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A guerra de Israel contra os palestinos envolve áreas de petróleo em Gaza e o neoliberalismo em queda

Análise geopolítica sobre a guerra em Israel e suas implicações para o Brasil e o mundo multipolar em desenvolvimento, por Pedro Augusto Pinho no Monitor Mercantil.

A verdade, filha do céu, como a luz não se apaga. No seio da escuridão mais densa jaz a centelha que afinal propaga a chama. Em todos os tempos, quando a corrupção invade a sociedade e o vício contamina as fontes da vida pública, Deus suscita um apóstolo para salvar no meio da geral dissolução a dignidade da razão humana. Às vezes é um historiador, como Tácito, ou um poeta como Juvenal; outras é Demóstenes orador, ou Sêneca filósofo. Através do zumbir da lisonja, do riso aparvalhado das turbas, do resfolgo opresso das consciências, no meio das bacanais públicas, ergue-se vibrante e sonora a voz da verdade, semelhante ao canto do cisne de uma sociedade que sucumbe

José de Alencar, “Cartas de Erasmo”, “Ao Imperador”, 17 de novembro de 1865, em “José de Alencar, Ficção Completa e Outros Escritos”, Aguilar Editora, RJ, 1965, volume III

A guerra que Israel move contra os palestinos se insere no projeto geopolítico de colocar sob domínio anglo-estadunidense e israelense cerca de dois terços das reservas de petróleo do mundo, entre outros interesses políticos, econômicos e, por que não reconhecer, raciais, que levam à formação dessa união.

Em 31/12/2022, estavam computados 1.535 bilhões de barris de petróleo no mundo.

Nesta conta se excluem o que se poderia obter com o processamento de areias betuminosas e folhelhos de xisto, principalmente no Canadá, nos Estados Unidos da América (EUA) e na Federação Russa.

Aproximadamente 998 bilhões estavam na área ao sul da Turquia, no Irã, no Egito e na Península Arábica.

A perspectiva de desconstruir a importância do petróleo – óleo e gás natural – já tem início ao serem divulgadas estatísticas que separam o óleo, que é denominado petróleo, do gás natural, como se este viesse de outro lugar que não dos reservatórios de hidrocarbonetos.


Esses mapas indicam reservas eventuais de petróleo na região de Gaza. O da esquerda mostra áreas marítimas para exploração. O da direita, as áreas já autorizadas para execução da exploração. Os dois mapas constam do documento ‘’The Economic Costs of the Israeli Occupation for the Palestinian People: The Unrealized Oil and Natural Gas Potential”, de 2019, da UNCTAD (Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento)

O neoliberalismo, que passou a dominar o mundo ocidental e influenciar o oriental a partir da década de 1980, tem na comunicação uma de suas armas mais importantes. Especialmente quando a comunicação virtual ganha força, como ocorre simultaneamente com as desregulações financeiras e a imposição da ideologia neoliberal, pelo Consenso de Washington.

Este “Consenso” será o instrumento de avaliação dos organismos internacionais de empréstimos e de acompanhamento econômico: Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial (WB), Organização Mundial de Comércio (OMC), dentre outros.

Vejamos os 40 anos que vão de 1973 a 2013, com informações da Agência Internacional de Energia (AIE), para o consumo de energia.

A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que agrupa o mundo desenvolvido ocidental, caiu de 61,3% para 39,2%.

A China, que percorreu caminho diferente do preconizado pelo Consenso de Washington, cresceu de 5,5% para 12,2%. O Oriente Médio, seguindo o exemplo chinês, passou de 0,8% para 5,1%.As Américas, fora da OCDE, ficaram praticamente estáveis no consumo de energia: 3,5% e 4,6%, início e fim do período.

Neste século 21, constatou-se a decadência na produção e no emprego pelo lado do Atlântico.

Mesmo reduzindo os encargos trabalhistas e previdenciários, com a nova escravidão dos “microempreendedores individuais” e a uberização do trabalho, reduziram-se os empregados com “carteira assinada”, e, simultaneamente, avançaram a fome e a miséria, inclusive nos países industrializados e desenvolvidos.

Há mais um dado para ser analisado com a guerra movida por Israel: a revelação da falácia das energias alternativas que fariam a transição energética.

Hoje, após mais de duas décadas de fechamento de usinas atômicas e da substituição de petróleo por energia eólica e solar fotovoltaica, já não resta dúvida da ineficiência desta substituição, quer pelo preço elevado, quer pelo uso abundante de minerais estratégicos, quer pela intermitência do fornecimento, quer mesmo pelos problemas ambientais que provocam.

Por outro lado, o mundo unipolar, do dólar estadunidense, vê-se superado, em todos aspectos, pelo mundo multipolar, construído em torno da República Popular da China (China), da Federação Russa (Rússia) e de países asiáticos e africanos organizados em instituições internacionais como a Iniciativa do Cinturão e Rota (ICR), os Brics, agora aumentados para 11 países, a Organização para Cooperação de Xangai e outras.

O cenário de guerra fica cada vez mais possível com a decadência dos EUA, melhor dir-se-ia do Atlântico Norte.

Ao mesmo tempo em que a China e Rússia vão congregando países, mesmo com divergências históricas, como no recente Brics+.

A Iniciativa do Cinturão e Rota, reunida no 3º Fórum para Cooperação Internacional, em outubro de 2023, contava mais de 150 países e 30 organizações internacionais, de uma forma ou de outra, envolvidos na implementação desta iniciativa chinesa.

Único representante brasileiro convidado para o Fórum estava neste evento, o diretor responsável do Monitor Mercantil, jornalista Marcos de Oliveira. Lembrando que a Organização das Nações Unidas (ONU) possui, hoje, 193 países-membros.

Existe, é óbvio, o aspecto cultural nesta virada para o oriente, mas há a nítida decadência do Ocidente, que se envolve em guerras de conquista como se ainda vivêssemos no século 19.

A questão energética é bem um exemplo. Substituir o petróleo pelo vento e pelo sol é retroceder, enquanto a China busca na fusão nuclear o avanço na geração de energia.

Muito poder-se-ia discorrer sobre energia e guerra. Porém, neste artigo, buscamos vincular a guerra de um Estado contra uma população, a falência em menos de meio século de ideologia farsante e suas consequências para o Brasil.

E a tudo isso se soma a dívida imensa e sem lastro que acompanha o dólar estadunidense, presente na guerra das forças armadas, protegidas institucionalmente, contra população organizada pela necessidade de se defender do massacre e do extermínio e o cenário do ocidente em crise contra o oriente em desenvolvimento.

Uma percepção do Brasil neste belicoso cenário

Fundamentalmente, falta soberania ao Estado Nacional brasileiro.

Vive o País muito mais tempo como colônia dos portugueses, ingleses, estadunidenses e dos capitais apátridas do que como Estado independente soberano e altivo.

A denominada redemocratização se deu com a vitória neoliberal no Ocidente e o desaparecimento da questão nacional no cenário das discussões políticas. Era a globalização em vez dos Estados nacionais e também o identitarismo no lugar da cidadania.

Saído de 21 anos de governos autoritários, os brasileiros não perceberam que a criança estava na bacia de água suja.

Com os militares foi-se também o interesse nacional, muito bem demonstrado pela ação da diplomacia brasileira, voltando seus olhos para a vizinhança sul-americana e para a África, e reconhecendo as vitórias lá ocorridas nas lutas pelas independências políticas.

A bem da verdade, esta virada da diplomacia teve início com o curto governo Jânio Quadro (Afonso Arinos de Melo Francos), sofreu um revés com Castelo Branco (Juracy Magalhães), retomou a autonomia com Médici, Geisel e Figueiredo (Mário Gibson Barbosa, Antônio Azeredo da Silveira, Ramiro Saraiva Guerreiro) e retroagiu ao acompanhamento acrítico e automático dos EUA na Nova República até a volta de Celso Amorim, com Lula, em 2003.

Deve-se recordar o servilismo do Itamaraty no governo de Fernando Henrique Cardoso, sendo chanceler Celso Lafer, ao perseguir o corajoso e digno embaixador José Maurício de Figueiredo Bustani, quando, tendo sido eleito para primeiro diretor-geral da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), já reeleito para novo período, se recusa a participar da farsa das “armas de destruição em massa” no Iraque, para justificar a invasão, a guerra de conquista daquele País, pelos EUA.

Fato imortalizado no filme Sinfonia de um homem comum, de José Joffily. O autor deste artigo se orgulha da amizade, surgida no curso secundário e até hoje mantida, com o diplomata e pianista Bustani.

Hoje, a diplomacia brasileira é pouco afirmativa, hesita na identificação dos interesses nacionais como da multipolaridade, e isso tem reflexo nesta questão da guerra de Israel contra os palestinos.

Um cenário possível, que já é objeto de debate acadêmico, está no reconhecimento da derrota do neoliberalismo globalizante e de sua concentração do quintal estadunidense: as Américas.

Os capitais anglo-israelense-estadunidenses assumiriam o poder pelos países das Américas, derrotando as veleidades brasileiras de governança nacional e procurando submeter Cuba, Venezuela, Nicarágua e Bolívia ao encolhido Império.

Sendo este o desfecho da guerra no Oriente Médio e na Ucrânia sairiam vitoriosos o petróleo, como principal fonte primária de energia, e os Estados Unidos da América, como feitor dos capitais financeiros nas ricas e dominadas Américas, do Alasca à Patagônia.

Porém, o Brasil pode e deve reagir.

A população, em sua maioria, não aplaude o covarde nem o agressor dos mais fracos, ela estará contra ou a favor do governo conforme este a esclareça dos reais acontecimentos, não deixe o brasileiro refém das mídias hegemônicas e antinacionais, dos sites de relacionamento coordenados do exterior, e assuma sua responsabilidade em favor da justiça, da verdade, da paz e, principalmente do Estado e da Nação Brasileira.

*Pedro Augusto Pinho, administrador aposentado, trabalhou por 25 anos na Petrobrás, foi membro do Corpo Permanente da Escola Superior de Guerra (ESG) e consultor das Nações Unidas na África (UN/DTCD 1987/1988).

*Viomundo

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PF avalia que Israel quis faturar politicamente com operação no Brasil

Integrantes da Polícia Federal (PF) avaliam que governo de Israel quis “faturar politicamente” ao citar atuação do Mossad no Brasil.

Integrantes da Polícia Federal (PF) ouvidos pela coluna avaliam que o governo de Israel quis “faturar politicamente” ao citar a participação do Mossad, serviço secreto israelense, na operação que prendeu terroristas ligados ao Hezbollah no Brasil.

A divulgação, feita pelo próprio primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não estava nos planos. O tom usado por Israel, citando uma “célula” do Hezbollah no Brasil, também foi vista como alarmista e “exagerada” por integrantes da PF.

Em entrevista à CNN, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, chegou a falar em “quebra de confiança” com o governo de Israel. O abalo, contudo, não deverá afetar a cooperação entre PF e Mossad, que mantêm diversas parcerias na área de segurança pública.

 

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Erro ‘catastrófico’ para os EUA deixarem Israel entrar em guerra com o Hezbollah e o Irã

O governo israelita espera poder forçar Washington a ajudá-lo a travar uma guerra em múltiplas frentes com o Hezbollah e o Irão, enquanto as FDI estão “nas profundezas de Gaza”, mas isso é uma missão tola, uma vez que os problemas de Israel são da sua própria criação e não os problemas do povo americano, disse um ex-oficial da CIA à Sputnik.

Num artigo para Al-Mayadeen no início desta semana, o ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, Scott Ritter, argumentou que o primeiro-ministro israelense, Benjamin

Natanyahu, está tentando escalar a situação no Líbano, a fim de atrair os EUA para uma guerra em múltiplas frentes contra o Hezbollah e, ​​em última análise, Irã. No entanto, Ritter também argumentou que tal manobra não teria sucesso, porque o Hezbollah não será incitado a um conflito que o coloque em desvantagem no cenário global.

Ritter disse que se o Hezbollah tomar a iniciativa e lançar um ataque em grande escala contra Israel, “as pessoas deixarão de falar sobre a Palestina. As pessoas deixarão de falar sobre a agressão de Israel e agora concentrar-se-ão numa nova frente que provavelmente incluirá o Irão”.

“É novamente por isso que [o líder do Hezbollah] Hassan Nasrallah fala de perseverança . Perseverança significa que você tem que lutar em tempos difíceis para garantir que não será distraído da visão estratégica”, disse Ritter, acrescentando que “o Hamas está vencendo esta luta”. .Israel não pode prevalecer. Israel não pode derrotar o Hamas no terreno. Israel perdeu a batalha da propaganda a nível mundial; eles perderam nos Estados Unidos.”

John Kiriakou, ex-oficial da CIA e denunciante do programa de tortura dos EUA , disse na terça-feira ao programa “The Critical Hour” da Rádio Sputnik que Ritter e Nasrallah estão certos: os EUA não podem vencer uma guerra contra o Hezbollah e não deveriam se envolver em tal luta.

*Sputnik

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Opinião

Enfim, o mundo descobriu que Israel é uma mentira, que é um Estado artificial, um puxadinho imperialista dos EUA

Ninguém, em sã consciência, imagina que um sujeito cascudo como Biden, daria uma bobeira de apoiar o genocídio em Gaza, perpetrado pelos sionistas de Israel, em plena campanha à reeleição. Os motivos são óbvios e as pesquisas de opinião mostram isso claramente.

Biden perde musculatura e Trump ultrapassa em estados decisivos para a campanha norte-americana.

Dito isso, vem a pergunta, Biden é um suicida?

Mesmo vendo que parte da imprensa daquele país está mancheteando, em garrafais, que os sionistas de Israel transformaram Gaza e um inferno na terra, Biden sabe perfeitamente bem as consequências políticas de apoiar Israel.

O diabo é que ele não pode dizer que Israel é uma gigantesca mentira, um Estado artificial, que toda história em torno dele é uma fábula funesta para dar sentido ao puxadinho imperialista do Oriente Médio e se transformar na maior base militar dos EUA no Oriente Médio.

Isso ficou ainda mais claro depois que o Irã ameaçou entrar na guerra e os EUA mandaram um super navio nuclear para a região. Não que eles não usariam contra o povo de Gaza para esmagar ainda mais crianças, mulheres, idosos e civis inocentes de todas as idades na sua grande operação que deve se chamar, barba, cabelo e bigode.

Um país que existe a partir do extermínio dos índios, da escravidão nos negros, com insofreável ódio racial contra eles, somando a isso as bombas atômicas jogadas pelos EUA em cima de duas cidades japonesas e de populações civis, para qualquer uma pessoa atenta entender que o regime sionista, extremamente racista, violento e fascista, tem sua sede oficial em Whasington.

Isso explica tudo, não precisa falar mais nada sobre o holocausto imposto por Israel a Gaza.

Em síntese, o sionismo, por definição, é a ressignificação da ku klux Klan.

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Deputados de esquerda convocam ato na Câmara ‘contra o genocídio em Gaza’

Após mais de 10 mil mortes em função dos ataques israelenses, representantes de PT, PSOL e PCdoB exigem cessar-fogo imediato e pedem ao governo brasileiro de endurecer relações com Israel.

Após um mês do início dos ataques de Israel à Faixa de Gaza, mais de 10 mil vidas já foram perdidas no enclave sitiado. Até o momento, as autoridades israelenses não deram nenhum sinal de que vão aceitar cessar-fogo na região.

Com o agravamento das operações militares contra o povo palestino, vítima de intensos bombardeios diários, deputados brasileiros pretendem denunciar Israel em um ‘Ato contra o genocídio’, programado para acontecer no plenário 9 da Câmara dos Deputados, em Brasília, às 14h desta quarta-feira (08/11). Assessoria parlamentar

Cessar-fogo já!
A principal reivindicação do evento, organizado em conjunto por parlamentares – deputadas Erika Kokay (PT-DF), Fernanda Melchionna (PSOL-RS), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Luizianne Lins (PT-CE); deputados Glauber Braga (PSOL-RJ) e Padre João (PT-MG) -, é o cessar-fogo imediato e o fim do massacre em Gaza.

No entanto, a manifestação contempla as questões históricas, culturais e religiosas envolvidas no cenário, tendo como objetivo, também, o fim da ocupação, do apartheid e da violação de direitos humanos.

“Esse ato na Câmara é uma forma de demonstração de que parlamentares, deputados brasileiros, rechaçam o que está acontecendo na Faixa de Gaza, que não aceitam o genocídio do povo palestino e que trabalham necessariamente para o cessar-fogo imediato”, declarou o deputado Glauber Braga a Opera Mundi, acrescentando também a importância de utilizar o espaço para ampliar a voz à causa palestina.

“Aqueles que ainda não participaram dos atos de rua vão ter a possibilidade de fazer uma demonstração à causa palestina no espaço da Câmara, e a gente acha que isso pode ser também um instrumento para ampliar o engajamento nas ruas”, concluiu o parlamentar.

Com a escalada da violência e das violações ao direito internacional por parte das autoridades de Tel Aviv, a deputada Jandira Feghali avalia que Israel ”vai manter esta posição” sob o argumento de exigir a soltura dos reféns pelo Hamas.

Twitter/UNRWA
Lideranças exigem cessar-fogo imediato a Israel diante da crise humanitária na Faixa de Gaza
“Mas na verdade, esse não é o argumento central. A questão central é a anexação de território e a eliminação de boa parte do povo palestino. A guerra não é entre Israel e o Hamas, a guerra é entre Israel e o povo palestino”, destacou Jandira a Opera Mundi, reforçando a necessidade das pessoas não serem omissas à situação, “a possibilidade de falar isso tem que ser múltipla e ampla porque não é aceitável assistir com omissão. É muita morte de crianças, mulheres, civis inocentes”.

Os deputados também cobram um posicionamento firme do governo brasileiro em relação a Israel, uma vez que o Estado indica que “vai seguir com a ampliação do genocídio do povo palestino”.

“O governo brasileiro tem que seguir o exemplo de Bolívia, Colômbia e Chile. A avaliação do nosso mandato é que o governo brasileiro deve romper relações neste momento com o Estado de Israel”, defendeu Braga, acrescentando que é preciso aumentar a pressão internacional contra Israel, que têm apoio legitimado pelos Estados Unidos.

“O Brasil tem que tirar os brasileiros da Faixa de Gaza e, a partir daí, endurecer a sua posição em relação ao Estado de Israel sobre todos os pontos de vista: nas relações diplomáticas, nas relações econômicas, nos acordos ou não realização dos acordos”, afirmou Jandira, condenando a conduta israelense contra o povo palestino: “é inaceitável”.

O ato acontece no momento em que o conflito completa um mês. Nesse período, a Faixa de Gaza contabilizou mais de 10 mil mortes e dezenas de milhares de feridos pelas operações do Exército de Israel. Desde que as autoridades de Tel Aviv intensificaram os ataques no enclave palestino, a crise humanitária tem se agravado em ritmo frenético. Hospitais e serviços essenciais entraram em colapso, cidadãos seguem lutando contra a escassez de recursos básicos como água potável, alimento, eletricidade e combustível. Escolas, mesquitas, abrigos e prédios residenciais são constantemente bombardeados.

“Diante de um genocídio ao vivo, é necessário que todos se manifestem. É uma forma da gente soltar o grito em defesa da paz do povo palestino”, concluiu a deputada Jandira.

*Opera Mundi

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Milhares de israelenses protestam contra Netanyahu, que vê sua popularidade despencar em meio ao conflito em Gaza

Manifestantes criticam ações insuficientes do governo na libertação dos reféns do Hamas, responsabilizando o premier pelas falhas de segurança que levaram ao ataque.

Nos nove meses que precederam a guerra entre Israel e o Hamas, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se viu diante de uma onda de protestos maciços contra seu controverso projeto de reforma do Judiciário, despertando uma inquietação popular jamais vista. Então veio o ataque do grupo terrorista ao território israelense em 7 de outubro, dando início ao conflito que já deixou mais de 10 mil mortos no total (sendo 1,4 mil em Israel), e o apoio a Netanyahu, sustentado pelo medo da população, parecia ter ganhado um fôlego momentâneo, segundo O Globo.

Após exatamente um mês desde a invasão, contudo, os 240 reféns sequestrados pelo Hamas continuam desaparecidos e os israelenses têm se sentido cada vez mais desprotegidos e insatisfeitos com seu governante, o qual muitos consideram culpado pela situação atual.

As evidências da grande perda de popularidade de Netanyahu — que sempre se declarou um defensor resoluto dos judeus — mostraram-se claras nos últimos dias. No sábado e no domingo, milhares de familiares e amigos dos raptados pelo Hamas tomaram as ruas de Tel Aviv para protestar contra ações do governo e os esforços insuficientes para garantir que seus entes queridos sejam libertados.

Os protestos se espalharam para cidades como Haifa, Beersheba e Eilat, chegando também a Jerusalém, onde centenas se manifestaram em frente à residência do premier, pedindo sua renúncia e o culpando diretamente pelo fracasso na segurança de Israel, permitindo que o ataque ocorresse.

— Queremos uma votação para nos livrar de Netanyahu. Espero que as manifestações continuem e cresçam — disse Netta Tzin, de 39 anos, à AFP.

Popularidade em queda
À frente do governo mais à direita na História de Israel, Netanyahu — que já enfrenta problemas jurídicos e políticos — terá uma tarefa difícil para se manter no poder ao final do conflito, apontam analistas.

Se sua popularidade já não era das melhores antes da guerra (mesmo entre eleitores do Likud, partido liderado por Netanyahu), agora 73% da população não o vê como a pessoa certa para governar Israel, mostrou a sondagem do Instituto de Pesquisa Lazar, publicada na sexta-feira.

Uma outra pesquisa, esta do Canal 13 de Israel, divulgada no sábado, revelou que 76% dos entrevistados acreditam que Netanyahu deveria renunciar, e 64% apoiam a realização de eleições imediatamente após a guerra.

— O apoio a Netanyahu e sua coalizão estava acabando mesmo antes de 7 de outubro e, desde o início da guerra, caiu ainda mais — disse o professor de Política, Toby Greene, da Universidade Bar-Ilan de Israel, à AFP. — Se uma eleição fosse celebrada agora, ele perderia feio.

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Para ser derrotado dentro de Gaza”, Israel perdeu a guerra de narrativa que espalhava ódio pelo planeta

Israel e seu terrorismo estatutário foi derrotado pela humanidade, mas arrota vitória e controle de Gaza para reduzir os efeitos de sua total desmoralização.

Israel tem um exército terrorista que dizem ser a quarta potência militar do planeta, mas foi reduzido a nada diante da reação mundial dos povos que pressionaram seus Estados contra o genocídio de crianças palestinas pelos monstros sionistas que querem dizimá-las.

Fragorosamente derrotado pela opinião pública mundial, o criminoso de guerra e corrupto Netanyahu, ronca grosso dizendo que dará uma trégua humanitária em Gaza, mas manterá o controle sobre os palestinos. Tudo jogo de cena. O tempo fechou para o assassino de inocentes. Sifu!

Biden que tomou um abraço de afogado de Netanyahu, sentiu o peso do encosto nas últimas pesquisas que dão a Trump vitória em estados decisivos. Isso fez os ventos mudarem de direção dentro de Israel e soprarem contra os sionistas.

A declaração da jornalista francesa que afirmou que a vida de uma criança israelense tem muito mais valor que uma palestina, segue a cartilha sionista que sonhava obter 100% de êxito em seu massacre a civis em Gaza.

Quem inventou o Estado de Israel foi a ONU que agora vendo a criatura monstruosa se voltar contra o criador resolveu agir numa união de forças de suas entidades contra quem quer lhe destruir. Por isso, Netanyahu, dormiu malvadão e acordou bonzinho.

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Israel bombardeia painéis solares na Faixa de Gaza, informa ONU

Painéis solares de edifícios na Faixa de Gaza, especialmente na cidade de Gaza, no Norte do enclave palestino, foram destruídos durante bombardeiros da força aérea israelense. A informação é do Escritório para Assuntos Humanitários da Organização das Nações Unidas (Ocha). Com a eletricidade totalmente cortada desde o dia 7 de outubro, os painéis solares são uma das únicas fontes de energia, uma vez que a entrada de combustível em Gaza é proibida por Israel.

“Vários painéis solares nos telhados de edifícios, particularmente na cidade de Gaza, foram destruídos nos últimos dias durante os bombardeamentos israelenses. As instalações afetadas incluem os hospitais Shifa e Nasser, vários poços de água e padarias. Isto eliminou uma das fontes de energia restantes, que não depende de combustível”, alertou a Ocha.

A falta de combustível encerrou atividades de diversos poços de captação de água, uma usina de dessalinização de água do mar e de padarias na Faixa de Gaza. A Ocha diz que há indícios de que nenhuma padaria funciona mais na parte norte do enclave e que no sul o acesso ao pão é um desafio.

“O único moinho em funcionamento em Gaza continua incapaz de moer trigo devido à falta de eletricidade e combustível. Onze padarias foram atingidas e destruídas desde 7 de outubro. Apenas uma das padarias contratadas pelo Programa Mundial de Alimentos, juntamente com outras oito padarias nas zonas Sul e Centro, fornece intermitentemente pão aos abrigos, dependendo da disponibilidade de farinha e combustível. As pessoas fazem longas filas em padarias, onde ficam expostas a ataques aéreos”, destacou Ocha.

O palestino naturalizado brasileiro Hasan Rabee, de 30 anos, contou nesta segunda-feira (6) que a farinha que eles têm deve durar mais dois dias. Ele está com a família em Khan Yunis, ao sul do enclave, aguardando autorização para deixar o local.

“O mais difícil para gente achar é farinha, farinha você não encontra. O saco de farinha, por exemplo, estava R$ 40 e hoje está R$ 150, R$ 200 e R$ 300 e você não acha. Muito complicado, muito sofrimento, cada dia pior que o outro”, lamentou.

Cessar-fogo
Nesse final de semana, os chefes de 18 agências da ONU apelaram para um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza para permitir a ajuda humanitária na região. Os representantes da ONU também pediram a libertação imediata de todos os reféns mantidos pelo Hamas.

“Mais ajuda – alimentos, água, medicamentos e, claro, combustível – deve entrar em Gaza com segurança, rapidez e à escala necessária, e deve chegar às pessoas necessitadas, especialmente mulheres e crianças, onde quer que estejam”, diz o comunicado.

*Agência Brasil

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Ativista palestina é detida na Cisjordânia sob acusação de incitar terrorismo

Mensagem de ódio que circulou nas redes sociais foi atribuída a Ahed Tamimi; mãe nega que ela seja autora da publicação.

JERUSALÉM | AFP – A palestina Ahed Tamimi, 22, conhecida ativista contra a ocupação israelense da Cisjordânia, foi detida em sua cidade natal de Nabi Saleh sob a acusação de incitar o terrorismo, anunciou o Exército de Israel nesta segunda-feira (6).

Questionada sobre o motivo da detenção, uma autoridade do serviço de segurança de Israel enviou à agência de notícias AFP uma publicação atribuída a Tamimi que circulou nas redes sociais. O texto, em árabe e em hebraico, pede o massacre de israelenses em “todas as cidades da Cisjordânia, Hebron e Jenin”. A mãe da ativista, Narimane Tamimi, nega, porém, que a filha tenha escrito ou divulgado a mensagem.

“Há dezenas de contas [nas redes sociais] com a foto de Ahed com as quais ela não tem vínculo. Quando Ahed tenta abrir uma conta, ela é bloqueada imediatamente”, disse à AFP Narimane. “Eles a acusam de ter publicado uma mensagem que incita a violência, mas Ahed não a escreveu.”

A AFP não conseguiu verificar se a conta usada para divulgar a mensagem de ódio pertence à Tamimi. Ela foi detida durante uma operação do Exército no norte da Cisjordânia que tinha como objetivo “capturar indivíduos suspeitos de participar em atividades terroristas e incitar o ódio”. As autoridades de segurança não informaram o paradeiro da ativista, limitando-se a dizer que ela seria interrogada.

Narimane afirmou ainda que seu marido, Bassem al Tamimi, foi detido em 20 de outubro, quando retornava de uma viagem. Desde então, a família não tem notícias dele.

Ahed Tamimi nasceu em 31 de janeiro de 2001. Ficou conhecida aos 14 anos após ser filmada mordendo um soldado israelense para impedir a detenção de seu irmão mais novo. Em dezembro de 2017, aos 16 anos, deu um tapa em um soldado de Israel no quintal de sua casa. Foi detida pelos militares e depois condenada a oito meses de prisão.

A ativista foi liberada em 29 de julho de 2018. Desde então, tornou-se um símbolo mundial da causa palestina e é considerada um exemplo de coragem diante da repressão israelense nos territórios ocupados. Um retrato dela foi pintado em um dos muros que separam os israelenses dos palestinos da Cisjordânia, situado perto de Belém.

 

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Bombardeios noturnos feitos por Israel matam 200 na Faixa de Gaza

Informações sobre mortos nos bombardeios noturnos feitos por Israel são do Ministério da Saúde palestino.

Mais de 200 pessoas morreram na Faixa de Gaza em bombardeios noturnos de Israel, de acordo com informações do Ministério da Saúde palestino, nesta segunda-feira (6/11). “Mais de 200 mártires no massacre noturno”, afirma o ministério.

“São massacres! Destruíram três casas sobre as cabeças dos seus habitantes, mulheres e crianças”, disse à AFP um morador, Mahmoud Mechmech, em Deir al-Balah, no centro de Gaza.

Os ataques aéreos ocorreram mesmo com os pedidos de cessar-fogo conjunto por parte das Agências da Organização das Nações Unidas (ONU), no último domingo (5/11). “Já se passaram 30 dias. Já é suficiente. Isto deve parar agora”, afirma a declaração.

A  declaração também revela que diversos trabalhadores que compõem as agências da ONU vieram a óbito e que, só da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (Unrwa), foram 88 profissionais mortos, segundo o Metrópoles.

“Toda uma população está sitiada e sob ataque, sem acesso aos bens essenciais para a sobrevivência, bombardeada nas suas casas, abrigos, hospitais e locais de culto. Isso é inaceitável. (…) Dezenas de trabalhadores humanitários foram mortos desde 7 de outubro, incluindo 88 colegas da Unrwa – o maior número de vítimas mortais das Nações Unidas alguma vez registado num único conflito”, completa a declaração das agências da ONU.