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De que houve um acordo entre o STF e Bolsonaro, ninguém tem dúvida, mas qual?

Temer deve ter algum prestígio especial com Alexandre de Moraes. Afinal, foi ele que consagrou uma figura tão apagada como o secretário de Segurança Pública de São Paulo sacramentando seu nome no escrete do Supremo Tribunal Federal.

Convenhamos, isso é mais do que um batismo. Ou seja, há uma aura espiritual regida por um afeto entre o afilhado e o padrinho que exige dele o mesmo critério de atenção e carinho.

Assim, Temer foi o homem certo na hora certa, o que deixa claro que os métodos e modelos que pautaram o governo golpista de Temer se renovaram nessa espécie de “bem bolado”. A ele coube reforçar o papel de reforçar alianças formadas durante o golpe em Dilma.

Aquelas palavras dirigidas a Dilma por Bolsonaro no dia da votação do golpe, que deveriam lhe custar a cassação e prisão, reforçaram o trançado de uma corda que liga toda a direita, a mesma que não só esteve unida para dar o golpe, como assumiu publicamente sua preferência por Bolsonaro a Haddad, lógico, sem dizer do papel nefasto do juiz corrupto, Moro, que condenou e prendeu Lula sem provar que tenha cometido qualquer crime, em troca de uma espécie de super pasta no ministério do genocida e que foi ovacionado por toda a direita.

A direita sempre se entende. Não interessa se o acordo que eles fazem seja espúrio, o importante é formar um arco de alianças para, depois de negociar e ajustar os interesses, e isso é feito de forma rápida, 99% da direita fecha uma discussão a partir de uma grande negociata.

Os acordos feitos pelos conservadores são sempre uma transação já formalizada nos bastidores.

Combinação ajustada, é hora de entrar em campo e botar o acordo para definir uma votação.

Todos sabem que o centrão reina no universo do fisiologismo. Mas Temer, que tramita como poucos no centrão, não deixa a desejar quando o assunto é um acordão para se chegar em determinada harmonia.

O que significa que houve sim um grande acordo para Bolsonaro abandonar o discurso belicista, mandar a Polícia Rodoviária Federal descer o cacete nos arruaceiros que se passaram por caminhoneiros, convocados pelo mesmo Bolsonaro.

O capitão traiu sua tropa, seu gado, a ponto de elogiar Alexandre de Moraes, depois de xingá-lo publicamente justo em São Paulo, terra do ministro.

São duas as perguntas, a primeira, qual foi o motivo que fez Bolsonaro ter aquele ataque de ira contra Moraes? A segunda é a mais curiosa, por que diante de um discurso de ódio a Moraes tão contundente, dois dias depois ele publica uma carta se desculpando pelo destempero e rasgando seda a quem ele se referiu como canalha?

Não dá pra ficar aqui conjecturando, mas o que andou vazando na mídia é que, depois de Roberto Jeferson, Carlos Bolsonaro, o Carluxo ou o 02 do clã, seria o próximo a ser preso, justamente por ordem de Alexandre de Moraes.

Mas como eu disse, isso é apenas uma hipótese que ando conjecturando com os meus botões, já que não sou nada afeito à teoria da conspiração.

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A direita brasileira foi reduzida a Zé Trovão na fila do pão

A pergunta que todos fazem quando aparece essa figura tosca chamada Zé Trovão é, de onde saiu isso? Quem é Zé Trovão?

O que essa celebridade instantânea, que certamente está tentando fazer seu cartaz no eleitorado bolsonarista de olho na próxima eleição, tem de crédito para se firmar como uma liderança da direita?

Essa subcelebridade não é fato novo no hospício chamado bolsonarismo. Por definição o talento dessa gente está na exposição nua e crua, geralmente nas redes sociais. Gente completamente desconhecida que aproveita da ignorância alheia para se tornar um show business almejando, por exemplo, eleger-se deputado.

Figuras como Zé Trovão mostram que a direita não tem limite e que só quem tem muita preguiça de pensar, perde tempo com pessoas absolutamente vazias que tentam se promover como uma espécie de Lázaro dos patriotas a partir até mesmo de uma ordem de prisão.

Isso também revela para onde vai a direita brasileira e o óbvio caminho que pretende percorrer em busca de poder. Os aspirantes de celebridade como o tal Zé Trovão ocupam espaço na própria falta de espaço que a direita produziu dentro do debate nacional.

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Quando a direita vai entender que ela tem prestar contas ao povo e não à esquerda?

Ninguém espera da direita nenhum ato de grandeza, coerência ou coisa que o valha. Mas é preciso entender que ela já foi condenad por um tribunal popular.

Aparentemente derrotado, Bolsonaro, quando revelado ao país como o pior presidente da história, pelo capítulo político mais obscuro da democracia brasileira, a sociedade já havia sentenciado a chamada direita tradicional.

Como todos sabem, Lula só não voltou ao poder em função da dobradinha criminosa de Moro com Bolsonaro, o que deveria custar a anulação da eleição de 2018 por uma fraude reconhecida pelo STF que julgou Moro como um juiz parcial.

O fato é que Moro foi ministro da Justiça e Segurança Pública de um presidente que, quando candidato, beneficiou-se da condenação e prisão sem provas de Lula.

E se faltaram provas para Moro construir qualquer narrativa em apelo sentimental, o Intercept revelou, através da Vaza Jato, uma inesgotável quantidade de crimes praticados por Moro.

Isso bastou para o STF carimbar-lhe a testa com o adjetivo de juiz pilantra, amaciando o conceito ao chamá-lo de parcial.

Diante dos olhos da sociedade, que viu a direita desfilar com todos os fatores de atraso que levaram o país à pobreza durante anos, com seus mecanismos de corrupção, a direita apelou colocando mais carvão na fogueira do ódio contra a esquerda.

A direita deveria entender que o seu assunto é com a sociedade e que a questão central são os seus modelos, seus padrões de pensamento e que o resultado foi e continua sendo apresentado de forma clara através do desastre social e econômico que o país vive, somado à calamidade provocada por Bolsonaro que mexeu com os sentimentos de quase todos os brasileiros, à exceção de um pequeno grupo de fascistas.

A direita tradicional tem uma enorme parcela de culpa pelo caos que o Brasil vive, afinal, ela foi a grande apoiadora da eleição de Bolsonaro.

Hoje, convivemos com o número absurdo de 550 mil mortes catalogadas, que muitos especialistas afirmam estar muito aquém dos números reais.

Mas neste sábado, enquanto se discutia o fogo tocado na estátua do genocida escravocrata, as manchetes revelavam algo extremamente assombroso, 60% de um número ainda desconhecido de pacientes de covid que foram internados, carregam sequelas sérias, sem uma previsão de cura, pior, se há cura.

Mas Bolsonaro, certamente, sabendo disso, optou por passear de moto, afrontando a sociedade, assim como colocou o microfone na boca de Braga Netto para ameaçar com golpe a sociedade, a mesma que paga a ele a mamata salarial de R$ 100 mil.

Bolsonaro já não governa mais, é fato, pois o centrão domina as principais pastas do seu governo. Mas a energia mecânica de Bolsonaro não para de produzir desastres no país e, enquanto morre afogado dentro do seu próprio poço, berra contra a esquerda como se não soubesse que sua dívida é com a sociedade, a quem ele terá que prestar contas mais cedo ou mais tarde.

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O que a pesquisa Ipsos mostrou além de Lula nadando de braçada com 58%, foi Bolsonaro e toda a direita caindo em desgraça

Há os que não querem admitir que sempre estiveram na direita ao lado de Bolsonaro.

Lembram do dia da votação do impeachment de Dilma na Câmara dos Deputados, Bolsonaro elogiando o torturador e assassino, Brilhante Ustra?

Se tivesse sido cassado e preso depois dessa sua fala, não teria sido eleito e, consequentemente, não teria matado mais de meio milhão de brasileiros e não seria reconhecido como o maior corrupto da história da República, junto com seus filhos delinquentes.

Como a direita teve oportunidade de expurgar esse furúnculo do seu lado na geografia política e não o fez para que o PT fosse aniquilado, como era o sonho dessa mesma direita, agora, todos esses golpistas que estiveram juntos para saquear o mandato de Dilma, pagam um preço alto.

Ninguém ali estava preocupado com a democracia, muito menos o Supremo, tanto que ontem, depois de cinco anos, Barroso deu uma declaração que, em outras palavras, sempre teve a percepção de que Dilma sofreu um golpe, porque não havia nada de criminoso em seu comportamento político, apenas resolveram tratá-la como alguém que poderia ser descartado e, depois, esse ato ser visto pela sociedade como uma coisa normal. Não foi e não é visto assim por quem tem um mínimo de bom senso.

Daí a saraivada de críticas que Barroso sofreu nas redes sociais após a sua fala infeliz, além do resultado pífio dos candidatos da direita à presidência da República, classificados como terceira via, como se não parecessem com quem de fato parecem, com Jair Bolsonaro.

O que é preciso ficar bem claro é que as pesquisas têm mostrado que o atual modelo cívico brasileiro, com Bolsonaro, que chegou a esse nível de selvageria, foi herdado do modelo cívico cultural, do modelo cívico político do golpe contra Dilma, porque ali todos estavam subordinados aos interesses do mercado e seria essencial sacar Dilma da presidência para que a territorialização corporativa fosse total.

Ao contrário do que disse Barroso, ali o que houve não foi um cálculo político, mas econômico que tinha que ser instalado contra os trabalhadores, os pobres, os negros e os índios.

Qualquer análise minimamente imparcial dirá claramente que ali o que esteve presente foi uma perspectiva de lucros maiores do mercado em nome da desintegração de direitos dos trabalhadores, do esfacelamento das estatais e a liberdade total do sistema financeiro para esfoliar toda a sociedade brasileira e, de forma mais efetiva, contra os pobres que, hoje, encontram-se em situação de risco alimentar.

Por isso, o governo Bolsonaro, no campo da economia, foi o papel xerox de Temer apenas com fermento neoliberal. Os desempregados que atualmente apresentam-se cada vez mais em volume maior, são a somatização dessa tragédia política que o golpe proporcionou.

Cai também em desgraça diante dos olhos da sociedade toda aquela espetacularização da mídia com Moro, com direito a prisões de petistas transmitidas ao vivo pela Globo para estabelecer uma confusão política e, com isso, a sociedade não esboçar reação ao ataque à democracia, como não esboçou.

Hoje, tudo isso se expressa nos resultados dessa série de pesquisas divulgadas nos últimos dias, mesmo que os poderosos do mercado não sejam citados, como nunca são. Os brasileiros querem a reconstrução da sua nação com o retorno de políticos que realmente se voltam aos mais pobres e entendem que só há um caminho, o de eleger Lula presidente, devolver a democracia e a esperança para o Brasil.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

Vídeo: O fundamental pronunciamento de Lula no 1º de maio

Quem vê os “austeros” políticos de direita defenderem o teto de gastos, como fazem para defender a cereja do bolo da responsabilidade fiscal, se não for muito atento, imagina que os governos de direita no Brasil foram páginas de um romance econômico, quando, na realidade, todos os governos de direita figuram, como é do conhecimento de todos, entre os mais frágeis no quesito economia para o conjunto da sociedade e dos próprios cofres públicos. Ou seja, foram verdadeiros enredos de um filme de terror.

Peguemos o resultado final dos 21 anos de ditadura de direita com João Figueiredo que fez tanto a inflação quanto a dívida pública explodirem, entregando a Sarney um país aos cacos que, por sua vez, passou o país agonizante a Collor que, de esperança de desentortar a economia, cassou a poupança de todos e ampliou as tragédias econômicas de Figueiredo e Sarney com uma hiperinflação apoteótica.

Depois, veio Fernando Henrique Cardoso, com o seu “clube da cifra” que buscou na Argentina o já fracassado plano do governo Carlos Menem conduzido pelo famoso Domingo Cavallo, de dolarizar a nossa economia na base de um câmbio artificial.

Todos esses governos neoliberais aqui citados, cada um com seu plano mirabolante, jogaram a economia brasileira no caos.

É certo que FHC ainda conseguiu, no primeiro mandato, manter uma euforia idêntica à de Sarney quando por um ano congelou a economia com seu Plano Cruzado, mas assim como ocorreu no governo Sarney, todo aquele universo místico de controle da economia ruiu, só que por dentro. E o Brasil, com FHC, simplesmente parou. Ele sumiu da mídia e o país sofreu quatro anos de apagão em tudo, da energia à economia, a ponto de ampliar a dívida com o FMI, iniciada pelos militares, mesmo depois de entregar na bacia das almas aos colegas do governo grande parte das estatais brasileiras.

Na verdade, seja terminando ou não o mandato, todos esses governos que antecederam Lula, tiveram seus governantes saídos de alguma forma dos seus mandatos de maneira melancólica e pela porta dos fundos do Palácio do Planalto, porque tinham plena consciência que entregavam aos brasileiros um país pior do que receberam.

Por isso, até os dias que correm, são pessimamente avaliados pela população.

Vem o governo Lula, o Brasil sai da 14ª posição das maiores economias do mundo e chega à 6ª. Detalhe, sem nenhum solavanco com planos econômicos milagrosos, ao mesmo tempo em que o país inicia um processo social absolutamente revolucionário que encanta o planeta, pois tira mais de 40 milhões de brasileiros da mais absoluta miséria. Programas esses que tiveram continuação e aprofundamento com Dilma que, até as manifestações de 2013, comandadas pela grande mídia e outros interesses sem rosto por trás daquela histeria coletiva, Dilma mantinha uma aprovação até maior do que a do governo Lula.

O Brasil vivia o pleno emprego, a valorização do salário, com um poder de compra nunca visto na história.

Mas 2013 deu a receita de como poderia se construir uma farsa popular que “pressionasse” o Congresso para se tirar a qualquer custo e sob qualquer pretexto, Dilma do seu segundo mandato, juntando o que existia de mais podre na sociedade para formar uma corrente que pudesse, através de um golpe, devolver o país a alguém como Temer que devolveria a cabeça dos brasileiros à forca, usando a bíblia neoliberal que detonou todos os governos de direita.

Com Temer, não foi diferente. Encomenda feita, encomenda entregue.

Temer, hoje, como é normal na mídia, nem é mais lembrado pelos articulistas da grande mídia que diziam que ele fazia um grande trabalho, está aí essa excrescência neoliberal chamada teto de gastos.

A economia do país foi sendo devolvida ao mesmo patamar da era FHC que Guedes, aprofundando a lambança de Temer, apenas empurrou a bola para dentro do gol, mas não do adversário, mas para o nosso gol, numa goleada às avessas que os neoliberais sempre impuseram ao povo brasileiro.

Só que no caso de Bolsonaro, temos dois agravantes, o coronavírus em parceria com ele, que produziram até aqui mais de 400 mil mortes e uma economia que não dá o menor sinal de vida, aprofundando ano após ano, mês após mês, uma crise econômica que ainda não se sabe o tamanho do buraco e suas reais consequências.

Dito isso, porque é o que interessa, o resultado de uma receita, podemos afirmar sem pestanejar, é que a direita sempre blefou quando o assunto é economia com um dicionário bíblico de palavrórios sobre o tema que terminam inevitavelmente num bolo solado que, aí sim, é dividido com a sociedade.

Por isso a importância do discurso que Lula fez neste 1º de maio, porque ele é o único que tem condição, de fato, de mudar como mudou, depois de pegar a economia estraçalhada de FHC e, agora, repetir a receita e mudar os índices econômicos trágicos que vive o Brasil e deixar claro de uma vez por todas que todos os governos neoliberais desde o golpe de 1964, promoveram verdadeiras hecatombes na economia e, por isso, não têm qualquer autoridade para abrir um debate sobre o tema.

Já Lula sobra caixa e realidade com números expressos na nossa memória. Ele ele pode e vai tirar o país de mais um atoleiro que a direita nos mergulhou.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

A vitória de pirro da direita

Lógico que foi uma vitória de pirro da direita, tanto que a manchete da Veja, a mais lacaia representante da elite mais cafona e provinciana do planeta, sapecou: “Esquerda acumula derrotas e PT fica sem prefeitos em capitais”.

Isso é característico de uma redação que carrega com ela complexo de inferioridade em relação ao povo e, por isso precisa exaltar uma vitória que sabe que não teve.

A esquerda é a grande vitoriosa, primeiro porque Boulos, um líder do MTST, que teve uma votação absolutamente expressiva, 40,55 %, mostrando uma cidade rachada e que a política do terrorismo editorial contra esse movimento social terá fim.

Boulos foi de uma habilidade e sagacidade geniais, expondo com uma didática serena e pragmática que essa elite paulistana, opulenta que frequenta as festas na mansão de Dória, produziu 25 mil moradores de rua, ou seja, a riqueza de meia dúzia de endinheirados de São Paulo é feita na base do sofrimento de milhares de brasileiros expostos ao relento e à segregação pela ambição de uma gente que comanda São Paulo há décadas que nunca teve qualquer grandeza social.

E foi num pulo do gato desses que Boulos soube tirar o manto de bom moço de Covas quando este veio com um discurso da classe dominante paulista através de Dória, soprada a Covas, exaltando a responsabilidade fiscal. Boulos, de prima, devolveu com uma resposta definitiva e histórica, dizendo que não pode haver responsabilidade fiscal sem responsabilidade social.

Isso é o que vai ficar. Covas conseguiu ser blindado pela grande mídia paulista que rasteja aos pés dos barões da Fiesp e da Febraban, mesmo Covas tendo um padrinho como Dória, rejeitado por mais de 70% dos paulistanos, e um vice que disputa cabeça a cabeça com Dória o título de mais rejeitado.

Mas a coisa não para aí, Boulos escancarou que o problema da direita paulista nunca foi o PT ou Lula, mas sim os pobres, o povo, essa gente de quem a elite paulistana não consegue esconder o nojo.

Para piorar, o Estadão ainda publica um editorial em apoio a Covas, intitulado “Não é hora de aventuras”, isso na cidade mais rica do país que não para de produzir miseráveis, sublinhando o que é a imprensa paulista.

Isso independe de quem seja o líder da esquerda, o repúdio que essas famílias imperiais de São Paulo têm dos pobres que elas próprias produzem com sua indústria de fabricar miseráveis, é secular, vide poema centenário de Mário de Andrade, na Semana de Arte Moderna de 1922, no seu livro Pauliceia Desvairada “Ode ao Burguês”, mais atual do que nunca. A maior autoridade da cultura brasileira expõe os burgueses paulistanos com uma precisão cirúrgica.

Há um conjunto de outros processos laterais que, olhando de forma fria, é bastante interessante e revelador como a de votos por Covas através de cestas básicas com o silêncio obsequioso do TSE de Barroso.

No Rio, Eduardo Paes, por exemplo, foi eleito por dois motivos, pela desastrosa administração de Crivella, mas sobretudo porque há na memória dos cariocas os feitos, as obras, os grandes eventos internacionais que Paes realizou sob a orientação e investimento do governo federal com Lula e Dilma.

A má notícia é que o Brasil de hoje é outro, é o Brasil de Bolsonaro, internacionalmente defenestrado, economicamente arruinado e, consequentemente, isso refletirá na administração de Eduardo Paes que, certamente não conseguirá realizar 10% do que realizou no período dos governos do PT.

Mas há muito mais coisas a serem colocadas na mesa, como a  vitória do PP que mais se expandiu em número de prefeituras. O PP foi o partido que mais teve políticos denunciados pela Lava Jato, o que derruba de vez a farsa de que foi esta a maior operação de combate à corrupção no país, transformando em piada o bordão de que se ela acabar, volta a corrupção. Mas isso é papo para uma outras análises que faremos aqui nos próximos dias.

Por ora fica entendido que a direita sabe da derrota política que teve, mesmo com algumas vitórias eleitorais.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Sem liderança de direita, mídia lavajatista usa Obama contra Lula e se dá mal

A mídia, depois do golpe, do qual foi também protagonista, agora, sem ninguém para colocar no lugar de Bolsonaro, se desespera com o crescimento da esquerda e, consequentemente de Lula, usa Obama contra Lula para tentar destruí-lo.

Assista:

*Da redação

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Vídeo: Bolsonaro só não cai porque a direita não tem nada para colocar no lugar dessa xepa

A direita, falida, não tem outra alternativa que não seja a de aturar Bolsonaro. Ela chegou a uma falência tal que não tem saída. Sem um partido minimamente representativo ou uma liderança qualquer, ela vai se arrastando até cair num precipício.

Assista:

*Da redação

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General Pujol não quer que exército participe da autofagia acelerada da direita

Há um processo de autofagia ocorrendo na direita, e não é de agora, somente acelerou o seu metabolismo.

Certamente, os militares, percebendo esse processo, tentam agora, inutilmente, através do Comandante das Forças Armadas, general Edson Leal Pujol, criar um dique, mas depois que as portas dos quartéis foram arrombadas pelo general Villas Bôas que assumiu pessoalmente a estratégia de pressionar o STF para manter Lula fora das eleições em 2018, Bolsonaro assumir o governo e o próprio fazer parte desse governo.

O fato é que não há como separar a falência do governo Bolsonaro da falência institucional das Forças Armadas. Isso seria o mesmo que tentar separar a falência do Dem da falência do PSDB, que hoje, fundidos no Congresso, votam rigorosamente juntos em todas as pautas do governo Bolsonaro.

Em outras palavras, está tudo junto e misturado no mesmo balaio. Todos estiveram no mesmo barco do golpe contra Dilma e na condenação sem provas e prisão de Lula para chegarem ao poder e lá se manterem, depois de quatro derrotas consecutivas para o PT. Isso é cristalino.

O golpe em Dilma foi idealizado e patrocinado pelo comprovadamente corrupto Aécio Neves, à época, presidente do PSDB e candidato derrotado nas urnas, apadrinhado por FHC, o mesmo que, após oito anos de uma trágica gestão, mergulhou a direita na sua falência total.

Como a direita encolhe cada vez mais porque não consegue avançar no campo progressista, enquanto este avança no Brasil, o processo de autofagia está cada vez mais acelerado, vide guerra entre os ex-bolsonaristas com Bolsonaro, como é o caso de Witzel, Moro e Dória.

Mas os militares não estão fora desse processo autofágico.

Vide fala de Carluxo no twitter:”Limpo a bunda com a gravata de Moro e de Santos Cruz”.

Logicamente, a grande mídia faz vista grossa para, tanto a falência quanto a autofagia da direita.

O fato é que a direita, hoje, no Brasil, só chegou ao poder e se mantém nele com golpe sobre golpe e, lógico, a imprensa brasileira, que adora falar em democracia e critica Trump por não aceitar a derrota, faz boca de siri sobre a implosão e o golpismo da direita nativa.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Wall Street Journal: Zuckerberg manda Facebook favorecer sites de direita e prejudicar sites de esquerda

Para nós do Antropofagista, que sentimos na pele essa manipulação do Facebook, não há espanto ou qualquer novidade. Sabemos há algum tempo que isso estava ocorrendo conosco, tal a agressividade da manipulação para tornar nossas postagens no Facebook invisíveis.

Dia desses, um executivo do Facebook saiu da empresa atirando: Thiel relatou que ficou inconformado com a decisão do Facebook de não excluir um vídeo de uma live de Bolsonaro que contrariava a política da própria rede social, que proíbe discurso desumanizador.

No vídeo, gravado em janeiro de 2020, Bolsonaro diz que “cada vez mais, o índio é um ser humano igual a nós“.

Agora, numa ampla reportagem, The Wall Street Journal aponta como as relações políticas do presidente do Facebook com o esquema Trump e a direita têm se aprofundado e como as mudanças de algoritmos têm sido feitas para prejudicar sites e iniciativas progressistas, de esquerda.

Segundo o jornal, o Facebook faz mudanças em seu algoritmo do feed de notícias desde 2017 para reduzir a visibilidade de sites de notícias de esquerda como Mother Jones em sua plataforma. Mark Zuckerberg aprovou pessoalmente os planos.

Segundo a reportagem, Zuckerberg tornou-se “um operador político ativo”. Ele tem jantado com Trump, conversa regularmente com o conselheiro sênior da Casa Branca, Jared Kushner, e pressionou legisladores e autoridades a atacarem rivais como a TikTok e a Apple Inc., “disseram pessoas envolvidas nas discussões”, segundo a reportagem.

Ainda segundo a reportagem, “Zuckerberg mantém uma linha aberta com Kushner, genro do presidente e conselheiro sênior. Os dois às vezes discutem as políticas do Facebook no WhatsApp”.

Zuckerberg chegou a dar uma palestra para executivos do Facebook sobre a necessidade de a empresa entender que “sua base de usuários é mais conservadora e defendeu as decisões de não remover postagens de Trump sobre as quais alguns funcionários argumentam que violam as regras do Facebook”.

Acrescentam os jornalistas: “a posição de Zuckerberg alienou democratas proeminentes e ativistas dos direitos civis e frustrou muitos dentro do Facebook – incluindo, às vezes, a diretora de operações Sheryl Sandberg, dizem pessoas familiarizadas com a dinâmica”.

Há uma crise na relação entre o Partido Democrata e o Facebook por conta das posições de seu presidente: “O gerente de campanha de Biden, no mês passado, enviou ao CEO uma carta, chamando o Facebook de ‘o principal propagador de desinformação do país sobre o processo de votação’” -escreveram os jornalistas do WSJ.

Favorecimento a sites de direita
Diz o WSJ: “Zuckerberg também estabeleceu laços com editoras de direita que impulsionam o engajamento na plataforma, incluindo Ben Shapiro, co-fundador do Daily Wire e apoiador do Trump, dizem pessoas familiarizadas com o assunto. O site de notícias conservador foi denunciado repetidamente pelos verificadores de fatos do Facebook por compartilhar falsidades e distorções. Mas é frequentemente um dos mais populares na plataforma com base nas interações do usuário, de acordo com CrowdTangle, uma ferramenta de análise de propriedade do Facebook.

Zuckerberg convidou Shapiro para jantar em sua casa no ano passado, disseram as pessoas. Embora os dois não sejam amigos, eles às vezes discutem temas políticos e filosóficos.

Algoritmos contra esquerda
“No final de 2017, quando o Facebook ajustou seu algoritmo do feed de notícias para minimizar a presença de notícias políticas, os executivos de política estavam preocupados com o impacto descomunal das mudanças na direita, incluindo o Daily Wire, disseram pessoas familiarizadas com o assunto. Os engenheiros redesenharam as mudanças pretendidas para que sites de esquerda, como Mother Jones, fossem afetados mais do que o planejado anteriormente, disseram as pessoas. O Sr. Zuckerberg aprovou os planos.

(…) Alguns na esquerda acreditam que Zuckerberg tem sido menos complacente com sites de notícias que promovem uma agenda progressista.

Após o lançamento do Courier Newsroom no ano passado, uma rede de oito sites de notícias locais progressistas que é parcialmente propriedade de uma organização sem fins lucrativos de esquerda com laços estreitos com doadores democratas, Zuckerberg argumentou que o Courier não era um meio de comunicação real, dadas suas conexões políticas, de acordo com pessoas familiarizadas com seus pontos de vista.

A discussão desencadeou uma nova política no Facebook em agosto que limita o alcance de sites apoiados por partidários, bloqueando a inclusão de suas páginas no Facebook News, restringindo seu acesso às plataformas do Facebook Messenger e WhatsApp e reduzindo sua publicidade.

A organização sem fins lucrativos por trás do Courier Newsroom, chamada Acrônimo, criticou a política, dizendo que favorece as fontes conservadoras de notícias.

Zuckerberg também começou a se reunir com grupos progressistas, cujos líderes argumentaram que se ele estava desenvolvendo relacionamentos pessoais com conservadores como Shapiro, ele deveria ouvir o outro lado também. As conversas não correram bem”.

*Com informações do 247

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