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Golpismo bolsonarista teve atuação de militares do início do governo ao ápice eleitoral

Integrantes das Forças Armadas atuaram para criar e manter suspeitas sobre sistema eleitoral.

Da busca por informações sem lastro utilizadas por Jair Bolsonaro (PL) para atacar o sistema eleitoral eletrônico em suas lives, passando pela atuação inédita na testagem das urnas nas eleições, até o relatório final e as subsequentes notas públicas que tentam manter acesa a suspeita infundada de fraude em bolsonaristas mais radicais.

Todas as investidas contra o sistema eleitoral no governo Bolsonaro têm ou tiveram alguma participação de integrantes da ativa ou reserva das Forças Armadas.

A constatação é possível ao analisar capítulo a capítulo da escalada de ataque às urnas patrocinada pelo presidente derrotado nas eleições deste ano.

Ministro da Defesa vai a missa com Bolsonaro e lê texto sobre exclusão de  'pederastas' - 06/09/2022 - Poder - Folha

Como mostrou a Folha, dados obtidos via Lei de Acesso à Informação com o próprio Ministério da Defesa e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) revelam que os militares só começaram a questionar o sistema eletrônico de votação sob Bolsonaro.

Foram 25 anos de silêncio e concordância com o modelo, que é exemplo no mundo todo, até o despertar para supostas fragilidades que culminaram em questionamentos ao TSE antes da eleição e, depois, no relatório e nas notas em que supostos técnicos das Forças dizem não descartar possibilidade de fraude.

O envolvimento dos militares nas investidas bolsonaristas se deu em dois momentos.

O primeiro deles com a participação de militares integrantes do governo.

Diante do fracasso dessa primeira etapa e da proximidade do período eleitoral —e também com a entrada de Bolsonaro e de seus aliados na mira na Justiça, em especial dos inquéritos relatados por Alexandre de Moraes—, as próprias Forças Armadas e o Ministério da Defesa passaram a atuar diretamente.

Os detalhes dessa atuação inicial dos militares com cargos na gestão federal só foram descobertos devido a investigação ordenada por Moraes para apurar a realização da live de 29 de julho de 2021 em que Bolsonaro fez o até então maior ataque sem provas ao sistema eletrônico de votação.

Naquele momento, Bolsonaro estava com popularidade baixa por causa da pandemia, pressionado pelas investigações de Moraes e com o prazo a estourar para explicar ao TSE quais eram as alegadas provas de suas acusações sobre fraude eleitoral.

Os depoimentos tomados pela Polícia Federal com os envolvidos na live mostram como, desde o primeiro ano de governo, ao menos dois generais do círculo mais próximo de Bolsonaro se valeram de suas posições para buscar informações contras as urnas.

Luiz Eduardo Ramos, atual ministro da Secretaria-Geral mas com passagem por Casa Civil e Secretaria de Governo, e Augusto Heleno, este por meio da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), agiram para golpear o sistema eleitoral, apontam os dados da PF.

Um dos maiores especialistas em urnas da PF, o perito Ivo Peixinho, que foi levado pelo ministro da Justiça, Anderson Torres, para uma reunião no Palácio do Planalto durante a busca por informações sobre possíveis fraudes, disse em depoimento que a Abin pediu dados sobre o tema ainda em 2019.

Segundo ele, sob o comando de Alexandre Ramagem, amigo da família Bolsonaro e chefiado por Heleno, a agência pediu “informações sobre ocorrências ou atividades envolvendo urnas eletrônicas nas eleições”.

Ramos, por sua vez, acionou ainda em 2019 o técnico em eletrônica Marcelo Abrileri, que dizia ter indícios de fraude na disputa de 2014 entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB).

Abrileri foi chamado a depor e contou ter sido procurado e participado de uma apresentação com integrante do alto escalão do governo sobre o tema numa primeira ocasião em 2019.

Após esse primeiro contato, ele afirmou ter sido novamente acionado pelo general Ramos, entre junho e julho de 2021, por meio de uma ligação que teve participação do próprio Bolsonaro.

Abrileri afirma também que, em seguida, outro militar, o coronel Eduardo Gomes da Silva, responsável por apresentar as suspeitas de fraudes na live, informou estar trabalhando com Ramos “na coletânea das informações” sobre as urnas.

Outro militar que participou da organização da live e, também, de outra realizada dias depois, em 4 de agosto de 2021, foi o coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro. Atualmente ele é investigado por Moraes, entre outros fatos, por transações suspeitas encontradas pela PF.

Após a PF expor o formato da organização da live e a falta de critério das informações utilizadas, o caso entrou na mira da investigação das milícias digitais e, sem conseguir ampliar as suspeitas de fraude, os militares do governo e Bolsonaro recuaram.

A partir desse momento, e já no ano eleitoral de 2022, as Forças Armadas, por meio do Ministério da Defesa, chefiado pelo general Paulo Sergio Nogueira, entraram no circuito para produzir os elementos necessários para os bolsonaristas continuarem com os ataques e a disseminação de desinformação.

Antes da eleição, os mais de 80 questionamentos enviados ao TSE e o debate sobre a participação das Forças numa auditoria paralela serviram para pavimentar o caminho até a produção do relatório sobre a segurança do pleito.

Nesse capítulo, a sequência de fatos mostra como a Defesa passou a fazer as vezes desempenhadas até então por Ramos, pela Abin de Heleno e por outros integrantes do governo.

No dia 9 de novembro, após a eleição, o relatório do Ministério da Defesa sobre o processo eleitoral foi divulgado sem apontar nenhuma fraude concreta ou prova de irregularidade. A falta de algo mais assertivo fez os bolsonaristas decepcionados com a derrota continuarem o discurso golpista e atacarem as Forças.

Diante do desgaste com os apoiadores do presidente, uma nota foi publicada pelo general Paulo Sergio Nogueira no dia seguinte, 10 de novembro. O texto tentava se explicar e dizia que o relatório “não excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022”.

Novamente com suas posições desprezadas pela Justiça Eleitoral e outras instituições, os militares se manifestaram de novo no dia 11. Dessa vez, um texto assinado pelo comando das três Forças, mandava recados, em especial a Moraes, e cobrava atuação do Legislativo para impedir interferência do Judiciário.

*Fábio Serapião/Folha

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Opinião

O problema dos militares não é Lula, mas o apoio irrestrito a uma figura nefasta como Bolsonaro

O que a história vai narrar sobre Bolsonaro é de um celerado que investiu pesadamente no vírus contra a população brasileira e, de várias formas, produziu percentualmente a maior quantidade de vítimas fatais por covid no mundo.

Esse tema não foi tão abordado durante a eleição, porque Bolsonaro no poder estampava nas redes, nos sites e na Jovem Pan uma série de falsas polêmicas para tirar esse genocídio do foco.

A ligação extra dos militares com o governo Bolsonaro cobrará uma fatura altíssima das Forças Armadas, mesmo que não sejam todos os militares que tenham aderido a uma cegueira bolsonarista de um personagem que, há 35 anos, foi escarrado dos quadros do exército, por ser considerado de altíssima periculosidade não só para as Forças Armas, mas também para o país.

Na verdade, esse assunto não é nem mencionado pelos militares, da ativa ou da reserva, porque não há o que contradizer ou atenuar a gravidade de um baderneiro terrorista, que mereceu do alto comando militar da época, a maior desonra que um soldado pode receber.

Assim, não há qualquer influência política na decisão do exército de tratar Bolsonaro como um delinquente, perigoso, um psicopata capaz de espalhar bombas dentro dos quartéis e dinamitar a estação do Guandu, no Rio de Janeiro.

Esse Bolsonaro, que pintou e bordou, no sentido mais psicopata que um cidadão pode protagonizar, hoje faz parte de um custo político que as Forças Armadas terão que amargar daqui por diante, sem qualquer necessidade de instalar uma comissão da verdade, tal a maneira escancarada com que Bolsonaro agiu contra a população sob o silêncio obsequioso dos militares.

O futuro aterrorizante para Bolsonaro, com a quebra de sigilo de 100 anos, mais os crimes de corrupção cometidos pela família, sobretudo os de formação de quadrilha e peculato, chamado de forma eufêmica de rachadinha, mesmo que o esquema tenha contado com criminosos comuns, como o miliciano, Fabrício Queiroz e toda a família de Adriano da Nóbrega, líder da milícia de Rio das Pedras e chefe do perigoso escritório do crime.

A coisa vai muito além de um esquema de fantasmas e laranjas, e isso tudo, depois do dia 31 de dezembro, começará a ser descortinado, porque nos quatro anos em que governou o país, Bolsonaro cometeu os maiores absurdos para abafar os escândalos que, sem dúvida, virão à tona.

Outros fatos, como a corrupção no ministério da Saúde na gestão Pazuello, a do ministério da Educação com os pastores lobistas, na gestão Milton Ribeiro, que frequentavam o gabinete do presidente da República de forma recorrente e o roubo de madeira no período Ricardo Salles e sua boiada no ministério do Meio Ambiente, já dão o final para Bolsonaro e seus filhos de uma história trágica que promete soterrá-los para sempre da vida pública.

Ou seja, as Forças Armadas não têm o que temer no futuro governo Lula, e sim no passado do governo Bolsonaro, já que milhares de militares foram parte de seu governo.

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Lula presidente

Militares emitem sinais de pacificação nas relações com Lula

Em reunião nesta semana, o Alto Comando do Exército concluiu que uma possível saída antecipada dos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica prejudicaria ainda mais a relação dos militares com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que tomará posse em janeiro. A informação é do Blog do Noblat, no Metrópoles.

Essa questão se tornou pauta da reunião pelo fato do brigadeiro Baptista Júnior, comandante da Força Aérea Brasileira, ter dado a ideia de renunciar ao posto antes de Lula tomar posse para, dessa forma, mostrar seu desapreço pelo presidente que ganhou as eleições. Os comandantes do Exército e da Marinha emitiram sinais de que o acompanhariam no protesto.

O Alto Comando do Exército é formado por 16 generais. Sua decisão de não permitir que os comandantes saiam precocemente foi comunicada à Marinha e à Força Aérea Brasileira, de acordo com a Folha de S. Paulo. Ricardo Noblat escreve no seu blog que esse pode ser um sinal de que os militares querem pacificar suas relações com Lula.

José Múcio Monteiro Filho, ex-ministro de Lula e ex-presidente do Tribunal de Contas da União, é cotado pelo petista para ser o próximo ministro da Defesa.

*Com DCM

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A irritação de militares de dentro e de fora do governo com o silêncio de Bolsonaro

Militares de dentro e de fora do governo Bolsonaro classificam como um “erro” a postura do presidente em manter seu silêncio, em especial nos eventos das Forças Armadas que participou nos últimos dias. A avaliação é que Bolsonaro deveria, ao menos, ter feito um cumprimento aos formandos na cerimônia da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), onde compareceu no último sábado (26), diz Bela Megale, O Globo.

Na quinta-feira, Bolsonaro participou de uma cerimônia de promoção de oficiais do Exército em Brasília, mas não discursou. Há ainda cerimônias de formatura da Aeronáutica e Marinha, marcadas para os dias 8 e 10 de dezembro, respectivamente. Bolsonaro compareceu em ambas nos anos anteriores de seu governo.

A avaliação de militares do Planalto é que, se for para permanecer quieto e não cumprimentar os militares pela formatura, ele não deveria ir.

Dois integrantes da ala militar do governo relataram à coluna que defendem que Bolsonaro vá às cerimônias, para que destaque o legado de seu governo para as Forças Armadas e sinalize que seguirá ativo politicamente, mas sem citar eleição e nem contestar seu resultado. A leitura deles é que, com o silêncio, o futuro político do presidente fica cada vez mais fragilizado.

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Opinião

Os militares deveriam comemorar aliviados a derrota de Bolsonaro

Usados como instrumento político, com psicologia reacionária para criar um ambiente hostil à oposição ao seu governo, Bolsonaro utilizou as Forças Amadas como acessório político, de forma ornamental, para vender para a sociedade que seu governo era essencialmente militar.

Na verdade, o lembrete que está sempre sendo escrito na mídia é o que se sabe até aqui do seu governo em termos de crime, principalmente no que se refere  ao Ministério da Saúde, que produziu 700 mil vítimas da covid, como revelou a CPI do genocídio.

E não tem como esquecer que a proposta original de Bolsonaro, quando pôs Pazuello no comando da pasta da Saúde como o “craque da logística”, tinha perfeita noção de que inviabilizaria a compra das vacinas, fazendo com que Pazuello, ainda general da ativa, colecionasse uma abundante tempestade de críticas, fora uma série de acusações de corrupção feita pela CPI, envolvendo parte do quadro da Saúde.

O governo Bolsonaro, como mostrou hoje O Globo, foi capaz de produzir um aumento significativo da pobreza de crianças brasileiras, assim como uma legião de pobres que, segundo o IBGE, chega a 60 milhões de brasileiros.

O fato é que Bolsonaro, de forma meticulosa, alimentou o que ele já havia sugerido desde o princípio de seu governo, que suas ações eram compostas em parceria com os militares, e isso era expressamente tagarelado cada vez que o animal abria a boca.

Bolsonaro, como se sabe, depois da derrota, desapareceu das igrejas, não dá um pio sobre a seleção brasileira na copa do mundo e se comporta como um morto-vivo em cerimônias militares em que não dirige uma única palavra aos cadetes formados, numa inacreditável ausência presente, o que reforça que jamais Bolsonaro teve respeito pelas Forças Armadas, somente usou sua imagem como ex-militar para fazer progresso na vida pública como político.

Agora, derrotado, arrasado e a um mês de ser despejado do Palácio do Planalto, direto para um sebo ou coisa pior, Bolsonaro, que já se despediu para sempre da vida pública, está totalmente de costas para quem ele reverenciava como um poder da República.

Ou seja, aquele arruaceiro indisciplinado que, há 34 anos, ameaçou os quartéis com atos terroristas, custando-lhe a expulsão, mesmo que em forma de promoção, não mudou rigorosamente nada, ao contrário, o Bolsonaro presidente encontrou-se com o Bolsonaro tenente, que mereceu a pior desonra que um militar pode receber do comando do exército.

Por isso, os militares deveriam comemorar a derrota de Bolsonaro, do contrário, mais quatro anos de governo, não sobraria qualquer imagem positiva das Forças Armadas.

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Militares querem emplacar José Múcio e manter intromissão na política

Especialistas em assuntos militares alertam que a indicação de José Múcio Monteiro para o Ministério da Defesa seria uma opção do interesse do Alto Comando do Exército [ACE], mas não representaria a solução necessária para a governabilidade democrática.

Um desses especialistas explica, na condição de anonimato, que a especulação em torno a José Múcio não surgiu originalmente nas discussões na transição de governo, mas passou a circular após a rejeição ao nome de Aldo Rebelo para assumir a pasta da Defesa.

De acordo com esta fonte, o ex-deputado e ex-ministro Aldo Rebelo teria sido sugerido pelas cúpulas militares para o cargo por afinidades políticas e ideológicas.

Devido às reações contrárias à indicação dele, no entanto, o próprio Aldo, em sintonia com o Alto Comando, teria indicado José Múcio em seu lugar.

Não por acaso o general-vice presidente Hamilton Mourão disse que José Múcio “seria muito bem visto pelas Forças Armadas”.

A alternativa a Aldo parece ter sido estrategicamente concebida, pois o presidente Lula mantém uma relação de amizade e confiança política com José Múcio, o que poderia, em tese, facilitar sua nomeação para o cargo.

Na visão de outro profissional da área, além da indicação de um civil para comandar a Defesa, o governo eleito precisa escolher comandantes que assumam com total transparência o compromisso com a profissionalização e a despolitização das Forças Armadas.

“O mínimo que se espera é que sejam escolhidos comandantes comprometidos com a profissionalização das Forças Armadas, ou seja, aqueles que rechacem categoricamente a ambição inconstitucional dos militares como ‘poder Moderador’”, afirma.

O enfrentamento da questão militar é central para a estabilidade política e para a restauração da democracia. A condição de governabilidade do governo eleito dependerá, em grande medida, desta equação.

Se o governo eleito não fizer valer a Lei e a Constituição, as cúpulas militares continuarão interferindo na política e tutelando o poder civil. E, se isso continuar acontecendo, em questão de tempo eles concretizam o projeto de poder militar que acalentam.

Nos últimos dias as cúpulas militares intensificaram a pressão sobre o governo eleito.

O anúncio da data de troca de comandos antes mesmo de qualquer decisão do governo eleito, além de caracterizar um ato inaceitável de rebelião, prefigura o clima de animosidade que o governo Lula deve esperar.

O Alto Comando quer influenciar nas escolhas do ministro da Defesa e dos comandantes das três Forças para que tudo continue “como dantes no quartel-general em Abrantes”.

*Blog do Jeferson Miola

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Lula presidente

Lula desarma golpismo bolsonarista sem embate com militares

Relatório da Defesa paga pedágio a Bolsonaro e encerra de forma melancólica relação tumultuada.

De acordo com a Folha, na sua primeira incursão a Brasília após ser eleito presidente pela terceira vez, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi cirúrgico. Prometeu normalidade institucional, abriu portas ao centrão e buscou desarmar o discurso golpista que subsiste em estradas e na frente de quartéis Brasil afora.

O temor do mundo político residia no uso que o bolsonarismo quer fazer do relatório do Ministério da Defesa acerca das urnas eletrônicas, que cumpriu o papel de deixar suspeitas no ar apesar de atestar que não houve fraude no pleito —um fim melancólico para a tumultuada reinserção dos militares na política sob Jair Bolsonaro (PL).

Não por acaso, o texto só foi divulgado depois que Lula concedeu sua entrevista coletiva, após reunião com o destinatário do papelório, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes.

O petista evitou dar oxigênio para o golpismo. Disse que “não há tempo para vingança”, para sacar na sequência sua primeira declaração acerca dos protestos. “Essas pessoas não têm o que contestar”, afirmou, completando de forma nada inocente que é necessária a investigação acerca do financiamento dos atos antidemocráticos.

Nenhuma palavra sobre o relatório ou acerca do papel complexo que estratos militares diversos, Defesa, serviço ativo e reserva, tiveram no relacionamento íntimo com o capitão reformado do Exército Bolsonaro.

Ponto para Lula, que teve interlocutores alertados nos últimos dias de que a caserna quer passar a régua no tema das urnas eletrônicas. Não se sabe ainda se isso é uma sinalização de armistício, mas ao focar nos manifestantes como entes isolados, o petista acenou.

Um integrante da cúpula militar dizia, na noite de quarta (9), que não havia alternativa e que Bolsonaro desejava algo ainda mais contundente, tentando assim pintar um quadro de cooperação fardada para evitar uma crise.

Se a versão lhe é conveniente, e é, ela também casa com a ideia de que alguma normalização está sendo buscada. A reação do TSE, “recebendo com satisfação” a peça, vai nesse sentido de fim de jogo.

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Opinião

Militares no governo Bolsonaro provaram que são incompetentes na ditadura na democracia

Em política, vale o que está escrito pela história.

E o que a história nos conta sem rodeios e lero-lero retórico?

Que governo militar será sempre avaliado com a perspectiva de fracasso. Para isso serve a história. Nesse caso, as gestões militares no Brasil, são um fracasso, são terra fértil no ramo da gestão desastrosa.

Na verdade, toda essa pompa fardada de ordem e progresso que os militares sempre venderam, na prática, melhor dizendo, na batata, se comprovou o oposto.

21 anos depois da ditadura militar, em que se vendia o chamado “milagre econômico”, financiado com grana internacional, sobretudo do FMI, os militares deixaram um legado não só estrambótico, mas hecatômbico, seja no campo social, com a explosão do favelamento no país, em função de um desenvolvimento caolho, que só olhava para os ricos e, consequentemente manco para a nação, produzindo um fosso social que tinha o claro objetivo de promover uma limpeza étnica e de classe, seja no campo econômico em que a história conta sobre tragédia da hiperinflação.

Na economia, foram os militares que colocaram no bolso de Sarney a granada da hiperinflação em plena explosão.

Sim, foi uma espécie de bomba do Riocentro que já havia explodido no colo de Figueiredo, que abençoou o explosivo na hora de entregar o governo para Sarney.

O resto da história, nós sabemos, o país veio catando cavaco até a chegada de Lula no governo que, além de pagar a dívida com o FMI, produzir uma reserva internacional nunca vista no país, produzir o maior ganho real ao salário dos trabalhadores, transformar as classes C, D e E no 16º balcão de negócios do mundo, o Brasil se posicionou entre a 5ª e 6ª maior economia do planeta.

Esses são os fatos concretos, e o autor dessa façanha verde e amarela, é Lula. Daí o avassalador reconhecimento da sociedade brasileira e do mundo, sobressaindo-se diante de outros chefes de Estado.

Sim, se o governo Lula teve 87% de aprovação da população brasileira, o mesmo se transformou num símbolo de gestão exemplar, tanto que, conforme narrativa de Jamil Chade, correspondente internacional do Uol, foi recebido nesta terça-feira na ONU por todos com um cumprimento de parabéns, inclusive por porteiros pela volta de Lula, o que eles classificaram como a volta do Brasil como um dos grandes protagonistas do planeta.

Basta isso para dizer, sem o menor medo de errar, que, no estalar dos dedos, o Brasil, com a vitória de Lula, vai da água para o vinho, mas não é uma água qualquer, e de esgoto, do chorume da xepa militar da ditadura que poderia ser simbolizado, por exemplo, na gestão genocida de um general da ativa, Eduardo Pazuello à frente do ministério da Saúde, que provocou o maior morticínio por covid do mundo durante a sua macabra e corrupta gestão.

Sejamos francos, Pazuello é uma espécie de papel higiênico usado, mas de folha dupla. Não podemos esquecer a sua famosa frase, “Bolsonaro manda e eu obedeço”.

Bolsonaro é aquele que produziu um hálito tóxico dentro das Forças Armados, cujo bafo da onça estavam todas as bactérias de um odor terrorista. Daí que foi saído a pontapés do exército com a maior desonra que um soldado pode receber para não deixar que germes e bactérias contaminassem o resto da tropa.

O que aqui se deixa claro é que os Apolos fardados, seja na ditadura, seja na democracia, provaram, com uma eficácia de 100%, que são de uma incompetência bestial para governar o Brasil. Tomaram uma goleada de 7 x 0 quando se mantiveram no poder na base das baionetas, como tomaram outra goelada da realidade da mesma monta, quando enxertados no governo de Bolsonaro, produzindo esse resultado trágico que nem os bolsonaristas mais fanáticos conseguem defender.

Esta é a realidade. Qualquer outra firula verborrágica, sobretudo a patriótica, que beira a piada diante do caos instalado no país, não passa de um traque ou um arroto seco que não encontra eco mínimo nos quatro cantos do país.

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Alto escalão do exército e aeronáutica afirmam a petistas que tentativa de golpe por Bolsonaro não se sustentaria

Alto escalão do exército e aeronáutica afirmam a petistas que tentativa de golpe por Jair Bolsonaro não se sustentaria. Evangélicos sondam Lula e ensaiam conversas por meio de Geraldo Alckmin.

A campanha do ex-presidente Lula (PT) abriu diálogo com duas categorias da base bolsonarista no último mês: militares e evangélicos. De acordo com petistas, eles têm procurado pelo candidato à presidência para demonstrar neutralidade.

Militares do alto escalão do Exército e da Aeronáutica entraram em contato com a campanha para sinalizar que, mesmo votando e defendendo Jair Bolsonaro (PL), não aceitariam uma aventura golpista sob o comando do presidente da República.

Os generais e brigadeiros que procuraram por Lula ou aliados são, na maioria, antigos coronéis que conheceram o ex-presidente enquanto ele esteve no Palácio do Planalto e hoje ocupam cargos de comando militar.

Aliados do candidato afirmam que eles reconheceram que tiveram benefícios salariais com Bolsonaro e mais espaço no governo, mas negam que as vantagens paguem o preço do desgaste que geraria um eventual golpe de Estado.

Em contrapartida, aliados de Lula deixaram claro aos comandantes que não vai haver perseguição à categoria e nem “limpeza geral” dos militares dos cargos. Os oficiais receberão o mesmo tratamento dos civis, com critérios para troca dos cargos de confiança.

A campanha do PT também garantiu que a escolha de comandantes, em um eventual governo, vai ocorrer dentro das opções de oficiais disponibilizados pelas próprias Forças Armadas e preparados para o cargo.

Na última segunda-feira, o ex-presidente declarou durante um evento que “o Itamaraty será aquilo que o governo decidir que ele seja, assim como as Forças Armadas serão, como todas as instituições do Estado, aquilo que o governo quiser que seja”. Aliados de Lula admitiram que a fala foi desnecessária e um “escorregão”.

Os petistas se comprometeram a evitar ataques às instituições do Exército, Aeronáutica ou Marinha. Os militares pediram que eventuais críticas do PT sejam direcionadas a pessoas, como os ministros bolsonaristas, e não aos militares como um todo.

A cúpula do PT reconhece que, apesar do diálogo aberto, o ambiente segue tensionado. Mas a sinalização gera um respiro para a campanha petista.

Lideranças evangélicas

O ex-presidente Lula ainda foi sondado por lideranças da Assembleia de Deus Ministério Madureira, comandada pelo pastor Samuel Ferreira. A denominação evangélica é uma das maiores do país.

O deputado federal Cezinha de Madureira (PSD-SP), que integra a igreja, nega que a denominação tenha feito qualquer aceno à campanha de Lula. Ele afirma que a Assembleia de Deus Ministério Madureira está empenhada na campanha de reeleição de Bolsonaro.

O encontro entre os líderes e o candidato do PT não ocorreu, nem tem previsão de acontecer. Mas a procura pelo ex-presidente é uma sinalização de abertura para o diálogo e tentativa de apaziguar os ânimos.

O principal interlocutor de Lula com os evangélicos tem sido o ex-governador e candidato à vice na chapa presidencial, Geraldo Alckmin (PSB). O ex-tucano já realizou encontros com pastores ligados à esquerda, organizados pelo pastor Paulo Marcelo (Solidariedade), da Assembleia de Deus e antigo aliado do deputado federal Marco Feliciano (PL).

Paulo Marcelo tenta desde o início do ano aproximar lideranças evangélicas de Lula. Mas o desafio é ampliar os horizontes e captar ao menos a neutralidade de pastores de centro e centro-direita.

*Victória Abel/CBN

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1,6 mil militares receberam mais de R$ 100 mil por mês em 2022

De janeiro a maio deste ano, 1.559 militares das três Forças Armadas tiveram pagamentos líquidos de mais de R$ 100 mil por mês. Juntos, os profissionais receberam R$ 262,5 milhões já depois dos descontos, como Imposto de Renda e contribuição para a Previdência dos militares.

De acordo com o Uol, lista dos beneficiados inclui oficiais que integraram o governo de Jair Bolsonaro (PL), como o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello – em março, o general teve rendimentos líquidos de R$ 305,4 mil, ao passar para a reserva remunerada do Exército. O ex-ministro da Saúde, porém, está longe do topo da lista dos maiores contracheques militares deste ano.

O número 1 do ranking é um coronel, lotado no Comando do Exército, chamado James Magalhães Sato, de 47 anos. Em abril deste ano, o pagamento líquido devido a ele foi de R$ R$ 603.398,92, valor correspondente a 38 anos dos rendimentos de um trabalhador que ganhe o salário mínimo atual, de R$ 1.212. O montante também é cerca de mil vezes maior do que o Auxílio Brasil, que terá valor médio de R$ 607 em agosto, segundo o governo.

No cadastro do Exército, Sato aparece como “militar da ativa”. A remuneração básica do coronel é R$ 22,4 mil, mas, em abril deste ano, os rendimentos foram aumentados por uma verba de R$ 733,8 mil recebida sob a rubrica de “outras remunerações eventuais”. O campo das “observações” informa que se trata do pagamento de “valores decorrentes de atrasos”, sem mais detalhes. A reportagem do Estadão tentou contato com o coronel, mas não houve resposta até a conclusão desta edição.

Nos últimos meses, alguns militares se aproximaram da cifra de R$ 1 milhão. Levantamento feito pela equipe do deputado Elias Vaz (PSB-GO) encontrou o caso de um militar da Aeronáutica cujos vencimentos brutos foram de R$ 818.902,09 em junho de 2021 – este é o montante antes dos descontos. Em novembro passado, os rendimentos brutos de outro aeronauta, que ocupou o posto de diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) chegou a R$ 719,7 mil. O caso de Pazuello também é mencionado no levantamento feito pelo deputado.

“É um tapa na cara do povo brasileiro, que está passando por uma das piores crises dos últimos tempos. Fica claro que há uma conduta do governo Bolsonaro que privilegia um grupo das Forças Armadas, já que esses benefícios não abrangem todos os militares nem chegam a outros servidores federais, como professores e enfermeiros”, diz Vaz.

Justificativa Em março, a remuneração básica bruta de R$ 32 mil de Pazuello foi acrescida de verbas indenizatórias que somam R$ 282,6 mil em março deste ano, resultando em vencimentos líquidos de R$ 305,4 mil. Novamente, a informação disponível nos dados abertos do Portal da Transparência é a de que seriam “valores decorrentes de atrasos”. Procurado, Pazuello disse apenas que “todos os valores recebidos foram pagos conforme a legislação vigente”.

O segundo maior vencimento líquido até o momento pertence a um major-brigadeiro da Aeronáutica, que atua desde fevereiro no Quarto Comando Aéreo Regional (IV Comar), em São Paulo. Em março deste ano, a rubrica “outras remunerações eventuais” no contracheque do militar teve o valor de R$ 376,8 mil, resultando em rendimentos líquidos de R$ 405,7 mil. A justificativa é a de que o militar está “em ajuste de contas” – ou seja, se preparando para deixar a ativa.

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