro Edson Fachin, a ação ganhou contornos históricos em fevereiro de 2025, quando Fachin votou pelo reconhecimento de um “estado de coisas inconstitucional” na segurança pública fluminense. Ele propôs medidas concretas: câmeras corporais obrigatórias para policiais, assistência à saúde mental dos agentes e restrições a incursões em áreas sensíveis, como escolas e hospitais.

O julgamento foi suspenso para negociações e retomado em abril de 2025, resultando na homologação parcial de um plano apresentado pelo governo Castro. Mas o roteiro complicou-se com mudanças imprevistas no STF: Luís Roberto Barroso aposentou-se antecipadamente em outubro de 2025, e Fachin assumiu a presidência da Corte em setembro, abrindo caminho para que Alexandre de Moraes fosse designado relator da ADPF em 28 de outubro. Moraes, conhecido por sua mão firme em casos de segurança e corrupção, rapidamente transformou a relatoria em um instrumento de escrutínio profundo.

É aí que

Castro entra em cena como o antagonista imprudente. Ignorando anos de decisões do STF que limitavam ações policiais em favelas, justamente para evitar massacres, o governador autorizou, no mesmo dia em que Moraes assumiu a ADPF das Favelas, 28 de outubro, a Operação Contenção nos complexos do Alemão e da Penha. O resultado? Um morticínio sem precedentes: 122 vítimas fatais, incluindo cinco policiais, na operação mais letal da história do Rio.

Castro, em vez de recuar, “cantou de galo” para o Brasil, posando como o homem que combate o crime “sem dó nem piedade”. Ele criticou abertamente a ADPF como uma “medida maldita” que algema a polícia e favorece facções como o CV, o Terceiro Comando Puro (TCP) e as milícias, ignorando cinicamente que seu próprio governo é acusado de ser permeado por essas mesmas quadrilhas.

Moraes não engoliu o desafio. Em novembro, durante uma audiência com entidades envolvidas na ADPF, o ministro converteu uma apuração preliminar (iniciada em agosto sob Fachin) num inquérito formal e sigiloso pela Polícia Federal (PF). O foco é investigar a infiltração do crime organizado no poder público estadual, incluindo esquemas de lavagem de dinheiro e conexões com agentes públicos. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, prometeu “tantos inquéritos quantos forem necessários”, com ênfase em provas sobre interações entre bandidos e estruturas estatais. Castro foi intimado a prestar esclarecimentos sobre a megaoperação, preservar evidências e colaborar com perícias independentes, um claro sinal de que o STF não toleraria mais bravatas.

Agora, o clímax: a prisão de Bacellar, decretada por Moraes nesta quarta (3), no âmbito da Operação Zargun. A PF acusa o presidente da Alerj de vazar informações sigilosas sobre a prisão de TH Jóias, ex-deputado e operador político do CV, permitindo que ele destruísse provas e fugisse. Moraes destacou “fortes indícios” de que Bacellar integra uma organização criminosa infiltrada no poder fluminense, com influência no Executivo estadual, leia-se o governo Castro.

Bacellar não é qualquer aliado: foi secretário do governo de Castro (2021-2022), relator do impeachment de Witzel (que alçou Castro ao poder) e cotado para disputar o governo em 2026, com apoio explícito de Jair Bolsonaro (PL), de quem é muito próximo. Ele também é réu em um julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder nas eleições de 2022, ao lado de Castro, envolvendo saques irregulares de mais de R$ 200 milhões da Fundação Ceperj e da Uerj para cabos eleitorais.

Agora, convenhamos: Num caso desses, Castro peitou o cara errado. Um governador que mal sabe como chegou ao cargo, sem carisma ou legado palpável, resolveu trucar não só o presidente da República, com quem já vivia às turras para agradar a extrema direita, mas também o “poderoso” Moraes, recém-empossado na relatoria.

A partir de hoje, com Bacellar atrás das grades e o inquérito da PF escavando laços profundos entre crime e Estado, Castro vive o pânico de quem sabe acordar dia desses e ser “a bola da vez”. Seu governo, dominado por milícias e facções em favelas inteiras, pode enfrentar intervenção federal, cassação no TSE ou pior: buscas e prisões que exponham conivências. O bolsonarista que posava de durão agora treme, e o Rio, mais uma vez, paga o preço de uma liderança fraca e conivente.

Enquanto o governo fluminense silencia sobre a prisão, o STF sinaliza e não titubeia: ninguém está acima da lei, nem mesmo os que se vendem como salvadores. Castro, outrora desafiador, agora reza para que a novela não termine em tragédia pessoal. O pânico é real. E, sejamos francos, merecido.


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Política

Relator atende governo e barra PL Antifacção de Derrite; entenda

O senador Alessandro Vieira apresentou um novo parecer para o PL 5.582/2025, o chamado “PL Antifacção”, recolocando no texto a criação do crime específico de facção criminosa e equiparando milícias a esse enquadramento. O substitutivo foi protocolado nesta quarta-feira (3) e está na pauta da Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

A movimentação ocorre após semanas de disputa entre governo e Câmara, onde a proposta foi relatada por Guilherme Derrite. Ele retomou pontos centrais defendidos pelo Executivo, que lançou a versão original do projeto. O texto prevê penas de 15 a 30 anos para integrantes de facções e incorpora medidas de caráter assecuratório sugeridas pelo governo.

O relator também retirou trechos incluídos pelos deputados que, segundo ele, eram inconstitucionais, como a proibição do auxílio-reclusão e a restrição ao voto de presos enquadrados no novo tipo penal. Esses dispositivos chegaram a ser alvo de críticas públicas de juristas e do Ministério da Justiça.

Ao mesmo tempo, Vieira buscou diálogo com a Câmara. Ele elogiou o trabalho de Derrite e manteve pontos que ampliam penas quando crimes como homicídio, ameaça, extorsão e estelionato forem cometidos por integrantes de facções.

O parecer ainda conserva regras mais rígidas para a progressão de regime, endurecendo o tratamento penal a quem integrar organizações criminosas. Outra mudança relevante é a criação de um fundo voltado exclusivamente ao combate ao crime organizado.

O mecanismo terá recursos separados do Fundo Nacional de Segurança Pública e será abastecido por um novo imposto aplicado às bets. Segundo estimativas do Banco Central, essa arrecadação pode alcançar R$ 30 bilhões anuais.

Para o relator, a destinação de verba está no centro de qualquer estratégia eficaz. “Entendemos que o principal fator que pode modificar a segurança pública no país e o combate ao crime organizado é a destinação de recursos orçamentários”, afirmou.

Vieira também avaliou que o aumento de penas e o endurecimento das regras de execução penal pressionarão ainda mais o sistema prisional. “Sabemos que o sistema penitenciário, já em estado de superlotação, será ainda mais demandado”, disse ao defender o fundo adicional e a reorganização da política de segurança.

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, classificou o parecer como “altamente satisfatório” e disse que a versão aprovada na Câmara havia desagradado ao governo. De acordo com o DCM, em entrevista coletiva, destacou que o novo texto acolhe as sugestões elaboradas pelo Ministério da Justiça ao longo de seis meses de consulta a especialistas e entidades.

Lewandowski enfatizou a qualidade do substitutivo apresentado pelo senador. “Eu acho que o projeto está altamente satisfatório, tem um elevadíssimo nível técnico e incorporou grande parte das nossas sugestões”, declarou. Ele citou contribuições de universidades, secretários estaduais de Segurança e setores internos da pasta.

O ministro afirmou ainda que o Executivo vê o texto com confiança. “Então, do ponto de vista do Poder Executivo, eu posso dizer que estamos bastante satisfeitos. É um projeto do senador Alessandro Vieira — um projeto, repito, tecnicamente muito bem elaborado”, disse.

Lewandowski demonstrou expectativa de que a Câmara receba bem o substitutivo, por entender que o parecer atende tanto às demandas do governo como às de parlamentares que defendem instrumentos mais firmes contra facções.

Ao final, reforçou que a proposta equilibra interesses dos dois Poderes. “Eu tenho certeza de que ele será muito bem acolhido pela Câmara dos Deputados, porque é um texto que satisfaz não apenas os desígnios e as pretensões que o Poder Executivo tinha em relação à questão do enfrentamento às facções, mas também atende ao anseio dos parlamentares no sentido de serem dotados, no Brasil, de instrumentos mais eficazes para o combate às facções”.


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