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Bélgica prende soldados israelenses por crimes de guerra em Gaza

Prisões decorrem de ação apresentada por grupos de direitos humanos; dupla estava em festival de música eletrônica com bandeira das IDF, diz imprensa

A polícia federal da Bélgica prendeu dois soldados israelenses que estavam no festival de música eletrônica Tomorrowland na cidade de Boom, por cometimento de crimes de guerra contra palestinos na Faixa de Gaza. As detenções foram resultado de denúncias feitas por dois grupos de direitos humanos, conforme informou nesta segunda-feira (21/07) a imprensa belga.

O Ministério Público Federal (MPF) detalhou que a ação em questão foi protocolada pela Hind Rajab Foundation (HRF) e pela Global Legal Action Network (GLAN) neste fim de semana. O documento denunciou “grandes violações do direito internacional humanitário supostamente cometidas na Faixa de Gaza por dois membros do Exército israelense”.

De acordo com a emissora pública belga, os dois teriam sido vistos no festival de música agitando a bandeira da Brigada Givati das Forças de Defesa de Israel (IDF).

Ao portal de notícias Middle East Eye (MEE), o porta-voz e diretor da HRF, Dyab Abou Jahjah, explicou que a ação contra a dupla, que celebrava o evento musical em meio ao genocídio em curso no território palestino, foi um “marco importante”.

“Esta é a primeira vez que um país europeu reconhece a jurisdição universal contra soldados israelenses e age de forma contundente, prende-os e os leva à delegacia de polícia para interrogá-los”, disse.

Ainda sobre a denúncia, o MPF determinou o prosseguimento do caso com base no novo artigo 14/10 do Título Preliminar do Código de Processo Penal, que entrou em vigor em 28 de abril de 2024.

O artigo concede aos tribunais belgas jurisdição sobre crimes cometidos fora da Bélgica com base nas Convenções de Genebra de 1949 e na Convenção contra a Tortura de 1984.

“Diante dessa possível jurisdição, o Ministério Público Federal instruiu a polícia a localizar os dois indivíduos mencionados na denúncia e prosseguir com o interrogatório”. Entretanto, após as entrevistas, o órgão responsável informou que a dupla de israelenses foi liberada, sem acrescentar nenhuma informação adicional.

Para a HRF e a GLAN, contudo, trata-se de uma ação que transmite uma “mensagem clara” sobre como lidar com os crimes internacionais.

“Em um momento em que muitos governos permanecem em silêncio, esta ação envia uma mensagem clara: evidências confiáveis de crimes internacionais devem ser enfrentadas com resposta legal – não indiferença política”, afirmaram os grupos de direitos humanos.

“A Fundação Hind Rajab e a GLAN dão as boas-vindas a este avanço com determinação e humildade. Continuaremos a apoiar os processos em curso e apelamos às autoridades belgas para que prossigam a investigação de forma plena e independente. A justiça não deve parar por aqui – e estamos comprometidos em vê-la até o fim”, acrescentaram.

*Opera Mundi


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ONU sobe o tom e define o ataque de Israel a Gaza como crime de guerra

A ONU apela para que o sionista Netanyahu cumpra com as regras internacionais e não ataque civis, alertando que o cerco e extermínio em massa contra a população de Gaza se constitui crime de guerra.

Mesmo que a mídia hegemônica queira dar peso de igual monta ao Hamas e ao exército do Estado terrorista de Israel que usa as piores praticas de guerra desde 1948, a ONU faz uma separação clara e justificável entre as duas partes e forças.

Os dados divulgados pela ONU são alarmantes e mostram que a operação de resposta dos terroristas de Israel já atingiu 5,3 mil prédios, gerou 187 mil deslocados e deixou 610 mil palestinos sem água potável. O abastecimento de energia é precário e desumano para garantir luz em Gaza.

Já a OMS denuncia o fato de que a ofensiva do exercito terrorista do estado de Israel atingiu muitos hospitais, ambulâncias e matou médicos e enfermeiras no território de Gaza. Um massacre aos moldes dos campos de concentração nazistas.

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Trump ameaça atacar 52 alvos iranianos e Comandante do exército do Irã diz, “não têm coragem para concretizar ameaças”

No sábado (5), o comandante em chefe do Exército do Irã declarou que aos EUA falta coragem para desencadear um conflito com o Irã.

“Duvido que eles [norte-americanos] tenham a coragem para iniciar” um conflito no qual os americanos ameaçaram atacar 52 alvos, disse o major-general Abdolrahim Mousavi, citado pelo canal de televisão IRIB.

Após ameaças do presidente Trump de atacar 52 locais iranianos, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, disse que ter como alvo objetos culturais iranianos é “um crime de guerra”.

O ministro de Tecnologia de Informação do Irã, Azari Jahromi, também comentou o tweet de Trump sobre o ataque contra 52 objetivos iranianos, chamando o presidente norte-americano de “terrorista de terno”:

Como o Daesh [organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países], como Hitler, como Gengis Khan!

Eles todos odeiam culturas. Trump é um “terrorista de terno”. Ele vai aprender a história muito em breve que NINGUÉM pode derrotar “a grande nação e cultura iraniana”.

#VingançaDura

#QassemSoleimani

As declarações do general Mousavi e do ministro Zarif surgem algumas horas após o presidente norte-americano ter ameaçado atacar 52 sítios no Irã, que “representam 52 reféns feitos pelo Irã há muitos anos”, caso o país ataque algum americano ou ativos americanos. As ameaças de Trump apareceram após o Irã prometer vingança pela morte do general da Guarda Revolucionária Iraniana Qassem Soleimani.

 

 

*Com informações do Sputinik