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Erika Hilton e Duda Salabert são destacadas pela Time entre as 100 pessoas capazes de transformar a próxima geração de líderes

As deputadas federais Duda Salabert (PDT-MG) e Erika Hilton (Psol-SP) foram listadas, pela revista americana Time, entre as 100 pessoas, em todo o planeta, capazes de transformar a próxima geração de líderes. A publicação destacou que elas são as primeiras trans eleitas no Brasil, país “onde indivíduos transexuais enfrentam um elevado risco de violência”.

“Ser uma travesti no Brasil significa ter uma expectativa de vida muito menor do que a média. Significa ter a prostituição, na maioria dos casos, como forma única de renda. Significa ser alvo de preconceito todos os dias e estamos na luta para ressignificar tudo isso”, ressaltou Salabert.

A deputada ainda reforçou que o reconhecimento a faz ter mais vontade de seguir vocalizando vozes que não são escutadas, para que as próximas gerações encontrem um mundo com mais respeito e dignidade.

Nas redes sociais, Erika Hilton agradeceu o reconhecimento, o qual recebe pelo segundo ano consecutivo. “É uma honra e uma responsabilidade fazer parte desse novo imaginário que representa a mudança na sociedade e na representação política”, escreveu a parlamentar.

A revista Time considera ainda que as deputadas são uma inspiração por não deixarem que a violência limite suas ações políticas, além de destacar seus trabalhos comunitários e o compromisso com a educação. “A ascensão política de Erika Hilton e Duda Salabert para se tornarem as primeiras mulheres transexuais no Congresso Nacional do Brasil tem sido difícil, repleta de ameaças de morte e ódio. Mas as mulheres, recentemente eleitas num país onde os indivíduos transexuais enfrentam elevado risco de violência, não deixam que essa realidade limite as suas aspirações legislativas”, destacou a publicação.

Além de Salabert e Hilton, a ativista indígena Txai Suruí também foi reconhecida pela revista americana. “Txai Suruí já possui o tipo de credenciais acumuladas ao longo de uma vida inteira de defesa de direitos”, ressaltou a Time.

*Com Correio Btaziliense

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Petição por cassação de Nikolas supera 150 mil assinaturas em 24h

A petição é iniciativa da deputada federal trans Erika Hilton. O parlamentar usou a tribuna da Câmara para fazer discurso transfóbico.

A deputada federal Erika Hilton (PSol-SP), uma das primeiras mulheres trans no Congresso Nacional, abriu, na quinta-feira (9/3), um abaixo-assinado pedindo a cassação do deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) pelo crime de transfobia. Em 24 horas, a petição reuniu 150 mil assinaturas.

Deputado mais votado de Minas Gerais, Nikolas usou o momento de fala, na tribuna do plenário da Câmara dos Deputados, para fazer um discurso transfóbico em pleno Dia Internacional da Mulher. Transfobia é crime, com pena prevista de até três anos de reclusão.

A fala do mineiro foi alvo de reprimenda por parte de deputados e até do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que condenou a atitude e exigiu respeito à Casa. Nikolas também é alvo de representações no Conselho de Ética. Ao todo, cinco partidos pedem sua cassação.

“Enquanto nós nos articulamos no Congresso, precisamos da luta de todos vocês para provar que todas as mulheres romperam com a violência que tanto nos persegue”, diz a deputada Erika no texto do abaixo assinado.

O documento será apensado às representações que serão encaminhadas ao colegiado ético e entregues a Lira na próxima semana.

“A lista de signatários ficará aberta até a semana que vem e será entregue pessoalmente ao presidente Arthur Lira, junto da representação, na semana que vem. Lira repudiou os atos do Deputado nas redes sociais. Parlamentares envolvidos no pedido de cassação avaliam que essa demonstração pode indicar, ao menos, que o caso não passará sem uma mínima resposta da cúpula da Câmara”, escreve a petição.

Na última quarta-feira, no Dia Internacional das Mulheres, o deputado Nikolas Ferreira usou o Plenário da Câmara dos Deputados para criticar membros da comunidade trans. Com uma peruca loira na cabeça, o mineiro passou a se chamar de “deputada Nicole” e a afirmar que “se sente mulher”.

“Me sinto mulher, deputada Nicole, e tenho algo muito interessante para poder falar. As mulheres estão perdendo o seu espaço para homens que se sentem mulheres”, disse.

O parlamentar finalizou a fala dizendo que as “mulheres não devem nada ao feminismo”. “O feminismo exalta mulheres que nada fizeram”, afirmou. Nikolas já responde judicialmente por transfobia contra a deputada Duda Salabert (PDT-MG), que é uma mulher trans.

*Com Metrópoles

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