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Bloomberg: Lula virou herói global na COP27

“Lula atraiu uma das multidões mais animadas nas negociações climáticas patrocinadas pela ONU no resort egípcio de Sharm el-Sheikh”, diz a agência de notícias sobre Lula na COP27.

A agência de notícias Bloomberg destacou nesta quarta-feira (16) o discurso do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva durante a COP27. Segundo a agência, o brasileiro foi recebido com boas-vindas de “herói” pela comunidade internacional com seu discurso em defesa da Amazônia.

Na reportagem, agência estadunidense de notícias disse que “Lula atraiu uma das multidões mais animadas nas negociações climáticas patrocinadas pela ONU”. Confira abaixo a chamada da Bloomberg e a reportagem sobre o discurso em Sharm El-Sheikh, Egito.

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O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, se ofereceu para sediar as negociações climáticas da ONU na Amazônia em 2025, dizendo que o país priorizará a preservação da maior floresta tropical do mundo.

Lula, como é conhecido o político, faz sua primeira viagem internacional desde que derrotou o presidente Jair Bolsonaro nas eleições do mês passado. Em contraste com a posição de Lula, Bolsonaro enfraqueceu a proteção da maior floresta tropical do mundo em favor do desenvolvimento econômico.

“Estou aqui na frente de todos vocês para dizer que o Brasil está de volta”, disse ele em discurso nas negociações da COP27 em Sharm El-Sheikh, Egito, entre governadores dos estados amazônicos do Brasil e diante de um multidão entusiástica que entoava seu nome. “O Brasil não pode ficar isolado como esteve nos últimos quatro anos.”

Sob a saída de Bolsonaro, as taxas de desmatamento na Amazônia atingiram níveis recordes. Pelo menos algumas partes dele pararam de capturar gases de efeito estufa e agora contribuem para o aquecimento global, de acordo com pesquisas científicas . Em seu discurso na COP27, Lula prometeu reverter um pouco disso.

“Vamos lutar fortemente contra o desmatamento ilegal”, afirmou. “Vamos criar o Ministério dos Povos Indígenas para que eles não sejam tratados como criminosos pelas indústrias – esteja preparado para isso.”

Lula atraiu uma das multidões mais animadas nas negociações climáticas patrocinadas pela ONU no resort egípcio de Sharm el-Sheikh, com centenas não apenas de jornalistas e ativistas, mas também de indígenas vestidos com roupas tradicionais esperando por até três horas pelo presidente -chegada do eleito. Quando ele entrou na sala, eles entoaram ao som de cânticos de futebol: “Olé, Olé, Olé, Lula Lula!”

No entanto, apesar das boas-vindas entusiásticas, impedir o desmatamento da Amazônia não será fácil para Lula, dados os desafios geográficos de uma terra enorme e isolada – cerca de metade do tamanho dos EUA – difícil de policiar e cheia de gangues violentas com um governo enfrentando restrições fiscais.

Em outro discurso feito no final do dia na COP27, Lula prometeu fazer da luta contra a mudança climática uma questão central dentro de seu governo, incluindo o combate ao desmatamento e crimes ambientais. O novo governo vai reinstituir instituições que monitoram o desmatamento e estudam a Amazônia, mas foram desmanteladas durante o governo Bolsonaro.

O presidente eleito disse que também conversará com o secretário-geral da ONU, António Guterres, para indicar o Brasil como país-sede para as negociações da COP30 em 2025. A cúpula deve ocorrer em um estado da Amazônia, disse ele.

“As pessoas que defendem o clima deveriam conhecer de perto o que é aquela região”, afirmou. “Devemos mudar a forma como as pessoas discutem a Amazônia a partir de uma realidade concreta e não apenas dos livros.”

O Brasil fará da agenda climática uma das prioridades do Grupo dos 20 em 2024, quando o país assumir a presidência, afirmou. Lula pretende levantar com os países ricos questões que foram aprovadas em COPs anteriores, mas nunca foram implementadas.

O presidente eleito também expressou apoio à posição dos países em desenvolvimento no que é possivelmente o assunto mais controverso debatido na COP27 – perdas e danos, ou o direito dos países pobres de obter compensação pelos impactos do aquecimento global que eles estão sofrimento, mas não causou.

“Precisamos com muita urgência de mecanismos financeiros para resolver as perdas e danos causados ​​pelas mudanças climáticas”, afirmou. “Não podemos continuar atrasando este debate – não temos mais tempo a perder.”

*Com 247

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Bloomberg e Financial Times afirmam que mercado “abraça” Lula: “praticamente já venceu”

Ex-presidente Lula diz a rádio que ‘a elite brasileira fica lambendo bota, esperando que os EUA façam algo por nós. Não vão fazer’.

Bloomberg e Financial Times destacaram nos últimos dias que o mercado financeiro começou a se voltar para o ex-presidente, nas eleições deste ano. No enunciado da primeira, “Principais fundos do Brasil veem os ‘traders’ abraçando a volta de Lula”, informa a Folha.

Salienta declarações de Luis Stuhlberger, da Verde Asset Management, de que “Lula praticamente já venceu, e não acho que veremos um Lula vingativo”; e de Rogério Xavier, da SPX Capital: “Não atirem no mensageiro: pessoas no exterior gostam de Lula. É um fato. Investidores estrangeiros veem chance de o Brasil melhorar com Lula”.

A entrada de capital externo em ações neste início de ano, a segunda maior desde 2008, já seria reflexo disso. “Agora existe uma percepção de mudança de poder, supondo que a eleição de Lula esteja bem encaminhada, e isso trará um Lula responsável, que se moverá para o centro.”

O FT, que ressalta algumas “pistas deixadas por Lula sobre planos para a economia”, ouviu de um banqueiro anônimo que “o mercado hoje tem mais esperança de que Lula possa ser um bom presidente para a economia, mais responsável e capaz de implementar uma boa agenda do que Jair Bolsonaro”.

Talvez em reação, Lula falou longamente sobre política e economia internacional em entrevista na quinta-feira (3) à rede de rádio RDR, do Paraná. Uma passagem:

“Hoje exportamos para a China três ou quatro vezes mais do que exportamos para os Estados Unidos. Mas a elite brasileira fica lambendo bota, esperando que os Estados Unidos façam alguma coisa por nós. Não vão fazer, porque não querem concorrência na América do Sul.”

A Bloomberg acompanhou e destacou que “Lula diz que não manterá ‘preço dolarizado’ na Petrobras”, prometendo alterar a política de paridade com os preços do mercado internacional.

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Mundo

Capitalismo em chamas: Goldman Sachs – PIB dos EUA será de 34% negativo e desemprego vai a 15%

“O banco Goldman Sachs Group Inc. espera que a economia dos EUA sofra uma queda muito mais profunda do que o anteriormente previsto, uma vez que a pandemia de coronavírus massacra os negócios, causando uma onda de desemprego em massa.

A maior economia do mundo encolherá 34% anualizado no segundo trimestre, em comparação com uma estimativa anterior de 24%, escreveram economistas liderados por Jan Hatzius em um relatório. O desemprego subirá para 15% até o meio do ano, acima da previsão anterior de 9%, eles escreveram”, aponta reportagem da Bloomberg.

“Os economistas, no entanto, agora esperam uma recuperação mais forte no terceiro trimestre, com o produto interno bruto expandindo 19%. ‘Nossas estimativas sugerem que um pouco mais da metade do declínio da produção no curto prazo é compensado até o final do ano’, escreveram eles.

Embora exista um risco de consequências a longo prazo sobre a receita e os gastos, a ação agressiva do Federal Reserve e do governo deve ajudar a conter isso. As novas previsões vêm dias depois que o presidente Donald Trump estendeu as diretrizes de ‘distanciamento social’ dos EUA para conter o vírus até abril, abandonando um plano para um fim anterior”, aponta ainda a agência de notícias.

 

 

*Com informações do 247

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Dólar explode e chega a R$ 5,20, bolsa continua em queda

Com as expectativas para o anúncio da nova taxa de juros (Selic) e da tentativa de se decretar estado de calamidade pública nacional, o dólar chegou a R$ 5,20. O índice futuro do Ibovespa com vencimento em abril caía 7,28% a 67.970 pontos.

O dólar opera em alta nesta quarta-feira (18) principalmente por causa do anúncio sobre a nova taxa básica de juros no Brasil, que será divulgada às 18h, e na decisão do governo de pedir ao Congresso Nacional para reconhecer estado de calamidade pública por conta do coronavírus. A moeda cheogu a R$ 5,20. Às 9h34, a moeda norte-americana subia 3,22%, negociada a R$ 5,1668. Depois, o que antes era a máxima do dia, chegou a R$ 5,1873.

De acordo com expectativa mediana da Bloomberg, o Copom deve realizar corte de 0,5 ponto percentual na Selic e reduzir a taxa para 3,75%. A decisão sai após o fechamento dos mercados.

No contexto de alta do dólar, o Banco Central ofertou aos mercados leilões de linha para a recompra no valor de até US$ 2 bilhões. A autarquia já havia realizado intervenção semelhante na terça-feira e na sexta da semana passada. Se tem pouco dólar no mercado, o preço da moeda sobe. O BC tenta seguro a fuga de dólares, para conter o aumento do valor dos dólares.

O Ibovespa Futuro tem forte queda nesta quarta-feira (18) com a aversão ao risco por conta do coronavírus voltando a se sobrepor a análises mais otimistas a respeito dos recentes pacotes de estímulos lançados por governos e bancos centrais no mundo inteiro para combater a pandemia. Às 09h09 (horário de Brasília), o índice futuro do Ibovespa com vencimento em abril caía 7,28% a 67.970 pontos.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 sobe 50 pontos-base a 5,07%, o DI para janeiro de 2023 e o para janeiro de 2025 estão em leilão.

A segunda reunião do Copom no ano ocorre em meio à pandemia global de coronavírus, o que leva o mercado a se mostrar atipicamente dividido sobre a decisão, com previsões entre os analistas pesquisados pela Bloomberg oscilando desde a estabilidade até corte de 0,75 ponto. Fora da pesquisa, alguns economistas, como Carlos Kawall, do Asa Bank, têm destacado que o BC poderia cortar até 1 ponto.

Os contratos futuros do petróleo operam em forte queda nesta quarta-feira, 18, ampliando robustas perdas, em meio a temores sobre o impacto que a pandemia de coronavírus terá na demanda pela commodity e na economia global. O contrato WTI atingiu os US$ 25 pela primeira vezes desde 2002.

Mais tarde, às 11h30, investidores vão acompanhar a pesquisa semanal do Departamento de Energia (DoE) norte-americano sobre estoques de petróleo e derivados dos EUA.

Várias empresas da indústria e do comércio, como Minerva (BEEF3), Suzano (SUZB3) e Multiplan (MULT3) anunciaram ontem à noite que liberaram home office para funcionários das áreas administrativas, deram férias coletivas ou reduzirão os horários dos funcionamentos das operações comerciais, por causa da pandemia do coronavírus no Brasil. Já nos negócios, A Brasil Properties (BRPR3) anunciou na noite de ontem que recomprará quatro milhões de ações ordinárias, em um programa que se estenderá a 2021.

 

 

*Com informações do 247/Infomoney