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Política

Ministério Público pede ao TCU afastamento de Bolsonaro e ministros

O subprocurador-geral do Ministério Público, Lucas Furtado, pediu hoje ao TCU (Tribunal de Contas da União) o afastamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de suas funções administrativas e hierárquicas pela “situação de caos vivida no país”. No documento, Furtado sugere que o vice-presidente Hamilton Mourão assuma temporariamente a Presidência.

Além do presidente Bolsonaro, o subprocurador também pede o afastamento temporário das “principais autoridades do governo federal com responsabilidade administrativa na situação presente”. Ele cita os ministros da Saúde, Fazenda, Casa Civil, além dos respectivos secretários executivos.

Segundo Furtado, o vice-presidente Mourão teria a responsabilidade de escolher novos ministros para o período.

“O momento presente, então, em que a desídia e a inércia das autoridades federais ameaçam o sacrifício do valor supremo para qualquer sociedade civilizada – a vida humana – põe o TCU diante da tarefa urgente de, superando eventuais acanhamentos e com a coragem que a tragédia ora vivida requer, reconhecer que cabe sua intervenção administrativa, que a população clama e requer, por todos e quaisquer meios que tiver a seu alcance, mesmo os mais extremos, para garantir a prestação mínima de serviços à população, ainda que a proteção ao erário não apareça em primeiro plano”.

No documento, Furtado cita o esgotamento de leitos nas UTIs das redes municipais, estaduais e federais e o “eminente colapso no fornecimento de oxigênio, insumo elementar no tratamento da doença”. Médicos e entidades estão em alerta para a falta de medicamentos para intubação em todo o país.

Ele acrescenta que as autoridades públicas, sobretudo do governo federal, poderiam ter agido a tempo de evitar a tragédia “que se avizinha”.

O município de Manaus viveu drama semelhante ao que agora se espalha por todo o país.

Trecho da representação do subprocurador Lucas Furtado.

“Mas o sofrimento dos seus habitantes não serviu nem sequer de exemplo para o governo central adotar medidas preparatórias para evitar que as mesmas dificuldades multiplicassem incontavelmente o número de vítimas por todo o Brasil”, escreveu Furtado.

Para o subprocurador, os esforços de estados e municípios não têm sido suficientes para conter a crise causada pela covid-19. Ele diz que a coordenação nacional é “necessária e primordial”, mas o governo federal age “em desencontro das orientações dos organismos internacionais de saúde”. Ele cita a ação de Bolsonaro no STF (Supremo Tribunal Federal) contra o Distrito Federal, Bahia e Rio Grande do Sul —o presidente quer suspender as medidas restritivas adotadas pelos estados.

Ainda segundo Furtado, a medida é cabível juridicamente e “corresponde aos anseios da população”. Pesquisa Datafolha divulgada nesta semana mostra que 48% dos brasileiros reprovam o trabalho de Bolsonaro na pandemia e 54% consideram a atuação do governo como ruim ou péssima.

“Caso o TCU considere que, mesmo diante da situação atual de flagrante e inédita calamidade pública, do desespero da população, da inércia e da omissão do governo federal, da responsabilidade administrativa inquestionável do presidente da república, não seria o caso de conceder os afastamentos e a intervenção ora requerida, proponho que o TCU adote medidas cabíveis de modo a provocar o Congresso Nacional e o e o Poder Judiciário para que, reconhecendo a gravidade da situação”.

Em sua argumentação, Furtado ainda ressalta que Bolsonaro tem evidente despreparo na questão da Saúde e “interfere abertamente no setor para ditar o que pode e deve ou não ser feito”.

As informações são do Uol

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Urgente!: Governo Bolsonaro bate cabeça e presidente do INSS é demitido

Bolsonaro decidiu demitir o presidente do INSS, Renato Vieira. Em seu lugar, assumirá Leonardo Rolim.

O anúncio será feito daqui a pouco em coletiva de imprensa.

Governo também “vai explicar” a edição de uma nova MP para poder contratar civis, de preferência servidores do INSS aposentados.

O subprocurador-geral junto ao TCU, Lucas Furtado, havia pedido a suspensão da contratação de militares.

Bolsonaro ainda tem coragem de falar em sabotagem no Enem. Seu governo sim é uma sabotagem no país, com as instituições, com o próprio Estado brasileiro, além de escancarar que não há governo, porque não estamos falando em erros a granel, é o desmonte do país em que o governo arrasa as estruturas do Estado e fragiliza todo o sistema e dá no que deu.

Agora está aí o governo de joelhos diante da inércia de um presidente e ministros que são a própria frouxidão governamental. Pra quê? Pra que tudo ocorra de forma a diminuir o Estado e sua natural precarização, seguindo as ordens do sistema financeiro, dos magos do hiperliberalismo que, sedentos por dar mais lucros aos rentistas, consultam banqueiros para apunhalar a sociedade, destruir os pilares civilizatórios do país, sem o menor remorso, para barganhar politicamente com a agiotagem.

Agora, que o INSS está mais enrascado que o Enem, Bolsonaro demite seu presidente, como se isso fosse solução da esculhambação desse governo em todas as pastas. Nada nessa geringonça funciona além do lucro de quem não produz nada e vive de renda.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Grave: MP pede investigação de gastos excessivos de Bolsonaro com cartões corporativos

O procurador Lucas Furtado pediu ao TCU a abertura de um processo para investigar o aumento dos gastos com cartões corporativos da presidência no governo Bolsonaro. Ele disse: “a gravidade da situação assoma em importância na medida em que tais gastos são classificados como sigilosos, o que não permite ao cidadão comum aferir a pertinência e a necessidade desses dispêndios.”

A reportagem do jornal O Globo destaca que o procurador se valeu de comentários do próprio Bolsonaro feitos no Twitter: “no domingo, o presidente alegou que as despesas aumentaram 24% em comparação ao ano passado porque os cartões também são usados para atender ao vice-presidente, cargo que não era ocupado por ninguém A gravidade da situação assoma em importância na medida em que tais gastos são classificados como sigilosos, o que não permite ao cidadão comum aferir a pertinência e a necessidade desses dispêndios em 2018.”

matéria complementa sublinhando a comparação que Bolsonaro não fez: “o procurador lembrou que Bolsonaro não explicou, porém, por que as faturas deste ano também são significativamente maiores do que as verificadas em 2017 (56%), 2016 (62%) e 2015 (26%), anos em que a cadeira de vice tinha dono.”

Em seu despacho, o procurador Lucas Furtado escreveu: “a gravidade da situação assoma em importância na medida em que tais gastos são classificados como sigilosos, o que não permite ao cidadão comum aferir a pertinência e a necessidade desses dispêndios. Deve sempre ter em mente que os gastos administrativos que padecem da falta de transparência são aqueles que, em tese, podem estar mais vulneráveis ao distanciamento de um necessário padrão ético de probidade, decoro e boa-fé, ou seja, estão mais suscetíveis a atentarem contra o princípio da moralidade”.

E o twitter não perdoa.

https://twitter.com/brpolitico/status/1185920052081647618?s=20

 

 

*Com informações do 247