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Com doido não se discute. É o que se ouve nos gabinetes do congresso sobre Bolsonaro

Nunca antes neste país o que um presidente da República diz tem sido tratado com a irrelevância com que a elite do Congresso vem encarando as mais recentes declarações de Jair Bolsonaro. Depois de negar o acordo que fez sobre o orçamento impositivo, chantagear o Legislativo com a convocação das manifestações de domingo para que não vote o projeto que ele mesmo enviou, minimizar a crise das bolsas e dizer que se inventa muito na crise do coronavírus, não há mais a mínima chance de as afirmações do presidente serem levadas a sério, sequer consideradas.

Com doido não se discute. É o que se ouve nos mais importantes gabinetes da Câmara e do Senado, cujos ocupantes resolveram não mais bater boca com o chefe do Executivo, trocando notas e afirmações na linha do bateu-levou. Se bater, vai levar, mas por outros meios.

Por exemplo: os líderes do Centrão dividiram-se quanto à conveniência de votar ou não esta semana os projetos de lei do orçamento enviados pelo Executivo que completavam o acordo que assegurou a manutenção dos vetos presidenciais. No meio do caminho, Bolsonaro mais uma vez atropelou o acordo, acenando com o esvaziamento dos protestos dos bolsominions dia 15 se deputados e senadores se abstiverem de votar o PLN que sacramenta a divisão dos RS 30 bilhões em disputa entre o Planalto e o Congresso.

A maioria dos dirigentes do Legislativo parece não ter caído nesse conto do vigário. A rigor, porém, tanto faz como tanto fez. Os parlamentares podem deixar para semana que vem, após os protestos, para evitar acirrar os ânimos. Mas têm recebido informações de que a organização das manifestações não anda lá tão confiante assim de que será um sucesso retumbante. Talvez por isso – alertado para o possível desgaste de uma manifestação esvaziada – Bolsonaro esteja propondo negociar a desconvocação.

Só que ninguém mais acredita no que Bolsonaro diz, quanto mais do que faz. O desgaste do presidente junto aos políticos aprofundou-se ainda mais – se é que era possível – esta semana com sua reação quase alienada à maior crise da bolsa nos últimos 20 anos. Bolsonaro vem se aperfeiçoando tanto em seu aparente propósito de se tornar politicamente irrelevante que as demais forças políticas e institucionais resolveram tocar a vida sem ele.

O problema é: dá para atravessar mais dois anos e nove meses deixando o presidente da República falar sozinho?

 

 

*Helena Chagas/247

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Vídeo: Dilma sofre ataque fascista e, de bate-pronto, chama os fascistas de defensores de milicianos

Se tem um estilo que eu gosto, é o da Dilma, bateu levou, pingue-pongue. Um monte de bostinhas da pequena burguesia que se pode chamar de filhos do Queiroz, foram atiçar Dilma com vara curta e ouviram o que não queriam, que são defensores de milicianos, de bandidos, de assassinos, do que existe de pior na escória da sociedade, como é o caso de Bolsonaro.

Aliás, está na hora da esquerda reagir do mesmo jeito e enquadrar esses fascistas defensores da bandidagem carioca em seus devidos lugares.

“Ótimo é o Bolsonaro. Eu sei o que vocês defendem. Defendem milícia, não é isso?”, respondeu a ex-presidenta após um grupo cantar “a sua hora vai chegar” enquanto Dilma aguardava para desembarcar da aeronave.

A ex-presidenta foi chamada ainda de ”bandida” e gritaram que ela “quebrou o país”. “Ah, fui eu, é? Tá ótimo”, disse ainda em tom irônico, sem abaixar a cabeça.

O ataque de fascistas contra membros do PT têm sido uma prática recorrente em voos. Gravações com xingamentos ao deputado federal José Guimarães e ao ex-senador Lindbergh Farias circularam nas redes este ano.