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Miriam Leitão defende a Lava Jato mesmo sabendo que Dallagnol, numa absurda promiscuidade, revisou o livro do seu filho

Qual discurso a mídia fará nas eleições presidenciais se Moro, Bolsonaro e ela própria estão totalmente desmoralizados?

Por ora, a mídia martela diuturnamente que as mensagens da Lava Jato não inocentam Lula, mas não mostra qualquer prova dos supostos crimes cometidos por ele. Ao contrário do ela especula, o que ficou cristalino nos mais recentes vazamentos liberados pelo STF, é que tanto Moro quanto o bando de Curitiba tinham provas da inocência de Lula. Daí a sujeira armada que assombra qualquer um que ler as mensagens trocadas por Moro e Dallagnol e entre os procuradores da Força-tarefa de Curitiba.

O correto seria se a mídia fosse minimamente decente e colocar em garrafais na primeira página a pergunta que corre como um corisco na sociedade: quando Moro e Dallagnol serão presos?

Mas isso não acontecerá, e essa parceria entre Dallagnol e o jornalista Wladimir Netto, filho de Miriam Leitão, mostrando o nível de promiscuidade entre a mídia e a Lava Jato, só revela que, mais parcial que Moro na luta de classes, sempre desfavorável a quem produz a riqueza do país, ela está sempre contra os trabalhadores.

Por isso, pode-se afirmar que o problema da mídia não é com o PT, mas com os trabalhadores, pois jamais na sua história escreveu um editorial sequer a favor dos destes, mas dos patrões, pior, mesmo com a miséria se expandindo debaixo do nariz das grandes redações, alguém já leu em algum veículo da grande mídia um único editorial a favor dos pobres, dos miseráveis, dos desvalidos, dos sem teto ou dos sem terra?

Não, é claro, o que se vê o tempo todo são torrentes de amor do jornal ao patronato e, sobretudo ao mercado financeiro que, juntos, produziram o estado de coisas em que o Brasil se encontra depois dos golpes em Dilma e em Lula, do Partido dos Trabalhadores.

A grande mídia contribuiu de maneira definitiva com tudo o que vimos acontecer no Brasil nos últimos tempos, de forma fria e calculada, chegando a colocar na presidência da República um genocida, mesmo sabendo de sua história de crimes, e que tem no assassinato em massa, de forma indiscriminada por Covid, sua face mais cruel.

Tudo em nome do desmonte da economia que, hoje, precisa mais do auxílio emergencial para dar algum sinal de vida do que os pobres que recebem o benefício, já que, como é característico dos governos neoliberais, o varejo já deu sinais de que não tem pernas e, muito menos, fôlego para dar um passo sem o auxílio.

Tudo isso reflete um jogo sórdido que empurrou o Brasil para um buraco negro diante da geopolítica global que, para atender aos interesses dos EUA, o Brasil se colocou à margem do mundo civilizado, resultado de um conluio que contou com o comando das elites, do Ministério Público Federal, Judiciário, Polícia Federal e a mídia, principalmente a Globo, para a qual Miriam Leitão e seu filho trabalham.

Abaixo, Dallagnol, em mensagem, fala sobre a revisão que fez do livro de Wladimir Netto.

Deltan sobre livro de Vladmir Neto

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

Depois de totalmente desmoralizada, Força-tarefa da Lava Jato chega ao fim e vai para o esgoto da história

Entre ratos e baratas, o Brasil assistiu ao mais despudorado esquema criminoso montado dentro do sistema de justiça.

Essa jabuticaba é só nossa. Uma mistura de promiscuidade midiática com a justiceira, deu o caldo feito com as frutas mais podres da história da República.

Essa baba cremosa de ódio de classe com esperteza oportunista, custou a quebradeira da democracia e da economia brasileiras que explodiram no colo dos mais fracos.

Para esse bando de Curitiba o que precisava, foi feito, o que precisava, foi destruído e, sobretudo, quem seria sacrificado pela cabeça de Lula e a vitória de um genocida que, junto com seu clã, não para de matar brasileiros por Covid.

Hoje, a Lava Jato foi oficialmente encerrada. Mas seu legado de destruição do país ficará por muitos anos.

A Lava Jato “começou” com a fábula de uma investigação de esquema de lavagem de dinheiro comandado pelo doleiro Alberto Youssef, o mesmo doleiro do escabroso caso do Banestado, comandado pelo mesmo Moro junto com os mesmos procuradores chave da Lava Jato, Dallagnol e Carlos Fernando dos Santos Lima, hoje, deitando e rolando no mundo mágico da governança corporativa que leva o pomposo nome “compliance”.

Ou seja, o mesmo caminho da roça que Moro tomou via sociedade com empresa dos EUA de recuperação fiscal das empresas que a Lava Jato quebrou no chamado esquema da porta giratória.

Mas a Lava Jato, agora, está esmagada. As conversas vazadas, seja pelo Intercept, seja as liberadas pelo STF, só colocaram os pingos nos Is daquilo que milhões de brasileiros denunciavam: aquilo era um covil de ladrões que agiram como organização criminosa dentro do sistema de justiça.

Hoje, até os fanáticos alienados bolsonaristas sabem que Moro, Dallagnol e cia, criaram uma ilusão insana.

A força-tarefa da Lava Jato no Paraná anunciou nesta quarta-feira que, oficialmente, deixou de existir.

Na verdade, não existia mais. A própria fez um trabalho sujo, mal feito, que deixou rombos e portas abertas para todos os lados, com impressões digitais borrando cada centímetro dos lugares por onde passaram cometendo seus crimes contra o país.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Por que a decisão de Lula de não aceitar o semiaberto fez a Globo e o TRF-4 se insurgirem violentamente contra ele?

Quem quer ter uma visão clara da história da quadrilha Lava Jato, precisa entender, primeiro, o servilismo dos poderes do Estado perante às elites.

Entendido isso, fica mais fácil flagrar o motivo de tanta sensibilidade do TRF-4 e da Globo.

A propósito, as manifestações do presidente do TRF-4 e do editorial dos Marinho já denunciam que dentro dessa tentativa de esmagamento moral de Lula, mais uma vez, há a face mais latente da derrota dos próprios diante da força política de Lula, quando este reafirma que não aceita seu julgamento, portanto, não aceita passar para nenhuma progressão da pena, porque não cometeu crime algum.

Aí está o ponto, e o ponto está do lado de Lula.

O que a Globo e o TRF-4 querem, com sua proposta indecorosa de implorar que Lula aceite o semiaberto, é até primária.

Se Lula aceita isso, sua posição se configura numa negação a tudo o que foi revelado pelo Intercept contra a Lava Jato, assim como faz a Globo e o TRF-4, que têm motivos de sobra para fingir que não existe a Vaza Jato e que Moro, Dallagnol e o bando de Curitiba, não cometeram crime nenhum. Imagina Lula cumprindo esse papel de lacaio de seus inquisitores.

Mas a coisa não para aí. Acaba de ser lançado um livro de Rodrigo Janot com preciosa documentação que será explorada pela defesa de Lula, mostrando toda a forma criminosa na atuação dos lavajatistas e o indiscutível nível de banditismo que envolveu essa trama que condenou Lula sem provas, inclusive com a participação ativa da própria Globo e do TRF-4.

Então, Lula aceitando a chamada progressão de pena, ele não só cai numa arapuca simbólica, como alivia a responsabilidade criminosa não só do núcleo curitibano da Lava jato, mas do próprio conluio de Moro com os Marinho e desembargadores do TRF-4.

Seria muita ingenuidade, diante da nossa historiografia jurídica, cheia de armações contra os réus que são potencialmente inimigos da oligarquia, aceitar esse indecoroso prato de veneno.

Por isso, a manifestação de Lula, em carta aberta ao povo brasileiro, enfureceu tanto a Globo e o TRF-4.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas