Futuro chefe do Itamaraty, que já ocupou o posto durante a gestão de Dilma, recebeu ‘punição’ quando o atual presidente assumiu e nomeou o descabido e desnecessário Ernesto Araújo.
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta sexta-feira (9) que o embaixador Mauro Vieira será o chanceler de seu governo, ou seja, o ministro das Relações Exteriores. Vieira é um dos mais experientes e respeitados integrantes da diplomacia brasileira em atividade e já foi chefe do Itamaraty durante o governo de Dilma Rousseff (PT), depois de ter ocupado os cargos mais importantes da carreira durante os governos do PT, o de embaixador nos EUA, nação mais poderosa do mundo, na Argentina, principal vizinho e parceiro econômico do Brasil na América Latina, e na ONU, o organismo internacional mais importante da Terra.
Quando Jair Bolsonaro (PL) chegou ao poder, em 1° de janeiro de 2019, uma reviravolta ocorreu na diplomacia do país até então visto como um dos mais influentes do mundo nesse campo. Ernesto Araújo, um “embaixador” que nunca ocupou uma embaixada e que era visto por todos como um lunático que defendia posições esdrúxulas e sem nexo, defensor de teorias da conspiração de radicais de extrema direita, foi nomeado para comandar o Itamaraty e toda a prestigiada máquina de relações internacionais do gigante continental.
A essa altura, Vieira sabia que não ocuparia cargos relevantes por razões óbvias, mas era, naquele momento, um dos profissionais mais habilidosos e reconhecidos do ramo. Um figurão digno de ocupar postos elevados num serviço que outrora fora realizado por mitos da diplomacia como o Barão do Rio Branco, Ruy Barbosa e Graça Aranha, para citar apenas alguns.
A intenção de então ex-chanceler era ir para uma embaixada europeia importante, mas de segunda linha nas Relações Exteriores. Ele sugeriu a Ernesto, naquele momento seu chefe, por mais que a situação hierárquica fosse sem sentido, que o colocassem na representação de Atenas, na Grécia. O pedido parecia simples e resolveria dois problemas: Vieira seguiria fazendo o que sabe e o novo governo ultrarreacionário não o colocaria em nenhum cargo importante, diante da paranoia comunista.
Só que Bolsonaro não aceitou a proposta até certo ponto simplista e insignificante e determinou que fosse levantada qual era a embaixada menos expressiva da Europa, com instalações mais precárias, para que então o ex-chanceler de Dilma fosse despachado para lá. A resposta à consulta foi Zagreb, na Croácia e foi pra lá que o presidente de extrema direita mandou o veterano e experiente diplomata.
Agora, de volta aos holofotes, Vieira terá uma tarefa irônica. Reconstruir as relações do Brasil com o mundo justamente demolidas pela mentalidade de Ernesto Araújo e Jair Bolsonaro, que um dia o largaram num canto escuro do Velho Continente para humilhá-lo e puni-lo.
A essa altura, Vieira sabia que não ocuparia cargos relevantes por razões óbvias, mas era, naquele momento, um dos profissionais mais habilidosos e reconhecidos do ramo. Um figurão digno de ocupar postos elevados num serviço que outrora fora realizado por mitos da diplomacia como o Barão do Rio Branco, Ruy Barbosa e Graça Aranha, para citar apenas alguns.
Só que Bolsonaro não aceitou a proposta até certo ponto simplista e insignificante e determinou que fosse levantada qual era a embaixada menos expressiva da Europa, com instalações mais precárias, para que então o ex-chanceler de Dilma fosse despachado para lá. A resposta à consulta foi Zagreb, na Croácia e foi pra lá que o presidente de extrema direita mandou o veterano e experiente diplomata.
Agora, de volta aos holofotes, Vieira terá uma tarefa irônica. Reconstruir as relações do Brasil com o mundo justamente demolidas pela mentalidade de Ernesto Araújo e Jair Bolsonaro, que um dia o largaram num canto escuro do Velho Continente para humilhá-lo e puni-lo.
*Com Forum
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