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Cúpula militar vê grande chance de expulsão de Mauro Cid do Exército

A revelação de uma minuta para decretação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) e novas mensagens golpistas no celular do coronel Mauro Cid fizeram crescer na cúpula militar o sentimento de que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro tem grande chance de ser expulso do Exército, segundo Bela Megale, O Globo.

A legislação determina que militares condenados a mais de dois anos na Justiça comum tenham sua permanência na Força analisada e decidida pelo Superior Tribunal Militar (STM) durante o chamado “processo de indignidade e incompatibilidade para o oficialato”. Esse é o provável futuro que Cid vai enfrentar, já que é alvo de uma série de processos Supremo Tribunal Federal (STF), que vão da entrada irregular de joias da Arábia Saudita aos atos golpistas de 8 de janeiro.

A avaliação de membros das Forças Armadas e do STM é que a pressão política para expulsão do coronel será elevada.

Hoje, como Cid responde a várias ações na Justiça comum, ele fica impedido de ser transferido ou promovido, assumir comando de tropas ou ter qualquer progressão de carreira no Exército. O coronel está preso desde o mês passado, mas sua família segue com residência na Vila Militar e ele permanece recebendo salário.

A avaliação de integrantes de alta patente das Forças Armadas é que Mauro Cid errou mais uma vez ao não estabelecer freios nas mensagens golpistas que recebeu em seu celular após a derrota de Bolsonaro nas urnas.

Como revelou a revista “Veja”, o coronel Jean Lawand enviou mensagens a Cid nas quais diz que Bolsonaro , ainda como presidente, tinha que “dar a ordem” para que os militares agissem, referindo-se a um golpe para impedir a posse de Lula. “Conversa o 01 a salvar esse país”, escreveu Lawand.

Em resposta, o ex-ajudante de ordens não faz reprimendas e se limitou a responder: “Estamos na luta”.

Os militares, no entanto, afirmam que o Cid se defenderá na Justiça e que, é só depois da conclusão dos julgamentos que o envolvem, é que será possível saber qual será o futuro de Mauro Cid na corporação.

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Política

Cúpula militar ‘torce’ pela soltura de Mauro Cid, mesmo com críticas à sua atuação

O depoimento do ex-ajudante de ordens é visto na caserna como mais um episódio que traz desgaste para a imagem dos militares.

Integrantes da cúpula das Forças Armadas são críticos à atuação do coronel Mauro Cid como ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, mas creem que o melhor cenário seria soltá-lo, para que respondesse o processo em liberdade, segundo Bela Megale, O Globo.

O depoimento do ex-ajudante de ordens, marcado para esta quinta-feira na Polícia Federal, é visto na caserna como mais um episódio que traz desgaste para a imagem das Forças Armadas.

Na avaliação do Alto Comando, a prisão de três militares no âmbito do inquérito aberto sobre falsificação de cartões de vacina “acirra” os ânimos dos militares com o governo Lula e com o próprio Judiciário.

A leitura de generais feita à coluna é que as prisões de Cid, do sargento Luis Marcos dos Reis, que era subordinado a ele, e do capitão da reserva do Exército, que foi assessor de Bolsonaro, “fomentam o radicalismo”.

Como informou a coluna, o Alto Comando não pretende sair em defesa de Cid ou dos militares presos. A pessoas próximas, o comandante do Exército, o general Tomás Paiva, tem defendido que o assunto envolvendo o ex-braço direito de Bolsonaro é um tema da Justiça e que é nesta esfera que será tratado.

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Opinião

Cúpula militar avisa que usa luva de látex e não se contamina por um insano golpista expulso do exército

O primeiro sinal de que Bolsonaro está envolvido numa barafunda de malfeitos, é ele ameaçar dar golpe, isso quando não foge para o hospital Albert Einstein, dizendo que está entupido por conta daquela cômica farsa da facada.

E foi exatamente isso que fez agora, quando a PF escancarou que ele e Milton Ribeiro, aos olhos da realidade, são vistos como uma só pessoa.

Ou seja, a corrupção no MEC é um produto que tinha um comando que operava a quatro mãos diante desse escândalo que tomou o país de assalto, mas não de surpresa e, por isso Bolsonaro sacou a esfarrapada carta da manga de que, se o apertarem muito, ele pode dar um golpe.

Estamos falando de um sujeito que não tem aonde estar mais afundado numa posição rastejando para o Centrão que, na verdade, é quem manda nessa joça que está levando o país à insolvência com orçamento secreto e uma gama de inconfessáveis práticas nada republicanas.

Quando a cúpula das Forças Armadas diz que não compactua com as ameaças de golpe, ela, simplesmente tira o chão do cínico, que foi expulso do exército há 34 anos por picaretagem e ameaça de terrorismo, deixando claro que Bolsonaro vive de fraudes e embustes.

Não é sem motivos que o Datafolha revelou que a imensa maioria do povo brasileiro não acredita numa vírgula dita pelo delinquente.

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Cúpula militar chuta o cachorro morto: ‘Bolsonaro é ruim e vai passar’

Papa fina das Forças Armadas evoca frase de Margareth Thatcher para dar um bico de coturno no cachorro morto, “é ruim e vai passar”.

Thatcher explicava que, “a democracia não é um sistema para garantir que os melhores sejam eleitos, mas sim, para impedir que os ruins fiquem para sempre”.

O fato é que o desleixo de Bolsonaro com o Brasil escancarado nas cavalgadas e motociatas, enquanto o país enfrenta uma crise generalizada e de grandes proporções, é visto hoje pela cúpula militar como uma tragédia, e é unânime em afirmar que as eleições de 2022 são a grande oportunidade para tirar Bolsonaro do poder, fazendo coro com os barões do PIB brasileiro e refutando qualquer tentativa de golpe.

Segundo um dos caciques mais graduados das Forças Armadas, “a economia está afundando. Portanto, é preciso retomar a serenidade no país.”

Outro militar da cúpula filosofa, “a democracia é ruidosa, mas ninguém pode ultrapassar os limites da constituição. Fazer barulho é do jogo, o que não pode é tentar desestabilizar o país. Só estamos perdendo tempo e os problemas reais estão se aprofundando. É a população mais pobre que sofre.”

Ou seja, não há chance do 7 de setembro representar qualquer ruptura institucional.

Para os militares do comando das Forças Armadas, as instituições brasileiras são sólidas e vão sobreviver aos ataques de Bolsonaro. Reforça um representante da alta patente, que a liderança das Forças tem pleno controle de suas tropas que vêm sendo educadas sobre a importância da democracia.

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