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A sangrenta guerra entre criador e criatura, Moro x Bolsonaro, virou um vulcão de excrementos em erupção

Rio das Pedras x república de Curitiba. Está declarada a guerra entre as duas milícias mais violentas do país.

E não é mais uma guerra com aquelas características do bolsonarismo em que o gabinete do ódio fazia ataques sincronizados nas redes sociais para assassinar a reputação de um inimigo ou de um potencial inimigo. Dessa vez, o general desse exército virtual não é Carluxo e, muito menos, as ordens partem de um obscuro centro de operações, que muitos dizem, funcionava, de forma obscura, dentro do próprio Palácio do Planalto.

Agora não, pelo menos Bolsonaro fez uma declaração de guerra aberta a Moro com vídeo gravado à luz do dia em frente ao Palácio Alvorada em que Bolsonaro pede para que as pessoas assistam a um vídeo de um youtuber bolsonarista chamado Kim Paim em que o doleiro Alberto Youssef, conhecido como bandido de estimação de Moro, faz revelações absolutamente comprometedoras contra o comando do partido de Moro, o Podemos.

Para que todos tomem conhecimento, Bolsonaro pede que seu vídeo seja muito compartilhado e que o de Kim Paim também ganhe destaque nas redes sociais.

A ideia é perturbar o sossego de Moro que, pelo que tudo indica, começa a incomodar de forma mais efetiva, a campanha de Bolsonaro que pretende fazer de Moro um peru de natal.

É lógico que Moro não vai deixar isso barato, já que, furioso com o Ministério Público por ter arquivado a acusação contra Lula no caso do Triplex e, com isso, esvaziado ainda mais a já puída imagem de herói, Moro não só atacou o STF, como mandou sua principal marionete, Deltan Dallagnol, fazer o mesmo de maneira mais direta dando nomes aos bois e de forma mais agressiva nominar o STF como inimigo da nação.

O fato é que os dois lados estão nutrindo um ódio insaciável numa guerra que promete um final com uma congestão nos dois intestinos miseráveis de duas criaturas que, se cortar a cabeça de um e colocar no corpo do outro, ninguém notará a diferença, já que estão atolados de lama até o pescoço e sempre cantaram triunfo com as chacinas institucionais que produziram.

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Folha versus Bolsonaro, Criador versus Criatura

“Não quero ler a Folha mais. E ponto final. E nenhum ministro meu. Recomendo a todo Brasil, não compre o jornal Folha. Qualquer anúncio na Folha eu não compro aquele produto e ponto final”. (Bolsonaro)

Bolsonaro é um monstro eleitoral criado por muitas mãos, mas com uma só cabeça, o neoliberalismo.

Uma das mãos fortes que fabricaram a criatura nos laboratórios das redações, foi a Folha.

E isso não é um fato isolado.

Temer também é cria dessa mesma malta de golpistas que tem, entre outros baluartes do jornalismo nativo, o jornal dos Frias.

Na verdade, quando foi montado o meio campo do time golpista com Cunha, Aécio e Temer em nome do “combate à corrupção sistêmica” que atingia o Brasil do PT, a Folha, com o final da peleja, estampou em garrafais a vitória dos campeões da honestidade.

Moro, o ministro da justiça de Bolsonaro, para a Folha, até hoje é uma vaca sagrada. Intocável.

A santidade fez altar nos corredores e na alma do colunismo lavajatista do jornalão.

Por isso a Folha ignora Moro em seu editorial. O ex-juiz segue sendo objeto de devoção para o jornal antipetista, mas sobretudo, antilulista.

Na verdade, sobra pouco espaço para a Folha fazer sua critica a Bolsonaro, já que a política neoliberal de Paulo Guedes também merece adoração dos seus devotos nas colunas de economia do jornal.

Então, a Folha não está incomodada com o governo Bolsonaro, mas com a empresa e não com a imprensa.

Cultua e continuará a cultuar suas “qualidades simbólicas” inspiradas no fascismo miliciano.

Fora do furdunço empresarial, todo mundo na Folha continua respeitando o animal em nome dos “rituais de purificação” do “Brasil contra o petismo”.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas