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Vídeo: Rabino israelense afirma que todas as crianças de Gaza devem morrer de fome

As declarações do rabino Ronen Shaulov foram compartilhadas pela FEPAL – Federação Árabe Palestina do Brasil.

Um discurso de teor abertamente genocida feito pelo rabino israelense Ronen Shaulov tem causado forte repúdio nas redes sociais. O religioso afirmou que “todas as crianças de Gaza devem morrer de fome”, justificando a declaração ao dizer que elas “são futuros terroristas” e que “não podemos deixar rastro deles. Sem misericórdia!”.

As declarações do rabino têm sido compartilhadas nas redes sociais por várias entidades internacionais, entre elas a FEPAL – Federação Árabe Palestina do Brasil e provocaram uma onda de críticas por incitação ao ódio, apologia ao genocídio e desumanização de civis palestinos, em especial crianças.

Ronen Shaulov é um rabino muito conhecido em Israel por seu alcance entre fiéis e por sua atuação em comunidades religiosas.

Contexto de crise humanitária
A fala de Ronen Shaulov ocorre em meio ao agravamento da situação humanitária na Faixa de Gaza, que enfrenta escassez severa de alimentos, medicamentos e energia após meses de conflito. De acordo com a ONU, milhares de crianças estão em risco iminente de morte por desnutrição na região, que sofre com bloqueios e bombardeios constantes.

Veja, mas segura o estômago:

*FEPAL


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The Guardian: como Israel está matando os palestinos de fome em Gaza?

Segundo jornal, governo israelense calcula quantas calorias cada habitante precisa para se manter vivo no enclave e dificulta entrada de comida

O governo de Israel tem calculado quantas calorias são necessárias para que um palestino se mantenha vivo na Faixa de Gaza, conforme relatou uma reportagem do The Guardian publicada nesta quinta-feira (31/07). “Os palestinos não podem sair, a guerra acabou com a agricultura e Israel proibiu a pesca, então praticamente todas as calorias que sua população ingere devem ser trazidas de fora”, disse o jornal britânico. “Israel sabe quanta comida é necessária.”

Revela-se que a fome como “arma de guerra” não é um projeto recente, uma vez que, a agência de Coordenação de Atividades Governamentais de Israel nos Territórios Palestinos, a COGAT, do Ministério da Defesa, responsável pelo fluxo dos embarques de ajuda humanitária no enclave, há muitos anos calculava o volume de comida necessário para cada palestino. O órgão divulgou um estudo, com data de 2008, de que cada residente precisa de um mínimo de 2.279 kcal por dia para sobreviver. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a quantia calculada pelo regime sionista é o nível teto para evitar a desnutrição dos habitantes de Gaza.

Estas 2.279 kcal relatadas pela COGAT poderiam ser fornecidas por meio de 1,836 kg de alimento. Entretanto, atualmente, as organizações humanitárias estão pedindo uma quantidade mínima para os cidadãos em Gaza: 62 mil toneladas métricas de alimentos para atender ao menos 2,1 milhões de pessoas por mês, ou seja, cerca de 1 kg de comida por pessoa por dia.

Embora Tel Aviv negue a existência de fome em Gaza, como disse recentemente Netanyahu – em afirmação que foi rebatida inclusive pelo seu maior aliado, Donald Trump – os dados compilados pela própria COGAT contradizem o premiê e evidenciam a desnutrição da população no enclave: entre março e junho, Israel permitiu que apenas 56 mil toneladas de alimentos entrassem no território, ou seja, menos de um quarto das necessidades mínimas de Gaza para esse período.

Nos meses de março e abril, logo após a violação do cessar-fogo com o Hamas, a Palestina estava sob cerco total do regime sionista. Em meados de maio, o premiê israelense, pressionado pela comunidade internacional, disse que os embarques seriam reiniciados parcialmente. De acordo com a ONU, apenas em janeiro e fevereiro, que foi o período em que vigorou o cessar-fogo e expandiu o acesso humanitário, foram fornecidas calorias suficientes para os habitantes.

“No entanto, em maio, apenas um fio de comida voltou, em quantidades que serviram apenas para retardar a queda de Gaza na fome, não para detê-la”, disse o The Guardian. Em julho, a fome tomou proporções no enclave, hospitais locais passaram a registrar mortes por inanição e circularam pelo mundo imagens de crianças desnutridas, o que provocou mais uma reação global, incluindo indignação de líderes mundiais.

Pressionado novamente, Netanyahu prometeu uma ajuda “mínima” e liberou a entrada de mais caminhões humanitários e possibilitou lançamentos aéreos com suprimentos básicos – embora o paraquedismo em alimentos seja caro e até mortal, uma vez que, no ano passado, pelo menos cinco pessoas morreram afogadas tentando recuperar alimentos que caíram no mar.

Segundo os dados fornecidos por Israel, até o momento, 104 voos forneceram o equivalente a apenas quatro dias de comida para Gaza por um custo de dezenas de milhões de dólares.

“Eles permitem que Israel e seus aliados enquadrem a fome como uma catástrofe causada pela logística, não uma crise criada pela política do Estado”, afirmou o The Guardian. Nesta sexta-feira (01/08), o Ministério da Saúde de Gaza contabiliza 154 mortes por fome, sendo 89 das vítimas crianças.

*Opera Mundi


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China denuncia ‘catástrofe sem precedentes’ em Gaza e exige fim do bloqueio israelense

Com 154 mortos por fome e 320 mil crianças em risco, Pequim pressiona por cessar-fogo e solução de dois Estados

O governo chinês manifestou nesta quarta-feira (30/07) “profunda preocupação” com a situação na Faixa de Gaza, classificando a crise como uma “catástrofe humanitária sem precedentes”. Em entrevista coletiva, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, exigiu que Israel “cesse imediatamente as operações militares” e suspenda o bloqueio que impede a entrada de ajuda humanitária no território palestino.

“Instamos todas as partes, especialmente Israel, a interromper as hostilidades, levantar o cerco e restaurar totalmente o acesso humanitário para evitar uma crise ainda maior“, declarou Jiakun. O diplomata citou dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), que registrou 74 mortes por desnutrição em 2025 – 63 apenas em julho, incluindo 25 crianças.

“Esses números são a evidência mais recente da catástrofe humanitária em Gaza”, enfatizou, reiterando que a comunidade internacional “não pode permanecer impassível” diante da magnitude do sofrimento civil.

Jiakun destacou que a comunidade internacional “não pode permanecer indiferente” ao sofrimento em Gaza e reforçou o apoio da China à “solução de dois Estados”, defendendo a criação de um Estado palestino independente como único caminho para uma paz “abrangente, justa e duradoura”. O porta-voz ainda elogiou os esforços de países como Canadá, França, Reino Unido e Arábia Saudita para avançar nessa direção.

Fome em Gaza
O Programa Alimentar Mundial (PAM) alertou nesta terça-feira (29/07) que o consumo de alimentos e os indicadores nutricionais da população palestina na Faixa de Gaza “atingiram seus piores níveis desde o início do conflito”, em outubro de 2023.

“Mais de uma em cada três pessoas (39%) agora passa dias seguidos sem comer. Mais de 500.000 pessoas – quase um quarto da população de Gaza [de dois milhões de pessoas] – estão enfrentando condições semelhantes à fome, enquanto a população restante enfrenta níveis emergenciais de fome”, informa.

Em julho de 2025, mais de 320.000 crianças, número correspondente à população total com menos de cinco anos em Gaza, estavam em risco de desnutrição aguda. Dentre desta realidade, há outras milhares sofrendo de desnutrição aguda grave, a forma mais mortal de desnutrição, de acordo com o PAM.

Além disso, em junho, 6.500 crianças foram internadas para tratamento de desnutrição, também o maior número desde o início do conflito. Já julho está registrando um número ainda maior, com 5.000 crianças internadas apenas nas duas primeiras semanas.

*Opera Mundi


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Gaza registra 147 mortes por desnutrição enquanto Israel mantém cerco e ataques

Pelo menos 43 civis foram mortos nesta manhã, incluindo nove pessoas em busca de ajuda; colonos israelenses atacam vilarejo cristão na Cisjordânia

O Ministério da Saúde de Gaza informou nesta segunda-feira (28/07) que 14 pessoas morreram de desnutrição nas últimas horas, elevando o total para 147 vítimas – incluindo 88 crianças. O número soma-se aos 59.733 civis palestinos mortos desde o início da ofensiva israelense em outubro de 2023.

Após 11 semanas de cerco total a alimentos, combustível e medicamentos imposto por Israel, as forças israelenses anunciaram uma pausa tática das 10h às 20h (horário local) nos bombardeios nas cidades Muwasi, Deir al-Balah e Gaza.

Segundo o comunicado do Gabinete de Imprensa do Governo em Gaza, apenas 73 caminhões entraram no território no domingo (27/07). A maior parte da ajuda foi saqueada sob a vigilância das forças de ocupação, acusadas de impedir a entrega de suprimentos humanitários a centros de distribuição organizados.

Os três lançamentos aéreos que ocorreram durante a entrada de ajuda humanitária, foi descrito pelo gabinete como uma “farsa” na qual a comunidade internacional é cúmplice por meio de falsas promessas e informações enganosas. A declaração concluiu que a única solução é “abrir imediatamente todas as passagens de fronteira, suspender o bloqueio e permitir a entrada livre de alimentos e fórmulas infantis”.

Israel tem sido acusado de usar alimentos como arma política e de violar o direito internacional com seu bloqueio de ajuda. O Gabinete de Imprensa do Governo de Gaza alerta para uma escassez catastrófica de leite em pó para bebês, dizendo que mais de 40.000 crianças menores de um ano correm o risco de uma “morte lenta” devido ao bloqueio de Israel.

A ONU afirmou que mais alimentos são necessários para evitar a fome e uma crise sanitária catastrófica. Sam Rose, diretor interino da Agência da ONU para Refugiados Palestinos em Gaza (UNRWA), disse que a organização “está pronta e apta a entregar ajuda vital em Gaza, mas as restrições israelenses e os ataques contínuos impedem que alimentos, água e assistência médica cheguem aos necessitados desesperadamente, especialmente crianças”.

Mais de 5.000 crianças, menores de cinco anos, receberam tratamento para desnutrição nas duas primeiras semanas de julho. 18% delas foram diagnosticadas com Desnutrição Aguda Grave (DAS), a forma mais letal, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O número de hospitalização, devido a complicações médicas pela desnutrição, dobrou no mês de julho, totalizando 73. Em junho foram registradas 39 crianças. Segundo a OMS, isso demonstra um aumento acentuado que começou em maio, com 6.500 internações em junho, o maior número desde outubro de 2023. Até o momento, em 2025, as internações hospitalares atingiram 263.

O aumento do número de casos está sobrecarregando os únicos quatro centros de tratamento de desnutrição em Gaza, todos operando acima da capacidade, enfrentando escassez crítica de combustível e com previsão de esgotamento dos suprimentos até meados de agosto, observou a declaração da OMS.

Ataques em meio a crise de fome
Pelo menos 43 palestinos foram mortos por ataques israelenses em Gaza desde o amanhecer desta segunda-feira (28/07), incluindo nove pessoas em busca de ajuda, disseram fontes em hospitais de Gaza à emissora catari Al Jazeera.

Um grupo de colonos israelenses lançou um ataque à vila palestina de Taybeh, lar de 1.300 pessoas, a maioria cristãs, na Cisjordânia ocupada, de acordo com a Autoridade Palestina. Os sionistas incendiaram veículos palestinos e picharam “ameaças racistas em hebraico em casas e propriedades”, escreveu a autoridade sediada em Ramallah no X.

*Opera Mundi


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Gaza: jornalista relata como Israel transformou centros de ajuda em armadilha mortal

Cerca de 70 mil palestinos têm apenas 10 minutos para pegar entre 300 e 400 pacotes de suprimentos disponíveis; finalizado esse tempo, os soldados abrem fogo contra a multidão

O uso da fome como arma de guerra de Israel na Faixa de Gaza, denunciado por mais de 100 ONGs nesta quarta-feira (23/07), soma-se aos brutais ataques das forças israelenses contra a população civil que busca alimentos nos centros de ajuda controlados pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF, em inglês).

De acordo com a Assessoria de Imprensa do Governo da Faixa de Gaza, desde 27 de maio, 995 pessoas foram mortas e mais de 6 mil ficaram feridas em ataques israelenses nos falsos centros de distribuição de ajuda, controlados pela GFH, que assumiu o controle das distribuições, substituindo o sistema humanitário liderado pelas Nações Unidas.

Em relato contundente, postado pela jornalista Inés El-Hajj na plataforma X, o jornalista Motasem A Dalloul, que está em Gaza, conta como se dá a distribuição dos alimentos, considerada ‘armadilha mortal’ pela ONU, nestes locais.

Armadilha mortal
“Regularmente, a GHF publica o cronograma de distribuição no Facebook. A cada vez, cerca de 60.000 a 70.000 palestinos convergem para o local designado. Alto-falantes anunciam que quando a luz verde acende, as pessoas têm apenas 10 minutos para pegar entre 300 e 400 pacotes de ajuda, embora muitos dos suprimentos essenciais, como farinha, açúcar e sal, sejam arrebatados primeiro por gangues e colaboradores”, relata o jornalista.

“Após a janela de 10 minutos, a luz fica amarela, sinalizando que restam apenas 5 minutos para fugir antes que metralhadoras automáticas abram fogo indiscriminadamente contra qualquer um que ainda esteja na área”, complementa Dalloul.

Ele conta que essas zonas de distribuição são espaços abertos e áridos cercados por altos montes de areia. “Existem quatro desses pontos no sul de Gaza e, em alguns casos, as pessoas devem caminhar até 40 quilômetros apenas para alcançá-los”.

Como destaca a jornalista Inés El-Hajj em sua postagem, “o GHF criou a ‘área dos Jogos Vorazes’, eles brincam com as vidas dos palestinos como se não valessem nada”.

Ouça o depoimento:

https://twitter.com/i/status/1947424977268920403

Bloqueio
Enquanto isso, conforme denunciam mais de 100 entidades humanitárias, “nos arredores de Gaza, em armazéns – e até mesmo dentro da própria Gaza – toneladas de alimentos, água potável, suprimentos médicos, itens de abrigo e combustível permanecem intocados, com organizações humanitárias impedidas de acessá-los ou entregá-los”.

“Médicos relatam taxas recordes de desnutrição aguda, especialmente entre crianças e idosos. Doenças como diarreia aquosa aguda estão se espalhando, mercados estão vazios, lixo está se acumulando e adultos estão desmaiando nas ruas de fome e desidratação. As distribuições em Gaza chegam a apenas 28 caminhões por dia, longe do suficiente para mais de dois milhões de pessoas, muitas das quais estão há semanas sem assistência”, afirmam em nota.

A GHF é atualmente presidida pelo líder evangélico Johnnie Moore, conselheiro de Donald Trump para assuntos inter-religiosos e membro da Comissão dos EUA para a Liberdade Religiosa Internacional. Ele assumiu o cargo em junho deste ano, após a renúncia de Jake Wood, ex-fuzileiro naval dos EUA, que declarou que não poderia garantir a independência da fundação em relação aos interesses israelenses.

*Opera Mundi


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Genocídio: ‘Nossos últimos repórteres em Gaza vão morrer de fome’, afirma AFP

Em apelo inédito a Israel, agência cobra evacuação imediata de jornalistas; França afirma que está ‘tratando do assunto’ e pede entrada da imprensa livre na região

A Agence France-Presse (AFP), uma das mais tradicionais agências de notícias do mundo, fez um alerta inédito nesta segunda-feira (21/07) sobre a situação de seus jornalistas que permanecem em Gaza.

Pela primeira vez desde sua fundação, a agência admitiu publicamente o risco de perder profissionais por inanição, em meio à escalada das operações militares israelenses e ao colapso das condições humanitárias no enclave palestino.

“Desde que a AFP foi fundada em agosto de 1944, perdemos jornalistas em conflitos, tivemos colegas feridos e prisioneiros em nossas fileiras, mas nenhum de nós se lembra de ter visto um colaborador morrer de fome. Nos recusamos a ver nossos colegas morrerem”, afirmou a Sociedade de Jornalistas da AFP (SDJ), que reúne os profissionais da agência.

“Nós nos recusamos a vê-los morrer. Seus pedidos de ajuda, de cortar o coração, agora são diários”, frisou em comunicado publicado nas redes sociais.

Evacuação imediata
A entidade apela para que seus repórteres locais sejam evacuados imediatamente, sob risco de morrerem de fome ou exaustão. De acordo com a nota, a AFP tem dependido exclusivamente de freelancers para cobrir a situação em Gaza desde o início de 2024, quando a equipe internacional foi retirada e a entrada de jornalistas estrangeiros passou a ser proibida.

“Desde 7 de outubro, Israel proibiu o acesso à Faixa de Gaza a todos os jornalistas internacionais. Nesse contexto, o trabalho de nossos freelancers palestinos é crucial para informar o mundo. Mas suas vidas estão em perigo, por isso pedimos às autoridades israelenses que permitam sua evacuação imediata, juntamente com suas famílias.”

O desespero dos profissionais aparece em relatos diretos. Bashar Taleb, fotógrafo freelancer que colabora com a AFP desde 2010, publicou no Facebook: “não tenho mais poder para cobrir a mídia. Meu corpo está magro e não consigo mais andar”. Ele vive hoje nas ruínas de sua casa na Cidade de Gaza com os irmãos e relatou que um deles já “caiu” de fome.

A AFP informa que não tem mais como fornecer um veículo, muito menos gasolina, para que seus jornalistas se desloquem para reportagens. “Andar de carro, de qualquer forma, é correr o risco de se tornar um alvo da aviação israelense”, afirma o texto.

“Toda vez que saio da tenda para cobrir um evento, fazer uma entrevista ou documentar um fato, não sei se voltarei viva”, afirma Ahlam, jornalista da agência. O maior problema é a falta de comida e água, confirma.

“Tento continuar exercendo meu trabalho, dando voz às pessoas, documentando a verdade diante de todas as tentativas de silenciá-la. Aqui, resistir não é uma escolha: é uma necessidade”, aponta

Governo francês
O jornal Le Monde informou que o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, pediu nesta terça-feira (22/07) que Israel permita a entrada da imprensa estrangeira em Gaza, alertando para o risco iminente de fome após 21 meses de guerra.

“Peço que a imprensa livre e independente tenha acesso a Gaza para mostrar o que está acontecendo e dar testemunho”, disse Barrot em entrevista à rádio France Inter. Ele afirmou que Paris está “tratando do assunto” e que o governo espera “poder evacuar alguns colaboradores de jornalistas nas próximas semanas”.

Barrot também exigiu o “cessar-fogo imediato” de Israel. “Não há mais justificativa para as operações militares do exército israelense em Gaza”, afirmou. “Esta é uma ofensiva que vai agravar uma situação já catastrófica e causar novos deslocamentos forçados de populações, o que condenamos nos termos mais fortes”, acrescentou.

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Grupo de Haia determina seis medidas contra genocídio na Palestina

32 países se comprometeram, entre outros pontos, a vetar venda ou transferência de armas para Israel, rever contratos públicos com regime sionista e pressionar por julgamento dos crimes internacionais

A primeira Cúpula Ministerial de Emergência do Grupo de Haia, realizada em Bogotá, Colômbia, nos dias 15 e 16 de julho, adotou uma declaração conjunta com seis medidas para deter o genocídio na Palestina, proibir o apoio militar a Israel e promover a justiça internacional em resposta à crise humanitária no Território Palestino Ocupado.

A declaração conjunta adotada pelos países reunidos em Bogotá detalha as seguintes medidas para abordar crimes internacionais e a situação na Palestina:

Proibição de Remessas Militares para Israel
Os Estados se comprometeram a bloquear a exportação de armas, munições, combustível e equipamentos militares para Israel. Essa medida visa impedir que as indústrias nacionais dos países participantes contribuam, direta ou indiretamente, para genocídios, crimes contra a humanidade e outras violações do direito internacional nos Territórios Palestinos Ocupados. A proibição inclui quaisquer materiais que possam ser usados para perpetuar a ocupação ilegal ou a violência contra civis palestinos, garantindo que recursos estatais não sejam vinculados a essas ações.

Restrição à passagem de embarcações que transportem equipamentos militares

Os países proibirão o acesso, a atracação ou a prestação de serviços em seus portos a embarcações que representem risco claro de transporte de armas, munições ou suprimentos militares destinados a Israel. Essa medida está em conformidade com o direito internacional, especialmente com as obrigações dos Estados de não facilitar atividades que violem os direitos humanos ou o direito humanitário.

Os portos nacionais implementarão controles rigorosos para identificar e deter qualquer embarcação suspeita de contribuir para a máquina de guerra israelense.

Controle de embarcações que arvoram bandeiras nacionais
Embarcações registradas sob as bandeiras de países membros do Grupo de Haia estão proibidas de transportar armas, munições, combustível militar ou equipamentos de dupla utilização para Israel.

Essa restrição garante que as frotas nacionais não sejam utilizadas para apoiar a ocupação ou crimes na Palestina. Os Estados devem estabelecer mecanismos de supervisão para garantir o cumprimento, incluindo inspeções e sanções para embarcações que violem esta disposição.

 

Revisão de Contratos Públicos com Israel
Os Estados revisarão urgentemente todos os contratos públicos com entidades israelenses, tanto governamentais quanto privadas, para garantir que fundos estatais não sejam utilizados para atividades que perpetuem a ocupação ilegal da Palestina ou violações de direitos humanos.

Essa medida inclui a avaliação de acordos comerciais, contratos de defesa e qualquer tipo de cooperação que possa contribuir para a maquinaria da ocupação. Os países se comprometeram a suspender ou cancelar contratos que não estejam em conformidade com os princípios do direito internacional.

Investigação e julgamento de crimes internacionais
Os países promoverão a investigação e o julgamento de crimes graves, como genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade, cometidos nos Territórios Palestinos Ocupados. Essas ações serão realizadas em tribunais nacionais e internacionais, garantindo que as vítimas recebam justiça e que crimes futuros sejam prevenidos. Os Estados fortalecerão seus sistemas judiciais para julgar esses casos e colaborarão com organismos internacionais para garantir a responsabilização.

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Petro pede presença militar da Colômbia em Gaza para ‘deter genocídio’ de Israel

Durante cúpula em Bogotá, presidente colombiano afirmou que, esgotada a via diplomática, é preciso medidas que envolvam o uso da força para proteger palestinos

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, pediu a presença militar da Colômbia na Faixa de Gaza. Em discurso no Grupo de Haia, organizado em Bogotá, o mandatário colombiano defendeu que vai solicitar que tropas colombianas estejam na região para “deter o genocídio”.

Ele, no entanto, disse que é preciso esgotar as ferramentas diplomáticas antes de tomar medidas que envolvam o uso da força.

“Nosso objetivo é simples: implementar medidas jurídicas, diplomáticas e econômicas concretas que possam deter a destruição de Israel e defender o princípio fundamental de que nenhum Estado está acima da lei”, disse durante a abertura da reunião de ministros de 8 países chamada de Grupo de Haia.

A reunião dos governos tem representantes da Bolívia, Cuba, Honduras, Senegal, África do Sul, Malásia, Namíbia e Colômbia. A cúpula começou nesta terça-feira (15/07) e vai durar dois dias. A ideia é que os representantes escrevam uma resolução com uma série de medidas. Nesta quarta-feira (16/07), o encontro terá a presença da relatora especial da ONU, Francesca Albanese.

Apoio da Venezuela
O governo de Nicolás Maduro enviou uma carta elogiando os trabalhos realizados pela Colômbia e África do Sul na organização dessa frente contra os ataques israelenses. Para o mandatário venezuelano, a reunião representa uma resposta moral e política essencial num momento em que “toda a humanidade é desafiada pelo horror e pela impunidade”.

No documento, o mandatário afirma que o governo da Venezuela se posiciona desde o início do mandato de Hugo Chávez, em 1999, sobre o genocídio em curso contra os palestinos. O texto ressalta que desde outubro de 2023 o mundo testemunha uma fase “cruel de extermínio” que deixou quase 60 mil mortos, 138.520 feridos e milhares de desaparecidos, mas que o genocídio “não começou há 21 meses”.

Maduro afirma que esses ataques têm origem em 1948, com o início da ocupação sionista, com a expulsão forçada do povo palestino de suas terras e o “estabelecimento de um regime colonial e criminoso”, que usou a expropriação, a repressão, o bloqueio e o terror como políticas de Estado.

“O que vemos em Gaza, Rafah, Nablus e em toda a Palestina não é um conflito entre iguais. É um plano sistemático para destruir um povo, erradicar sua identidade e apagar sua memória. É um crime contra a humanidade, sustentado pelo fluxo constante de armas, dinheiro, tecnologias de vigilância e proteção diplomática das potências ocidentais, que insistem em criar um enclave militar na Ásia Ocidental. O regime de Netanyahu, sob o controle de uma elite sionista que fez da guerra e do racismo uma doutrina de Estado, tornou-se a maior ameaça à humanidade”, afirma o documento.

Além de apoiar o encontro, o mandatário venezuelano afirmou que respeita e apoia o trabalho de Francesca Albanese, sobre a situação dos direitos humanos nos Territórios Palestinos Ocupados. “Apelamos para que ela continue sua missão, apesar das sanções e da estigmatização que enfrenta. Sua voz é necessária. Sua verdade incomoda os poderosos, mas salvará os oprimidos”, afirmou.

Ele também lembrou da sua proposta de realizar uma cúpula entre países do Sul Global para discutir a resolução dos conflitos no Oriente Médio e o fim da escalada de conflitos na região, com ameaça do uso de armas nucleares. A ideia seria reunir organizações internacionais para chegar ao consenso de uma “paz duradoura” na Ásia Ocidental.

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Ex-premiês israelenses repudiam plano de Netanyahu: ‘novo campo de concentração’

Ehud Olmert e Yair Lapid comentaram planos do ministro da Defesa, Israel Katz, de instalar palestinos em área confinada.

Os ex-premiês de Israel Ehud Olmert e Yair Lapid criticaram enfaticamente, neste domingo (13/07), o projeto israelense de criar o que chamam de “cidade humanitária” sobre as ruínas de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

Em longa entrevista ao The Guardian, o ex-primeiro-ministro Ehud Olmert afirmou que a proposta seria, na prática, construir um campo de concentração. Segundo ele, forçar os palestinos a viverem nesse local configuraria uma tentativa de limpeza étnica.

“É um campo de concentração. Me desculpe”, declarou Olmert, ao comentar os planos do ministro da Defesa, Israel Katz, de instalar centenas de milhares de palestinos em uma área fechada, sem direito de sair, exceto para outros países.

A iniciativa representa uma escalada no que ele qualificou de “crimes de guerra” cometidos por Israel em Gaza e na Cisjordânia. “Se eles [os palestinos] forem deportados para essa nova ‘cidade humanitária’, então pode-se dizer que isso faz parte de uma limpeza étnica. Ainda não aconteceu, mas essa seria a interpretação inevitável de qualquer tentativa de criar um campo para centenas de milhares de pessoas”, frisou.

A proposta
Segundo o governo israelense, a “cidade humanitária” abrigaria inicialmente 600 mil palestinos deslocados, atualmente vivendo em condições precárias na região de al-Mawasi, próximo à costa sul de Gaza. No entanto, o objetivo final seria transferir toda a população de Gaza, mais de dois milhões de pessoas, para a área confinada em Rafah.

Olmert disse que a justificativa humanitária dada pelo governo israelense não é crível, principalmente após meses de retórica violenta e declarações de ministros sobre a necessidade de “limpar” Gaza.

“Quando eles constroem um campo onde planejam ‘limpar’ mais da metade de Gaza, o entendimento inevitável dessa estratégia não é salvar os palestinos. É deportá-los, empurrá-los, jogá-los fora. Não tenho outra compreensão possível”.

Crimes de guerra
Olmert também criticou a conivência das autoridades israelenses com os chamados “jovens dos topos das colinas”, responsáveis por atos sistemáticos de violência contra palestinos.

“Não há como operarem de maneira tão consistente, massiva e ampla sem um arcabouço de apoio e proteção provido pelas autoridades israelenses nos territórios ocupados”, afirmou. A entrevista aconteceu no mesmo dia do enterro de dois palestinos, entre eles um cidadão norte-americano, mortos por colonos israelenses.

O ex-primeiro ministro israelense denunciou a atuação de ministros extremistas que, segundo ele, representam uma ameaça maior à segurança de Israel do que qualquer inimigo externo. “Esses caras são o inimigo interno”, afirmou.

Ele segue defendendo a solução negociada de dois Estados e acredita que uma paz duradoura poderia ser alcançada com o apoio internacional. Olmert também lamentou que Netanyahu, acusado de crimes de guerra pelo Tribunal Penal Internacional, tenha preferido indicar Donald Trump ao Prêmio Nobel da Paz. “É por isso que não posso me abster de acusar este governo de ser responsável por crimes de guerra cometidos”, afirmou.

*Opera Mundi


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Brasil

Genocídio em Gaza: Brasil vai aderir a denúncia sul-africana contra Israel em Haia

Chanceler Mauro Vieira disse que governo Lula estava ‘trabalhando’ na adesão que acusa Tel Aviv de cometer genocídio contra os palestinos.

O chanceler Mauro Vieira confirmou que o Brasil se juntará formalmente ao processo movido pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ) das Nações Unidas em Haia. “Os últimos desenvolvimentos da guerra nos fizeram tomar a decisão de nos juntarmos à África do Sul na Corte Internacional”, declarou o Ministro das Relações Exteriores em entrevista exclusiva à emissora catari Al Jazeera no último sábado (12/07).

O processo, que acusa o governo israelense de cometer genocídio contra civis palestinos na Faixa de Gaza, agora contará com a participação do Brasil como terceira parte. A decisão marca uma mudança significativa na postura diplomática brasileira e deve provocar reações tanto de Israel quanto de aliados estratégicos, como os Estados Unidos.

Vieira também afirmou que a demora para formalização era porque estavam “trabalhando nisso” e reiterou que logo “terão boas notícias em pouco tempo”.

A medida marca mais um passo na estratégia diplomática do governo Lula de reposicionar o Brasil em fóruns multilaterais e reforçar a defesa do direito internacional e dos direitos humanos.

Na semana retrasada, o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, declarou à Folha de S.Paulo em 4 de julho, que o Brasil “não deve aceitar a indicação de um novo embaixador por Israel”, em resposta à escalada militar na Faixa de Gaza e às milhares de mortes entre civis palestinos. “O Brasil deve manter as relações em níveis mínimos e ser muito severo no acordo de livre comércio, talvez até suspendê-lo”, afirmou.

Posicionamento África do Sul
A África do Sul apresentou uma ação na CIJ em dezembro de 2024, argumentando que a guerra em Gaza viola a Convenção das Nações Unidas para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio de 1948, acusação que Israel nega.

O país sul africano abriu uma nova petição na última semana apontando que o governo de Benjamin Netanyahu teria escalado o conflito a “uma nova e horrenda fase”.

Em outro momento, o diplomata sul-africano Ronald Lamola também condenou a agressão sionista ao Irã. O líder repudiou veementemente a violação do território iraniano por Israel e os ataques a instalações nucleares do país.

Corte de Haia
O Grupo de Haia convocou uma reunião de emergência em Bogotá, Colômbia, para terça-feira (15/07) com o objetivo de encontrar medidas concretas contra Israel e buscar uma resposta internacional para o conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta desde outubro de 2023.

Representantes de mais de 30 países de todos os continentes devem participar do encontro. A iniciativa pretende aplicar políticas tanto no plano jurídico quanto diplomático, para tentar pôr fim a agressão sionista.

“Não podemos aceitar o retorno de épocas de genocídio diante dos nossos olhos e da nossa passividade. Se a Palestina morre, a humanidade morre”, declarou o presidente colombiano Gustavo Petro. A Colômbia, assim como o Brasil, apoia o processo histórico movido por Pretória contra Israel na CIJ.

*Opera Mundi


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