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Opinião

O bolsonarismo boa praça é uma invenção da tradicional direita cordial

Uma das marcas que ficaram escancaradas no governo Bolsonaro foi o patrimonialismo, sobretudo o militar, ou seja, o que mudou, não foi o regime quando o golpista Temer entregou a pasta a Bolsonaro, mas quem ocuparia os lugares estratégicos nesse novo ambiente político, simbolizado por um genocida violento.

Uma das coisas que fazem parte da classe dominante, no Brasil, é que, por motivos óbvios, o controle do Estado, o Estado em espécie, em grana viva, com o dinheiro grosso da população, é injetado em um número reduzido de interesses que possam afortunar os de sempre.

A proposta da terceira via, fracassada em 2022 pela habilidade política de Lula, que abriu a roda para incluir mais correntes de pensamento e ideologia e, consequentemente, mais força para derrotar toda a trapaça criada por Bolsonaro para se manter no poder, junto com os filhos, para não serem presos.

É fato que Lula venceu a eleição, como venceria em 2018, mas também é fato que a família do Vivendas da Barra, aquele condomínio em que também morava o assassino de Marielle, ninguém desse leque foi punido, além de Ronnie Lessa. O máximo que se poder afirmar é que Bolsonaro perdeu muito o controle daquilo que lhe era estratégico.

Mas o fato em questão é a sugestão da direita que, simplesmente não existe mais, tentar trocar o tucano pela fênix, dando uma retocada na imagem nazista de Bolsonaro para que ele possa canalizar simpatias para uma frente fascista moderada, que é uma gigantesca piada.

Na prática, ali na batata, a proposta da direita é unir no mesmo palanque, Aécio, Bolsonaro, Caiado, Lira, Tarcísio, Zema, Eduardo Leite, entre outros velhacos e golpistas, para devolver o poder à classe dominante e o Brasil voltar ao século XIX.

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Justiça

Minisitro Alexandre de Moraes, do STF, manda soltar Mauro Cid

Ex-ajudante de ordena de Bolsonaro fechou acordo de delação premiada, mas estava preso após críticas à investigação.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, emitiu nesta sexta-feira (3) uma ordem de soltura para Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A notificação oficial por parte do STF ainda é aguardada pelo Exército, no entanto, a expectativa é que Mauro Cid deixe o Batalhão da Polícia do Exército, em Brasília, ainda durante o dia de hoje.

Apesar de ter firmado um acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal, o militar encontrava-se detido desde março, quando vieram à tona áudios nos quais ele criticava Moraes e a PF, alegando que os investigadores já teriam uma narrativa pré-concebida sobre os fatos que ele deveria relatar.

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Cotidiano

Chuvas no RS: comporta do Guaíba rompe e ameaça zona norte de Porto Alegre

Ainda não é possível prever até onde a água pode chegar, afirmou o diretor-geral do Dmae.

Uma das comportas do lago Guaíba –o portão 14– se rompeu nesta sexta-feira (3) e coloca em risco a população da zona norte de Porto Alegre (RS). A informação foi confirmada pelo diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Maurício Loss.

Segundo Loss, ainda não é possível mensurar as consequências do rompimento. O diretor afirmou que a água já está invadindo a avenida Sertório, podendo chegar ao shopping DC no bairro Navegantes e ao bairro Humaitá, DIZ .

“Aquele portão é um pouco estreito. Não é um dos maiores portões que temos. Mas neste momento não conseguimos dimensionar até onde a água pode se estender. Ali é uma região plana: ele pode avançar Sertório adentro.. A gente ainda não consegue prever”, disse Loss.

O prefeito Sebastião Melo (MDB), afirmou que “parte do 4º Distrito já está sendo afetada”. “O tamanho do [estrago] vai depender, agora, com o rompimento deste portão. Eu não posso dizer se vai até a [avenida] Farrapos ou se não vai até a Farrapos”, acrescentou.

O chefe do Executivo citou locais que, segundo ele, requerem “atenção especial”. São eles: Guarujá, Ponta Grossa, Túnel Verde, Sarandi. O bairro Sarandi, inclusive, tem situação ainda mais delicada. Isso porque, de acordo com o prefeito, as casas de bombas para auxiliar no escoamento da água não estão mais funcionando.

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Política

Ministro dos Direitos Humanos diz que acabar com as ‘saidinhas’ de presos é inconstitucional e fortalece crime organizado

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, afirma que o fim das saídas temporárias de presos é inconstitucional, “contraria a ideia de ressocialização” e fortalece o crime organizado.

Segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, no jornal Folha de S. Paulo, Silvio Almeida diz que “a forma como se está lidando” com o tema no país “vai na contramão de tudo que tem sido feito mundialmente para racionalizar e diminuir a pressão do sistema carcerário”.

Lula vetou parcialmente o texto que acabava com as saídas temporárias que tinha sido aprovado pelo Congresso. Com isso, o presidente manteve a saída temporária em datas comemorativas para presos do semiaberto, além da liberação para estudar e trabalhar.

O petista manteve, porém, alguns pontos como a obrigação de os detentos passarem por exame criminológico para progressão de regime. Agora, o projeto será novamente analisado pelo Congresso, e a tendência é a de que o veto presidencial seja derrubado, o que restabeleceria restrições para que detentos possam visitar a família.

“Isso contraria a ideia de ressocialização, que é um dos objetivos expressos na lógica do sistema penitenciário brasileiro. Ou seja, essa medida só serve para desestabilizar um sistema que já tem muitos problemas, além de fortalecer o crime organizado que ganha mais mão de obra”, afirma Silvio Almeida em nota enviada à coluna.

E segue: “Consideramos o projeto inconstitucional, pois inviabiliza a ressocialização e tende a ampliar o caos já reinante no sistema penitenciário”.

Antes dele, os ministros da Justiça, Ricardo Lewandowski, e da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias, defendiam fortemente junto a Lula o veto ao fim das saidinhas. Os dois travaram uma queda de braço com as chamadas linha dura e linha pragmática do governo, que defendiam a manutenção do artigo.

A ala dura, liderada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, entende que as leis penais devem ser endurecidas no país. Já a ala pragmática, que inclui líderes do governo no Congresso, é até contra o fim da saidinha, mas entende que o veto gerou um desgaste desnecessário a Lula, já que seria derrubado posteriormente pelos parlamentares

Na semana passada, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos Brasil) se manifestou a favor da manutenção da saída temporária de presos em datas comemorativas.

No texto, a entidade católica afirma que “o sistema estatal deve favorecer a reinserção das pessoas condenadas e promover uma justiça reconciliadora” e que a própria legislação brasileira tem a premissa de reintegração. “As saídas temporárias no decorrer do cumprimento da pena respondem a essas premissas”, afirma trecho da nota.

O Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) também aprovou, por unanimidade, um parecer que diz que o projeto de lei que acaba com a saidinha temporária de presos em datas comemorativas é inconstitucional.

O parecer, do conselheiro federal Cristiano Barreto, afirma que o fim das saidinhas “implicará em forte obstáculo à efetivação da ressocialização dos encarcerados e configurará flagrante retrocesso em matéria de direitos humanos, que atinge o núcleo fundamental do direito à dignidade humana”.

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Cotidiano

Água avança, enche rios, rompe represas e amplia o caos no RS

Previsão é de mais chuvas no Rio Grande do Sul, onde houve pelo menos 31 mortes. Até agora, são 74 pessoas estão desaparecidas.

As chuvas que mataram ao menos 31 pessoas, romperam uma barragem e colocaram várias outras em risco de colapso, além de danificaram estradas no Rio Grande do Sul, vão se prolongar, indica o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

O balanço divulgado pelo Governo do Rio Grande do Sul no início da manhã desta sexta-feira (2/5) contabiliza que 235 municípios foram afetados de alguma forma pelas chuvas, resultando em 351.639 mil indivíduos impactados. Há 7.165 pessoas em abrigos, e o número de desalojados chega a 17.087.

Até então, há 56 pessoas feridas, 74 desaparecidas e 31 mortes. A localidade com mais óbitos é Gramado, com quatro registros. Os 18 demais municípios têm duas ou uma morte.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), esteve entre a manhã e o início da tarde de quinta-feira (2/5) no RS. No município de Santa Maria, Lula disse que o apoio financeiro à população afetada será garantido.

“A gente não vai permitir, como não permitimos no Vale do Taquari, como não permitimos quando houve a seca aqui no Rio Grande do Sul, que faltem recursos para que a gente possa reparar os danos causados”, disse Lula.

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Cotidiano

Vídeo: Barragem 14 de Julho rompe no Rio Grande do Sul, diz governador Eduardo Leite

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou que a barragem 14 de Julho, na Serra Gaúcha, colapsou na tarde desta quinta-feira (2) em razão das fortes chuvas que atingem o estado desde o início da semana.

A informação também foi divulgada pelo prefeito de Bento Gonçalves, Diogo Segabinazzi Siqueira, por meio de um vídeo publicado em redes sociais.

Segundo o prefeito, a população precisa sair o mais rápido possível de suas casas. A expectativa, segundo Diogo, é que o rio suba de 2 a 4 metros a partir do colapso da barragem.

“Recebemos agora a informação da Ceran, que controla as barragens, que a barragem de 14 de Julho acabou de colapsar. A informação que a gente precisa passar para todos os moradores que vivem às margens do Rio das Antas e Rio do Taquari, é sair o mais rápido possível desse local. A tendência é que isso suba em torno de 2 a 4 m. Essa é a tendência que aconteça nos próximos minutos e nas próximas horas nos municípios mais abaixo, lá no Taquari. Importante: Isso é uma informação oficial e a gente precisa informar o máximo de pessoas possível dentro da margem do Rio das Antas e do Rio Taquari.”

Em uma postagem nas redes sociais, o governador do estado, Eduardo Leite, confirmou o problema na barragem.

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Política

Governo Lula transforma lógica de emendas parlamentares a seu favor

Ao assumir, governo enfrentou obstáculo de findar Orçamento Secreto, mas mantendo apoio dos parlamentares. Hoje, governo vê conquista.

Com menos do necessário de apoio das cadeiras do Congresso, o governo Lula tem inovado em estratégias para a governabilidade e a aprovação parlamentar de medidas alinhadas ao plano de governo. Entre elas, a mudança no direcionamento das polêmicas emendas parlamentares.

Criticadas pela falta de transparência e possível uso para benefícios próprios, as emendas parlamentares são a principal ferramenta de congressistas em períodos eleitorais para comprovar, junto a seus redutos, a aplicação da política prática, no dia a dia dos cidadãos, como é o caso das obras e construções de unidades de serviços públicos, e automaticamente angariar mais eleitores.

Desde a polêmica do Orçamento Secreto no governo de Jair Bolsonaro, que permitia a ampla liberdade e poder dos parlamentares governistas na aplicação destes recursos e sem transparência, as emendas se tornaram fontes de má uso de verba pública e fora de controle.

Assim, ao assumir a Presidência em 2023, o governo Lula enfrentou o obstáculo de acabar com o Orçamento Secreto, enquanto buscava alternativas para manter o apoio dos parlamentares, necessitando da maioria em uma Casa também recém eleita com menos de 40% de deputados considerando-se governista.

Em audiência no Senado, nesta terça-feira (30), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, deu o tom de como o governo está trabalhando para que essas emendas sejam aplicadas dentro das metas do Executivo. Ele afirmou que 6.372 obras do programa de governo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) estão atreladas a estes recursos dos parlamentares.

São obras que foram habilitadas para começar a funcionar pelo PAC, mas que necessitam do financiamento das emendas de relator.

“Nós os colocamos na categoria de habilitados para que os senadores e os deputados, através de emendas de bancada, emendas de comissão, emendas de relator, emendas individuais, enfim, possam abraçar essas propostas. E nós daremos o tratamento como se do PAC ela fosse, dando a total prioridade”, explicou Costa.

*GGN

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Cotidiano

Lula chega ao RS após alerta de ‘maior desastre da história’, segundo governo gaúcho

Situação no Rio Grande do Sul é “pior” que a do ano passado, com 13 mortos. Ao todo, 134 municípios foram afetados e a estimativa é que mais de 44 mil moradores tenham sido afetados pelas fortes chuvas.

São Paulo – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros chegaram na manhã desta quinta-feira (2) ao Rio Grande do Sul para acompanhar de perto a situação do estado após as fortes chuvas que atingem a região desde quarta (1º). De acordo com a Defesa Civil, 13 pessoas morreram e 12 estão feridas em decorrência do temporal. Ao todo, 134 municípios foram afetados e há mais de 5 mil pessoas desalojadas e 3.079 desabrigados. O governo estadual também estima que 44.640 moradores tenham sido prejudicados pelas fortes chuvas.

Ainda na noite de ontem, o governador Eduardo Leite (PSDB) pediu aos moradores do Vale do Taquari que deixassem as áreas de risco e procurassem abrigos públicos ou outros locais seguros. Na região, a situação é crítica. Pela primeira vez, o rio Taquari passou a marca de 30 metros. O nível ultrapassa, inclusive, as enchentes de 2023 e 1941, segundo o serviço de meteorologia MetSul.

O governador estima que a destruição causada pelas chuvas nesses dias se torne o “maior desastre da história” gaúcha em termos de prejuízo material. Segundo ele, a situação é “pior” do que a registrada no ano passado, quando as inundações deixaram 50 mortos e grandes danos materiais. “Infelizmente, este será o maior desastre que nosso estado já enfrentou. Infelizmente, será maior do que o que assistimos no ano passado”, declarou no início da noite desta quarta, em Porto Alegre. Na ocasião, Leite também destacou a conversa com o presidente Lula, por telefone.

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Economia

OCDE eleva projeção de crescimento do PIB brasileiro para 2024 e 2025

Organização vê crescimento mundial impactado pela força dos EUA, cujo PIB também foi revisto para cima.

A economia global está crescendo mais rápido do que o esperado há alguns meses graças à atividade resiliente dos Estados Unidos, enquanto a inflação está convergindo mais rapidamente do que o esperado em direção às metas, disse a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) nesta quinta-feira (2), atualizando suas perspectivas.

A organização elevou a previsão de crescimento da economia brasileira neste ano para 1,9%. A expectativa anterior era de 1,8%. Para 2025, a previsão subiu de 2% para 2,1%.

Já a economia global manterá a taxa de crescimento de 3,1% observada no ano passado e irá acelerar para 3,2% no próximo ano. Os números são uma atualização dos 2,9% e 3% respectivamente previstos anteriormente.

Segundo a OCDE, a fraqueza da Europa e do Japão será compensada pelos Estados Unidos, cuja previsão de crescimento foi elevada para 2,6%, em comparação com a estimativa anterior de 2,1%.
No próximo ano, espera-se que o crescimento dos EUA arrefeça para uma taxa de 1,8%, um pouco acima dos 1,7% estimados em fevereiro.

Uma queda mais rápida do que a esperada na inflação preparou o terreno para que os principais bancos centrais iniciassem cortes nas taxas de juros no segundo semestre do ano, ao mesmo tempo, em que alimentou ganhos na renda dos consumidores, disse a OCDE em sua mais recente Perspectiva Econômica.

Impulsionada pelo estímulo fiscal, a economia da China também deverá crescer mais rápido do que o esperado, com uma previsão de expansão de 4,9% em 2024 e 4,5% em 2025, em comparação com 4,7% e 4,2%, respectivamente, em fevereiro.

Embora a fraqueza da Alemanha continue a pesar sobre a zona do euro como um todo, o crescimento do bloco foi projetado em 0,7% este ano e 1,5% no próximo ano, já que a inflação mais baixa aumenta o poder de compra das famílias e abre caminho para cortes nas taxas. A OCDE havia previsto anteriormente um crescimento da zona do euro de 0,6% este ano e 1,3% em 2025.

A perspectiva para o Reino Unido foi uma das poucas a ser rebaixada, com a OCDE prevendo agora expansão de apenas 0,4% este ano, em comparação com 0,7% anteriormente.

Conforme as taxas de juros comecem a cair a partir do terceiro trimestre deste ano, o crescimento do Reino Unido foi estimado em 1% em 2025, em comparação com 1,2% previstos em fevereiro.

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Política

Em ato do 1º de maio, Lula defende veto a projeto que desonera folha de pagamento

“No nosso país não haverá desoneração para favorecer os mais ricos”, disse o presidente.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou em ato das Centrais Sindicais pelo Dia do Trabalhador, nesta quarta-feira (1°), na Zona Leste de São Paulo. Em sua fala, Lula defendeu veto ao Projeto de Lei que desonera 17 setores da economia.

“No nosso país não haverá desoneração para favorecer os mais ricos”, disse Lula ao defender veto.

O evento, realizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outras lideranças sindicais, ocorre desde as 10h no estacionamento oeste da Neo Química Arena, estádio do Corinthians.

O início do ato foi marcado por falas de representantes de movimentos populares e da sociedade civil organizada, além de parlamentares, lideranças partidárias, ministros e autoridades do governo federal.

Veja baixo um vídeo com a fala do presidente: