Um dos flancos importantes da investigação sobre o assassinato de Marielle Franco, a vereadora do PSOL morta com o motorista Anderson Gomes em 14 de março de 2018, concentra-se agora na busca de vínculos antigos e benefícios concretos oferecidos por integrantes da família Bolsonaro a um dos principais personagens acusados do crime.
O sargento reformado Ronnie Lessa, autor dos tiros contra a vereadora segundo denúncia encaminhada ao Ministério Público, morava no mesmo condomínio de Jair e Carlos Bolsonaro, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Lessa, que está em presídio federal em Rondônia, sofreu um atentado em 2009.
Uma granada explodiu dentro da Toyota Hillux que dirigia em Bento Ribeiro, na zona norte do Rio de Janeiro. À época segurança do contraventor Rogério Andrade, Lessa foi vítima de inimigos do então patrão.
Os investigadores do caso Marielle aprofundam a informação de que integrantes da família Bolsonaro ajudaram na recuperação de Lessa após o atentado de 2009, o que mostraria uma ligação antiga do acusado com o clã.
De modo lateral, por diversas vezes a família Bolsonaro aparece nas investigações ligadas a envolvidos no assassinato de Marielle Franco.
Élcio Queiroz, que conduziu o Cobalt prata usado para emboscar Marielle na noite do crime, apareceu em redes sociais em uma fotografia tirada ao lado de Bolsonaro.
Outro suspeito preso no início de outubro deste ano sob a acusação de ter lançado ao mar armas usadas na execução da vereadora, o professor de artes marciais Josinaldo Lucas Freitas, o Djaca, também postou foto ao lado do agora presidente da República.
O ex-PM Adriano Magalhães da Nóbrega, apontado como um dos chefes da milícia de Rio das Pedras e associado ao Escritório do Crime, foi homenageado em duas ocasiões pelo então deputado estadual Flávio Bolsonaro, hoje senador. A mulher e a mãe do miliciano trabalharam no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio.
Em 30 de novembro, o UOL divulgou um trecho do depoimento do vereador Carlos Bolsonaro à Delegacia de Homicídios do Rio, pouco mais de um mês após o crime.
Carlos relatou que teve uma discussão com um assessor da vereadora e que o desentendimento teria sido apaziguado pela própria Marielle.
Segundo o vereador, um dos assessores de Marielle dava entrevista a uma emissora espanhola e o chamou de “fascista”. Carlos teria ouvido a declaração ao passar pelo corredor e afirma ter questionado o funcionário sobre o motivo da agressão verbal. Ainda segundo ele, a própria Marielle “intercedeu para acalmar os ânimos, encerrando a discussão”. O vereador disse ainda que mantinha um relacionamento “respeitoso e cordial” com Marielle, apesar das divergências políticas.
A família de Marielle Franco também indignou-se com a informação de que o governo Jair Bolsonaro concedeu passaporte diplomático a familiares do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão.
Ele é suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora e de ter obstruído as investigações do caso.
A matéria que segue já revelava há um ano que a polícia já tinha informação de que eram três os ocupantes do carro dos assassinos de Marielle e Anderson que, certamente exerceu papel importante no crime.
O que se pergunta é que, depois desse exame atento, com especialistas, dois criminosos foram presos e o terceiro nunca mais foi mencionado, parecendo que o crime estava limitado a somente duas pessoas, porque no desenrolar do processo para uma possível conclusão, o terceiro ocupante do carro que poderia desenrolar o caso, desapareceu da mídia, não se sabe se desapareceu do processo.
A matéria abaixo foi publicada pelo Uol em 14/11/2018 às 21h03
Um inquérito da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro constatou que havia uma terceira pessoa dentro do veículo utilizado para executar a vereadora Marielle Franco no dia 14 de março. A informação foi divulgado pela TV Globo na noite desta quarta-feira (14).
Anteriormente, as imagens das câmeras de segurança já conhecidas sugeriam que apenas dois criminosos estavam no carro na hora do ataque. Com obtenção de novas imagens, a polícia precisou do auxílio de um programa de computador para identificar a presença de um terceiro criminoso sentado no banco da frente ao lado do motorista, já que a película escura colocada no vidro do carro dificulta a visualização.
O inquérito afirma que o reflexo de luz que era visto na janela do motorista enquanto o carro estava parado à espera da saída de Marielle não se tratava de um celular, mas, sim, o reflexo de uma luz.
A investigação também diz que o carro foi preparado para o crime, já que o Cobalt utilizado pelos bandidos, segundo a apuração, não tem as mesmas características do modelo original, como por exemplo as maçanetas pretas (que, segundo o inquérito, são pouco usadas no Cobalt) e o formato das janelas.
Marielle foi assassinada no Rio, quando voltava de uma reunião política na noite de 14 de março, na Casa das Pretas, na Lapa, centro do Rio. No carro, estavam sua assessora – que sobreviveu – e o motorista Anderson Gomes. Na rua Joaquim Palhares, um Cobalt emparelhou com o veículo da vereadora e efetuou 13 disparos. Marielle e Anderson foram baleados e morreram.
Quatro tiros atingiram Marielle, todos na cabeça, segundo a polícia. Mas o inquérito não traz novas informações sobre o momento dos disparos e nem o motivo das câmeras do local da execução estarem desligadas. Marielle foi a quinta vereadora mais votada do Rio nas eleições de 2016, com 46.502 votos. Ela presidia na Câmara a Comissão da Mulher e tinha sido nomeada relatora da comissão que acompanharia a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro.
Passados oito meses do assassinato sem respostas, a Anistia Internacional afirmou, nesta quarta-feira (14), que a apuração do caso demonstra ser um “labirinto de caminhos inexplorados”.
Laudo mostra outro Cobalt prata de placas clonadas a 51 km da rota do crime. Apontado como responsável pela clonagem foi assassinado.
Até agora, a investigação sobre o assassinato de Marielle Franco apontava que os matadores usaram um carro no ataque: um Cobalt prata de placas clonadas. Mas um relatório da Polícia Civil até hoje inédito, anexado ao inquérito, mostra que um segundo Cobalt, com as mesmas placas clonadas, estava circulando na cidade no mesmo horário a 50km do local da morte da vereadora e de seu motorista, Anderson Gomes.
A informação foi ignorada pela polícia ao longo das investigações.
O relatório com a localização do Cobalt clonado foi produzido pela Polícia Civil em 21 de fevereiro com dados da CET, a empresa que armazena as imagens das câmeras que monitoram o tráfego no Rio, e do COR. Ele mostra o registro de um Cobalt com placas clonadas KPA-5923 na Av. Brasil, altura de Campo Grande, no mesmo momento em que outro Cobalt idêntico, também clonado, transportava os homens apontados pela polícia como assassinos da vereadora e seu motorista à Lapa, local do atentado.
A presença do segundo Cobalt clonado no relatório levanta algumas hipóteses, então entramos em contato com a delegacia responsável pelo caso e perguntamos: há de fato um segundo carro com a mesma placa clonada e que circulou no mesmo dia do assassinato? Se sim, por que foi ignorado? Ou o registro no laudo foi um erro de digitação? A polícia não respondeu, informando apenas que “o caso corre sob sigilo”.
A dona do Cobalt prata original com as placas KPA-5923 legítimas conseguiu comprovar que, na hora do crime, o veículo estava estacionado no Leblon. O inspetor responsável pelo laudo também descartou a possibilidade dela ter passado na Avenida Brasil, km 50,7, no dia do crime. “Em suas declarações, [a dona do veículo] informou que sempre utilizou seu veículo para deslocar-se de sua residência em Nova Iguaçu até seu local de trabalho no Leblon. A análise das OCRs [sistema de fiscalização eletrônica da Prefeitura do Rio] e o GPS instalado em seu veículo confirmaram a versão da declarante”, informou Carlos Alberto Paúra Jr. em seu relatório de investigação.
A suspeita de um possível segundo carro na emboscada contra Marielle e Anderson apareceu nas primeiras hipóteses da Polícia Civil, mas foi descartada com base nos depoimentos de testemunhas que assistiram às execuções. A informação do segundo Cobalt circulando na mesma hora e com a mesma placa, a 51 km da rota do crime, traz a hipótese à tona novamente.
Um áudio anexado na denúncia da ex-procuradora geral da República, Raquel Dodge, que transcreve uma conversa gravada entre o vereador do Rio Marcello Siciliano, do PHS, e o miliciano Jorge Alberto Moreth, o Beto Bomba, aponta que o major Ronald Paulo Alves Pereira estaria em um segundo carro em apoio à empreitada criminosa. A gravação foi feita pelo parlamentar e entregue às autoridades federais.
Um registro ignorado
O trecho do relatório policial intitulado “Da Movimentação do Veículo Clonado Chevrolet Cobalt KPA-5923” inclui uma planilha informando que o veículo foi detectado nas imediações de Campo Grande, bairro da zona oeste do Rio. Às 18h10 de 14 de março de 2018, ele estava exatamente na Avenida Brasil, km 50,7, trafegando em sentido Centro. Esse local fica a cerca de 51 km da rota percorrida pelos assassinos – com um veículo idêntico – momentos antes do crime.
Um minuto antes, às 18h09, o carro que transportava os criminosos que mataram Marielle e Anderson — também um Cobalt prata com placas KPA-5923 clonadas – foi flagrado pela CET e pelo COR na rua Conde do Bonfim, 256, na Tijuca, zona norte do Rio. A rota consta no relatório da polícia, mas em outra parte do inquérito, em que quadros das câmeras de segurança documentam o trajeto feito pelo Cobalt usado pelos assassinos para chegar à Casa das Pretas, na Lapa, região central do Rio.
Ali, eles ficariam parados por pouco mais de duas horas a fim de monitorar o veículo em que a vereadora, seu motorista e a assessora Fernanda Chaves estavam no momento da emboscada no cruzamento entre as ruas Joaquim Palhares e João Paulo I, no Estácio, por volta das 21h10 daquela noite.
O relatório de 21 de fevereiro deste ano, assinado pelo inspetor da Polícia Civil Carlos Alberto Paúra Jr., afirma que a primeira aparição de um Cobalt prata com as placas KPA-5923 clonadas ocorreu em 27 de outubro de 2016. Deste dia até 12 de março de 2018, o carro foi visto transitando pela Avenida Brasil em 33 registros, conforme o Intercept contabilizou na tabela anexa ao relatório.
Ainda de acordo com o documento, após passar exatamente um mês longe das câmeras de monitoramento de tráfego, o veículo foi avistado na Barra da Tijuca justamente no dia do homicídio, 14 de março de 2018, “e deslocou-se até o bairro do Estácio para cometimento do crime investigado”, escreveu o inspetor. Em sua análise, Paúra Jr. ignorou o longínquo registro de um carro idêntico na Avenida Brasil, às 18h10, a 51 km de distância da rota usada pelos assassinos e apontada pela polícia em outra parte do inquérito. Tivesse prestado atenção nisso, o policial veria que teriam de ser dois carros diferentes, pois àquele horário o tempo previsto para ir de um ponto a outro seria de mais de uma hora.
Aquela havia sido a 34ª aparição de um Cobalt Prata de placas clonadas KPA-5923 na Avenida Brasil, segundo o relatório policial que detalhou o trajeto do veículo. Curiosamente, neste registro da planilha da polícia, não há detalhes da localização do equipamento de fiscalização da CET no km 50,7, sentido Centro, da Avenida Brasil. Outros registros da mesma tabela e na mesma quilometragem, contudo, indicam que o local fica na região de Campo Grande.
Procurado, o COR declarou que cabe à CET informar o local preciso do radar, seu endereço aproximado ou mesmo o bairro. Já a CET foi procurada em seis ocasiões pelo Intercept e não forneceu a localização precisa do radar que flagrou o carro em Campo Grande.
O laudo afirma que o Cobalt clonado deixou de circular pela Avenida Brasil, na altura de Campo Grande, às vésperas do crime, em fevereiro, para então iniciar suas aparições na rota da Barra da Tijuca (de onde o carro saiu em 14 de março) até a Tijuca (bairro em que Marielle residia), por, ao menos, quatro datas no mês anterior ao atentado. “Por quatro vezes, nas nos dia 1, 2, 7 e 14 de fevereiro, o Chevrolet Cobalt realizou o mesmo trajeto, merecendo destaque o fato de que o veículo ‘surgia’ primeiramente na OCR da Barra da Tijuca e após deslocar-se até a Tijuca, este voltava para a Barra”, escreveu.
Há de fato um segundo carro com a mesma placa clonada e que circulou no mesmo dia do assassinato? Se sim, por que foi ignorado?
Após o duplo homicídio de Marielle e Anderson, o carro clonado apareceu em pontos diferentes da cidade em ao menos 26 dias distintos entre 15 março e 2 de dezembro, segundo a polícia. Dentre estas datas, em 13 dias diferentes ao longo de nove meses após os assassinatos o carro transitou pela Avenida Brasil novamente. O último registro foi datado de 2 de dezembro de 2018, segundo o relatório. Nesta data, o Cobalt clonado também passou pela Avenida Brasil, no sentido do bairro Santa Cruz, também na zona oeste do Rio, às 11h05, para nunca mais ser rastreado.
Um delegado da Polícia Civil do Rio, que falou ao Intercept sob condição de anonimato, disse que a menção a esse ponto da investigação que ficou oculto é importante. “Não ficou claro este ponto e ele deve ser investigado ainda, mas não pode se ter uma conclusão de que houve intencionalidade ou não [na omissão do registro].” Segundo ele, como o objetivo do inquérito é identificar a autoria e a materialidade do crime e os autores foram vistos na rua Conde de Bonfim [no bairro da Tijuca], o outro carro não serviria para fins de identificação. Mas ele pode ajudar a esclarecer outros pontos da investigação. “Acho que isso deve ser levado ao segundo inquérito que identifica o mandante e outros possíveis partícipes que contribuíram para o crime”, analisou.
Solicitei à Polícia Civil, em três ocasiões, o contato direto para uma entrevista com o inspetor da DH que assina o relatório, mas os pedidos não foram respondidos.
Responsável pela clonagem também foi assassinado
A investigação da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro também aponta que Lucas Prado do Nascimento da Silva, um dos suspeitos de ter feito a clonagem do Chevrolet Cobalt usado no crime contra Marielle, foi assassinado 20 dias depois das execuções da vereadora e de seu motorista.
Conhecido como Todynho, Silva foi executado em 3 de abril de 2018, em uma provável queima de arquivo em decorrência do atentado contra Marielle. Ele foi apontado por ter feito as alterações no documento do veículo usado pelos assassinos. O crime segue sob investigação pela Delegacia de Homicídios.
A Polícia Civil do Rio ainda busca por Antônio Carlos Lima da Silva, o Nem Queimadinho, que teria montado e adulterado os chassis e número de identificação do veículo. Seu paradeiro ainda é desconhecido. No relatório final produzido pela DH em março, Giniton Lages, delegado que comandou a primeira fase do inquérito, ponderou que, apesar das informações de inteligência da polícia, a autoria da clonagem ainda não foi assegurada pelos investigadores e que isso é tema de um outro inquérito.
Outro carro, outros implicados
Ronald Pereira, major da ativa da Polícia Militar – e que estaria em um segundo carro, segundo a denúncia de Dodge –, foi preso na Operação Intocáveis em janeiro deste ano. Na gravação, outros nomes também foram apontados como executores do crime: Leonardo Gouveia da Silva, o Mad, Leonardo Luccas Pereira, o Leléo, e Edmilson Gomes Menezes, o Macaquinho. Todos eles seriam membros do Escritório do Crime, um grupo de milicianos que executa assassinatos sob encomenda e que estaria sob comando do ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega, considerado foragido pela justiça desde a operação que prendeu Pereira.
Ainda de acordo com o mesmo áudio, o provável suposto mandante do crime seria Domingos Brazão, ex-deputado estadual pelo MDB e conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado do Rio. Ele nega qualquer tipo de participação no crime. Beto Bomba, por sua vez, se entregou à polícia em 24 de maio. Ele foi preso após os desabamentos dos prédios em Muzema, na zona oeste do Rio, área controlada pela milícia de Rio das Pedras.
Embora parte das investigações que apuram o mandante do crime esteja sob sigilo, o Intercept apurou que a polícia já investigou os apontados pelo áudio entre Siciliano e Beto Bomba como executores dos assassinatos, mas acredita que os indícios mais fortes ainda pairam sobre os réus denunciados pelo Ministério Público do Rio, o sargento da PM reformado Ronnie Lessa e o ex-policial Élcio Queiroz — apontados, respectivamente, como o atirador que executou Marielle e Anderson e o motorista que dirigiu o carro durante a empreitada criminosa. Eles foram presos em 12 de março e prestaram depoimento na DH em 24 de janeiro.
Queiroz retornaria à delegacia dias depois, em 1º de fevereiro, com o intuito de entregar documentações relativas à sua rotina. Constam nos autos do inquérito fotos dele com Ronnie em local público logo antes da visita de Élcio à Divisão de Homicídios da Capital. Segundo os investigadores, isso evidencia que eles combinaram versão antes do segundo depoimento. Ambos alegaram inocência ao prestar depoimento em audiência no Tribunal de Justiça do Rio em 4 de outubro.
Siciliano, por sua vez, já foi apontado em uma falsa denúncia como suposto mandante do crime, implicando o miliciano Orlando da Curicica, conforme revelado pelo jornal O Globo em maio de 2018. Duas pessoas já são rés no Tribunal de Justiça do Rio em decorrência desta falsa denúncia, que nada mais foi do que uma tentativa de embaraçar as investigações: o PM Rodrigo Jorge Ferreira, o Ferreirinha, e sua advogada, Camila Nogueira.
Ainda assim, tanto a Polícia Civil do Rio quanto o MP do Rio questionaram Élcio Queiroz e Ronnie Lessa se conheciam Siciliano, assim como os prováveis membros do Escritório do Crime. Ambos afirmaram que conheceram o vereador superficialmente em outras ocasiões, mas negaram que mantivessem contato constante com o parlamentar carioca. Questionado pelo MP do Rio sobre uma eventual relação com Leléo, Macaquinho e Playboy (Diego Luccas Pereira, que não figura na denúncia da PGR, mas é investigado por uma possível participação no Escritório do Crime), Lessa declarou: “são milicianos da pior espécie. Se eu pudesse, eu os prendia”. Logo antes, ele fora perguntado sobre uma provável relação com o ex-capitão Adriano, e respondeu: “nenhuma”.
Na denúncia que implica Ronnie Lessa como executor de Marielle e Anderson, feita anonimamente à DH em 25 de outubro de 2018, o vereador Siciliano é apontado como o provável mandante do duplo homicídio, conforme documenta o inquérito da DH. Desde que seu nome veio à tona nas investigações, o parlamentar também nega qualquer tipo de envolvimento com os assassinatos.