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Governo analisa rompimento com Israel, diz Celso Amorim

Assessor especial da presidência afirma que governo Lula estuda pôr fim às relações comerciais militares com Tel Aviv.

O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, declarou que o governo Lula está considerando medidas de retaliação contra Israel devido à continuidade do que considera genocídio na Faixa de Gaza. Essa afirmação ocorreu em uma reunião com cerca de 20 parlamentares de várias legendas que buscaram fortalecer a posição do Brasil frente às ações de Israel contra a população palestina.

Amorim ressaltou que o governo está avaliando seriamente a possibilidade de romper relações comerciais e militares com Tel Aviv, destacando que essa questão já está sendo analisada pelo Itamaraty e pela área de defesa. Ele expressou que teve um “diálogo franco e construtivo” sobre a postura histórica do Brasil em prol da paz e dos direitos humanos, reafirmando o comprometimento do país com soluções diplomáticas fundamentadas no direito internacional e no respeito às resoluções da ONU.

Durante a reunião de quase duas horas, os parlamentares manifestaram preocupação com a intensidade dos ataques em Rafah, que têm causado um número elevado de mortes, especialmente entre mulheres e crianças. Entre os participantes estavam Fernanda Melchionna, Guilherme Boulos, Erika Kokay, Sâmia Bomfim e Zeca Dirceu, que advocatearam por sanções mais rígidas do Brasil, incluindo a interrupção das relações diplomáticas com Israel.

Amorim recebeu uma solicitação formal da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) pedindo o rompimento de relações, embora essa medida não esteja em consideração pelo governo neste momento.

Desde que começou a ofensiva militar em Gaza, em outubro de 2023, o presidente Lula tem criticado o governo de Netanyahu de forma contundente. Em fevereiro de 2024, durante uma visita à Etiópia, Lula descreveu as ações de Israel como “genocídio” e traçou um paralelo com o Holocausto, afirmando que os eventos em Gaza são sem precedentes na história, exceto comparáveis ao extermínio de judeus por Hitler.

Essa declaração provocou reações severas do governo israelense.Amorim indicou que ações adicionais estão sendo discutidas, mencionando que recentes conversas com o presidente e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, poderiam resultar em novos passos, embora não tenha solicitado que detalhes fossem divulgados naquele momento.

Ele enfatizou que é responsabilidade do ministro anunciar medidas futuras quando forem apropriadas.Enquanto os parlamentares pressionam por ações mais enérgicas, a postura do governo brasileiro reflete uma preocupação com os direitos humanos e o contexto internacional, balançando a necessidade de ação com considerações estratégicas sobre as relações com Israel.


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A situação continua a ser acompanhada de perto, com diversas vozes dentro e fora do governo clamando por um posicionamento mais firme.A fala de Lula foi condenada pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel, que declarou o presidente brasileiro como “persona non grata” até que ele se retratasse.

Em resposta, o governo brasileiro trouxe de volta seu embaixador em Tel Aviv, Frederico Meyer, que não retornou ao posto. Israel também convocou seu embaixador em Brasília, Daniel Zonshine, para consultas, resultando em um dos momentos mais tensos das relações diplomáticas entre os dois países desde o restabelecimento dos laços em 1949.

Apesar do tom diplomático do Itamaraty, o presidente Lula mantém um discurso firme contra os ataques israelenses, afirmando que o Brasil não aceitará o extermínio de civis em Gaza. Em diversas ocasiões internacionais, incluindo o G20 e a ONU, ele tem exigido um cessar-fogo imediato e a criação de um Estado palestino independente.

Na semana passada, durante uma visita de Estado à França, Lula reiterou sua condenação ao genocídio perpetrado por Israel contra os palestinos em Gaza, afirmando: “O que está acontecendo em Gaza não é uma guerra, é um genocídio de um exército altamente preparado contra mulheres e crianças, e a humanidade deve se indignar contra isso”, declarou ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron.

A crise diplomática entre Brasil e Israel se intensificou à medida que o Brasil adotou uma postura crítica em relação ao tratamento dos palestinos. Em 2014, durante o governo de Dilma Rousseff, o Brasil condenou os bombardeios israelenses em Gaza e retirou seu embaixador em Tel Aviv, classificando os ataques como “uso desproporcional da força”, recebendo reações negativas de Israel, de acordo com a TVTNews.

Com a presidência de Jair Bolsonaro, houve uma reaproximação entre os dois países; Bolsonaro expressou apoio incondicional a Israel, prometendo transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, compromisso que não se concretizou.

A eleição de Lula em 2022 trouxe uma mudança na política externa brasileira, priorizando o multilateralismo e a defesa dos direitos humanos.A guerra recente na Faixa de Gaza, iniciada após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, resultou em uma tragédia humanitária sem precedentes, com mais de 36 mil palestinos mortos, a maioria civis, e centenas de milhares deslocados.

O Brasil, que presidia o Conselho de Segurança da ONU no momento da escalada do conflito, tentou mediar um cessar-fogo, mas suas propostas foram sistematicamente vetadas por países aliados de Israel, como os Estados Unidos. Essa dinâmica ressalta o exame crítico das relações entre Brasil e Israel em um contexto de crescente tensão e a busca do Brasil por um papel ativo na defesa dos direitos humanos em cenários de conflito.

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Mundo

Brasileiro vai para solitária após ordem de deportação, diz família

Thiago Ávila foi ameaçado de passar sete dias em cela escura e isolada. Defesa considera medida ilegal e avalia acionar Corte Suprema de Israel.

O ativista brasileiro Thiago Ávila, preso por Israel durante uma tentativa de entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, foi levado para a solitária na prisão de Givon, na cidade de Ramla. A informação foi repassada por sua advogada à família na manhã desta quarta-feira (11). De acordo com a defesa, ele foi ameaçado de permanecer por sete dias em uma cela escura, pequena e sem contato com outras pessoas inclusive com seus advogados.

A defesa classificou a punição como ilegal e informou aos familiares que, caso a ameaça se concretize, o caso será levado à Corte Suprema de Israel. A medida, segundo a advogada da organização não-governametnal Adalah, uma retaliação ao fato de Thiago se recusar a assinar os termos de deportação impostos pelas autoridades israelenses e por ter iniciado uma greve de fome e sede em protesto.

Coordenador da chamada Coalizão Flotilha da Liberdade, Thiago Ávila está entre os oito ativistas pró-palestinos que rejeitaram assinar o documento de autodeportação, o que significaria admitir a entrada ilegal em território israelense. Segundo sua defesa, não há crime a ser imputado, pois a embarcação Madleen navegava em águas internacionais, era civil, desarmada e tinha autorização para operar.

Nesta manhã, como mostrou o Congresso em Foco, a advogada informou ainda à família que, após revisão de posicionamento, o governo de Israel decidiu deportar o grupo, mesmo sem a assinatura dos ativistas. De acordo com o Congresso em Foco, os quatro outros passageiros que aceitaram a deportação já retornaram aos seus países, entre eles a ativista climática sueca Greta Thunberg.

“Fotos encenadas”

O ativista francês Andre Baptiste, deportado na segunda-feira (9), enviou um relato aos advogados detalhando as condições enfrentadas pelos detidos.


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“Nenhum de nós comeu ou bebeu a comida dada pelos soldados israelenses. Fomos obrigados a aceitá-la porque havia armas apontadas para nós”, escreveu. “As fotos foram encenadas, nenhum de nós realmente riu. Rima [Hassen, deputada francesa] escolheu sorrir para os soldados como forma de rebeldia e protesto”, afirmou. “As condições de detenção são duras, tivemos privação de sono e grande dificuldade para falar com nossos advogados, mas tenho certeza de que todos nós estamos seguros. Mulheres e homens foram separados. Mas eles puderam caminhar no ‘jardim da prisão’ esta manhã”, escreveu o francês.

A ação da marinha israelense interceptou a embarcação Madleen enquanto se dirigia à Faixa de Gaza carregando ajuda humanitária. A defesa e organizações de direitos humanos, como a Adalah, que acompanha o caso, seguem atuando pela libertação do grupo e pela responsabilização de autoridades por possíveis abusos.

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Mundo Política

Lula sobre genocídio em Gaza: ‘Eu fico pasmo com o silêncio do mundo’

Lula: ‘a ONU, que teve coragem de criar o Estado de Israel, não tem força para criar o Estado Palestino’.

Durante coletiva de imprensa realizada na manhã deste sábado (7), no hotel Intercontinental, em Paris, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a condenar de forma enfática o que classificou como genocídio em Gaza e criticou a inoperância da governança global diante do conflito.

Em sua fala, Lula destacou a violência enfrentada pela população palestina e a falta de reação da comunidade internacional. “Tão grave quanto a Ucrânia é Gaza. A guerra entre Ucrânia e Rússia são dois exércitos formais brigando. Em Gaza não, é um exército altamente profissionalizado matando mulheres e crianças”, afirmou.

“Eu fico pasmo com o silêncio do mundo. Parece que não existe mais humanismo nas pessoas. ‘Ah, palestino pode morrer’. Palestino não é ser inferior, palestino é gente como nós. Ele tem o direito de ter o terreno dele. Foi demarcada em 1967 a área em que os palestinos poderiam construir o seu país. Está sendo tomada essa terra demarcada em 1967”, complementou o presidente.


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Lula também apontou a fragilidade das Nações Unidas diante da crise. “A nossa briga por governança é isso. A ONU que teve coragem de criar o Estado de Israel, não tem força para criar o Estado Palestino. Estão dizimando uma nação, a pretexto de quê?”

“Nós também criticamos o Hamas quando fez a invasão a Tel Aviv. Agora, o que ninguém responde é como a inteligência de Israel permitiu que alguém de asa delta invadisse Tel Aviv. Sinceramente, tem coisas que meus anos de escolaridade não me permitem compreender. E tem outras guerras. Este é o período que temos mais conflitos desde a Segunda Guerra Mundial”, destacou.

A coletiva contou com a presença de diversos ministros, incluindo o chanceler Mauro Vieira e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Após o encontro com a imprensa, Lula seguiu para Nice, de onde embarcará de volta ao Brasil no começo da semana.

Em sua fala, o presidente reforçou os laços de amizade entre Brasil e França, além de reiterar seu pedido pela aprovação do Acordo União Europeia–Mercosul. Segundo Lula, o Brasil não deseja prejudicar pequenos agricultores franceses, mas acredita ser possível chegar a um entendimento entre as partes envolvidas.

Sobre a guerra na Ucrânia, ele afirmou que um acordo já está delineado, restando apenas “coragem para colocar as cartas na mesa”.

Carta entregue ao presidente
Lula recebeu na quinta-feira (5), durante um encontro com a comunidade brasileira na Prefeitura de Paris, a ‘Carta Aberta sobre o Genocídio do Povo Palestino‘, que cobra a aplicação de sanções contra o Estado de Israel. O documento foi assinado por mais de 12 mil pessoas e organizações por meio de formulário online.

“É indispensável que o Brasil se junte às demais nações que aplicaram sanções ao regime israelense, rompendo relações diplomáticas e comerciais com o estado sionista de Israel, através de embargo militar bilateral e embargo enérgico, e revogue o tratado de livre comércio em vigor, alinhando-se ao parecer de especialistas das Nações Unidas que prevê que, para o cumprimento da decisão da CIJ, os Estados devem cancelar ou suspender relações econômicas, acordos comerciais e relações acadêmicas com Israel’ até que este cumpra as determinações para pôr fim ao genocídio, ocupação e apartheid e respeitar a autodeterminação do povo palestino”, afirma o documento.

Entre os signatários estão como Chico Buarque, Erika Hilton, Glauber Braga, Gregório Duvivier, Luiza Erundina, Milton Hatoum, Ney Matogrosso, Paulo Sérgio Pinheiro, além de dezenas de entidades e movimentos da sociedade civil.

*Opera Mundi

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Mundo

Roberto Amaral: De Auschwitz a Gaza

Gaza foi transformada no maior campo de concentração a céu aberto jamais conhecido pela humanidade.

Um inimaginável “corredor da morte” onde o povo palestino, mais da metade crianças, aguarda a condenação sem sursis ditada pelo inimigo luciferino assustadoramente belicoso e perverso. E, na mesma medida, covarde.

O governo sionista de Israel promove, há meses, sob as vistas cegas da comunidade internacional, cínica, uma declarada limpeza étnica.

Nesse verdadeiro “campo de concentração e extermínio” os desgraçados não caminham com seus próprios pés para as câmaras de gás a que eram condenadas as vítimas do nazismo: são destroçados pelas bombas do moderníssimo exército do Estado de Israel, fundado em 1947 sob os auspícios da ONU exatamente para garantir um lar ao povo sobrevivente do holocausto.

Como os judeus de ontem, os palestinos de hoje não têm condições de defesa; mas sobre eles (como se a fome, o vilipêndio e o roubo de suas terras não fossem suficientes) um poderoso exército – aviões supersônicos, drones, mísseis, tanques de guerra e toda sorte de artilharia – vomita bombas.

Trata-se de um genocídio operado às claras e à sombra da iniquidade moral de uma comunidade internacional que a tudo assiste impassível.

Ao contrário dos prisioneiros do campo de concentração de Auschwitz, as vítimas de hoje não podem sonhar com a libertação do Exército Vermelho, que em janeiro de 1945 avançou sobre a Polônia a caminho de Berlim. Ninguém marcha em seu socorro. Estão abandonadas “à própria sorte”, que se tem revelado madrasta.

Os que escaparem do cerco de Gaza já estão condenados à ausência de futuro: sem pátria e sem terra, não terão para onde ir. São pobres, e não dispõem de uma cadeia de proteção espalhada pelo mundo; são os novos condenados da terra.

Sem “salvação prometida”, foram condenados ao desterro, caminharão sem destino, desfeitos os sonhos, perdidas as esperanças mais modestas.

Em 1947, a Palestina, então ocupada por 600 mil judeus e 1,3 milhão de árabes (dos quais cerca de 700 mil palestinos foram expulsos), seria partilhada para que ali se instalassem dois Estados, um judeu (o futuro Estado de Israel) e outro árabe. O primeiro se estabeleceu, e sabe-se o que é ele hoje.

O outro, passados 78 anos, aguarda o reconhecimento internacional que lhe é negado. Lideram a recusa os EUA e sua corte: Reino Unido, Alemanha e a maioria da União Europeia.

Israel ocupa e bloqueia os territórios palestinos da Cisjordânia, de Jerusalém Oriental e de Gaza, onde deita e rola desde a invasão de 1967, no curso da “Guerra dos Seis Dias”.

Os palestinos de Gaza são um povo cativo em país ocupado para ser destruído, hermeticamente bloqueado, privado de combustível, eletricidade, água, alimentos e remédios, com sua infraestrutura civil destruída, as escolas postas abaixo, e os hospitais à mercê dos bombardeios.

As estimativas falam em algo como 35 e 45 mil vítimas civis. Mais de 15 mil crianças já morreram, e a ONU adverte que outras, mais de 15 ml bebês, ainda podem morrer se o governo de Israel continuar bloqueando a entrada de alimentos e remédios.

A propósito, o insuspeitíssimo Estadão (29/5/25), claramente vinculado aos interesses da direita internacional, reproduz matéria de agência de notícias estrangeira sob o seguinte título: “Palestinos famintos invadem centro de distribuição de comida”. Abaixo estampa foto de multidão de jovens e velhos, todos famélicos, disputando uma cuia de farinha ou um naco de pão.

Enquanto a comunidade internacional se omite, e o sionismo aplaude os crimes de guerra, Ehud Olmert, ex-primeiro ministro de Israel (2006-2009), define a política sionista como “perversa, maliciosa e irresponsável”. É preciso ouvi-lo:

“Netanyahu, tipicamente, tenta obscurecer o tipo de ordens que vem dando, a fim de se esquivar de responsabilidade legal e criminal no devido tempo. Mas alguns de seus lacaios dizem isso abertamente: ‘Sim, vamos matar Gaza de fome’”. Acusa: “Israel está cometendo crimes de guerra”.

Ehud Olmert certamente identifica como lacaios do genocida personagens como o ex-ministro e ex-deputado e líder direitista Moshe Feiglin, fundador do Zehut.

Vejamos o que declarou em entrevista ao Canal 14, da televisão israelense:

“Toda criança, todo bebê em gaza é um inimigo. O inimigo não é o Hamas, nem a ala militar do Hamas. Toda criança em Gaza é um inimigo. Temos que conquistar Gaza e colonizá-la e não deixar uma só criança lá. E não há outra vitória”.

O conteúdo do áudio foi registrado pelo The Guardian e correu o mundo, sem, contudo, despertar o menor interesse da grande imprensa brasileira.

Ao contrário dos nazistas, que tentavam esconder o holocausto, o exposto ao mundo, tonitruado e exaltado pelos dirigentes de Israel e dos EUA, a potência imperial que lhes fornece apoio político, econômico, militar e logístico.

Ao contrário do povo alemão, que alegava desconhecer os consabidos crimes do nazismo, a população de Israel aplaude o genocídio.

Segundo pesquisa encomendada pela Penn State University, e analisada por Tamir Sorek, “82% dos judeus-israelenses apoiam a limpeza étnica de Gaza, enquanto 56% apoiam a expulsão de palestinos com cidadania israelense, comumente designados pelo léxico colonial como árabes-israelenses, e 47% concordam com a matança de palestinos em áreas conquistadas por Israel”.

A visão fundamentalista, messiânica e supremacista, todavia, não muda, quando, diz a pesquisa, é ouvido o público secular: “69% dos secularistas apoiam a expulsão forçada dos moradores de Gaza, e 31% deles veem o extermínio dos moradores de Jericó como um precedente que as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) deveriam adotar.”

Os últimos acontecimentos, porém, e o temor de que a barbárie sionista torne impossível o retorno dos reféns ainda nas mãos do Hamas, podem mudar o quadro interno.

Registram-se as primeiras reações populares contra os reiterados crimes de guerra do Estado sionista. Manifestações de protestos surgem em várias capitais europeias.

A tudo o que se sabe e não se pode mais ignorar, a imprensa maistream batiza de “a guerra de Gaza”, como se estivéssemos em face do confronto entre dois exércitos.

Assim participa da “guerra”, manipulando a informação, uma de suas frentes mais importantes. Ecoa a narrativa ideológica que interessa a sionismo, e ainda distorce ao reiterar que as ações militares têm os guerrilheiros do Hamas como alvo, quando qualquer análise fria põe a nu que o objeto dos massacres é uma hedionda limpeza étnica. É preciso denunciar e repetir à exaustão.

Agências internacionais, em meados deste maio, estimavam algo entre 35 e 40 mil como o número de vítimas civis fatais em Gaza. Ainda é impossível calcular o número de feridos e mutilados e invalidados. Mas já se pode dizer que todos perderam seus bens e a cidade foi reduzida a nada.

Onde já se comemorou a vida, onde um dia foi possível acreditar no futuro, apostar no sonho de um novo lar, o sionismo construiu um grande túmulo; nele se misturam vidas mortas e ruínas. Os palestinos amargam a angústia de não saberem até quando estarão vivos.

Nosso silêncio, nossa inação, como povo, como sociedade, como agentes políticos, o silêncio de nossas organizações, a apatia da academia, o sono dos sindicatos, a miséria de nossos partidos, nossa pobreza revolucionária, nosso recuo diante do establishment serão registrados pela História como cumplicidade moral.

Do nosso governo é justo esperar algo mais que a justa retórica.

A miséria nazista, que atingiu de forma bruta e até então impensável os judeus, os comunistas, os progressistas e o pensamento de esquerda de um modo geral, os homossexuais, os ciganos, os doentes mentais, os dissidentes – a miséria dos crimes de guerra cometidos na Segunda Guerra –, foi condenada tanto pela indignação ética do mundo que então se recompunha, quanto pelo direito internacional, erguido pelo poder vencedor dos aliados.

O direito carece da força para se impor. Quase todos os criminosos de guerra do Eixo (afora os que se suicidaram, como Hitler) foram julgados e condenados pelo Tribunal de Nurenberg. Ocorre que os criminosos de hoje são os que controlam a força que controla o direito.

Os crimes de guerra dos EUA no Vietnã foram julgados pelo Tribunal Russell. Na altura, era o máximo possível diante da potência guerreira.

Não implicou consequências objetivas, não evitou novas invasões, nem novas ocupações, nem novos crimes de guerra, mas, pelo menos, pode-se dizer que nossa consciência crítica, com aquele gesto de notável carga simbólica, rompeu com a inércia moral, e, não podendo intervir no processo histórico, deixamos nosso testemunho. A posteridade julgará os omissos.

Desprotegida do que ainda chamamos de civilização, que dela se apartou, Gaza, vazia e morta, logo se transformará na formosa Riviera dos sonhos imobiliários de Trump. Suas praias, nas margens orientais do Mar Negro, hoje interditadas, em breve estarão liberadas.

Bem guardadas, serão desfrutadas por brancos europeus, norte-americanos e israelenses endinheirados, livres de palestinos e dos pobres de um modo geral. Não será ainda o grande sonho, mas pode ser a nano sugestão de uma terra prometida.

***
A miséria nossa de cada dia I – Se a sociedade se cala, o Senado Federal altera a voz. No último 20 de maio a chamada Câmara Alta aprovou, por injustificável unanimidade, isto é, com os votos dos partidos conhecidos como progressistas, projeto de lei que institui o dia 12 de abril como o “Dia da Amizade Brasil-Israel”, que nunca esteve tão rala como agora.

E esmerou-se na escolha do pior momento, exatamente quando o Estado sionista intensifica o genocídio de que é vítima o povo palestino. Resta saber se o presidente da República terá força política para vetá-lo. Abraços ao sempre mestre Paulo Sérgio Pinheiro, que nos honrou com seu protesto.

A miséria nossa de cada dia II – O Senado se esmera no esforço por autodesqualificar-se. Isso não é bom para a República, nem muito menos para a democracia, fundada na representação popular. No dia 27 de maio, a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, compareceu à Comissão de Infraestrutura para discorrer sobre “a criação de unidade de conservação marinha na margem equatorial do Amapá”. Abordou o tema requerido, mas por ele não se interessaram os senadores. Isso não lhes dizia respeito: o convite se convertera em mero despiste para uma cilada.

Ao invés de debater com a Ministra, os senadores, agindo como coletivo, partiram para o ataque gratuito, e a agrediram, no limite da ofensa física. Abusaram dos gritos, da tentativa de desconstituição política e pessoal, abusaram dos insultos, mesmo daqueles descabidos em roda de bar de beira de estrada.

Abusaram da prepotência machista, da misoginia, do racismo e da exposição dos preconceitos os mais repugnantes. Exaltaram-se na defesa lobista dos negócios de empreiteiras, dos capitães de motoserra e dos interesses inconfessáveis, mas conhecidos, que se levantam contra a proteção do meio-ambiente, que, ao fim e ao cabo, é a defesa da vida.

A comissão saiu-se mal, os senadores saíram-se mal (todos, os grosseirões e os que fugiram da defesa da ministra), mas ela saiu-se muito bem, fez-se forte ante os que queriam enfraquecê-la; saiu limpa e digna como entrou. Fico de pé para aplaudir Marina Silva.

Enfim, há o que saudar – Em meio a tanto mal-estar, em meio ao choro de saudade de tanta gente que partiu aumentando nosso vazio, há uma alegria por festejar: os prêmios de Kleber Mendonça e Wagner Moura, dois intelectuais comprometidos com a construção de uma nova ordem social.

*Roberto Amaral foi presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e ministro da Ciência e Tecnologia do governo Lula. É autor do livro História do presente – conciliação, desigualdade e desafios (Editora Expressão Popular e Books Kindle).

* Roberto Amaral, com a colaboração de Pedro Amaral/Viomundo

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E no mundo vai se criando um clima de revolta contra o Estado de Israel

A Alemanha ameaça tomar ‘medidas’ contra Israel por causa de Gaza, aumentando críticas à guerra.

Ações israelenses em Gaza são “incompreensíveis”, diz Merz da Alemanha, enquanto chefe da UE critica ataques “abomináveis” contra instalações civis na Faixa durante ligação com o rei Abdullah II da Jordânia.

Relatório: ligação telefônica entre Netanyahu e Trump sobre o Irã foi marcada por desentendimentos acalorados.

Essas são informações extraídas da imprensa de Israel.

O clima internacional contra Israel está, de fato, se intensificando, com aliados tradicionais como Alemanha e Reino Unido adotando posturas mais críticas à crise humanitária em Gaza e devido à percepção de exibição do direito internacional.

A ameaça de sanções e a pressão jurídica, como a carta de juristas britânicos e os mandados do TPI, sinalizam um isolamento diplomático crescente.

No entanto, a dependência de Israel do apoio militar dos EUA e da Alemanha, combinada com a cautela de líderes como Scholz, sugere que medidas concretas podem ser limitadas, mas não deixam de acusar que uma temperatura mundial, sobretudo dos povos, contra Israel aumenta a cada dia.

As perguntas com Trump indicam que, mesmo os EUA sob sua liderança, estão frustrados, mas sua abordagem pragmática pode priorizar estabilidade regional sobre avaliações diretas.

Para uma análise mais completa, seria necessário monitorar se as ameaças de “medidas concretas” se materializam em ações como avaliações econômicas ou reconhecimento da Palestina como Estado, conforme planejado por França e Reino Unido

Após se encontrar com o premiê em Jerusalém, a apoiadora de Trump, Kristi Noem, disse que seus assessores lhe disseram mais tarde que “não se lembram de uma reunião bilateral que tenha sido tão dura, franca e direta”.

Seja como for, isso pode ser um bom sinal para o mundo, mas péssimo e cada vez mais sufocante para o Estado terrorista de Israel.

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Polícia em Israel monitora ativistas contrários ao genocídio em Gaza, segundo jornal

Segundo Haaretz, policiais foram até as casas de manifestantes horas depois de expirarem as penas de prisão domiciliar, obtidas após protestos antigovernamentais.

Três ativistas que se opõem ao massacre promovido pelo governo de Israel na Faixa de Gaza relataram terem sido surpreendidos por uma operação de policiais em suas respectivas residências, horas após o término de suas prisões domiciliares. Os relatos foram feitos ao jornal israelense Haaretz.

Os militantes pró-Palestina – incluindo Alon-Lee Green, líder do movimento de esquerda israelense Standing Together – foram presos dias antes durante um protesto perto da fronteira com Gaza. Apesar de os três terem sido liberados do regime de prisão domiciliar na quinta-feira (22/05) à meia-noite, os policiais compareceram em suas casas entre 3h e 3h30 da manhã de sexta-feira, questionando-os sobre participação em novos protestos.

De acordo com o veículo israelense, os ativistas foram questionados pela polícia se planejavam marcar presença em futuros protestos antiguerra. Segundo a defesa dos militantes, as visitas policiais têm como objetivo intimidar e dissuadir protestos antigovernamentais, embora a polícia negue ter interrogado os indivíduos.

Green descreveu ao Haaretz que os agentes bateram repetidamente em sua porta, exigindo identificação.

“Eu disse a eles que minha prisão domiciliar havia terminado à meia-noite e perguntei o que eles queriam. Eles disseram: ‘Somos nós que fazemos as perguntas’. Então eles perguntaram se eu estava planejando ir ao próximo protesto e o que eu já havia planejado. A coisa toda parecia agressiva e ameaçadora”, contou o ativista.

Hillel, outro manifestante, afirmou ter atendido a porta após receber uma chamada de um número bloqueado.

“Ela perguntou se eu estava em prisão domiciliar. Eu disse a ela que havia terminado há três horas. Então ela pediu minha identidade e depois foi embora”, relatou.

Prisões
Os manifestantes ouvidos pela reportagem do Haaretz fazem parte de um grupo de nove ativistas detidos na semana passada, durante uma marcha de Sderot até a fronteira com Gaza, onde tentaram bloquear uma estrada. Na ocasião, a polícia justificou as prisões por “agressão, interferência com um policial no exercício de suas funções, participação em uma reunião ilegal, conduta suscetível de perturbar a paz e bloqueio ou interferência em uma via pública”.

Seis dos manifestantes tiveram suas prisões prorrogadas até a quarta-feira (21/05), logo após um tribunal de Be’er Sheva liberá-los da prisão domiciliar.

Ao Haaretz, os advogados dos ativistas pró-Palestina, incluindo Gaby Lasky e Gonen Ben Yitzhak, acusaram a polícia de agir como “milícia privada” para suprimir dissidência.

“Qualquer maneira que eles tentem explicar isso não pode esconder o fato de que apenas uma força policial que se tornou uma milícia privada pode enviar policiais às 3 da manhã, sem motivo, para a casa de uma pessoa que se manifestou a favor de um acordo de reféns e contra a guerra. Isso é inaceitável e ilegal, constituindo uma tentativa de dissuadir e intimidar os civis de realizar seu direito de se manifestar contra o governo”, disse Lasky.

Por outro lado, a polícia classificou tais alegações como “falsas” e insistiu que “monitora o cumprimento de prisões domiciliares”.

*Opera Mundi

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O inferno diplomático de Israel

Enviado israelense à União Europeia alerta para “erosão diplomática” dos laços à medida que o genocídio de crianças em Gaza se arrasta.

Carnificina de Crianças
Até abril de 2025, cerca de 52.400 pessoas foram mortas em Gaza, incluindo pelo menos 17.000 crianças, segundo dados compilados por ONGs e organismos como a ONU e a OMS. A Unicef ​​relatou que uma criança é morta ou ferida a cada dez minutos em Gaza.

A erosão diplomática, mencionada pelos enviados israelenses, reflete uma mudança significativa na postura da UE, impulsionada por denúncias de genocídio e pela crise humanitária em Gaza, especialmente pela morte de crianças e o bloqueio de ajuda.

Como já era previsto
A revisão do Acordo de Associação pela UE, juntamente com acusações na CIJ e pressão de organizações de direitos humanos, sinaliza um isolamento diplomático crescente de Israel.

A justificativa esfarrapara de Israel não cola mais
No entanto, a situação permanece complexa, com Israel mantendo a falácia de que as suas ações são em defesa legítima contra o Hamas, enquanto a comunidade internacional exige medidas concretas para aliviar o sofrimento em Gaza.

Resistência de Israel é o mais do mesmo
Israel rejeita as acusações de genocídio, afirmando que sua guerra é contra o Hamas, não contra civis palestinos, e que as críticas da UE são tendenciosas. O governo de Benjamin Netanyahu intensificou as operações em Gaza, incluindo uma intervenção terrestre em 2025, apesar das pressões internacionais.

Propostas de Sanções
A relatora da ONU, Francesca Albanese, defendeu a suspensão dos laços comerciais e institucionais da UE com Israel, argumentando que a explosão viola as cláusulas de direitos humanos do Acordo de Associação. A França e outros 17 países da UE apoiaram a revisão do acordo, enquanto a Suécia deu sugestões contra ministros israelenses.

Corte Internacional de Justiça (CIJ)
A África do Sul abriu um processo contra Israel na CIJ, acusando-o de violar a Convenção do Genocídio de 1948. A CIJ determinou que Israel deve tomar medidas para evitar atos genocidas e permitir a entrada de ajuda humanitária, e não violar um cessar-fogo.

Relatórios de Direitos Humanos
Um comitê especial da ONU, a Anistia Internacional, a Human Rights Watch e a relatora especial da ONU para os territórios palestinos ocupados, Francesca Albanese, afirmaram que as ações de Israel em Gaza, desde 7 de outubro de 2023, atendem aos critérios de genocídio, incluindo assassinatos em massa, uso da fome como arma, destruição de infraestrutura civil e dependência

Tsunami Diplomático
Relatórios da mídia israelense, como a emissora KAN, descreveram a situação como um “tsunami diplomático”, com críticas de aliados europeus tradicionais, como França e Holanda, que reverteram seu apoio histórico a Israel. Até mesmo a Alemanha e Itália, que votaram contra a revisão do acordo, emitiram críticas públicas às políticas de Israel.

Neste sábado, 24/05/ 2025
Ataque israelense mata nove de dez filhos de médica em Gaza.
Diretor do Ministério da Saúde do enclave mostrou corpos pequenos e queimados sendo retirados dos escombros; segundo ele, vítima mais velha tinha 12 anos

Na imagem em destaque, o prazer sádico dos soldados de Israel em assassinar crianças em Gaza.

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O preço da carnificina de Israel em Gaza contra seus principais alvos, crianças e bebês

Os dados mais recentes disponíveis, com base em relatórios da ONU e outras fontes confiáveis, indicam números alarmantes de crianças mortas e mutiladas na Faixa de Gaza promovido por monstros de Israel

Até 31 de março de 2025, após a quebra de um cessar-fogo, a UNICEF relatou pelo menos 322 crianças mortas em apenas dez dias, com uma média de quase 100 crianças mortas e ou mutiladas por dia.

Em maio de 2025, a UNICEF informou que pelo menos 950 crianças perderam a vida nos últimos dois meses, sendo 45 crianças mortas em apenas 48 horas.

Em janeiro de 2025, pelo menos 74 crianças foram mortas na primeira semana do ano, sendo oito bebês que morreram de hipotermia.

Estimativas gerais indicam que, desde outubro de 2023 até meados de 2024, mais de 25 mil crianças podem ter sido mortas, considerando a continuidade do conflito e os dados parciais.

Crianças Mutiladas/Feridas
Até 31 de março de 2025, a UNICEF reportou 609 crianças feridas nos dez dias após a retomada dos bombardeios, muitas em abrigos improvisados ou casas danificadas.

Até setembro de 2024, pelo menos 6 mil menores ficaram feridos desde o início do conflito em outubro de 2023.

Até abril de 2024, a Save the Children relatou que mais de 12 mil crianças ficaram feridas.

A UNICEF também destacou que cerca de 1.000 crianças sofreram amputações de uma ou duas pernas até abril de 2024, um número que, provavelmente, aumentou com a continuidade do conflito.

Condições Agravantes das atrocidades de Israel em Gaza
Além das mortes e mutilações, crianças em Gaza enfrentam desnutrição, doenças, deslocamento forçado (cerca de 1 milhão de crianças deslocadas) e falta de acesso a serviços básicos, como água potável e cuidados médicos.

Crianças Mutiladas/Feridas pelos monstros de Israel
Pelo menos 12 mil a 34 mil crianças feridas, incluindo casos graves como amputações, até os períodos reportados.

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Israel mata 42 pessoas em Gaza nesta manhã; a fome segue dizimando palestinos

Principais jornais, no entanto, destacam a morte de dois funcionários da embaixada israelense em Washington.

Apenas na manhã desta quarta-feira (22/05), 42 palestinos foram mortos pelas forças militares de Israel, em meio aos ataques que ganharam escala após o anúncio do plano de “controle total” do território, pelo primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu.

Apesar do elevado número de mortes e da catástrofe humanitária em curso, nesta quarta-feira, os principais jornais internacionais estampam como manchete a morte, lamentável, de dois funcionários da embaixada israelense em Washington, Yaron Lischinsky e Sarah Milgrim, após um evento no Museu Judaico em Washington. Eles foram baleados por Elias Rodriguez que, destacam os jornais, teria gritado ‘Palestina Livre!’ após o disparo.

As manchetes vinham num crescente de condenação a Israel, em particular, após os “tiros de advertência” dados por soldados israelenses nesta quarta-feira contra uma delegação de diplomatas estrangeiros, organizada pela Autoridade Palestina em Jenin, na Cisjordânia.

Na noite passada, 25 palestinos foram detidos na região, segundo a Sociedade de Prisioneiros Palestinos (PPS). Entre outubro de 2023 e abril de 2025, o número de presos políticos palestinos dobrou na Cisjordânia, passando de 5.250 para quase 10.000.

A reação internacional contra o genocídio em Gaza ganhou fôlego após o anúncio da ONU de que 14 mil bebês morreriam em 48 horas se não entrasse ajuda humanitária no território. O Reino Unido suspendeu as negociações sobre um acordo de livre-comércio com Israel; e a União Europeia, com o apoio de 17 Estados-membros, reavaliou o seu acordo de associação com o país.

Ajuda humanitária
Após a pressão internacional, Israel flexibilizou o brutal bloqueio de ajuda humanitária que mantém, desde 2 de março, contra a população palestina. Nesta quarta-feira, as Nações Unidas confirmaram a chegada de ajuda humanitária e de suprimentos, como farinha, água e materiais médicos, na Faixa de Gaza.

Israel havia anunciado que permitiria a entrada de 100 caminhões a partir desta quarta-feira, após a liberação de 93 veículos na terça e dez na segunda. No entanto, as cargas permaneceram bloqueadas e só foram liberadas na noite de ontem, após ficarem presas em Kerem Shalom, um terminal de caminhões israelenses e veículos palestinos.

Segundo a assessoria de imprensa local, 87 caminhões entraram no território.

Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, avalia, porém, que a ajuda humanitária que “finalmente” começou a chegar “não é nem de longe suficiente para atender às necessidades” da população, que enfrenta fome extrema e destruição generalizada. Antes da guerra, aproximadamente 500 caminhões com ajuda entravam diariamente em Gaza.

Mais de 53 mil palestinos foram mortos pelo governo de Israel.

*Com Opera Mundi

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ONU: Israel pode matar 14 mil bebês em 48 horas em Gaza por falta de alimento

A ONU alertou que cerca de 14 mil bebês em Gaza correm risco de morte nas próximas 48 horas devido à falta de alimentos, causada por um bloqueio imposto por Israel desde 2 de março de 2025.

Tom Fletcher, chefe de ajuda humanitária da ONU, informou à BBC que, embora cinco caminhões com suprimentos tenham entrado em Gaza na segunda-feira (19/05), isso é insuficiente, descrevendo a quantidade como “uma gota no oceano”.

A ONU estima esse número com base em avaliações de equipes em centros médicos e escolas, apesar de muitos terem sido mortos.

Os monstros de Israel, sob pressão internacional, permitiram uma quantidade mínima de ajuda, mas a ONU exige mais acesso para evitar uma catástrofe humanitária.

Moradores relatam fome extrema, com falta de itens básicos como pão, arroz e legumes.

Quem chama isso de conflito ou mesmo guerra e não genocídio é cínico e frio.

O Estado sionista de Israel se comporta como a Alemanha nazista e por isso mesmo está promovendo um holocausto palestino, tendo as crianças e bebês como alvos estratégicos de sua política de limpeza étnica em Gaza.

Panorama do horror
A situação de desnutrição em Gaza é extremamente grave, com relatórios recentes indicando uma crise humanitária extrema e monstruosa.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras fontes, pelo menos 57 crianças morreram devido à desnutrição aguda em Gaza, com um aumento significativo de casos, especialmente no norte da região, onde 1 em cada 3 crianças menores de 2 anos sofre de desnutrição aguda.

A fome assassina, imposta por Israel na região, atinge níveis críticos, com 96% da população enfrentando escassez alimentar aguda, e cerca de 495 mil pessoas em situação de fome extrema.

O bloqueio brutal de ajuda humanitária, incluindo alimentos, medicamentos e combustível agrava a crise, com relatos de suprimentos acumulados nas fronteiras, enquanto crianças procuram comida no lixo e morrem de inanição.

A UNICEF destaca que quase 3 mil crianças estão em risco de morte por desnutrição, com apenas dois centros de estabilização nutricional funcionando.

Hospitais estão sobrecarregados, e mães desnutridas enfrentam dificuldades para amamentar, enquanto a falta de água, higiene e assistência médica aumenta o risco de doenças.

Embora a fome generalizada ainda não tenha sido oficialmente declarada, especialistas alertam que ela é iminente sem uma intervenção urgente, como o aumento do acesso humanitário e um cessar-fogo.

É uma “catástrofe” para crianças, com impactos que podem afetar gerações inteiras, incluindo problemas de saúde permanentes para sobreviventes.

Organizações, como a ONU e a UNICEF, pedem ação imediata, incluindo o fim do bloqueio e a garantia de acesso seguro para ajuda humanitária.
Os cachorros loucos de Israel que são piores que os nazistas, querem dizimar prioritariamente bebês e crianças.

Soldados do exército terrorista de Israel matam uma criança a cada 10 minutos em Gaza, alerta ONU.