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Embaixador russo afirma que adesões ao BRICS representam uma ‘nova ordem mundial’

Diplomata reconheceu que integração do Irã, Egito, Etiópia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos ao BRICS contribui para redução da influência ocidental no mundo.

A adesão do Irã, Egito, Etiópia, Arábia Saudita, e Emirados Árabes Unidos ao BRICS reflete a “formação de uma ordem mundial mais democrática e justa”, afirmou o embaixador da Rússia no Irã, Aleksei Dedov, em entrevista à Sputnik.

“A adesão do Irã e de outros novos membros à associação reforça a parceria estratégica e a posição internacional do BRICS”, declarou o representante russo.

Segundo sua análise, “as relações internacionais estão passando por uma profunda transformação” que culminam nas mudanças para uma nova ordem mundial.

O embaixador ressaltou que o Irã reconhece a necessidade de diminuir a “influência dos países ocidentais nos assuntos mundiais”.

“Tal qual a Rússia, o Irã acredita que o multilateralismo deve ser desenvolvido em vários formatos nos quais trabalham pessoas com ideias semelhantes”, destacou o diplomata.

Dedov também falou sobre o empenho da Rússia em desenvolver cooperações com o Irã, agora membro do bloco anteriormente formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, desde janeiro de 2024.

*Sputnik

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Paquistão faz ataques contra alvos de grupo separatista no Irã; 7 pessoas morreram

O Paquistão atacou alvos de um grupo militante separatista no Irã nesta quinta-feira (18). As informações foram confirmadas por uma autoridade da inteligência paquistanesa. Segundo o governo do Irã, pelo menos sete pessoas morreram, sendo três mulheres e quatro crianças.

O governo do Irã afirmou que mísseis do Paquistão atingiram uma vila que fica na província de Sistão-Baluchistão, no sudeste do país. A região atingida fica na fronteira com o Paquistão.

O Ministério das Relações Exteriores do Paquistão disse que os ataques tiveram como alvos “esconderijos terroristas” identificados no território iraniano.

Os alvos em questão fazem parte da Frente de Libertação Balúchi, que busca a independência da província paquistanesa do Baluchistão.

Em comunicado, o governo do Paquistão disse que respeita a soberania e integridade territorial do Irã, e que os ataques tiveram como objetivo garantir a segurança paquistanesa.

“O Irã é um país irmão, e o povo do Paquistão tem grande respeito e afeição pelo povo iraniano”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores do Paquistão.

O bombardeio acontece dois dias após o Irã atacar uma base de um grupo rebelde no Paquistão. O governo paquistanês afirmou que os iranianos invadiram o espaço aéreo do país e que duas pessoas morreram no ataque, segundo o g1.

Após o ataque iraniano de terça-feira, o governo do Paquistão afirmou que o incidente poderia ter “sérias consequências” e que era “complementarmente inaceitável”.

Além do Paquistão, o Irã também atacou a Síria e o Iraque nesta semana. O governo iraniano disse que as ações são resposta a um atentado terrorista que matou 84 pessoas no início do mês.

Crise no Oriente Médio
A troca de ataques entre Irã e Paquistão é mais um capítulo da escalada na crise que atinge o Oriente Médio. As tensões entre os países da região cresceram desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em outubro de 2023.

Além da guerra no território palestino e israelense, grupos armados que estão presentes na região acabaram se envolvendo no conflito, espalhando a crise para outros países.

Entre eles estão o Hezbollah, no Líbano, e os Houthis, no Iêmen, que declararam apoio ao Hamas. Ambos os grupos são apoiados pelo Irã. Nos últimos meses, Hezbollah e Houthis fizeram ataques contra Israel.

Mais recentemente, os Estados Unidos e o Reino Unido fizeram bombardeios contra os rebeldes do Iêmen, em resposta a ataques conduzidos pelos Houthis contra navios comerciais no Mar Vermelho.

O Irã, por sua vez, acusa Israel de assassinar comandantes iranianos a aliados do país. Na segunda-feira (15), o Irã lançou mísseis contra alvos na Síria e no Iraque, que seriam do serviço de inteligência de Israel.

Na terça-feira, os iranianos atacaram o Paquistão — cujo governo é apoiado pelos EUA. Os alvos foram bases do grupo rebelde Jaish al-Adl. O Irã alega que esse grupo é financiado por Israel.

 

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Irã mata com míssil bilionário aliado de Israel no Iraque

Numa sinistra demonstração de que a guerra entre Israel e Hamas já escalou para toda a região, a Guarda Revolucionária do Irã confirmou que utilizou mísseis balísticos de longo alcance contra o que chamou de “centro de espionagem” do Mossad, o serviço de inteligência de Israel, em Arbil, no vizinho Iraque.

Arbil é a capital da região autônoma do Curdistão, que mantém relações próximas com os Estados Unidos e onde o governo iraquiano, sediado em Bagdá, tem influência diminuta.

“O quartel-general era responsável por planejar e executar operações de espionagem e terrorismo na região, especialmente em nosso amado país”, disse a nota da IRGC.

Há indícios de que o ataque foi uma resposta ao assassinato por Israel, em Damasco, na Síria, do general da Guarda Revolucionária Razi Mousavi, um dos contatos do Irã com o governo aliado de Bashar al-Assad.

Teerã também confirmou que disparou mísseis balísticos contra a região de Aleppo, na Síria, onde existem bases do Estado Islâmico.

O EI assumiu um atentado em Kerman, no Irã, que matou ao menos 84 pessoas durante o memorial do general Qasem Soleimani.

Soleimani foi assassinato em Bagdá pelos Estados Unidos em 2020. Ele chefiava a Força Quds, um braço da IRGC. Era um dos responsáveis por organizar o Eixo da Resistência contra Israel. Soleimani também organizou o enfrentamento ao Estado Islâmico no Iraque e na Síria.

Diferentemente do que diz a mídia comercial, o Estado Islâmico é inimigo figadal do Irã. É composto por sunitas que consideram os xiitas iranianos “infiéis”.

A ligação entre Hamas e Estado Islâmico, que Israel usa em sua propaganda para justificar o ataque a Gaza, é inexistente.

Enquanto os sunitas do Hamas lutam essencialmente pela causa palestina, o Estado Islâmico é composto por ortodoxos do salafismo que defendem um novo califado islâmico para governar o Oriente Médio e o Norte da África.

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Apoio dos EUA a israelenses pode fazer com que Israel bombardeie até o Irã, diz analista

Para ex-funcionário do Pentágono, se não fosse o apoio norte-americano a Israel, o barril de pólvora que se encontra a região neste momento não estaria prestes a explodir, e Tel Aviv não teria coragem de expandir sua campanha militar como já prometeu algumas vezes.

Na noite de ontem (11), os Estados Unidos e o Reino Unido lançaram uma operação militar contra os houthis no Iêmen. De acordo com a BBC, a maioria dos bombardeamentos aconteceram em bases aéreas e aeroportos do país, alguns perto de áreas residenciais. A ação foi uma resposta aos ataques houthis a navios no mar Vermelho, disse o governo de ambos os países.

De fato, os houthis têm atacado embarcações na região, mas também já apresentaram sua justificativa: a campanha militar de Israel na Faixa de Gaza, a qual já deixou mais de 23 mil pessoas mortas. O grupo iemenita disse que só pararia as ações no mar Vermelho quando um cessar-fogo fosse alcançado no enclave palestino.

EUA e Reino Unido lançaram uma operação militar contra os Houthi no Iêmen, informou a mídia local – Sputnik Brasil, 1920, 11.01.2024
Panorama internacional
EUA e Reino Unido lançaram uma operação militar contra os houthis no Iêmen, informa a mídia local

Para o ex-analista sênior de política de segurança do Pentágono, Michael Maloof, foi “apenas por causa do aval norte-americano que os israelenses foram encorajados” a lançar tamanha campanha militar, e que enquanto “Washington fornecer esse apoio”, as Forças de Defesa de Israel (FDI) não vão parar de atuar em Gaza.

“Estamos em uma ladeira muito escorregadia agora. Os Estados Unidos poderiam entrar em uma guerra, e até agora Joe Biden não demonstrou uma liderança forte. […] foi apenas por causa dos Estados Unidos que os israelenses foram encorajados e estão avançando. O que poderia impedi-los é se os EUA parassem todas as suas exportações de munições para Israel neste momento, porque caso contrário estariam apenas a alimentá-lo. […] estamos jogando cada vez mais gasolina no fogo. […] Israel [também] se sente encorajado e agora quer ir para o sul do Líbano. Portanto, enquanto os Estados Unidos fornecerem esse apoio, é com isso que vamos nos deparar […]”, afirmou Maloof em entrevista à Sputnik.

O ex-analista ainda destacou que “a administração Biden tem sido negligente em sua visibilidade” nas últimas semanas e, com um ano eleitoral pela frente, “precisa dar a impressão de estar novamente forte”. Em sua visão, o bombardeio no Iêmen também acontece porque “as pessoas precisam ter a imagem de um executivo-chefe forte, e Biden tem sido tudo menos isso”.

Assim como Biden, Maloof mencionou o secretário de Estado, Antony Blinken, o qual classificou como tendo “uma eficácia praticamente zero” ao sublinhar que a visita feita pelo secretário ao Oriente Médio não surtiu nenhum efeito.

“Bem, claramente, a visita de Blinken foi inútil. Os houthis continuaram atacando mesmo enquanto ele estava na região. Portanto, sua eficácia é praticamente zero. […] Ele é muito tímido e manso […] e não está fazendo nada que provoque ou demonstre qualquer capacidade de unir esses lados. E tudo o que ele está fazendo é gastar, desperdiçar dinheiro viajando por aí sem fazer nada […]”, afirmou.

Além de uma liderança enfraquecida na presidência e na política externa, Maloof citou a “desordem” do Congresso norte-americano e a resistência em aprovar pedidos da administração Biden. No entanto, ressaltou que Israel é um caso diferente da Ucrânia.

“Infelizmente, temos um Congresso que está em desordem. E há agora um enorme debate em curso sobre a possibilidade de continuar a apoiar não só a Ucrânia, mas também Israel. No entanto, Israel provavelmente venceria entre os dois, devido ao formidável lobby israelense que existe no Congresso. Isso está tornando o nosso ano eleitoral, para dizer o mínimo, muito tumultuado.”

Por fim, Maloof disse que a situação no Oriente Médio está um caos de tal forma que, continuando a campanha militar, Israel poderia até “ter a rara capacidade de unir os sunitas e os xiitas”, concluindo “que isso não vai funcionar tão bem”.

“Se os israelenses continuarem a bombardear Gaza e expandirem a guerra, como prometeram fazer no Líbano, terão a rara capacidade de unir os sunitas e os xiitas. […] Quando você fizer com que os dois pensem da mesma maneira, isso será problemático. Por enquanto, países como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, que são sunitas, querem realmente reprimir tudo porque têm outras agendas. […] os sauditas têm trabalhado arduamente para pôr fim à guerra com o Iêmen. Se eventualmente houver pressão exercida até mesmo sobre esses países, se Israel quiser avançar, vão bombardear até o Irã. Portanto, enquanto os Estados Unidos lhes derem essa capacidade, as coisas não terminarão muito bem”, concluiu o ex-analista.

*Sputnik

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Irã adverte que a região pode explodir se os ataques a Gaza continuarem

O diplomata iraniano protestou contra o veto dos EUA ao cessar-fogo.

O ministro das Relações Exteriores do Irã alertou que a região poderia explodir a qualquer momento se os ataques israelenses contra Gaza não forem interrompidos imediatamente, informa o canal iraniano HispanTV.

“O alcance da guerra na região se ampliou, e se os ataques contra Gaza não forem interrompidos imediatamente, existe a possibilidade de que a região exploda a qualquer momento e todas as partes percam o controle”, advertiu o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hosein Amir Abdolahian, em uma conversa telefônica realizada nesta segunda-feira (11) com seu homólogo chinês, Wang Yi.

O diplomata iraniano expressou seu descontentamento com o recente veto dos Estados Unidos a uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) sobre um cessar-fogo em Gaza, diz o 247.

“Infelizmente, a parte dos Estados Unidos não compreende o perigo de uma maior expansão da guerra. A vida de seu aliado, [Benjamin] Netanyahu, depende unicamente da continuação da guerra e do genocídio. A situação na região não seguirá assim”, enfatizou o chefe da diplomacia iraniana, referindo-se à decisão do primeiro-ministro do regime israelense de prosseguir com a guerra em Gaza, apesar dos crescentes apelos internacionais para deter o derramamento de sangue dos palestinos.

O Irã criticou os Estados Unidos por vetar uma resolução que pede um cessar-fogo em Gaza e responsabilizou Washington por qualquer expansão do conflito.

Ao se referir aos esforços construtivos anteriores da China para promover a paz e a estabilidade na região, Amir Abdolahian instou Pequim a desempenhar um papel ativo para ajudar a deter a guerra.

“A segurança da região é importante para todos nós, e, nesse sentido, a República Islâmica do Irã realizou numerosas consultas com os países da zona”, destacou o ministro iraniano durante a ligação telefônica, na qual, além dos eventos em Gaza, os dois funcionários também discutiram as relações entre Teerã e Pequim.

Por sua vez, o ministro chinês das Relações Exteriores chinês lamentou o veto dos Estados Unidos à mencionada resolução e salientou que seu país dá importância à obtenção de um cessar-fogo e ao envio imediato de ajuda humanitária a Gaza.

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Entrada do Irã no BRICS é ‘de suma importância, principalmente para a China’, aponta especialista

A entrada do Irã no BRICS, que será oficializada em 1º de janeiro de 2024, marca o ingresso de um país declaradamente contrário aos Estados Unidos. Que tipo de repercussões isso poderá trazer ao grupo?

Essas e outras questões foram respondidas por Jorge Mortean — geógrafo e professor de relações internacionais, mestre em estudos regionais do Oriente Médio no Irã e atual doutorando em geografia política na Universidade de São Paulo (USP) — no episódio desta segunda-feira (4) do podcast da Sputnik Brasil Mundioka, apresentado pelos jornalistas Melina Saad e Marcelo Castilho.

Para o especialista em estudos iranianos, a entrada do Irã no BRICS representa um ganho tanto para o país persa quanto para o grupo, uma vez que “temos aí a semiperiferia e periferia do mundo se aliando”, disse, referindo-se à teoria de sistema-mundo das relações internacionais, popularizada por Immanuel Wallerstein. “O que seria semiperiferia?”

“São países com um grau até importante de desenvolvimento tecnológico-industrial, que servem como ponte de retransmissão de fluxos de comércio (investimentos, capital). São grandes mercados e possuem certo poderio de defesa em suas respectivas regiões.”

Essas características, para Mortean, definem a posição ocupada pelas nações do BRICS mais do que qualquer relação econômica. Nesse ponto, o grupo de países, que agora se expande para se tornar o BRICS+ com a inclusão além do Irã, do Egito, da Arábia Saudita, dos Emirados Árabes Unidos e da Etiópia — e, talvez, da Argentina — forma um agrupamento antissistêmico.

“Ou seja, ele faz um contraponto a toda a hegemonia que se diz aí ocidental de países desenvolvidos, nomeadamente Europa, Estados Unidos, Canadá e Japão, que apesar de ser do Oriente, é um Oriente mais ocidentalizado do que nunca.”

“Oferece, portanto, uma nova possibilidade de ordem mundial”, resumiu.

*Sputnik

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Irã abandona negociações da COP28 em protesto contra Israel

Chanceler iraniano já havia alertado que presença de representantes israelenses deveria ser ‘seriamente considerada’ diante dos ‘crimes de guerra cometidos pelos sionistas’ em Gaza.

A delegação do Irã abandonou as negociações da COP28, em Dubai, nesta sexta-feira (01/12) em protesto contra a presença da delegação israelense nas conversações.

O ministro da Energia do Irã, Ali Akbar Mehrabian, mencionou que a presença de representantes de Israel é “contrária aos objetivos e diretrizes” da conferência.

O chefe da delegação de Teerã ainda comentou que o país quer aproveitar a COP28 para lançar luz sobre a situação na Faixa de Gaza, que já soma mais de 16 mil vítimas devido aos ataques israelenses.

Hossein Amirabdollahian, ministro das Relações Exteriores do Irã, já havia dito ao seu homólogo dos Emirados Árabes Unidos, Abdullah bin Zayed Al Nahyan, que era contra a presença da delegação de Israel.

Na conversa, Amirabdollahian disse que “a presença de funcionários do regime de ocupação israelense nesta conferência, no que diz respeito ao recente genocídio e aos crimes de guerra cometidos pelos sionistas, é digna de séria consideração”.

O chanceler iraniano também cobrou que os países islâmicos continuem com os esforços para que os “crimes de guerra do regime sionista” sejam cessados, além de garantir o envio de mais ajuda humanitária para Gaza.

Amirabdollahian ainda instou que o Conselho de Segurança das Nações Unidas, incapaz até o momento de gerar uma solução para o conflito “emita uma resolução eficaz, a fim de cumprir os seus deveres para com o povo palestino”.

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Irã pede a países muçulmanos que cortem relações com Israel

Presidente iraniano Ebrahim Raisi afirmou que situação em Gaza deve ser tratada como a principal preocupação da comunidade muçulmana na atualidade.

O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, fez um apelo aos países muçulmanos a cortarem relações econômicas e diplomáticas com Israel, como forma de pressionar o governo de Benjamin Netanyahu a interromper a ofensiva militar contra o território palestino da Faixa de Gaza.

A declaração foi feita nesta sexta-feira (10/11), durante a cúpula da Organização de Cooperação Econômica (OCE), que acontece em Tashkent, capital do Uzbequistão.

Em seu discurso, Raisi defendeu o afastamento de Israel, argumentando que esta seria “uma medida de dissuasão eficaz, visando colocar um fim a essa ofensiva criminosa contra o povo palestiniano”.

O mandatário iraniano também alertou para a possibilidade de que o conflito possa ser expandido e afetar outros países da região.

Segundo Raisi, a proposta de afastamento de Tel Aviv quando a o risco de o conflito em Gaza se difundir pela região devem ser os temas prioritários da reunião de emergência da Organização de Cooperação Islâmica (OCI), que acontecerá neste sábado (11/11), na Arábia Saudita.

Vale lembrar que o governo do Irã também foi o primeiro a defender a imposição de sanções econômicas a Israel. A primeira declaração nesse sentido foi feita pelo chanceler iraniano, Hossein Amirabdollahian, no dia seguinte ao bombardeio do hospital Al-Ahli, que matou mais 500 pessoas.

“Depois do terrível crime do regime sionista, com o massacre de mulheres e crianças inocentes no hospital Al-Ahli, chegou a hora da comunidade global agir contra este falso regime e sua máquina de matar”, comentou Amirabdollahian naquela ocasião.

*Opera Mundi

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Erro ‘catastrófico’ para os EUA deixarem Israel entrar em guerra com o Hezbollah e o Irã

O governo israelita espera poder forçar Washington a ajudá-lo a travar uma guerra em múltiplas frentes com o Hezbollah e o Irão, enquanto as FDI estão “nas profundezas de Gaza”, mas isso é uma missão tola, uma vez que os problemas de Israel são da sua própria criação e não os problemas do povo americano, disse um ex-oficial da CIA à Sputnik.

Num artigo para Al-Mayadeen no início desta semana, o ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, Scott Ritter, argumentou que o primeiro-ministro israelense, Benjamin

Natanyahu, está tentando escalar a situação no Líbano, a fim de atrair os EUA para uma guerra em múltiplas frentes contra o Hezbollah e, ​​em última análise, Irã. No entanto, Ritter também argumentou que tal manobra não teria sucesso, porque o Hezbollah não será incitado a um conflito que o coloque em desvantagem no cenário global.

Ritter disse que se o Hezbollah tomar a iniciativa e lançar um ataque em grande escala contra Israel, “as pessoas deixarão de falar sobre a Palestina. As pessoas deixarão de falar sobre a agressão de Israel e agora concentrar-se-ão numa nova frente que provavelmente incluirá o Irão”.

“É novamente por isso que [o líder do Hezbollah] Hassan Nasrallah fala de perseverança . Perseverança significa que você tem que lutar em tempos difíceis para garantir que não será distraído da visão estratégica”, disse Ritter, acrescentando que “o Hamas está vencendo esta luta”. .Israel não pode prevalecer. Israel não pode derrotar o Hamas no terreno. Israel perdeu a batalha da propaganda a nível mundial; eles perderam nos Estados Unidos.”

John Kiriakou, ex-oficial da CIA e denunciante do programa de tortura dos EUA , disse na terça-feira ao programa “The Critical Hour” da Rádio Sputnik que Ritter e Nasrallah estão certos: os EUA não podem vencer uma guerra contra o Hezbollah e não deveriam se envolver em tal luta.

*Sputnik

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Irã realiza exercícios massivos com mísseis e drones e alerta que o exército ‘está com o dedo no gatilho’ enquanto as tensões aumentam

A última escalada da crise palestiniana-israelense para outra guerra de tiros deu origem a receios de que o arqui-inimigo israelita, o Irão, possa ser arrastado para o conflito. Mas embora Teerão tenha manifestado vontade de apoiar “qualquer solução política” para parar o derramamento de sangue, algumas autoridades israelitas e norte-americanas apresentaram planos para atingir a República Islâmica.

A Força Terrestre do Exército Iraniano “está com o dedo no gatilho” e está pronta para responder a “qualquer ameaça, em qualquer ponto, em qualquer escala e no menor tempo possível”, anunciou o Comandante da Força Terrestre Kioumars Heydari.

Falando aos repórteres no sábado, no segundo e último dia dos exercícios instantâneos Eqtedar 1402 (lit. ‘Power 2023’), Heydari disse que os exercícios eram “um exercício de treinamento para responder a ameaças inesperadas” e pretendiam transmitir “uma mensagem de paz e amizade, especialmente para os países vizinhos, e projectar o poder da República Islâmica do Irão junto dos seus inimigos.”

Os exercícios de sexta e sábado, realizados na província de Isfahan, no centro do Irã, contaram com a participação de todas as unidades do comando da Força Terrestre do Exército e envolveram manobras de tanques em grande escala e o uso de uma série de equipamentos e armamentos novos e atualizados, incluindo o Shafaq , Almas e Dehlaviyeh mísseis terra-solo e ar-solo. Os mísseis foram disparados contra alvos entre 8 e 20 km de distância.

Os exercícios também incluíram missões noturnas durante a noite de sexta a sábado, envolvendo helicópteros equipados com visão noturna, interferência de radar e mísseis de longo alcance.

Nesta foto divulgada quarta-feira, 20 de janeiro de 2021, pelo Exército Iraniano, tropas participam de um exercício militar.  Os militares do Irã iniciaram um exercício de forças terrestres na terça-feira ao longo da costa do Golfo de Omã, informou a TV estatal, o mais recente de uma série de exercícios instantâneos que o país está realizando em meio à escalada de tensões sobre seu programa nuclear e à campanha de pressão de Washington contra Teerã.  - Sputnik Internacional, 1920, 27/10/2023

Nesta foto divulgada quarta-feira, 20 de janeiro de 2021, pelo Exército Iraniano, tropas participam de um exercício militar. Os militares do Irã iniciaram um exercício de forças terrestres na terça-feira ao longo da costa do Golfo de Omã, informou a TV estatal, o mais recente de uma série de exercícios instantâneos que o país está realizando em meio à escalada de tensões sobre seu programa nuclear e à campanha de pressão de Washington contra Teerã.

https://twitter.com/i/status/1717857120580722937

O Irão demonstrou repetidamente a sua capacidade e prontidão para defender a sua soberania e interesses, mesmo nas probabilidades de David versus Golias, derrubando um drone espião americano de 220 milhões de dólares que se intrometia no seu espaço aéreo em 2019, e fazendo chover mísseis balísticos contra bases dos EUA no Iraque no início de 2020, após o assassinato não provocado pelos EUA do comandante da Força Quds da Guarda Revolucionária Islâmica em Bagdá.

Uma vista aérea mostra edifícios destruídos em al-Zahra, ao sul da cidade de Gaza, em 20 de outubro de 2023, após o bombardeio israelense durante a noite, em meio às batalhas em curso entre as FDI e o grupo palestino Hamas.  - Sputnik Internacional, 1920, 27/10/2023

Uma vista aérea mostra edifícios destruídos em al-Zahra, ao sul da cidade de Gaza, em 20 de outubro de 2023, após o bombardeio israelense durante a noite.

*Sputnik Brasil