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“Justiceiros”do Rio divulgam fotos com mãos manchadas de sangue e soco-inglês, após agressão a suspeitos de roubo

Fotos com as mãos manchadas de sangue e equipadas com soco-inglês foram postadas por integrantes dos chamados justiceiros, que foram às ruas para “caçar” ladrões em Copacabana. Eles usam o aplicativo WhatsApp e outras redes sociais para se comunicar e compartilhar as imagens, além de divulgar vídeos com as agressões.

Um dos casos ocorreu na terça-feira (5), quando um jovem foi espancado por mais de dez pessoas na Rua Djalma Ulrich, em Copacabana. Ele foi acusado de roubar um celular, mas negou o crime. “Me bateram muito”, disse ele à polícia. No mesmo dia, um vendedor de balas foi confundido com um ladrão e também foi agredido pelo grupo, diz o g1.

O secretário de Segurança do Rio, Victor Santos, condenou a atitude dos “justiceiros” e disse que eles também são criminosos. “Justiceiro é o berço da milícia. É exatamente isso, um grupo que se acha acima do bem e do mal, que se acha no direito de fazer justiça com as próprias mãos. E antes da milícia, nós tínhamos os grupos de extermínio. Praticam crimes com o objetivo de evitar crimes. Na verdade, são todos eles criminosos. O justiceiro é criminoso”, afirmou Santos, em entrevista à GloboNews.

A Polícia Civil informou que está analisando vídeos e imagens para identificar os envolvidos e esclarecer os fatos. Os delegados da 12ªDP (Copacabana) e 13ªDP (Ipanema) estão atuando nas investigações. Fazer “justiça com as próprias mãos” é crime previsto no artigo 345 do Código Penal Brasileiro.

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“Não somos justiceiros, mas defensores da Constituição”, Diz Marco Aurélio Mello, antecipando seu voto sobre a 2ª instância

Ministro declarou nesta segunda-feira 14 a respeito do debate sobre as prisões após condenação em segunda instância, que será julgado no dia 17 pela Corte e do qual é relator, que os integrantes do STF não são “justiceiros”, mas “defensores da Constituição”. O tema afeta diretamente os casos da Lava Jato e pode beneficiar o ex-presidente Lula.

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta segunda-feira 14 que os integrantes da Corte não são “justiceiros”, mas “defensores da Constituição”. A afirmação vem na esteira do julgamento pautado pelo tribunal para a próxima quinta-feira 17 a respeito das prisões após condenação em segunda instância, do qual é relator.

Ao todo, há três ações que discutem a questão da prisão depois de condenação em segunda instância e o ministro é relator de todas elas. Com a declaração, publicada em uma reportagem de Fausto Macedo, do Estado de S.Paulo, Marco Aurélio antecipa – e confirma – o posicionamento que dará sobre o tema.

“Já tardava a designação da data. Esses temas que a sociedade reclama definição não podem ficar para as calendas gregas. Já passou da hora de liquidar isso. Eu devolvi os processos (para julgamento) em dezembro de 2017. Se tivéssemos resolvido naquela época, não haveria tanta celeuma”, declarou.

O magistrado já havia pedido para que o debate fosse feito pelo plenário, mas os casos não haviam sido pautados até hoje pela ex-presidente do STF Cármen Lúcia e apenas agora pelo atual presidente, Dias Toffoli.

Para Marco Aurélio Mello, serão necessárias ao menos três sessões plenárias para concluir a discussão. O tema afeta diretamente os rumos da Lava Jato e pode beneficiar o ex-presidente Lula.

 

 

*Com informações do 247