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Política

Enfermeira diz que médico pediu cartão de vacina em branco para mulher de Cid

Segundo a profissional de Saúde, ela negou o pedido de Farley Alcântara, no entanto, o nome dela aparece no cartão de vacina de Gabriela Cid, segundo o Metrópoles.

Goiânia – A enfermeira Dzirrê de Almeida Gonçalves, que aparece como a responsável por aplicar a segunda dose no primeiro cartão de vacinação falso da esposa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), afirma que o médico Farley de Alcântara chegou a pedir um cartão de vacinação em branco no dia 25 de novembro de 2021.

Ao Metrópoles Dzirrê alegou que teve o nome usado. “Meu nome foi usado no cartão por outra pessoa. Fiquei sabendo do ocorrido como todos, pelas redes sociais e imprensa, foi um baque para mim, um susto muito grande. Ele [Farley] chegou a me pedir um cartão de vacina em branco, em novembro de 2021, na ocasião eu disse que não tínhamos e a conversa se encerrou por ali. Depois disso nunca mais tivemos contato”, afirmou a enfermeira.

Farley e Dzirrê trabalhavam na rede pública de saúde da cidade de Cabeceiras, no Entorno do Distrito Federal (DF), onde a mulher teria sido supostamente vacinada. A Secretaria de Saúde do município aponta diversos erros no documento, entre eles, um nome errado, lotes divergentes e até mesmo a caligrafia.

O diálogo entre os dois aconteceu 15 dias depois do médico Farley de Alcântara conseguir um cartão de outra pessoa que havia se vacinado com duas doses de um imunizante contra a Covid-19 e teria recebido a segunda vacina das mãos de Dzirrê de Almeida Gonçalves. No entanto, as apurações da Polícia Federal apontam que, após a primeira fraude em papel, os investigados teriam decidido lançar a vacinação no sistema do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro.

Como o imunizante do cartão em papel era de um lote de Goiás, enviado para a cidade de Cabeceiras, e não um lote enviado pelo ministério para a cidade de Duque de Caxias (RJ) – onde a fraude online teria ocorrido –, o médico teria ido em busca de um cartão em branco para que uma anotação da vacina com lote da cidade fluminense fosse inserida.

De acordo com fontes da PF, foi por isso que Farley de Alcântara teria procurado a enfermeira para pedir o cartão em branco. Ainda não há por parte das investigações a confirmação de onde veio o documento que no fim teria sido usado como modelo para inserir as duas doses de vacinação de Gabriela Santiago Ribeiro Cid, esposa de Mauro Cid.

Farley Vinícius de Alcântara é sobrinho do sargento do Exército Luiz Marcos dos Reis, que integrava a equipe de Mauro Cid e que foi preso na quarta-feira da semana passada (3/5), durante a Operação Venire, deflagrada pela Polícia Federal.

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Justiça

Fraude em cartões de vacina: servidora diz que foi coagida a dar senha

Em depoimento, servidora de Duque de Caxias relatou pressão para passar senha que permite inserção de vacina no sistema do ministério, diz o Metrópoles.

A investigação da Polícia Federal (PF) que prendeu auxiliares do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) suspeitos de adulterar cartões de vacina apura a atuação de organização criminosa na cidade de Duque de Caxias (RJ). Entre os presos pela Operação Venire, está o secretário municipal João Carlos de Sousa Brecha, suspeito de compor o esquema de fraudes nos registros de vacinação contra a Covid-19.

De acordo com o g1, uma servidora do município afirmou, em depoimento, que foi coagida a fornecer a sua senha de acesso ao sistema do Ministério da Saúde utilizado para inserir as doses de vacina aplicadas. Os malotes com as investigações conduzidas em Duque de Caxias chegam nesta quinta-feira (4/5) a Brasília para uma nova frente de apuração, que focará no funcionamento do esquema envolvendo a prefeitura e servidores da cidade.

Funcionários da prefeitura do município, de acordo com a PF, foram os responsáveis por inserir nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde os dados falsos de vacinação do ex-presidente, de sua filha Laura, de dois dos seus ex-assessores e do deputado federal Gutemberg Reis (MDB).

Os registros de vacina de Bolsonaro e Laura

Apesar de Bolsonaro afirmar que não foi imunizado contra a Covid, registros de duas doses aplicadas em Duque de Caxias (RJ) constaram para ele e sua filha Laura.

A inserção das duas doses da Pfizer no sistema do Ministério da Saúde foi feita por volta das 19h do dia 21 de dezembro, pelo secretário municipal de governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha. Na manhã do dia seguinte, 22 de dezembro, por volta das 8h, o usuário do ex-presidente acessou o ConecteSUS e emitiu o certificado de vacinação contra a Covid-19.

Este acesso, de acordo com a PF, foi feito do Palácio do Planalto. Uma semana depois, no dia 27 de dezembro, um novo acesso foi feito pelo mesmo dispositivo às 14h, e uma nova emissão do comprovante de vacinação de Bolsonaro foi feita.

Poucas horas depois, por volta das 21h, a servidora da Prefeitura de Duque de Caxias Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva excluiu os registros das duas doses que Bolsonaro teria tomado na cidade, nos dias 13 de agosto e 14 de outubro. No mesmo momento, a servidora apagou também o registro da vacinação da filha do ex-presidente, Laura Bolsonaro.

Duas horas antes da viagem de Bolsonaro a Orlando, em 30 de dezembro, um novo acesso ao ConecteSUS do ex-presidente foi feito. Desta vez, pelo celular do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Ele emitiu um terceiro certificado de vacinação em nome de Bolsonaro, desta vez constando apenas uma dose de vacina contra a Covid-19, da Janssen.

O relatório da PF detalha, ainda, que o e-mail vinculado à conta de Bolsonaro foi alterado neste período. O endereço eletrônico inserido, de acordo com a corporação, pertence ao também assessor Marcelo Costa Camara, que acompanhou Bolsonaro nos Estados Unidos.

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Justiça

CGU autoriza fim do sigilo do cartão de vacinação de Bolsonaro

Controladoria-Geral da União (CGU) ordenou que o Ministério da Saúde divulgue os dados do cartão de vacinação de Jair Bolsonaro.

Segundo o Metrópoles, a Controladoria-Geral da União (CGU) confirmou, nesta segunda-feira (13/3), que decidiu autorizar o fim do sigilo do cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em parecer, a CGU deu provimento a um recurso que questionava a decisão do Ministério da Saúde de negar as informações sobre data, local e fabricante de vacinas tomadas por Bolsonaro.

“A decisão baseou-se no fato de que a informação referente ao status vacinal do ex-presidente da República foi tornada pública por ele mesmo, de modo que não se aplica ao objeto do pedido a proteção conferida pelo artigo 31, §1º, inciso I da Lei nº 12.527/2011 (LAI). Diante disso, conclui-se que o acesso às informações pessoais solicitadas é compatível com a finalidade pela qual o dado pessoal foi tornado público pelo próprio titular”, argumenta a controladoria.

Com a decisão da CGU, caberá agora ao Ministério da Saúde informar a quem solicitar se constam ou não nos bancos de dados da pasta registros de vacinação de Bolsonaro contra a Covid-19.

“Caso haja registros, o ministério deverá fornecer ao solicitante a data, o local, o laboratório de fabricação e o nome do imunizante aplicado no ex-presidente”, ressalta a CGU.

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Justiça

CGU confirma investigação sobre a inserção de supostos dados falsos no cartão de vacinação de Bolsonaro

Órgão afirmou que tem até o dia 13 de março para julgar o sigilo imposto ao documento do ex-presidente.

A Controladoria-Geral da União (CGU) confirmou nesta sexta-feira que há uma investigação em curso no órgão que apura a possibilidade de inserção de dados falsos no cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Havia uma expectativa de que a CGU retiraria o sigilo imposto pelo governo anterior sobre o documento até o fim desta semana. O órgão, no entanto, decidiu esperar a conclusão do procedimento.

Em nota, a CGU informou que tem até o dia 13 de março para decidir sobre a retirada ou não do segredo. Nesse dia, encerra-se o prazo legal do julgamento de recurso feito ao órgão por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). A instituição também disse que está analisando outros 233 casos de sigilo impostos de forma “indevida” pela gestão passada.

Conforme o Globo publicou ontem ontem, a investigação em questão foi aberto durante a gestão do ex-ministro da CGU Wagner Rosário, próximo ao fim do antigo governo. Em janeiro deste ano, um grupo de hackers divulgou um cartão de vacinação que supostamente seria de Bolsonaro. Nele constava o registro de uma dose da vacina contra a Covid-19, que teria sido aplicada em uma unidade de saúde em São Paulo, com data de 19 de julho de 2021.

O Globo apurou que as informações são apontadas como falsas pela administração anterior, tendo em vista que nesse dia Bolsonaro se encontrava em Brasília. Ainda segundo relatos feitos à reportagem, foi constatado a ocorrência de outras tentativas de inserção de dados no cartão. A investigação apura se isso ocorreu por ação de um hacker ou de um servidor público, e ainda não foi concluída. A base de dados do cartão de vacinação é de responsabilidade do Ministério da Saúde.

Ao longo de sua gestão, Bolsonaro se recusou a informar se tomou a vacina contra a Covid-19. Questionado por meio de Lei de Acesso à Informação, o governo impôs um sigilo de até cem anos aos dados sob a justificativa que isso se referia à vida privada do então presidente.

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Justiça

CGU quebrará sigilo do cartão de vacina de Bolsonaro nos próximos dias

Expectativa é de que CGU autorize nesta semana o Ministério da Saúde a quebrar sigilo e fornecer dados do cartão de vacina de Jair Bolsonaro.

Segundo o Metrópoles, a Controladoria-Geral da União (CGU) deve autorizar, nos próximos dias, a quebra de sigilo de dados do cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A expectativa no governo é de que o órgão autorize, até a sexta-feira (17/2), o Ministério da Saúde a fornecer os dados a quem solicitar via Lei de Acesso à Informação (LAI).

Em meados de janeiro, a pasta da Saúde negou à imprensa acesso aos dados do cartão de vacina de Bolsonaro. Veículos de comunicação, no entanto, recorreram à CGU.

Indicação do ministro da CGU

Procurada pela coluna, a CGU não se pronunciou. Em entrevista à coluna Guilherme Amado, do Metrópoles, nesta semana, o ministro da pasta, Vinícius de Carvalho, deu uma indicação da decisão.

O ministro da CGU afirmou que a divulgação de um cartão de vacina de um presidente em meio a uma pandemia é diferente de uma questão íntima de saúde.

“Quando você fala de saúde, você normalmente está lidando com um caso relacionado à privacidade das pessoas. Só que quando você está falando de vacinação, você está falando de uma política pública no meio de uma pandemia. Uma agenda de saúde pública”, afirmou Vinícius de Carvalho.

O chefe da CGU lembrou ainda que, no caso específico de Bolsonaro, é preciso levar em conta que o próprio ex-presidente declarou não ter se vacinado contra a Covid-19.

“Se essa preocupação de intimidade é algo assim tão relevante, a pessoa pode dizer ‘não vou falar, é da minha intimidade’. Então uma coisa para ser problematizada é a distância que existe entre uma declaração e um cartão de vacina. E aí também um contexto histórico que se vivia naquele momento em relação a esse tema”, emendou o ministro.

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