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Política

Empregos com carteira assinada batem recorde, segundo IBGE

Número atingiu 37,995 milhões no trimestre encerrado em fevereiro.

O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado atingiu 37,995 milhões no trimestre encerrado em fevereiro deste ano. É o maior valor da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Houve um aumento de 0,7% em relação ao trimestre anterior (encerrado em novembro de 2023) Segundo o IBGE, não é uma variação estatisticamente relevante e significa estabilidade.

“Essa estabilidade vem sendo precedida por sucessivos aumentos da população com carteira de trabalho assinada”, afirma a pesquisadora do IBGE Adriana Beringuy.

Em relação ao ano anterior (trimestre encerrado em fevereiro de 2023), por exemplo, foi registrado crescimento de 3,2%, ou seja, mais 1,2 milhão de trabalhadores com carteira assinada no setor privado.

Esses números não consideram os trabalhadores domésticos, ainda que tenham carteira assinada. Esses se mantiveram estáveis (5,9 milhões de pessoas) em ambas comparações temporais. O mesmo aconteceu com os trabalhadores por conta própria (25,4 milhões) e os empregadores (4,2 milhões).

Os empregados sem carteira no setor privado somaram 13,3 milhões, estatisticamente estável na comparação trimestral. Na comparação com o ano anterior, no entanto, houve crescimento de 2,6%, ou seja, mais 331 mil pessoas.

Informalidade
O número de trabalhadores informais ficou em 38,8 milhões, abaixo dos 39,4 milhões de trimestre anterior, mas acima dos 38,2 milhões de fevereiro de 2023.

A população ocupada (100,25 milhões) manteve-se estatisticamente estável no trimestre, apesar da variação negativa, mas estatisticamente não significante, de 258 mil.

“A parte informal da população ocupada caiu em 581 mil pessoas, ou seja, a informalidade caiu mais do que a população ocupada como um todo. Então viramos o ano com uma redução mais acentuada do segmento informal da ocupação”, explica a pesquisadora.

A taxa de informalidade que é o percentual dos trabalhadores informais em relação ao total da população ocupada ficou em 38,7% no trimestre encerrado em fevereiro deste ano, abaixo dos 39,2% de novembro.

Ocupação
Como a população ocupada cresceu 2,2% na comparação anual, a taxa de informalidade de fevereiro deste ano também é inferior à registrada em fevereiro do ano passado (38,9%), mesmo que tenha tido um número absoluto de trabalhadores informais superior (38,8 milhões contra 38,2 milhões).

O nível de ocupação, que é o percentual de pessoas ocupadas em relação àquelas em idade de trabalhar, ficou em 57,1% em fevereiro deste ano, abaixo dos 57,4% do trimestre anterior mas acima dos 56,4% do ano passado.

Na comparação trimestral, os setores com quedas na ocupação foram agricultura (-3,7%) e administração pública, saúde e educação (-2,2%), enquanto transporte, armazenagem e correio foi o único segmento com alta (5,1%).

Já na comparação anual, foi observada queda apenas na agricultura (-5,6%). Altas foram registradas na administração pública, saúde e educação (2,8%), informação e comunicação (6,5%), armazenagem e correio (7,7%) e indústria (3,1%).

Desemprego
A taxa de desemprego ficou em 7,8% em fevereiro deste ano, 0,3 ponto percentual acima do trimestre anterior (7,5%). Esse crescimento é sempre registrado no início do ano, devido à base de comparação ser o final do ano anterior, quando há mais geração de postos de trabalho por conta do Natal.

Apenas em 2022, quando havia o efeito da pandemia de covid-19, não foi registrada alta da taxa de desemprego de novembro para fevereiro. Por outro lado, na comparação com fevereiro do ano passado (8,6%), a taxa caiu 0,8 ponto percentual.

A população desocupada ficou em 8,5 milhões, alta de 4,1% na comparação trimestral (ou seja, com novembro de 2023) e queda de 7,5% na comparação anual (ou seja, com fevereiro do ano passado).

Subutilização
A pesquisa também avalia o total de subutilizados no mercado de trabalho, contingente que soma desempregados, trabalhadores que gostariam de trabalhar mais horas, que gostariam de trabalhar mas estavam impedidos por algum motivo e aqueles que chegaram a buscar emprego mas não queriam trabalhar.

Os subutilizados somaram 20,637 milhões de pessoas, ou seja, 3,4% a mais do que no trimestre anterior, mas 4,5% abaixo de fevereiro de 2023. A taxa de subutilização ficou em 17,8%, 0,5 ponto percentual acima de novembro mas 1 ponto percentual abaixo do ano anterior.

Rendimento
O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.110) cresceu 1,1% no trimestre e 4,3% no ano.

A massa de rendimento real habitual (R$ 307,3 bilhões) atingiu novo recorde da série histórica iniciada em 2012. Não houve variação significativa no trimestre, mas houve alta de 6,7% (mais R$ 19,3 bilhões) na comparação anual.

*Agência Brasil

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Economia

Inflação cai, diz IBGE, e fica abaixo do esperado para o mês

Pesquisa da Reuters apontou que a expectativa de analistas era de alta de 0,25% em março; desaceleração de preços de educação e alimentos puxaram índice para baixo.

A inflação no Brasil desacelerou com força em março e atingiu o nível mais fraco em oito meses, com a taxa em 12 meses indo abaixo de 4% pela primeira vez desde julho do ano passado.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,16% em março, depois de uma alta de 0,83% em fevereiro, ficando abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,25% no mês e marcando o resultado mensal mais fraco desde julho de 2023.

Os dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram ainda que o IPCA passou a acumular alta de 3,93% nos 12 meses até março, de 4,50% em fevereiro e expectativa de 4,01%.

Essa é a primeira vez que o índice acumulado vai abaixo de 4% também desde julho do ano passado, o que pode dar algum alívio ao Banco Central em meio a seu ciclo de afrouxamento monetário, diz a CNN..

O centro da meta para a inflação, medida pelo IPCA, este ano é de 3,0%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

“Os dados de inflação mais fracos que acabamos de analisar certamente terão impacto significativo sobre a curva (de juros) nos próximos dias. A perspectiva de dois cortes consecutivos de 0,50 ponto percentual nas próximas reuniões do Banco Central ganha ainda mais respaldo diante desse cenário”, disse Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos.

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Economia

Desemprego cai e fica em 7,8% em agosto, menor taxa desde 2015

País tem cerca de 8,4 milhões de pessoas em busca de uma vaga.

O desemprego ficou em 7,8% no trimestre encerrado em agosto e atingiu a menor taxa desde fevereiro de 2015, que serve de base de comparação, quando ficou em 7,5%. Com o resultado, o país possui cerca de 8,4 milhões de pessoas em busca de uma oportunidade. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE.

Perspectivas
O cenário para o mercado de trabalho melhorou em meio à atividade mais resiliente, inflação mais controlada e início do ciclo de queda dos juros Nas projeções da Confederação Nacional do Comércio (CNC), a criação de vagas temporárias deve alcançar o maior patamar em dez anos. A expectativa é que a taxa de desemprego encerre o ano entre 8% e 8,5%.

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Opinião

A volta do jornalismo de esgoto e a guerra dos índices, por Luís Nassif

Eles não temem a manipulação da estatísticas: temem o que as estatísticas podem mostrar.

Foi uma reestreia em grande nível da pior fase do jornalismo brasileiro: o jornalismo de esgoto, através do qual a mídia difundia as acusações mais inverossímeis visando estimular o estouro da boiada, o gado que atuava de maneira irracional nas grandes ondas de linchamento.

Lembrou as acusações de Cuba enviando dólares ao PT através de garrafas de rum, as FARCs invadindo o Brasil, a ABIN espionando o Supremo, Ministros recebendo propinas nas garagens do Palácio, e factóides em geral.

Criaram um crime impossível e atribuíram a um “inimigo”, usando o recurso do “SE”, que suporta tudo. “Se minha avó fosse roda, eu seria bicicleta”, por exemplo.

O crime impossível: a manipulação dos dados do IBGE.

Como explicou Sérgio Besserman, ex-presidente do IBGE e intelectualmente muito mais honesto que Edmar Bacha, outro ex-presidente, é impossível qualquer manipulação de dados no IBGE, devido à estrutura profissional dos funcionários do órgão.

A última manipulação ocorreu no período Delfim Netto, na primeira metade dos anos 70 – com plena aprovação do sistema Globo, que comanda o atual linchamento. Como reação, surgiram inúmeros outros índices, o do DIEESE (Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas), o da FGV (Fundação Getúlio Vargas), da FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), da Universidade de São Paulo. Além deles, todas as grandes instituições financeiras montaram seus próprios levantamentos de preços.

Depois de criar o crime impossível, criaram o suspeito do “SE”: se o futuro presidente do IBGE, Márcio Pochmann, manipular as estatísticas, ocorrerá o mesmo que ocorreu com o IBGE argentino. E “se” Pochmann não manipular as estatísticas? Aí perde-se o gancho.

O que poderia ser uma crítica técnica ao pensamento de Pochmann, tornou-se um caso de linchamento público desmoralizante para o jornalismo da Globo. Após a primeira suspeita lançada, seguiu-se um festival de ataques de jornalistas analfabetos econômicos, zurrando como sábios contra os estudos de Pochmann, sem a menor noção sobre o papel do IBGE ou sobre temas tratados por Pochmann e sobre a própria biografia de Pochmann, “acusando-o” de ter posições ideológicas. E Roberto Campos Neto? Esse tem posição técnica.

Cronista esportivo, coube a Milly Lacombe, da UOL, enxergar o rei nú: em um país em que a economia é dominada pela ideologia do mercado, as acusações a todos que não concordam com isso é serem “ideológicos”.

Em suma, um movimento que em nada ficou devendo aos movimentos do gado bolsonarista, as mesmas suposições sem base factual, o mesmo terraplanismo, a mesma intenção de fazer o gado pensar com o fígado.

Depois de um dia de ataques bárbaros, capitaneados por Miriam Leitão, restou uma única crítica válida: o anúncio do Secretário de Comunicação Paulo Pimenta, antecipando-se à Ministra do Planejamento Simone Tebet, uma grosseria, sem dúvida. E a soberba lição de civilidade de Tebet, quando cercada pelo gado setorista e indagada sobre o que achava das acusações sobre o crime impossível de Pochmann:

Já fui julgada muitas vezes na minha vida e não vou julgar ninguém sem conhecer os fatos.

A briga dos índices
Por trás dessa baixaria completa, está o receio da grande guerra pelos índices.

ponto central da ideologia mercadista é vender o peixe de que todas as medidas beneficiando o mercado são “técnicas”, e não políticas.

A consolidação dessa ideologia se deu através do monopólio dos indicadores e pela exclusão de qualquer análise sistêmica sobre medidas econômicas.

Vende-se a ideia de que gastos públicos aumentam a inflação prejudicando os mais pobres. E se começarem a ser desenvolvidos trabalhos mostrando os efeitos das taxas de juros sobre o emprego e sobre a situação dos mais pobres?

Em pleno período de ataques aos aumentos do salário mínimo, o IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas) divulgou um estudo, com base no IBGE, mostrando que em mais de 50% das famílias, com um aposentado ou pensionista, eles eram o arrimo econômico. Ou seja, o aumento do salário mínimo beneficiou a saúde, pelo fato de ajudar a alimentar a família; a educação, permitindo às crianças entrar mais tarde no mercado de trabalho; a segurança, tornando as crianças menos suscetíveis às investidas do crime organizado.

E se o IBGE utilizasse seus levantamentos para analisar, por exemplo, as externalidades positivas dos investimentos públicos ou dos gastos sociais? Por exemplo: o dinheiro gasto em uma estrada reduziu em xis porcento as perdas com transporte e com carga, permitindo um ganho adicional de ypisilone para a economia brasileira.

Ou a visão sistêmica sobre os financiamentos do BNDES? Hoje em dia, o mercado meramente compara os custos de financiamento do BNDES com a taxa Selic – e diz que a diferença é déficit público. E se forem incluídos nas contas as empresas criadas, os fornecedores, os empregos e o pagamento de impostos desse novo universo produtivo? Aí se poderia saber que, além de gerar empregos e investimentos produtivos, os financiamentos do BNDES ajudam na arrecadação fiscal. E seriam desmascaradas as análises rasas que sustentam muitos dos estereótipos econômicos que alimentam a mídia.

Em suma, há uma grande batalha ideológica em torno dos índices. O medo desse pessoal não é com a manipulação de índices, mas como a elaboração de novos índices, bem embasados academicamente, podendo comprometer a sua própria manipulação de conceitos. Eles não temem a manipulação da estatísticas: temem o que as estatísticas podem mostrar.

*Luis Nassif/GGN

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Opinião

A velhinha de Taubaté sobre Pochmann no IBGE

Velha Magalhães, sem sombra de dúvida, é a última figura no Brasil que ainda acredita na Lava Jato, Dallagnol e Sergio Moro, o que faz dela uma quase equivalente à velhinha de Taubaté.

Ninguém mais do que a jornalista realçou o fantástico mundo do enxadrista, Sergio Moro, e suas pirotecnias jurídicas.

A contista, especializada em Lava Jato, exaltava a parcialidade do juiz, elogiando o magistrado, que tinha oponente, ou seja, Vera sempre lavou as mãos e lambeu as unhas quando o assunto era Moro e sua turma de Curitiba.

Por isso aceitou fazer uma pirataria jornalística para atacar Lula, via indicação de Lula de Marcio Pochmann à presidência do IBGE.

Mexeriqueira brejeira não economizou nas suas picuinhas miúdas para fazer um debate sobre o que ela não tem a mínima noção. Resultado, cada frase, um gato, e o que se vê é fio solto para todos os lados, reproduzindo tantos artigos seus quanto de outros, como de Merval, Miriam Leitão, Malu Gaspar do jornalão dos Marinho, não só deles, claro, mas também os peladeiros do Estadão e Folha entraram em campo com aquela pança típica de centroavante de botequim.

Todos, imagina isso, mostrando-se temerosos com a pasta da economia que não para de apresentar índices positivos em tempo recorde, reconhecidos por agências internacionais, que os Marinhos, os Frias e Mesquitas tentam, a todo custo, desclassificar.

Vera Magalhães deu azar, porque justo no dia em que ela escreve esse borralho sobre economia, seu catastrofismo toma um direto na testa com a redução da taxa de desemprego, que chegou a 8%, mesmo nível de 2014, além do dólar cair para R$ 4,69.

Verinha é mesmo azarada, topou a parada e certamente pagou um novo mico que entrará para a história.

Mas há sim um porquê além desse pé de poço. Vera não se conforma de ver jorrar denúncias de corrupção dos seus ídolos de Curitiba, vendo o valor do seu ídolo, Sergio Moro cair aquém da xepa e abrir os jornais e ter que ler o célebre sucesso do governo Lula, principalmente na pasta da economia, tocada por Haddad, aquele que, em 2018, disputou com Bolsonaro, quando Vera disse que era “uma escolha difícil”.

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Opinião

O ataque orquestrado pela Globo contra a ida de Marcio Pochmann para o IBGE

Numa entrevista dada a Jô Soares, ainda no SBT, Brizola indagou, por que o Dr. Roberto Marinho não disputa a cadeira da presidência da República, ao invés de tentar dividir o país para obrigar governantes a fazerem o que ele quere?

Pois bem, não há qualquer refinamento nessa orquestra instalada, sobretudo no universo da Globo contra Marcio Pochmann, parecendo algo improvisado, carregado de guinchos, urros e coices.

Lembrem-se que, para atacar e difamar Zé Dirceu, a mesma Globo deu status de herói nacional a ninguém menos que Roberto Jefferson na farsa do mensalão.

Sim, o Jornal Nacional é o departamento mais importante do Projac, é o palácio da manipulação dos Marinho e, em vários períodos da história do Brasil, o Grupo Globo se uniu aos endinheirados para que houvesse um processo golpista, ditatorial, mesmo com características diferentes de outros. Foi assim com Getúlio Vargas, que terminou em suicídio. No golpe e na ditadura militar, justamente onde nasce a poderosa Rede Globo fazendo discurso pró-ditadura, seguindo o modelo de máquina de propaganda nazista e, lógico, censurando qualquer crítica aos ditadores.

O mesmo ocorreu com a perseguição a Zé Dirceu, numa pressão sem precedentes dos Marinho ao STF para incriminar Delúbio, Genoíno e Zé Dirceu, sem qualquer prova de crime, modificando completamente a história real em que Roberto Jefferson é pego com a boca na botija em mais um rico esquema de corrupção nos Correios.

Diria mais, o inferno que o Brasil viveu nos últimos seis anos, com Temer e Bolsonaro e, certamente, a morte por covid de mais de 700 mil brasileiros só ocorreu porque a Globo vestiu Bolsonaro de fascista arrependido, além de tramar o golpe contra Dilma e a prisão de Lula via Lava Jato.

A Globo fez o que pôde para Haddad perder a eleição para o genocida.

Agora, o que vemos é uma junta de pelegos dos Marinho, mais precisamente Malu Gaspar, Miriam Leitão e Pedro Dória atacarem Pochmann, estes que são amantes da privatização de FHC, jamais tiveram coragem de fazer um balanço das privatizações repletas de tantas lacunas históricas da era FHC.

O ruim para eles é que o próprio FHC, em participação com chefes de Estados europeus e com o próprio Clinton, disse que a política econômica do seu governo, leia-se, privatizações, produziu um desastre econômico no país e consequentemente, um desastre social.

Nesse encontro à margem dos chefes de Estado, FHC disse que o Brasil, pós privatização, estava tão fragilizado que até uma crise na Cochinchina afetaria a economia brasileira, tendo que ouvir de Clinton, um neoliberal clássico, que FHC tinha virado um escravo do grande capital internacional, dando as costas para o próprio povo e para o futuro de milhões de crianças brasileiras.

As críticas feitas, sobretudo por Pedro Dória, colunista do Globo e do portal Meio para justificar seu ataque covarde a Pochmann, produziu uma série de adjetivos sem, lógico, sublinhar o que de fato lhe fazia ser tão covardemente agressivo com Pochmann.

Enfim, a mídia, sobretudo a Globo, acha que é a principal peça da governabilidade do país e quer ver Lula dobrando os joelhos para seguir o que antes foi determinado nas redações dos Marinho, soprado pelos milionários brasileiros em prol dos seus interesses.

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Economia

Governo Lula: taxa de desemprego cai para 8,3% segundo o IBGE

Taxa de desemprego no país caiu para 8,3% no trimestre encerrado em maio. A informação é do IBGE.

Esses números representam a menor taxa de desemprego desde 2015, o que é mais um sinal da recuperação da economia em processo de rápida mudança de patamar.

Ou seja, esse é somente um dado que soma para um conjunto de sinais de prosperidade que o governo Lula, em apenas seis meses, apresenta com muito vigor.

“Esse recuo no trimestre foi mais influenciado pela queda do número de pessoas procurando trabalho do que por aumento expressivo de trabalhadores. Foi a menor pressão no mercado de trabalho que provocou a redução na taxa de desocupação”, explica Adriana Beringuy, coordenadora de Pnad.

Isso mostra que o país chegará em tempo recorde ao pleno emprego, quanto a isso não resta dúvida.

Essa, certamente, é uma das principais metas do presidente Lula.

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Economia

Economia brasileira cresce 1,9% no primeiro trimestre deste ano

Segundo o IBGE, o PIB acumula alta de 3,3% no período de 12 meses

Agência Brasil – O Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 1,9% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com os últimos três meses do ano passado.

O PIB, no período, somou R$ 2,6 trilhões. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, a economia brasileira avançou 4%. O PIB acumula alta de 3,3% no período de 12 meses.

Setores
O crescimento na comparação com o trimestre anterior foi puxado pela agropecuária, que teve alta de 21,6%. Segundo o IBGE, o resultado é explicado principalmente pelo aumento da produção da soja, principal lavoura de grãos do país, que concentra 70% de sua safra no primeiro trimestre e deve fechar este ano com recorde.

Os serviços, principal setor da economia brasileira, também teve crescimento no período (0,6%), com destaque para o desempenho das atividades de transportes e de atividades financeiras (ambos com alta de 1,2%).

A indústria, por sua vez, teve variação negativa de 0,1% no período, o que, segundo o IBGE, representa estabilidade. Bens de capital (máquinas e equipamentos usados no setor produtivo) e bens intermediários (insumos industrializados usados no setor produtivo) apresentaram queda, enquanto a atividade de eletricidade e água, gás, esgoto, atividades de gestão de resíduos subiu 6,4%.

Sob a ótica da demanda, o crescimento foi sustentado pelo consumo das famílias, com alta de 0,2%, e pelo consumo do governo, com crescimento de 0,3%. A formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos, caiu 3,4% no período.

No setor externo, as exportações de bens e serviços caíram 0,4%. As importações, por sua vez, recuaram 7,1%, contribuindo positivamente para o PIB.

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Governo Bolsonaro: Pobreza tem aumento recorde em 2021 e atinge 62,5 milhões de pessoas, diz IBGE

Segundo os dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (2/12), o aumento é o maior nível desde 2012.

Cerca de 62,5 milhões de pessoas — ou 29,4% da população do país — estavam na pobreza em 20221, considerando-se as linhas de pobreza propostas pelo Banco Mundial. De acordo com o levantamento divulgado nesta sexta-feira (2/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o maior índice desde o início da série, em 2012.

Do total registrado, 17,9 milhões (ou 8,4% da população) estavam na extrema pobreza em 2021. Além disso, entre 2020 e o ano passado, houve um aumento recorde em dois grupos: o contingente abaixo da linha de pobreza cresceu 22,7% (ou mais 11,6 milhões de pessoas) e o das pessoas na extrema pobreza aumentou 48,2% (ou mais 5,8 milhões).

O Banco Mundial adota como linha de pobreza os rendimentos per capita US$ 5,50 PPC, equivalentes a R$ 486 mensais per capita. Já a linha de extrema pobreza é de US$ 1,90 PPC, ou R$ 168 mensais per capita.

Em 2021, a proporção de crianças menores de 14 anos de idade abaixo da linha de pobreza chegou a 46,2%, o maior percentual da série, iniciada em 2012. Esta proporção tinha caído ao seu menor nível (38,6%) em 2020, mas teve alta recorde.

A proporção de pretos e pardos abaixo da linha de pobreza (37,7%) é praticamente o dobro da proporção de brancos (18,6%). O percentual de jovens de 15 a 29 anos pobres (33,2%) é o triplo dos idosos (10,4%). Ainda em 2021, cerca de 62,8% das pessoas que vivem em domicílios chefiados por mulheres sem cônjuge e com filhos menores de 14 anos estavam abaixo da linha de pobreza.

No recorte regional, Nordeste (48,7%) e Norte (44,9%) tinham as maiores proporções de pessoas pobres na sua população. No Sudeste e também no Centro-Oeste, 20,6% (ou um em cada cinco habitantes) estavam abaixo da linha de pobreza. O menor percentual foi registrado no Sul: 14,2%.

*Com Correio Braziliense

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Pesquisa

IBGE mostra o tamanho da desigualdade racial no Brasil de Bolsonaro

A pobreza e o desemprego em 2021 foram mais do que o dobro para pretos e pardos no Brasil do que para brancos.

A pobreza e o desemprego em 2021 foram quase o dobro para pretos e pardos no Brasil do que para brancos. Os dados constam no estudo Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil, divulgado nesta sexta-feira (11) pelo IBGE.

Em 2021, 22,5% da população branca estava desempregada ou com emprego insuficiente (a taxa de subutilização). Mas entre pretos e pardos, este número foi de 32% entre pretos e 33,4% entre pardos. E as taxas de desempregados no país no ano passado atingiram 35,2% dos brancos contra 12% de pretos e 52% de pardos.

A informalidade, outro fator negativo quando se trata de força de trabalho e condições de emprego, está também mais presente neste grupo: 43,5% dos pretos e 47% dos pardos estavam na informalidade, enquanto que esse tipo de trabalho atingiu 32,7% dos brancos.

Os indicadores mostram que as desigualdades raciais estão em todos os níveis: entre as pessoas com ensino superior, os brancos recebem 50% a mais do os pretos e pretos e pardos estão em somente 29,5% dos cargos gerenciais e somente 14,6% nos cargos de salários mais altos.

“As populações preta e parda representam 9,1% e 47% da população brasileira, respectivamente. Mas, nos indicadores que refletem melhores níveis de condições de vida, a participação dessas populações é mais baixa”, afirmou o analista do IBGE, João Hallak.

Quando se analisa a linha da pobreza do país, também os negros são a maioria dos afetados. Em 2021, 34,5% dos pretos e 38,4% dos pardos estavam na linha da pobreza. E 9% de pretos e 11% de pardos na linha da extrema pobreza. Entre brancos, 18,6% na pobreza e 5% na extrema pobreza.

Para todos os demais enfoques registrados pelo IBGE, a população negra do Brasil é extremamente prejudicada. Brancos receberam quase o dobro do rendimento médio domiciliar; negros tem o dobro de moradia irregular e instável do que brancos; as condições de vivenda, como saneamento, número de cômodos, tamanho, etc, são superiores para brancos; brancos tem mais bens e posses de quase todos os segmentos do que negros; e quase 80% dos donos de todos os estabelecimentos agropecuários do Brasil são brancos.

*Patrícia Faermann/GGN

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