Categorias
Política e Poder

O racismo da mídia ajudou a evolução do racismo no país e a chegada ao poder de um racista como Bolsonaro

Um dos dados centrais que explicam a chegada ao poder de um racista declarado e que nunca fez questão de se defender dessa acusação, foi a campanha racista sistemática que a mídia fez contra os negros através de seus ataques ao movimento negro.

A Globo, por exemplo, sempre se sentiu profundamente incomodada quando o movimento negro cobrava direitos mutilados pela escravidão que o país herdou.

O discurso malandro das classes dominantes, brancas e opulentas, sempre foi o de se fazer justiça aos negros, mas a partir de um suposto “bom senso”, frequentemente evocado por gente como se vê no vídeo abaixo, do quilate de Gabeira e, sobretudo, do raivoso Demétrio Magnoli.

Não é sem motivo que eles se comportam assim no mundo da política e a partir desse tratado que está sempre na defesa vigilante de um cão de guarda dos interesses da oligarquia, tanto Gabeira quanto Magnoli fazem parte da bancada de comentaristas de vários programas da GloboNews.

Isso resume o que ainda pensa uma Globo que tenta melhorar a sua imagem numa falsa integração da emissora com as questões raciais do país.

O fato é que, herdado o modelo cívico da escravidão, a mídia brasileira tem marcada em sua alma um preconceito racial que foi amplamente utilizado por Bolsonaro como modelo civilizatório que ele sonhava implantar no Brasil a partir de uma situação estrutural mais segregacionista do que já é contra os negros.

Qualquer perspectiva de futuro para os negros deveria ser interrompida, ceifada e qualquer melhoria efetiva correspondente à situação do negro no Brasil deveria ser mais do que isso, ser enxovalhada, espinafrada e, se possível, humilhada.

A situação em que hoje se encontra a Fundação Palmares nas mãos de um boneco de ventríloquo de Bolsonaro, Sergio Nascimento, que condena negros, assim como o movimento negro, enaltece o império e a própria escravidão de maneira rigorosamente perversa, é resultado do reflexo produzido pelo próprio espelho da classe dominante que consagra suas vontades impositivas através de uma maciça campanha na mídia para que jamais os negros façam parte da sociedade que manda, mas da que é mandada por quem de fato comanda as instituições brasileiras.

Mas isso também faz parte da democracia de mercado que nunca foi tão escancarada nesse país a partir do golpe em Dilma e dos consequentes desdobramentos, é tratar o negro como algo residual e dar à classe dominante toda e qualquer ferramenta que expurgue os obstáculos de sua ganância.

O vídeo que segue abaixo mostra como foi condimentada a imagem de Bolsonaro com a violência de figuras centrais da nossa mídia para atrofiar o máximo possível a condução da consciência sobre a questão que envolve o racismo contra os negros no Brasil.

https://twitter.com/Bruno_Moreno_/status/1446697847190138881?s=20

Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção

Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica
Agência 0197
Operação 1288
Poupança: 772850953-6
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450. 139.937-68
PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

A mesma Globo que contribuiu para devolver o Brasil ao mapa da miséria, agora faz campanha de arrecadação de alimentos contra a fome

Dia desses, na GloboNews, Gabeira, que se declara um liberal que, segundo ele, não compra todas as ideias liberais sobre o papel do Estado na vida nacional, como a maioria dos comentaristas da emissora, elogiou as iniciativas de brasileiros que buscam de alguma forma aliviar a fome de quem não tem nada para comer.

Logicamente, Gabeira que, quando ainda deputado, com seu papel raivoso na primeira tentativa de golpe contra Lula que tirou o Brasil do mapa da fome, teve um faniquito e soltou seus cachorros em cima de Severino Cavalcante, então presidente da Câmara, por engavetar os pedidos de impeachment de Lula, movimento que ele encabeçava.

Não só isso, o mesmo Gabeira várias vezes, na GloboNews, verbalizou que Bolsonaro não era aquele diabo que todos pintavam. Escreveu depois um artigo pedindo que as pessoas abandonassem um suposto sectarismo e tentassem não só entender as lógicas de Bolsonaro, mas ajudá-lo na sua forma de governar.

O que há de diferente nessa manifestação de Gabeira dentro da Globo? Nada. A essência neoliberal de Paulo Guedes com uma coisinha aqui, outra ali que pode-se discordar, os comentaristas sempre se mostraram entusiastas de mais uma mentira neoliberal vendida como salvadora da pátria desde a época da ditadura militar pelos governos de direita.

O que para nós é difícil saber é o que de fato pensam esses comentaristas, até porque muitos, depois que saem da Globo, na maioria das vezes, têm posições diametralmente opostas aos que eles próprios pregavam quando estavam a serviço dos interesses do grande capital dentro de uma empresa de comunicação que, além de ter interesses diretos nesse sistema de moer gente para arrancar a última gota de sangue, abarca outros clientes que exigem essa linha editorial.

E mesmo quando tudo fracassa, a Globo dá uma de Bolsonaro, mente, inventa, cria uma realidade paralela, como faz até hoje com o retumbante fracasso do governo FHC, que ela sem qualquer base, diz que ele equilibrou a economia brasileira.

Bom, não se sabe que conceito que a palavra equilíbrio tem dentro do universo dos Marinho. A rejeição que beira à aversão que o povo brasileiro tem até hoje de FHC, mostra que, na vida real, ou seja, na economia de fato, ele foi trágico para a imensa maior parte da população, coisa muito fácil de aferir, porque, enquanto na esquerda todos querem a participação de Lula nas propagandas eleitorais pelo sucesso de seus dois mandatos como presidente, do lado tucano, nenhum candidato quis mostrar FHC em sua propaganda para não ser associado à imagem de fracasso que FHC carrega como sobrenome.

Assim, a Globo, até pelas palavras de Gabeira, tem uma solução para a fome, logicamente sem mexer nas estruturas neoliberais impostas por Temer e seguidas à risca por Guedes para manter intocável o teto de gastos, que é a de ampliar a corrente de fraternidade dentro da sociedade e que ela própria dê solução aos milhões, e cada vez mais milhões de segregados pela política aplaudida de pé que os barões do dinheiro grosso impõem à nação, em nome da absoluta e genuína ganância.

*Carlos Henrique Machado Freitas

Antropofagista interação – Siga-nos no Watsapp: https://chat.whatsapp.com/C3vFPKeGR4JGwnGrwc6O5F

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Notícia

Nem Gabeira aguentou o sorumbático Gabeira e dormiu ao vivo e a cores na Globonews

Não há nada mais monótono que as platitudes de Gabeira. Trivialidades é com ele mesmo.

O comentarista, que diz aquelas coisas importantes que não têm importância nenhuma, hoje foi flagrado dormindo, ao vivo, na Globonews e o DCM que nos conta essa cômica situação:

DCM – O comentarista da GloboNews Fernando Gabeira protagonizou uma cena insólita ao vivo, mas absolutamente compreensível.

Num painel modorrento com Gerson Camarotti e Cristiana Lôbo, César Tralli perguntou ao veterano jornalista o que ele havia achado da rejeição, na Câmara do Rio, de abertura do impeachment de Marcelo Crivella.

Gabeira estava dormindo, após passar o programa inteiro pescando. Despertou assustado.

— É comigo?

Camarotti deu um sorriso sarcástico diante da saia justa.

— Isso, vamos aproveitar que você já está no Rio de Janeiro, respondeu Tralli.

Gabeira saiu-se com um sambarilove sobre a “resiliência do Crivella” e a relação com deputados e vereadores e a “associação do estado com a igreja ter sido superada na Idade Média”.

Tudo sob um efeito sonoro fruto de um eco estranhíssimo.

Poucas vezes Gabeira esteve tão certo na vida.

 

*Da redação