Categorias
Uncategorized

Lula afirma que aliança do campo democrático no Rio é essencial para derrotar Bolsonaro

Agenda do Poder – Em reunião na noite desta quarta-feira, com lideranças do campo progressista, no Hotel Pestana, em Copacabana, o ex-presidente Lula disse que, para Jair Bolsonaro ser derrotado, é necessário unir não só a esquerda mas todos setores democráticos do Rio, numa frente ampla nas eleições de 2022. Não por acaso, revelou, ele estava começando sua caminhada pelo país a partir do estado.

Ao discursar, lembrou a importância do Rio nas eleições presidenciais em que foi vitorioso (2002 e 2006), garantindo-lhe ampla vantagem sobre os adversários e neutralizando o eleitorado de São Paulo e Minas Gerais, de tendência mais conservadora.

Apesar do consenso em torno de sua candidatura, Lula disse que está aberto ao debate sobre outros nomes que eventualmente surjam com viabilidade. Lamentou a ausência do PDT na frente democrática firmada naquele ato; disse que entende a posição do partido de lançar candidatura própria, mas discordou da postura de Ciro Gomes pelas críticas que lhe feito.

– Ciro precisa decidir quem é o inimigo principal neste momento. Não será nos criticando que ele conseguirá crescer – afirmou.

Lula disse ainda que ficaria feliz em disputar o segundo turno com Ciro Gomes. Na sua opinião, se os dois chegassem ao confronto final nas eleições, a política se engrandeceria, pois teríamos em jogo dois grandes projetos para o país.

– Com Bolsonaro derrotado no primeiro turno, ganharia o Brasil – acrescentou.

O Presidente da Alerj, André Ceciliano, afirmou que o Rio precisa muito de Lula, com sua experiência e capacidade para ajudar o estado a derrotar a crise. Segundo Ceciliano, a volta de Lula ao comando do Governo Federal daria ao Rio a possibilidade de novos investimentos com a retomada da economia e a garantia de políticas sociais efetivas nas periferias e favelas. O deputado disse ainda que o Rio nunca precisou tanto de Lula como agora, dado o agravamento da crise em função da pandemia.

Discursaram também a deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, os deputados federais Marcelo Freixo (PSOL-RJ), Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Alessandro Molon (PSB-RJ), o deputado Carlos Minc (PSB-RJ), o vereador Lindbergh Farias e o ex-deputado federal Wadih Damous, entre outros.

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/Blog-Antropofagista-Jornalismo-103163282002200

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

Deputados chilenos entram com processo que pode levar a impeachment de Piñera

Processo precisa passar pela Câmara dos Deputados, onde tem que ser aprovado com no mínimo 78 votos, e pelo Senado; governo tem maioria nas duas casas.

Onze deputados do Partido Comunista, da Frente Ampla e da coalizão Nova Maioria, que sustentou o governo de Michelle Bachelet, entraram nesta terça-feira (19/11) formalmente com um processo no Congresso que pode levar ao impeachment do atual presidente, Sebasitán Piñera, por responsabilidade na matéria de direitos humanos durante os protestos no país.

O processo ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados, onde precisa ser aprovado com no mínimo 78 votos, e pelo Senado chileno, que ficaria responsável pelo julgamento final. No entanto, o bloco governista tem maioria nas duas casas.

A deputada do PC Carmen Hertz disse que “não é possível que neste país se siga com a impunidade política, moral e social que foi parte muito importante do que detonou as manifestações sociais”, e afirmou que a acusação se funda nas “graves, reiteradas, generalizadas e sistemáticas violações aos direitos fundamentais das pessoas executadas pelos agentes do Estado no último mês”.

Essa situação infringiu claramente a Constituição a as leis e isso assinalamos em um argumento sólido e responsável nesta acusação”, afirmou.

Para Hertz, dada a preocupação da comunidade internacional pelo o que está acontecendo no país, a atuação do governo de Piñera “comprometeu a honra da nação”.

O jornal La Tercera também destacou o fato de dois parlamentares do Partido Socialista (PS) terem assinado o pedido, apesar de há pouco mais de duas semanas terem se omitido das acusações contra o presidente, alertando seus colegas da oposição que seria um “erro” tentar uma ação contra o mandatário.

 

 

*Com informações do Ópera Mundi

Categorias
Uncategorized

América Latina luta e volta à esquerda

Para o sociólogo Emir Sader, “a América Latina não apenas volta à esquerda”, mas “luta à esquerda, desmontando o modelo neoliberal no seu eixo fundamental, o Chile”. Neste cenário, diz ele, “a evolução da situação brasileira será determinante” para a terceira década do continente no século XXI.

Nosso continente continua a ser o cenário das mais importantes lutas do mundo contemporâneo – contra o neoliberalismo e pela construção de alternativas ao modelo adotado pelo capitalismo no período histórico atual. O fôlego da retomada neoliberal se confirma como curto. Derrota espetacular de Mauricio Macri na Argentina, do tamanho da euforia que sua vitória havia despertado. Evo Morales, na Bolívia, aguenta firme, apesar da ofensiva da direita e da perda de apoios. No Uruguai, a Frente Ampla continua como a maior força política, mas vai ter parada dura no segundo turno, pela soma das direitas e também pela perda de apoios. Na Colômbia, as eleições municipais representam dura derrota para o atual presidente, Iván Duque, representante do uribismo, se fortalecem candidatos do campo popular e vinculados ao novo líder da esquerda, Gustavo Petro.

A Argentina confirma as fragilidades do neoliberalismo, que a direita não tem outra alternativa, que não aprendeu do esgotamento do seu modelo, que se enganou quanto ao sucesso dos governos antineoliberais, volta com sua política de ajustes fiscais e revela sua incapacidade não apenas de retomar o crescimento econômico e atacar o desemprego, como, em decorrência disso, de conquistar bases de apoio suficientes para ter governos com estabilidade política.

Apesar da recomposição da direita, Evo se apoio em suas bases populares, em grande medida o movimento indígena, para resistir, triunfar eleitoralmente, e ganhar um novo mandato, importante não apenas para completar a extraordinária recuperação econômica e as conquistas sociais e étnicas da Bolívia, como também para recompor suas forças políticas de apoio.

Na Colômbia também um governo neoliberal paga o preço do desgaste desse modelo, assim como da política repressiva e autoritária de Álvaro Uribe, retomada pelo presidente atual. O governo foi derrotado em todas as frentes, a começar por Bogotá e por Medellin, projetando derrota nas próximas eleições presidenciais, com favoritismo de Petro.

Mas a América Latina não apenas volta à esquerda, luta à esquerda, desmonta o modelo neoliberal no seu eixo fundamental, o Chile, e destrói a possibilidade de Lenín Moreno restabelecer o neoliberalismo no Equador. Explosões populares foram a resposta do povo às medidas de ajuste fiscal, que tiveram como reação o recuo aberto de Piñera e de Moreno, revelando como seu modelo é frontalmente antipopular e como o povo já o percebeu e não tolera a continuidade das medidas antipopulares. Esses governos se esgotaram. No Equador se desenha o retorno de governos ligados a Rafael Correa. No Chile, onde a direita tradicional liderava as pesquisas, a esquerda – especialmente a Frente Ampla – tem uma nova e grande oportunidade de voltar a polarizar contra o governo de Piñera.

A primeira década do século XXI na América Latina foi claramente de esquerda, com protagonismo dos governos antineoliberais, e dos seus líderes – Hugo Chávez, Lula, Néstor e Cristina Kirchner, Pepe Mujica, Evo Morales, Rafael Correa – como as principais lideranças de esquerda no mundo. A contraofensiva conservadora se impôs na segunda década do novo século, com as vitórias de Macri e de Jair Bolsonaro, a virada do governo de Moreno, o isolamento internacional do governo de Nicolás Maduro, no marco da eleição de Donald Trump e da vitória do Brexit. A China se reafirma como a grande potência do século XXI e os Brics como o projeto de construção de um mundo multipolar, alternativo à hegemonia imperial norteamericana em declínio.

Essa ofensiva revelou logo suas debilidades, a começar pelo próprio Trump e pelo Brexit, pela derrota do governo do Salvini na Itália, do Netanyahu em Israel, até que se consagrou aqui com a formidável vitória de Alberto Fernández e Cristina Kirchner, de Evo e as fantásticas mobilizações populares no Equador e no Chile. A terceira década promete ser a da retomada da esquerda e do recuo da direita na América Latina.

Com todos os avanços existentes, os governos progressistas em dois dos três países mais importantes do continente – México e Argentina –, com a continuidade do governo de Evo na Bolívia, o decisivo, uma vez mais, recai sobre o Brasil. Duas tendências marcaram a política do país ao longo deste ano: a tendência a um enfraquecimento acelerado do governo de Bolsonaro e ao fracasso da sua forma de fazer política – uma caricatura de Trump. E o fortalecimento da imagem de Lula, não apenas com a reabertura de possibilidades de recuperação da sua liberdade, como da força política que sua liderança recuperou sobre o cenário político brasileiro, com reconhecimento até mesmo de setores tradicionais que sua presença se torna indispensável para a recuperação política do Brasil. Antes de tudo, uma reação de massas às tantas medidas antipopulares do governo atual, assim como a reconstrução do modelo de crescimento econômico com distribuição de renda, precedido de um projeto de reconstrução nacional, diante das políticas de destruição do país dos governos Temer e Bolsonaro.

A liderança de Lula é indispensável nesse processo, mas ela tem que contar com um movimento de massas muito mais ativo e radical nas suas reações às políticas do governo, assim como uma esquerda com espírito unitário e combativo na luta pela reconstrução de uma força que polarize diretamente contra o governo, deixando as contradições internas à direita como fenômeno secundário.

A evolução da situação brasileira será assim determinante para a terceira década da América Latina no século XXI. O país precisa recuperar seu governo popular, para recompor, junto com México e Argentina como líderes, o processo de integração regional e como baluartes mundiais na luta fundamental do nosso tempo – a da derrota e de superação do neoliberalismo.

 

*Emir Sader/247

 

 

Categorias
Uncategorized

Lula começa a construção de uma Frente Ampla que inclui PDT e PSB

A construção de uma frente ampla já é aventada desde antes da eleição de 2018, o principal entrave foi a posição reticente de Ciro Gomes, que resistiu a uma aliança que o pusesse como vice em uma chapa com Fernando Haddad. Agora, com eleições ainda muito distante e com diversas perdas no campo político e governamental, porém, com grande possibilidade de crescimento com uma possível queda de Bolsonaro, a perspectiva de junção política mudou completamente.

A negociações começaram hoje, com o ex-presidente Lula recebendo o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi e o ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, do PSB.

Na saída, em frente à superintendência da Polícia Federal de Curitiba, Coutinho agradeceu à resistência da militância e mencionou a “parte [da população] que está adormecida, talvez por estratégias equivocadas nossas, talvez pelo poder de manipulação que foi criado no mundo atual, através principalmente da internet”.

“Mas a resistência, ninguém se iluda, ela vai crescer cada vez mais. As pessoas começam a perceber claramente que não há caminho no caminho em que está o Brasil”, disse a liderança do PSB, citando até “os mais fanáticos”, que segundo ele começam a perceber o que está acontecendo no Brasil.

“Diga ao povo lá fora que eu estou motivado. Ninguém acha que aqui dentro tem uma pessoa falando ou pensando na injustiça de que sou vítima”, disse ele.

 

 

*Por Fabio St Rios – A Postagem