Categorias
Uncategorized

Bolsonaro acaba de legitimar oficialmente a invasão de milicianos de Guaidó a embaixada da Venezuela

Representante do Itamaraty, Maurício Correia, que acabou de chegar à embaixada da Venezuela, afirma que Brasil reconhece Guaidó como presidente e não Maduro. Governo Bolsonaro legitima a invasão. Qual é a ideia? Implodir o Brics a mando de Trump e dos EUA?

Vassalo dos Estados Unidos e Israel, Bolsonaro opera na Presidência da República como um lacaio a serviço da política mais espúria dos dois países, buscando isolar o Brasil e afrontar parceiros comerciais que vão custar muito às empresas e à população brasileira.

Não bastasse as denúncias que o aproximam do caso Marielle e da milícia carioca, Bolsonaro parece dobrar a aposta em um governo pirata que pretende caminhar fora da lei para produzir um confronto no Brasil de proporções perigosas.

Sua agressão pública a Mourão humilhando-o de forma inacreditável e sua guerra com ex-aliados do PSL, demonstram que Bolsonaro está sofrendo um surto de cólera, pois, além de apoiar o golpe na Bolívia ainda reconheceu a autoproclamada, senadora Jeanine Áñez, como presidente da Bolívia.

Categorias
Uncategorized

No governo Bolsonaro, Brasil já perdeu R$ 3,5 bilhões no comércio com EUA e Israel

Balança comercial brasileira em 2019 é negativa com países de fora do continente alinhados ao governo de Jair Bolsonaro.

Os dois países mais alinhados ao governo de Jair Bolsonaro e com maior influência no xadrez da geopolítica mundial deram prejuízo no comércio ao Brasil até agora em 2019.

De janeiro e agosto deste ano, a balança comercial brasileira teve saldo negativo de 352 milhões de dólares e de 519 milhões de dólares, respectivamente, com Estados Unidos e Israel. No total das transações com os dois, o Brasil perdeu 871 milhões de dólares (cerca de R$ 3,5 bilhões).

Com relação a países europeus com governos nacionalistas e de extrema-direita, como Itália, Hungria, Polônia e República Checa, a diferença entre exportações e importações também é desfavorável ao Brasil. Apenas os sul-americanos “amigos” contribuem positivamente.

O país que mais se beneficiou do comércio com o Brasil foi Israel, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, de quem Bolsonaro é aliado no Oriente Médio.

A diferença entre exportações e importações nos oito primeiros meses do ano foi de US$ 519 milhões negativos na balança brasileira. O “rombo” foi maior que o do mesmo período de 2018, quando o saldo foi de US$ 446 milhões negativos.

Em abril deste ano, o presidente esteve em Israel e, demonstrando seu apoio internacional ao país, visitou o Muro das Lamentações – um dos símbolos mais sagrados do judaísmo – ao lado de Netanyahu, algo inédito para um chefe de estado brasileiro, já que o local também é reivindicado pela Palestina.

Nesta terça-feira (17), ocorreram eleições legislativas em Israel. Até o momento, Netanyahu, do campo da extrema-direita, e seu adversário Benny Gantz, de centro-direita, estão empatados na apuração dos votos e nenhum dos dois teria capacidade para formar um novo governo.

Já os Estados Unidos, um dos principais aliados do governo brasileiro na geopolítica mundial, “lucrou” US$ 352 milhões com o Brasil até agosto. A balança comercial com os norte-americanos tem variado bastante nos últimos anos. Em 2018, nos oito primeiros meses, o valor das importações brasileiras superaram ainda mais as exportações, e o País perdeu US$ 839 milhões.

No ano anterior, em 2017, o saldo foi positivo para o Brasil: US$ 922 milhões. Já em 2015 e 2016, foram os americanos que receberam mais dólares: US$ 2,1 bilhões e US$ 543 milhões, respectivamente.

Após mais de uma década com uma política externa alinhada a países emergentes, como os do bloco BRICS (designação para se referir à Rússia, Índia, China, África do Sul, além do Brasil), o País voltou a se aproximar dos EUA com Bolsonaro no poder.

O presidente dos EUA, Donald Trump, já prometeu, por exemplo, o apoio à entrada do Brasil na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico). Em troca, o Brasil renunciaria ao status de nação em desenvolvimento na OMC (Organização Mundial do comércio)

Todos os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e foram verificados no portal Comex Stat, site oficial do órgão para estatísticas de comércio exterior do Brasil.

Europeus alinhados ao Brasil

Na Europa, os números também mostram perdas na balança comercial com Itália, Hungria e República Checa. Respectivamente, entre janeiro e agosto, o Brasil teve “prejuízo” de US$ 503 milhões, US$ 158 milhões e US$ 226 milhões.

A Polônia é a exceção. O país do leste europeu exportou mais do que importou do Brasil, que neste caso ficou com saldo positivo de US$ 146 milhões. Apesar disso, o valor foi menor que os US$ 171 milhões de 2018. O presidente da Polônia, Andrzej Duda, se reuniu com Bolsonaro em Brasília, em janeiro deste ano, e disse que o País compartilha os “mesmos valores” de seu governo.

Saldo positivo na América do Sul

Com os países vizinhos alinhados ao governo Bolsonaro, o Brasil tem uma balança comercial favorável. Colômbia, Paraguai e Chile renderam ao País, respectivamente, US$ 1,1 bilhão, US$ 721 milhões e US$ 1,3 bilhão.

Nos últimos anos, o Brasil têm sempre exportado mais que importado para os três. Porém, com relação a Paraguai e Chile, os valores foram maiores no mesmo período do ano passado. Enquanto o saldo positivo do primeiro caiu de US$ 1,2 bilhões para US$ 721 milhões, a do segundo foi de US$ 1,7 bi para US$ 1,3 bi.

A Colômbia foi a única que passou a exportar mais do que importar neste ano, beneficiando a balança comercial brasileira. Em 2018 o “lucro” brasileiro entre janeiro e agosto havia sido de US$ 603 milhões. O salto no período foi de US$ 480 milhões.

A Colômbia, governada por Iván Duque, tem sido uma das principais aliadas do governo de Bolsonaro na América do Sul, principalmente no que diz respeito à crise político-econômica na Venezuela. Nenhum dos dois países reconhecem o governo de Nicolás Maduro e consideram o líder da oposição Juan Guaidó como o presidente interino venezuelano.

 

Lucas Baldez/terra

Categorias
Uncategorized

Bolsonaro é abandonado também pelo Instituto Millenium, um dos principais articuladores do golpe contra Dilma

Uma das principais instituições articuladoras do golpe contra Dilma Rousseff em 2016, Instituto Millenium também abandonou o presidente Jair Bolsonaro. “Ninguém imaginou que pudesse haver tanto desgoverno em tão pouco tempo de governo”, afirmou o economista Sérvulo Dias, especialista da entidade, que tem entre seus membros o empresário Jorge Gerdau Johannpeter e o ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco. O instituto é a versão pós-moderna dos institutos empresariais-midiáticos que foram decisivos no golpe militar de 64.

“O início do governo Bolsonaro pegou de surpresa até mesmo os mais pessimistas”, afirmou Dias em análise publicada no site do Millenium. “O presidente sofre de uma falta de foco crônica e está demasiadamente aberto às influências dos grupos com os quais se relaciona: olavistas, militares e o círculo familiar, todos tentando exercer a sua dose de influência ao mesmo tempo”.

Segundo o economista, o Bolsonaro “tem um conhecimento muito raso sobre a realidade em que vivemos, sobre o macroambiente no qual estamos inseridos e sobre como nossa marcante desigualdade nos impede de alcançar um nível mínimo de coesão social que permita que cheguemos a um acordo coletivo sobre o formato e o alcance das reformas que tanto necessitamos”.

“Ao tentar agradar a todos, Bolsonaro não agrada a ninguém. Desmanda, desmente e desqualifica os homens que deveria blindar, apoiar e promover”, complementa. “Também não ajuda em nada a velocidade com a qual o presidente queima capital político com temas secundários e puramente ideológicos, parte de uma agenda exclusivamente sua”, diz. “Aos poucos Bolsonaro se materializa como um autocrata e populista de direita, tão radical quanto aqueles com os quais se aproxima ao redor do mundo, passando por Estados Unidos, Israel, Hungria, etc”.

Pesquisa da consultoria Atlas Político, divulgada pelo jornal El País, apontou que pela primeira vez a desaprovação do governo superou a aprovação (36,2% da população consideram o governo “ruim” ou “péssimo”, e 28,6%, “ótima” ou “bom”.

Vale ressaltar que até o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, que apoiaram o golpe contra Dilma, não participarão das manifestações a favor de Bolsonaro no próximo domingo, 26.

Agora o presidente perde mais um apoio de um instituto “símbolo” da direita. Em dezembro de 2012, por exemplo, a revista Carta Capital publicou uma capa intitulada “A velha cara da nova direita”, em que expõe a volta do Brasil do mesmo tipo de organização que fomentou o golpe militar de 1964. Utilizando os mesmos procedimentos de entidades que, na fachada, destinavam-se à produção de estudos e pesquisas sociais, essas organizações uniram-se ao oligopólio que controla os principais veículos de imprensa para derrubar o presidente democraticamente eleito João Goulart, e implantar a ditadura militar, um dos períodos mais obscuros da nossa história.

De acordo com a publicação, o que se chamou de Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (Ipes) e Instituto Brasileiro de Ação Democrática (Ibad), na derrubada de Goulart, atende pelo nome de Instituto Millenium, que funciona em São Paulo.

 

 

 

 

 

*Com informações do 247