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MPF em Curitiba força ligação entre sítio e Oi para justificar ação contra filho de Lula

A hipótese de investigação é conveniente porque, sem criar um vínculo que justifique a operação, a Lava Jato em Curitiba não deveria ser o “foro” do caso Gamecorp.

O grupo Gamecorp, de Lulinha, e a empresa Oi/Telemar não têm nenhuma conexão aparente com a Petrobras e seus contratos. Mas para estender sua jurisprudência sobre o filho mais velho do ex-presidente Lula, a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba vende na imprensa a suposta existência de um possível elo entre o sítio de Atibaia e os pagamentos da Oi ao Gamecorp.

A estratégia ficou escancarada na entrevista que o procurador Roberson Pozzobom concedeu à imprensa na manhã desta terça (10). Segundo o jornal O Globo, ele disse que “a maior parte do dinheiro empregado para a aquisição desses dois sítios podem ter tido origem nos recursos repassados pelo grupo Oi/Telemar para um complexo de empresas criadas por Fabio Luis Lula da Silva, Jonas Suassuna, Kalil e Fernando Bittar”, os donos do Gamecorp.

A hipótese de investigação é conveniente porque, sem criar um vínculo que justifique a operação, a Lava Jato em Curitiba não deveria ser o “foro” do caso Gamecorp. No passado, aliás, a jurisdição foi de Brasília e São Paulo, que arquivaram os processos porque não vislumbraram ilegalidades.

Pozzobom também concedeu à imprensa uma informação contraditória. Disse que a investigação contra Lulinha começou “a partir do aprofundamento de uma ação penal já ajuizada, a ação penal na qual o ex-presidente Lula foi denunciado e condenado por ter participado de um esquema criminoso que envolveu a prática e o repasse por duas empreiteiras de valores sob a reforma no sítio de Atibaia.”

Mas o release do próprio Ministério Público Federal desbanca o procurador. A assessoria de imprensa divulgou mais cedo que a ação contra Lulinha foi subsidiada a partir de dados colhidos desde 2015 pela Lava Jato.

 

 

*Com informações do GGN

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Vídeo: Bolsonaro ao ser perguntado sobre Eduardo, fica irritado, cita “filhos de Lula” e abandona entrevista

Eduardo Bolsonaro publicou o vídeo da entrevista em seu Twitter e acrescentou críticas: “Quem dera a imprensa tivesse esse mesmo apetite para com os filhos de outros presidentes. Sou um patriota”.

Em entrevista a jornalistas em Sobradinho (BA), nesta segunda-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) se irritou ao ser questionado novamente sobre a indicação de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, para a embaixada dos Estados Unidos.

“O senhor acha que o seu filho vai conseguir dizer ‘não’ ao governo dos Estados Unidos? Sendo, como o senhor acabou de dizer, amigo do presidente Trump e sua família?”, perguntou a jornalista. Em seguida, Bolsonaro responde irritado e cita os filhos do ex-presidente Lula. “Pior se fosse os filhos de petistas, que diziam ‘sim’ para Cuba e Venezuela o tempo todo, tá ok?”, disse, abandonando a entrevista.

Eduardo Bolsonaro publicou o vídeo da entrevista em seu Twitter. Acrescentou, ainda, um comentário criticando a imprensa. “Quem dera a imprensa tivesse esse mesmo apetite para com os filhos de outros presidentes. Sou um patriota”.

Apesar da fala de Bolsonaro na entrevista, os filhos do ex-presidente Lula nunca trabalharam com o pai ou fizeram qualquer declaração política a favor de Cuba ou Venezuela. Porém, não é a primeira vez que são divulgadas fake news sobre os filhos de Lula. A história de que Fábio Luís Lula da Silva seria sócio majoritário da JBS ou que ele e os irmãos teriam uma mansão em Piracicaba de R$ 50 milhões de reais, por exemplo, já foram desmentidas.

 

*Com informações da Forum