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Com medo de ser chamado de corrupto e ladrão, Dallagnol corre da Câmara como o diabo da cruz

Deltan Dallagnol era esperado nesta terça-feira (9) na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Diante da recusa parlamentares articulam novo pedido de informações ao procurador.

Depois do episódio do Deputado Glauber Braga com Moro na Câmara, Dallagnol mascou. Como diz o ditado popular, “divindades e demônios têm origem comum nas trevas, quando o sol raia, desdemoniza-se o coisa ruim”.

Este é o caso de Dallagnol depois que a luz penetrou nas sombras da Lava Jato descortinou um grande espetáculo que até os morcegos, acostumados com noites escuras, assombraram-se.

Na verdade, com a rotacão da terra que produz a noite, e esta, as sombras, também produz a aurora e o esplandecer da luz. Diante disso e não tendo como refugiar para os antros onde dormem os ratos, Dallagnol, de astro da Lava Jato, vive certamente o seu pior pesadelo na vida, aprisionado pelas revelações do Intercept.

Na realidade, a grande traíra de Dallagnol foi a própria língua. Ali todos os malefícios produzidos pela Lava Jato foram e serão ainda revelados pelo Intercept na margem oposta em que se encontravam os heróis forjados pela mídia.

Imagino como está a relação de Dallagnol com o travesseiro. Sua fuga da Câmara revela o tamanho da tragédia que sua jornada enfrentará daqui por diante. Ele pode fugir hoje, amanhã, mas em algum momento o congresso o alcança e o religioso hipócrita será devidamente desmascarado diante da opinião pública, assim como Moro e os demais integrantes da força-tarefa.

Trecho do documento enviado por Dallagnol à Câmara dos Deputados

“Diante disso, muito embora tenha sincero respeito e profundo apreço pelo papel do Congresso Nacional nos debates de natureza política que realiza e agradeço o convite para neles participar, acredito ser importante concentrar na esfera técnica minhas manifestações sobre mensagens de origem criminosa, cuja veracidade e autenticidade não reconhecemos, e que vêm sendo usadas para atacar a Operação Lava Jato”,

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas