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De camarão a filé mignon e iogurte grego: todos querem entrar na cesta básica nacional

Para indústria, composição deve ser a mais abrangente possível. Pesquisadores e parte do governo defendem que a alíquota zero deve ser mais restrita e não deve incluir ultraprocessados.

A Reforma Tributária aprovada na Câmara prevê a criação de uma cesta básica nacional com alíquota zero. A proposta sequer começou a tramitar no Senado e o tema deve ser definido posteriormente por lei complementar, mas a disputa por um lugar na lista que vai compor o prato do brasileiro já começou, diz O Globo.

Representantes da indústria de alimentos defendem a composição mais abrangente possível. Organizações de defesa do consumidor, pesquisadores e parte do governo entendem que a alíquota zero deve ser mais restrita e não deve incluir ultraprocessados e alimentos que não fazem parte da rotina da maior parte da população, como filé mignon e salmão.

No modelo atual, a cesta básica é isenta de impostos federais. Mas os estados definem quais produtos terão incidência menor de ICMS. Na prática, isso faz com que o país tenha 27 cestas básicas, com itens que vão da rapadura mista de amendoim ao queijo petit-suisse .

‘Não cabe ao Poder Público’
A inclusão da alíquota zero da cesta básica foi uma das mudanças incluídas de última hora no texto. A alteração foi considerada uma vitória para o empresariado, que agora busca emplacar a definição de categorias abrangentes como “carne”, “peixe” e “massas alimentícias”. Um dos argumentos é que a descrição particular de cada categoria aumentaria ainda mais a complexidade do sistema tributário.

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Guedes e a granada no prato dos pobres

A mídia, diante da falta de comando do país, cria falsas expectativas para não dizer que não temos governo.

Sem comando, entregue à sorte do mercado, a lei do mais forte vigora no Brasil, agora, mais do que nunca.

Como queria a mídia, não há governo. Tudo agora é determinado pelo mercado, inclusive o feijão e arroz do prato do brasileiro.

A lei de Guedes é: se não pode comprar cesta básica, fica sem e, pronto, que morra de fome.

Guedes nunca escondeu de ninguém que trata os pobres como inimigo, porque não poupam como os ricos e ainda querem ir para a Disney.

O projeto de Guedes é esse mesmo, colocar uma granada no prato do inimigo, neste caso, os pobres.

Um governo, que promove uma chacina diária por Covid, com 130 mil mortos até o momento, não está nem aí se um pobre não come ou se uma criança morre por desnutrição.

A Globo, principal avalista de Guedes, depois faz um “criança esperança” e está tudo certo.

E Sardenberg, comentarista de economia da Globo, diz que não há o que fazer para devolver os alimentos da cesta básica para a mesa dos pobres e determina: é a lei do mercado e precisa ser respeitada.

Se essa crise dos alimentos expõe a demolição dos interesses públicos em nome dos interesses do mercado, que leva quem paga mais, a falta de arroz é só a guarnição de uma política trágica de um cardápio neoliberal levado ao último grau do fundamentalismo de mercado, pois é ele que decide quem come e quem não come, e está acabado.

Isso é resultado da união entre as chamadas direita (PSDB) e extrema direita bolsonarista.

Mas e o povo, e os pobres?

Que morram de fome, de Covid ou que queime no inferno que Bolsonaro transformou a Amazônia e o Pantanal!

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

 

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Bolsonaro libera R$ 1,2 trilhão para bancos, enquanto favelas fazem campanha para doações de sabonete

A Central Única das Favelas Brasil (CUFA) informou nesse domingo (22) que foi criada uma campanha para arrecadação e distribuição de alimentos e materiais utilizados para higiene pessoal. Entre os principais estão: álcool em gel, sabonete liquido e cesta básica. Além da iniciativa a campanha de conscientização batizada de “#favelacontraovirus” entrou no ar neste domingo.

Na outra ponta do Brasil, estão os bancos que receberam ajuda de R$ 1,2 trilhão do governo Bolsonaro.

A cifra, divulgada nesta segunda-feira, 23, pelo próprio BC, equivale a 16,7% do Produto Interno Bruto (PIB).

Para combater os efeitos negativos da epidemia de coronavírus sobre o sistema financeiro, o Banco Central já anunciou a disponibilidade de R$ 1,216 trilhão para os bancos brasileiros.

O que mais chama a atenção é o fato de que o anúncio de recursos de R$ 1,216 trilhão, já é substancialmente superior ao verificado após a crise econômica global de 2008.

Na época de Lula, o BC proveu liquidez de R$ 117 bilhões, o equivalente a 3,5% do PIB.

Isso mostra a preferência e o garante que Bolsonaro tem com a agiotagem nativa.

Enquanto favelados não têm direito a nada e precisam fazer campanha para doação, banqueiros recebem tratamento vip completo, 5 estrelas.

Isso é o Brasil de Bolsonaro que impõe aos brasileiros um quadro tão absurdo que desperta de alguma forma a consciência das pessoas, mostrando que a instrução superior de um governo como esse, fascista, será sempre a de privilegiar os ricos e mutilar os direitos dos pobres.

Para quem quiser doar, segue o link da campanha:

CUFA cria campanha de doações para moradores de comunidades

 

*Da redação

 

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Desastre do governo Bolsonaro faz preço da carne disparar e a alta deve se manter em 2020

Creio que muitos se lembram de como os brasileiros puderam consumir carne durante os governos de Lula e Dilma.

Acúmulo de preços altos ao longo do ano faz com que o brasileiro tenha que abandonar o alimento ou fazer substituições por carne de segunda.

Com o aumento das exportações, impulsionadas pelo recorde no valor do dólar, a estimativa é que o preço da carne continue em alta nos próximos meses. O acúmulo ao longo do ano, no entanto, já faz com que o brasileiro tenha que abandonar o alimento ou fazer substituições: levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), de janeiro a novembro, mostra que a carne bovina de primeira manteve alta praticamente constante em 12 capitais, sendo que a pesquisa abrange 17 cidades no total.

“O que temos observado é que, pelo aumento das exportações, a carne vai continuar em alta. A cesta básica também vai começar 2020 mais alta puxada por ela. Vamos esperar para ver se o governo faz algum tipo de política. Nesses casos, é aconselhável agir com algumas medidas, como subsídios. Mas, se ele não fizer nada, dezembro vai começar com preços ainda mais altos”, conta Patrícia Costa, supervisora de preços do Dieese.

Dentre as 17 capitais que fazem parte do levantamento do Dieese, Porto Alegre é a que fechou o mês de novembro com a carne mais cara: R$ 26,02/kg. São Paulo e Vitória vem logo em seguida, com R$ 25,97 e R$ 25,35, respectivamente.

Dados divulgados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que faz pesquisa de preços semanalmente na capital paulista, apontou nesta semana que o contrafilé, por exemplo, subiu 5,86%, e o coxão mole, 5,7%. Lagarto e fraldinha também tiveram índices altos, com 5,42% e 5,3%.

Patrícia reforça que um dos principais motivo para a alta dos preços é o aumento das exportações para a China. “A China que é um dos maiores compradores de carne do mundo passou a comprar mais carne brasileira”, conta. No entanto, ela afirma que este fenômeno de alta nas exportações – sem que ocorra uma reposição interna – tem se repetido ao longo dos anos.

“Consumidor vai ter que substituir e buscar outros alimentos compatíveis. O mais comum é que a demanda interna vá para a carne de segunda. Quando se tem restrição de renda, as pessoas vão buscando outras coisas”, acrescenta.

A teoria se comprova nos supermercados e açougues do país. Para o paulista Marcello Yo, o aumento foi nítido e, para lidar com o aperto, a solução foi improvisar. “Percebi um aumento, sim. Mas, como eu gosto muito de vários tipos de carne, minha opção foi comprar as mais baratas mesmo e improvisar”, disse.

No entanto, não foi só o boi que ficou mais caro. No Brasil de Bolsonaro, a carne suína também acompanha as variações da carne bovina. Segundo a Fipe, as carnes de porco tiveram aumento médio de 3,11% na segunda quadrissemana de novembro. O pernil com osso, por exemplo, subiu 4,75%. Apenas o preço do frango recuou neste mês, custando menos 0,94% do que o mês anterior.

 

 

*Com informações da Forum