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Os argumentos para a cassação da chapa Jair Bolsonaro-Mourão estão dados

Laranjal do PSL em Pernambuco volta a assombrar Bolsonaro e representa mais perigo que Queiroz e a gravação de condomínio.

O laranjal do PSL em Pernambuco volta a assombrar Jair Bolsonaro, de acordo com reportagem da Folha de S. Paulo deste domingo assinada por Camila Mattoso e Ranier Bragon.

Mariana Araujo, Érika Siqueira e Lourdes Paixão receberam R$ 781,6 mil em dinheiro público do fundo partidário mas não fizeram campanha em 2018.

Oficialmente, as duas primeiras foram candidatas do PSL a deputadas estaduais e Lourdes a deputada federal.

Através delas, o PSL fraudou a cota mínima de 30% de candidaturas femininas obrigatória por lei.

Em depoimento, as três candidatas disseram que compartilharam propaganda eleitoral com Jair Bolsonaro.

A Folha transcreveu trechos de depoimentos dados pelas candidatas à Polícia Federal:

Era estratégia do partido a distribuição de material de campanha dos candidatos proporcionais que contivessem a imagem do candidato a presidente. Lourdes Paixão.

Por dia, aproximadamente um contêiner de material gráfico chegava e saía do comitê, para ser distribuído em todo o estado, pois todos os candidatos do partido produziram material para Jair Bolsonaro. Mariana Nunes.

Seu material [o de Érika] estava sempre atrelado aos candidatos Luciano Bivar e Jair Bolsonaro. Érika Siqueira.

O problema destes depoimentos para Jair Bolsonaro é que eles podem desaguar na Justiça Eleitoral.

Os argumentos para a cassação da chapa Jair Bolsonaro-Hamilton Mourão estão dados.

Embora Bolsonaro tenha instalado o filho Eduardo na presidência do PSL, ele ainda não tem controle sobre partido.

Bolsonaro e um grupo de 23 parlamentares do PSL acionaram a Procuradoria Geral da República para afastar Luciano Bivar da presidência e suspender os repasses do fundo partidário.

O PSL terá R$ 110 milhões para financiar as campanhas das eleições municipais de 2020 — sem contar o fundo eleitoral.

Daí advém o perigo da denúncia das candidatas: elas foram escolhidas por Luciano Bivar.

Bolsonaro argumenta que nada sabia sobre o laranjal do PSL. Nem em Pernambuco, nem em Minas Gerais.

Um discurso contraditório, pois mantém no governo o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, formalmente denunciado por organizar o laranjal do PSL em Minas Gerais — ele presidia a seção mineira do partido durante a campanha de 2018.

Afastado da presidência do PSL e sem acesso ao fundo eleitoral, Bivar terá motivos para “se vingar” de Bolsonaro — ele e 19 parlamentares que correm o risco de serem suspensos por bolsonaristas.

 

 

*Com informações do Viomundo

 

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Casal Michelle e Bolsonaro é a metáfora perfeita do crime no poder

Por Jeferson Miola

“É a imagem de um país destroçado e comandado pela cultura e pela lógica do crime e dos esquemas milicianos”.

A reportagem da revista Veja com revelações espantosas sobre o histórico criminal da família da primeira-dama Michelle Bolsonaro é uma metáfora perfeita do crime no poder. É a imagem de um país destroçado e comandado pela cultura e pela lógica do crime e dos esquemas milicianos.

Não bastasse a coleção de casos escabrosos que seguem sem a devida apuração – sumiço do Queiroz, laranjal do PSL, Adélio Bispo, tráfico internacional de cocaína em avião presidencial, traficante de armas e assassino da Marielle vizinho de condomínio do Bolsonaro – o país é ainda aturdido com informações sobre os antecedentes criminais da família da primeira-dama.

Conhecendo-se os vínculos do Bolsonaro com o Escritório do Crime, com o submundo das milícias e com o porão do sistema, é impossível imaginar uma união matrimonial dele com alguém com atributos familiares diferentes dos da Michelle.

O submundo é o universo social e cultural do clã Bolsonaro; é o lugar onde ele estabelece os negócios, as relações sociais e as amizades íntimas. O submundo é sua fonte de vida.

Neste submundo, figuras como Fabrício Queiroz ocupam postos-chave em esquemas de corrupção e desvios; e figuras como o miliciano Adriano da Nóbrega são homenageadas pela trajetória de extermínio de pessoas.

Bolsonaro age como o chefão do crime no poder: remove o delegado da Receita Federal do Porto de Itaguaí em decisão que confere liberdade de ação para as milícias numa das principais áreas de tráfico de armas e drogas do Rio; substitui o Superintendente da Polícia Federal no Rio para impedir a investigação dos crimes do filho Flávio com o comparsa Queiroz; e coloca na chefia do Ministério Público um procurador comprometido em engavetar denúncias contra o clã e que, inclusive, já foi processado por falsificar assinatura de advogado em processo judicial.

em 1988 a mãe da primeira-dama Michelle Bolsonaro foi indiciada por falsidade ideológica. Maria das Graças Firmo Ferreira fraudou certidão de nascimento e obteve duplo CPF. Com a prescrição do crime depois de 5 anos, ela acabou não sendo presa;

A revista Veja revelou que em 1997 Maria Aparecida Firmo Ferreira, avó de Michelle, foi presa aos 55 anos e cumpriu 3 anos de reclusão em regime fechado por tráfico de substância derivada da cocaína, e, finalmente, que João Batista Firmo Ferreira, sargento aposentado da PM de Brasília e, segundo a reportagem, o tio preferido de Michele e um dos poucos familiares convidados para a posse de Bolsonaro em 1º de janeiro, está preso na Penitenciária da Papuda desde maio passado por integrar a milícia que atua na venda ilegal de lotes no Sol Nascente, região onde vive a família da Michele. Segundo a reportagem, o tio da Michelle atuava “como o braço armado da quadrilha, dando suporte ao negócio irregular através de ameaças e até eliminação de desafetos”.

A reportagem menciona, ainda, que Ibraim Firmo Ferreira, avô de Michelle, foi assassinado em 2015, porém não descreve circunstâncias e motivação do seu assassinato.

 

*Do 247

 

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E Frota floresce no laranjal do PSL: ex-motorista diz ter sido usado como laranja pelo deputado

E segue a novela “O Laranjal do PSL”. O protagonista agora é o deputado federal Alexandre Frota. A acusação foi feita por seu ex-motorista Marcello Ricardo Silva ao Ministério Público de São Paulo. O motorista afirmou que o deputado pediu pra ele assumir a titularidade de duas empresas dele, oferecendo em troca, compensações.

Marcello disse também que Frota o orientou a receber pagamentos de terceiros e que repassou o dinheiro para a esposa do deputado. É o que informa a reportagem foi publicada na Folha pelos jornalistas Ricardo Della Cota e Camila Mattoso.

O motorista trabalhou na campanha do parlamentar e foi pago pelos serviços prestados por empresários amigos de Frota. Os recursos não foram declarados à justiça eleitoral. Frota, defendeu-se, dizendo ser vítima de “práticas de ameaças e extorsão”.

“Enquanto eu recebi dinheiro na minha conta como caixa 2 na campanha, aí eu servi. As duas empresas dele que constam no meu nome, para isso eu servi, agora eu não presto mais?”