Categorias
Lula presidente

Militares emitem sinais de pacificação nas relações com Lula

Em reunião nesta semana, o Alto Comando do Exército concluiu que uma possível saída antecipada dos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica prejudicaria ainda mais a relação dos militares com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que tomará posse em janeiro. A informação é do Blog do Noblat, no Metrópoles.

Essa questão se tornou pauta da reunião pelo fato do brigadeiro Baptista Júnior, comandante da Força Aérea Brasileira, ter dado a ideia de renunciar ao posto antes de Lula tomar posse para, dessa forma, mostrar seu desapreço pelo presidente que ganhou as eleições. Os comandantes do Exército e da Marinha emitiram sinais de que o acompanhariam no protesto.

O Alto Comando do Exército é formado por 16 generais. Sua decisão de não permitir que os comandantes saiam precocemente foi comunicada à Marinha e à Força Aérea Brasileira, de acordo com a Folha de S. Paulo. Ricardo Noblat escreve no seu blog que esse pode ser um sinal de que os militares querem pacificar suas relações com Lula.

José Múcio Monteiro Filho, ex-ministro de Lula e ex-presidente do Tribunal de Contas da União, é cotado pelo petista para ser o próximo ministro da Defesa.

*Com DCM

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

A irritação de militares de dentro e de fora do governo com o silêncio de Bolsonaro

Militares de dentro e de fora do governo Bolsonaro classificam como um “erro” a postura do presidente em manter seu silêncio, em especial nos eventos das Forças Armadas que participou nos últimos dias. A avaliação é que Bolsonaro deveria, ao menos, ter feito um cumprimento aos formandos na cerimônia da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), onde compareceu no último sábado (26), diz Bela Megale, O Globo.

Na quinta-feira, Bolsonaro participou de uma cerimônia de promoção de oficiais do Exército em Brasília, mas não discursou. Há ainda cerimônias de formatura da Aeronáutica e Marinha, marcadas para os dias 8 e 10 de dezembro, respectivamente. Bolsonaro compareceu em ambas nos anos anteriores de seu governo.

A avaliação de militares do Planalto é que, se for para permanecer quieto e não cumprimentar os militares pela formatura, ele não deveria ir.

Dois integrantes da ala militar do governo relataram à coluna que defendem que Bolsonaro vá às cerimônias, para que destaque o legado de seu governo para as Forças Armadas e sinalize que seguirá ativo politicamente, mas sem citar eleição e nem contestar seu resultado. A leitura deles é que, com o silêncio, o futuro político do presidente fica cada vez mais fragilizado.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Opinião

Os militares deveriam comemorar aliviados a derrota de Bolsonaro

Usados como instrumento político, com psicologia reacionária para criar um ambiente hostil à oposição ao seu governo, Bolsonaro utilizou as Forças Amadas como acessório político, de forma ornamental, para vender para a sociedade que seu governo era essencialmente militar.

Na verdade, o lembrete que está sempre sendo escrito na mídia é o que se sabe até aqui do seu governo em termos de crime, principalmente no que se refere  ao Ministério da Saúde, que produziu 700 mil vítimas da covid, como revelou a CPI do genocídio.

E não tem como esquecer que a proposta original de Bolsonaro, quando pôs Pazuello no comando da pasta da Saúde como o “craque da logística”, tinha perfeita noção de que inviabilizaria a compra das vacinas, fazendo com que Pazuello, ainda general da ativa, colecionasse uma abundante tempestade de críticas, fora uma série de acusações de corrupção feita pela CPI, envolvendo parte do quadro da Saúde.

O governo Bolsonaro, como mostrou hoje O Globo, foi capaz de produzir um aumento significativo da pobreza de crianças brasileiras, assim como uma legião de pobres que, segundo o IBGE, chega a 60 milhões de brasileiros.

O fato é que Bolsonaro, de forma meticulosa, alimentou o que ele já havia sugerido desde o princípio de seu governo, que suas ações eram compostas em parceria com os militares, e isso era expressamente tagarelado cada vez que o animal abria a boca.

Bolsonaro, como se sabe, depois da derrota, desapareceu das igrejas, não dá um pio sobre a seleção brasileira na copa do mundo e se comporta como um morto-vivo em cerimônias militares em que não dirige uma única palavra aos cadetes formados, numa inacreditável ausência presente, o que reforça que jamais Bolsonaro teve respeito pelas Forças Armadas, somente usou sua imagem como ex-militar para fazer progresso na vida pública como político.

Agora, derrotado, arrasado e a um mês de ser despejado do Palácio do Planalto, direto para um sebo ou coisa pior, Bolsonaro, que já se despediu para sempre da vida pública, está totalmente de costas para quem ele reverenciava como um poder da República.

Ou seja, aquele arruaceiro indisciplinado que, há 34 anos, ameaçou os quartéis com atos terroristas, custando-lhe a expulsão, mesmo que em forma de promoção, não mudou rigorosamente nada, ao contrário, o Bolsonaro presidente encontrou-se com o Bolsonaro tenente, que mereceu a pior desonra que um militar pode receber do comando do exército.

Por isso, os militares deveriam comemorar a derrota de Bolsonaro, do contrário, mais quatro anos de governo, não sobraria qualquer imagem positiva das Forças Armadas.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

Militares querem emplacar José Múcio e manter intromissão na política

Especialistas em assuntos militares alertam que a indicação de José Múcio Monteiro para o Ministério da Defesa seria uma opção do interesse do Alto Comando do Exército [ACE], mas não representaria a solução necessária para a governabilidade democrática.

Um desses especialistas explica, na condição de anonimato, que a especulação em torno a José Múcio não surgiu originalmente nas discussões na transição de governo, mas passou a circular após a rejeição ao nome de Aldo Rebelo para assumir a pasta da Defesa.

De acordo com esta fonte, o ex-deputado e ex-ministro Aldo Rebelo teria sido sugerido pelas cúpulas militares para o cargo por afinidades políticas e ideológicas.

Devido às reações contrárias à indicação dele, no entanto, o próprio Aldo, em sintonia com o Alto Comando, teria indicado José Múcio em seu lugar.

Não por acaso o general-vice presidente Hamilton Mourão disse que José Múcio “seria muito bem visto pelas Forças Armadas”.

A alternativa a Aldo parece ter sido estrategicamente concebida, pois o presidente Lula mantém uma relação de amizade e confiança política com José Múcio, o que poderia, em tese, facilitar sua nomeação para o cargo.

Na visão de outro profissional da área, além da indicação de um civil para comandar a Defesa, o governo eleito precisa escolher comandantes que assumam com total transparência o compromisso com a profissionalização e a despolitização das Forças Armadas.

“O mínimo que se espera é que sejam escolhidos comandantes comprometidos com a profissionalização das Forças Armadas, ou seja, aqueles que rechacem categoricamente a ambição inconstitucional dos militares como ‘poder Moderador’”, afirma.

O enfrentamento da questão militar é central para a estabilidade política e para a restauração da democracia. A condição de governabilidade do governo eleito dependerá, em grande medida, desta equação.

Se o governo eleito não fizer valer a Lei e a Constituição, as cúpulas militares continuarão interferindo na política e tutelando o poder civil. E, se isso continuar acontecendo, em questão de tempo eles concretizam o projeto de poder militar que acalentam.

Nos últimos dias as cúpulas militares intensificaram a pressão sobre o governo eleito.

O anúncio da data de troca de comandos antes mesmo de qualquer decisão do governo eleito, além de caracterizar um ato inaceitável de rebelião, prefigura o clima de animosidade que o governo Lula deve esperar.

O Alto Comando quer influenciar nas escolhas do ministro da Defesa e dos comandantes das três Forças para que tudo continue “como dantes no quartel-general em Abrantes”.

*Blog do Jeferson Miola

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com um Pix de qualquer valor
Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Lula presidente

Lula desarma golpismo bolsonarista sem embate com militares

Relatório da Defesa paga pedágio a Bolsonaro e encerra de forma melancólica relação tumultuada.

De acordo com a Folha, na sua primeira incursão a Brasília após ser eleito presidente pela terceira vez, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi cirúrgico. Prometeu normalidade institucional, abriu portas ao centrão e buscou desarmar o discurso golpista que subsiste em estradas e na frente de quartéis Brasil afora.

O temor do mundo político residia no uso que o bolsonarismo quer fazer do relatório do Ministério da Defesa acerca das urnas eletrônicas, que cumpriu o papel de deixar suspeitas no ar apesar de atestar que não houve fraude no pleito —um fim melancólico para a tumultuada reinserção dos militares na política sob Jair Bolsonaro (PL).

Não por acaso, o texto só foi divulgado depois que Lula concedeu sua entrevista coletiva, após reunião com o destinatário do papelório, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes.

O petista evitou dar oxigênio para o golpismo. Disse que “não há tempo para vingança”, para sacar na sequência sua primeira declaração acerca dos protestos. “Essas pessoas não têm o que contestar”, afirmou, completando de forma nada inocente que é necessária a investigação acerca do financiamento dos atos antidemocráticos.

Nenhuma palavra sobre o relatório ou acerca do papel complexo que estratos militares diversos, Defesa, serviço ativo e reserva, tiveram no relacionamento íntimo com o capitão reformado do Exército Bolsonaro.

Ponto para Lula, que teve interlocutores alertados nos últimos dias de que a caserna quer passar a régua no tema das urnas eletrônicas. Não se sabe ainda se isso é uma sinalização de armistício, mas ao focar nos manifestantes como entes isolados, o petista acenou.

Um integrante da cúpula militar dizia, na noite de quarta (9), que não havia alternativa e que Bolsonaro desejava algo ainda mais contundente, tentando assim pintar um quadro de cooperação fardada para evitar uma crise.

Se a versão lhe é conveniente, e é, ela também casa com a ideia de que alguma normalização está sendo buscada. A reação do TSE, “recebendo com satisfação” a peça, vai nesse sentido de fim de jogo.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Opinião

Militares no governo Bolsonaro provaram que são incompetentes na ditadura na democracia

Em política, vale o que está escrito pela história.

E o que a história nos conta sem rodeios e lero-lero retórico?

Que governo militar será sempre avaliado com a perspectiva de fracasso. Para isso serve a história. Nesse caso, as gestões militares no Brasil, são um fracasso, são terra fértil no ramo da gestão desastrosa.

Na verdade, toda essa pompa fardada de ordem e progresso que os militares sempre venderam, na prática, melhor dizendo, na batata, se comprovou o oposto.

21 anos depois da ditadura militar, em que se vendia o chamado “milagre econômico”, financiado com grana internacional, sobretudo do FMI, os militares deixaram um legado não só estrambótico, mas hecatômbico, seja no campo social, com a explosão do favelamento no país, em função de um desenvolvimento caolho, que só olhava para os ricos e, consequentemente manco para a nação, produzindo um fosso social que tinha o claro objetivo de promover uma limpeza étnica e de classe, seja no campo econômico em que a história conta sobre tragédia da hiperinflação.

Na economia, foram os militares que colocaram no bolso de Sarney a granada da hiperinflação em plena explosão.

Sim, foi uma espécie de bomba do Riocentro que já havia explodido no colo de Figueiredo, que abençoou o explosivo na hora de entregar o governo para Sarney.

O resto da história, nós sabemos, o país veio catando cavaco até a chegada de Lula no governo que, além de pagar a dívida com o FMI, produzir uma reserva internacional nunca vista no país, produzir o maior ganho real ao salário dos trabalhadores, transformar as classes C, D e E no 16º balcão de negócios do mundo, o Brasil se posicionou entre a 5ª e 6ª maior economia do planeta.

Esses são os fatos concretos, e o autor dessa façanha verde e amarela, é Lula. Daí o avassalador reconhecimento da sociedade brasileira e do mundo, sobressaindo-se diante de outros chefes de Estado.

Sim, se o governo Lula teve 87% de aprovação da população brasileira, o mesmo se transformou num símbolo de gestão exemplar, tanto que, conforme narrativa de Jamil Chade, correspondente internacional do Uol, foi recebido nesta terça-feira na ONU por todos com um cumprimento de parabéns, inclusive por porteiros pela volta de Lula, o que eles classificaram como a volta do Brasil como um dos grandes protagonistas do planeta.

Basta isso para dizer, sem o menor medo de errar, que, no estalar dos dedos, o Brasil, com a vitória de Lula, vai da água para o vinho, mas não é uma água qualquer, e de esgoto, do chorume da xepa militar da ditadura que poderia ser simbolizado, por exemplo, na gestão genocida de um general da ativa, Eduardo Pazuello à frente do ministério da Saúde, que provocou o maior morticínio por covid do mundo durante a sua macabra e corrupta gestão.

Sejamos francos, Pazuello é uma espécie de papel higiênico usado, mas de folha dupla. Não podemos esquecer a sua famosa frase, “Bolsonaro manda e eu obedeço”.

Bolsonaro é aquele que produziu um hálito tóxico dentro das Forças Armados, cujo bafo da onça estavam todas as bactérias de um odor terrorista. Daí que foi saído a pontapés do exército com a maior desonra que um soldado pode receber para não deixar que germes e bactérias contaminassem o resto da tropa.

O que aqui se deixa claro é que os Apolos fardados, seja na ditadura, seja na democracia, provaram, com uma eficácia de 100%, que são de uma incompetência bestial para governar o Brasil. Tomaram uma goleada de 7 x 0 quando se mantiveram no poder na base das baionetas, como tomaram outra goelada da realidade da mesma monta, quando enxertados no governo de Bolsonaro, produzindo esse resultado trágico que nem os bolsonaristas mais fanáticos conseguem defender.

Esta é a realidade. Qualquer outra firula verborrágica, sobretudo a patriótica, que beira a piada diante do caos instalado no país, não passa de um traque ou um arroto seco que não encontra eco mínimo nos quatro cantos do país.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

Alto escalão do exército e aeronáutica afirmam a petistas que tentativa de golpe por Bolsonaro não se sustentaria

Alto escalão do exército e aeronáutica afirmam a petistas que tentativa de golpe por Jair Bolsonaro não se sustentaria. Evangélicos sondam Lula e ensaiam conversas por meio de Geraldo Alckmin.

A campanha do ex-presidente Lula (PT) abriu diálogo com duas categorias da base bolsonarista no último mês: militares e evangélicos. De acordo com petistas, eles têm procurado pelo candidato à presidência para demonstrar neutralidade.

Militares do alto escalão do Exército e da Aeronáutica entraram em contato com a campanha para sinalizar que, mesmo votando e defendendo Jair Bolsonaro (PL), não aceitariam uma aventura golpista sob o comando do presidente da República.

Os generais e brigadeiros que procuraram por Lula ou aliados são, na maioria, antigos coronéis que conheceram o ex-presidente enquanto ele esteve no Palácio do Planalto e hoje ocupam cargos de comando militar.

Aliados do candidato afirmam que eles reconheceram que tiveram benefícios salariais com Bolsonaro e mais espaço no governo, mas negam que as vantagens paguem o preço do desgaste que geraria um eventual golpe de Estado.

Em contrapartida, aliados de Lula deixaram claro aos comandantes que não vai haver perseguição à categoria e nem “limpeza geral” dos militares dos cargos. Os oficiais receberão o mesmo tratamento dos civis, com critérios para troca dos cargos de confiança.

A campanha do PT também garantiu que a escolha de comandantes, em um eventual governo, vai ocorrer dentro das opções de oficiais disponibilizados pelas próprias Forças Armadas e preparados para o cargo.

Na última segunda-feira, o ex-presidente declarou durante um evento que “o Itamaraty será aquilo que o governo decidir que ele seja, assim como as Forças Armadas serão, como todas as instituições do Estado, aquilo que o governo quiser que seja”. Aliados de Lula admitiram que a fala foi desnecessária e um “escorregão”.

Os petistas se comprometeram a evitar ataques às instituições do Exército, Aeronáutica ou Marinha. Os militares pediram que eventuais críticas do PT sejam direcionadas a pessoas, como os ministros bolsonaristas, e não aos militares como um todo.

A cúpula do PT reconhece que, apesar do diálogo aberto, o ambiente segue tensionado. Mas a sinalização gera um respiro para a campanha petista.

Lideranças evangélicas

O ex-presidente Lula ainda foi sondado por lideranças da Assembleia de Deus Ministério Madureira, comandada pelo pastor Samuel Ferreira. A denominação evangélica é uma das maiores do país.

O deputado federal Cezinha de Madureira (PSD-SP), que integra a igreja, nega que a denominação tenha feito qualquer aceno à campanha de Lula. Ele afirma que a Assembleia de Deus Ministério Madureira está empenhada na campanha de reeleição de Bolsonaro.

O encontro entre os líderes e o candidato do PT não ocorreu, nem tem previsão de acontecer. Mas a procura pelo ex-presidente é uma sinalização de abertura para o diálogo e tentativa de apaziguar os ânimos.

O principal interlocutor de Lula com os evangélicos tem sido o ex-governador e candidato à vice na chapa presidencial, Geraldo Alckmin (PSB). O ex-tucano já realizou encontros com pastores ligados à esquerda, organizados pelo pastor Paulo Marcelo (Solidariedade), da Assembleia de Deus e antigo aliado do deputado federal Marco Feliciano (PL).

Paulo Marcelo tenta desde o início do ano aproximar lideranças evangélicas de Lula. Mas o desafio é ampliar os horizontes e captar ao menos a neutralidade de pastores de centro e centro-direita.

*Victória Abel/CBN

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197

Operação: 1288

Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

1,6 mil militares receberam mais de R$ 100 mil por mês em 2022

De janeiro a maio deste ano, 1.559 militares das três Forças Armadas tiveram pagamentos líquidos de mais de R$ 100 mil por mês. Juntos, os profissionais receberam R$ 262,5 milhões já depois dos descontos, como Imposto de Renda e contribuição para a Previdência dos militares.

De acordo com o Uol, lista dos beneficiados inclui oficiais que integraram o governo de Jair Bolsonaro (PL), como o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello – em março, o general teve rendimentos líquidos de R$ 305,4 mil, ao passar para a reserva remunerada do Exército. O ex-ministro da Saúde, porém, está longe do topo da lista dos maiores contracheques militares deste ano.

O número 1 do ranking é um coronel, lotado no Comando do Exército, chamado James Magalhães Sato, de 47 anos. Em abril deste ano, o pagamento líquido devido a ele foi de R$ R$ 603.398,92, valor correspondente a 38 anos dos rendimentos de um trabalhador que ganhe o salário mínimo atual, de R$ 1.212. O montante também é cerca de mil vezes maior do que o Auxílio Brasil, que terá valor médio de R$ 607 em agosto, segundo o governo.

No cadastro do Exército, Sato aparece como “militar da ativa”. A remuneração básica do coronel é R$ 22,4 mil, mas, em abril deste ano, os rendimentos foram aumentados por uma verba de R$ 733,8 mil recebida sob a rubrica de “outras remunerações eventuais”. O campo das “observações” informa que se trata do pagamento de “valores decorrentes de atrasos”, sem mais detalhes. A reportagem do Estadão tentou contato com o coronel, mas não houve resposta até a conclusão desta edição.

Nos últimos meses, alguns militares se aproximaram da cifra de R$ 1 milhão. Levantamento feito pela equipe do deputado Elias Vaz (PSB-GO) encontrou o caso de um militar da Aeronáutica cujos vencimentos brutos foram de R$ 818.902,09 em junho de 2021 – este é o montante antes dos descontos. Em novembro passado, os rendimentos brutos de outro aeronauta, que ocupou o posto de diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) chegou a R$ 719,7 mil. O caso de Pazuello também é mencionado no levantamento feito pelo deputado.

“É um tapa na cara do povo brasileiro, que está passando por uma das piores crises dos últimos tempos. Fica claro que há uma conduta do governo Bolsonaro que privilegia um grupo das Forças Armadas, já que esses benefícios não abrangem todos os militares nem chegam a outros servidores federais, como professores e enfermeiros”, diz Vaz.

Justificativa Em março, a remuneração básica bruta de R$ 32 mil de Pazuello foi acrescida de verbas indenizatórias que somam R$ 282,6 mil em março deste ano, resultando em vencimentos líquidos de R$ 305,4 mil. Novamente, a informação disponível nos dados abertos do Portal da Transparência é a de que seriam “valores decorrentes de atrasos”. Procurado, Pazuello disse apenas que “todos os valores recebidos foram pagos conforme a legislação vigente”.

O segundo maior vencimento líquido até o momento pertence a um major-brigadeiro da Aeronáutica, que atua desde fevereiro no Quarto Comando Aéreo Regional (IV Comar), em São Paulo. Em março deste ano, a rubrica “outras remunerações eventuais” no contracheque do militar teve o valor de R$ 376,8 mil, resultando em rendimentos líquidos de R$ 405,7 mil. A justificativa é a de que o militar está “em ajuste de contas” – ou seja, se preparando para deixar a ativa.

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica Agência: 0197

Operação: 1288

Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Justiça

MP aciona TCU para barrar salários de até R$ 1 milhão recebido por militares

Benefícios pagos pelo governo levaram oficiais e pensionistas a ganhar até R$ 1 milhão em um único mês, no auge da pandemia da covid-19.

Segundo o Terra, Ministério Público acionou o Tribunal de Contas da União (TCU) para barrar o pagamento de contracheques turbinados a militares ligados ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). Conforme o Estadão revelou, os benefícios chegaram a R$ 926 mil para o general Walter Braga Netto, candidato a vice na chapada de Bolsonaro, em dois meses em 2020, no auge da pandemia de covid-19. Só de férias, foram R$ 120 mil pagos ao general em um único mês.

Outros militares do governo tiveram a folha de pagamento turbinada naquele ano. Estão na lista o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos, e o ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque. Para Ministério Público junto ao TCU, os pagamentos afrontam princípios da administração pública, mesmo que estejam respaldados legalmente.

“Ainda que fosse possível argumentar, de alguma maneira insondável, a compatibilidade dos pagamentos feitos com o princípio da legalidade, os pagamentos em questão permaneceriam incabíveis dada a total insensatez do período em que foi realizado (pandemia em que a população brasileira sofreu elevadas perdas econômicas), sendo completamente contrário às boas práticas administrativas, ao princípio da eficiência e ao interesse público”, escreveu o procurador Lucas Furtado, autor da representação.

O TCU é responsável por fiscalizar a aplicação dos recursos da União. No caso dos militares, os benefícios pagos pelo governo levaram oficiais e pensionistas a ganhar até R$ 1 milhão na folha de pagamento em um único mês, conforme dados do Portal da Transparência. O deputado Elias Vaz (PSB-GO), autor do levantamento, protocolou um requerimento na Câmara, direcionado ao Ministério da Defesa, pedindo explicações sobre o que classifica como “supersalários” pagos aos militares.

Braga Netto tem um salário bruto mensal de R$ 31 mil como general da reserva do Exército, mas recebeu um montante de R$ 926 mil nos meses de março e junho de 2020 somados, sem abatimento do teto constitucional. Bento Albuquerque, almirante de esquadra reformado da Marinha, teve R$ 1 milhão em ganhos brutos nos meses de maio e junho somados, enquanto o salário habitual do ex-ministro é de R$ 35 mil por mês como militar. Luiz Eduardo Ramos, por sua vez, recebeu um montante de R$ 731,9 mil em julho, agosto e setembro de 2020, também somados, apesar de ganhar um salário de R$ 35 mil por mês em períodos “normais” como general.

Para o procurador, as remunerações representam “possível afronta aos princípios da moralidade e da economicidade”. O MP pede para o tribunal apurar os pagamentos e determinar ao comando do Exército “que se abstenha de realizar pagamentos em montantes exorbitantes até que o TCU conheça da matéria.”

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica Agência: 0197

Operação: 1288

Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

Militares querem usar boletim impresso de urna para apuração eleitoral paralela

Representantes das Forças Armadas já discutem como realizar uma contagem paralela de votos nas eleições deste ano – medida que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem cobrado desde abril. Em conversas reservadas, integrantes do Ministério da Defesa admitiram, pela primeira vez, que estão se preparando para a tarefa. O mais provável até agora é que uma contagem patrocinada pelos militares use os boletins impressos pelas urnas eletrônicas após o encerramento da votação.

Segundo o Estadão, além dos boletins de urna (BUs), outra alternativa avaliada para a contagem paralela seria ter acesso a dados retransmitidos pelos tribunais regionais ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os boletins de urna são registros do resultado de cada equipamento, impressos ao fim da votação. Indicam a quantidade de votos recebida por candidato e partido, nulos e brancos. Internamente, esses votos ficam registrados digitalmente na mídia das urnas, embaralhados para impedir a identificação do eleitor e criptografados.

Militares lotados no comando da Defesa, que têm acompanhado o processo de fiscalização das urnas junto ao TSE, afirmam que a decisão de realizar a totalização de votos por conta própria ainda não foi oficializada, tampouco comunicada ao TSE. Segundo um general, tudo depende de uma decisão política a ser transmitida pelo ministro da pasta, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. Comandante supremo das Forças Armadas, Bolsonaro insiste na contagem paralela pela Defesa.

O “acompanhamento da totalização”, como vem sendo chamado na Defesa, seria parte do plano de fiscalização dos militares, que montaram uma equipe própria para a tarefa, formada por dez oficiais da ativa do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. A Defesa afirma que age de forma técnica para contribuir com o aperfeiçoamento da segurança e transparência do sistema. Os argumentos costumam abastecer a campanha política de descrédito das eleições empreendida por Bolsonaro.

A proposta foi sintetizada pelo presidente, em 27 de abril, durante cerimônia oficial no Palácio do Planalto. Na ocasião, ele defendeu pela primeira vez em público que as Forças Armadas contassem os votos paralelamente à Justiça Eleitoral. Segundo o presidente, essa sugestão havia partido dos militares.

A soma de votos pelas Forças Armadas é uma missão não prevista na Constituição nem nas diretrizes de Defesa Nacional. A Corte Eleitoral tem a missão exclusiva de promover as eleições, apurar e proclamar o resultado. Bolsonaro chegou a sugerir que a apuração seja semelhante à da Mega Sena.

O TSE já desmentiu que a apuração seja terceirizada ou realizada numa “sala secreta”. Por recomendação da Polícia Federal, a totalização é feita na sede da Corte, usando um supercomputador fornecido por uma multinacional de tecnologia, instalado na sala-cofre do TSE e operado por funcionários especializados do Judiciário.

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica Agência: 0197

Operação: 1288

Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição