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Saúde

Nova variante da covid-19, oriunda da Ômicron, é descoberta na China

Uma nova variante oriunda da Ômicron foi descoberta pelo sequenciamento do gene do coronavírus de um caso leve confirmado na cidade chinesa de Suzhou, informou o Global Times. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da cidade, a maioria dos casos é importada de outras províncias e cidades.

O órgão disse que a cidade de Suzhou realizou imediatamente investigações epidemiológicas e sequenciamento genético para cada caso.

Grã-Bretanha

Calcula-se que uma em cada 13 pessoas está infectada pelo coronavírus na última semana na Grã-Bretanha, após os dados mais recentes do British Office of Statistics. Estima-se que cerca de 4,9 milhões de pessoas contraíram Covid-19 na semana que terminou em 26 de março, acima dos 4,3 milhões da semana anterior, informou o Escritório Nacional de Estatística na sexta-feira. O último pico, segundo noticiou a Associated Press, é alimentado pela BA.2, uma ramificação da variante Ômicron.

As taxas de hospitalização e mortalidade voltaram a subir, embora o número de mortes causadas pelo coronavírus seja relativamente baixo em comparação com os dados do início do ano. No entanto, os números mais recentes indicam que o aumento significativo de infecções que começou no final de fevereiro – quando o primeiro-ministro Boris Johnson suspendeu todas as restrições na Inglaterra – continuou em março também.

Alemanha

Na Alemanha, uma fraude foi descoberta. Um homem de 60 anos parece ter sido vacinado várias vezes contra a Covid-19 para obter registros de vacinação e vendê-los a pessoas que se recusaram a ser vacinadas, disseram as autoridades em notícia veiculada pela Associated Press.

A polícia alemã realizou recentemente inúmeras operações contra a falsificação de registros de vacinação. Os casos diários na Alemanha vêm aumentando há várias semanas, mas muitas restrições foram suspensas na sexta-feira. Especialistas dizem que a última onda de infecções na Alemanha se deve à subvariante da Ômicron BA.2 e que já parece ter atingido seu pico.

No domingo, a agência de controle de doenças da Alemanha registrou 74.053 novos casos. Menos de uma semana atrás, a alta era de 11.224 novos casos por dia.

*Com Correio Braziliense

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Ômicron e atraso na vacinação levam hospitais pediátricos ao colapso

Nas últimas semanas, municípios de ao menos sete estados enfrentaram superlotação em leitos de UTI de Covid destinados a esse público.

Cidades brasileiras têm sofrido com os efeitos do avanço da variante Ômicron da Covid-19, doença causada pelo coronavírus, e da demora na vacinação de crianças: hospitais pediátricos funcionando em colapso, informa o Metrópoles.

Municípios de Mato Grosso do Sul, Bahia, Piauí e Minas Gerais enfrentam o problema atualmente. Nas últimas duas semanas, Goiás, Ceará e São Paulo relataram lotação.

Com o aumento de adoecimentos pela enfermidade, unidades de terapia intensiva (UTIs) destinadas ao público infantil operam com ocupação que chega a 100%.

Para a comunidade médico-científica, esse panorama é resultado da alta capacidade de contaminação da variante Ômicron e da vulnerabilidade das crianças por não terem sido imunizadas. A campanha para este público começou tardiamente há cerca de 15 dias.

Municípios de Mato Grosso do Sul, Bahia, Piauí e Minas Gerais enfrentam o problema atualmente. Nas últimas duas semanas, Goiás, Ceará e São Paulo relataram lotação.

Para a comunidade médico-científica, esse panorama é resultado da alta capacidade de contaminação da variante Ômicron e da vulnerabilidade das crianças por não terem sido imunizadas. A campanha para este público começou tardiamente há cerca de 15 dias.

Em Mato Grosso do Sul, o número de crianças em leitos de terapia intensiva ultrapassou em 60% a capacidade hospitalar, segundo boletim da Secretaria Estadual de Saúde.

São cinco leitos pediátricos existentes dedicados à doença, sendo que há dois pacientes com casos confirmados e seis com suspeita. Logo, há mais pacientes infantis do que a capacidade de atendimento instalada.

Em Salvador, a situação também é crítica. A ocupação desses leitos na capital baiana tem variado entre 95% e 100% nos últimos dias.

No estado, a taxa de ocupação das UTIs infantis era de de 93% na quarta-feira (26/1). A Bahia tem 27 dos 29 leitos preenchidos por pacientes. No Distrito Federal, o índice era semelhante: 94% de ocupação.
Abertura de leitos

As internações têm se avolumado tanto que Executivos locais estão reabrindo leitos na tentativa de desafogar o sistema.

Um dos exemplos ocorre no Piauí. Lá, o governo decidiu abrir 87 leitos de Covid-19.Uma das unidades médicas beneficiadas é um hospital infantil.

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Onda Ômicron: Em 24 horas, Brasil registra 204 mil casos de covid-19 e bate recorde da pandemia

Depois de registrar o segundo maior número de casos diários desde o início da pandemia na última terça-feira (18/1), o Brasil bateu o recorde: 204.854 casos de covid-19 em 24 horas, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Ministério da Saúde, divulgados às 18h (horário de Brasília). Foram registrados também 338 óbitos em decorrência da doença, informa o CB.

Até então, o recorde de casos de covid-19 havia sido registrado em 18 de setembro de 2021, com 150 mil diagnósticos. Desde então, a onda de infecções diminui, mas voltou a subir nas últimas semanas, após as festas de final de ano e o avanço do ômicron. Ainda segundo o levantamento, a média móvel de casos chegou a 99.974 infectados por dia. Já a média de mortes diárias subiu para 212.

Os números desta quarta não contaram com os dados do Rio de Janeiro, pois o estado apresentou problemas técnicos no acesso à base de dados de sistema e-SUS Notifica.

Segundo o Conass, a taxa de letalidade do novo coronavírus no Brasil é de 2,7%, e a taxa de mortalidade por cada 100 mil habitantes é de 295,9.

O Brasil contabiliza, desde o início da pandemia, 621.855 óbitos e 23.416.748 casos de covid-19. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 21,77 mil de pessoas se recuperaram da doença no país.

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Saúde

Ômicron: quais são os sintomas da nova variante comparados aos das anteriores

A variante ômicron está se espalhando rapidamente pelo mundo — e estudos sugerem que é a mais contagiosa até agora.

A variante ômicron está se espalhando rapidamente pelo mundo — e estudos sugerem que é a mais contagiosa até agora.

No entanto, diferente de outras variantes, que atingiram a população quando as taxas de vacinação eram menores, agora o índice de hospitalizações e de óbitos tem se mostrado menor – e, em alguns casos, sintomas mais leves têm se mostrado semelhantes a resfriado ou gripe.

Apesar disso, a rapidez com que a ômicron é transmitida continua a sobrecarregar os sistemas de saúde — e ela segue sendo uma ameaça para não vacinados e pacientes de risco. A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou, na semana passada, que a ômicron não deve ser descrita como branda, já que está matando pessoas em todo o mundo.

Mas como posso saber se tenho covid-19 ou outra doença respiratória leve?

Sintomas da ômicron

“Achamos que a ômicron é muito mais semelhante às variantes leves que temos visto em pessoas vacinadas, como a delta principalmente”, diz à BBC o professor Tim Spector, epidemiologista da Universidade King’s College London, que dirige o estudo Zoe Covid, que analisa a disseminação e os sintomas da doença no Reino Unido.

O estudo Zoe Covid vem coletando dados de milhares de pessoas infectadas que registram seus sintomas em um aplicativo. Assim, os pesquisadores conseguem analisar os sintomas relacionados à variante delta e à ômicron.

Até agora, os cinco sintomas mais comuns são:

– Secreção nasal;

– Dor de cabeça;

– Fadiga (leve ou grave);

– Espirro;

– Dor de garganta.

Fonte: Estudo Zoe Covid, King’s College London

Parte destes sintomas mais brandos se devem sobretudo ao grande número de pessoas vacinadas ou com imunidade adquirida.

É muito cedo para saber como a ômicron afetará os não vacinados e as pessoas com um sistema imunológico mais fragilizado.

O epidemiologista do King’s College observa que, como muitos dos sintomas relacionados agora à variante ômicron são semelhantes aos do resfriado, isso pode levar as pessoas a “talvez não reconhecerem a infecção como covid”.

Ou seja, em regiões onde a ômicron está se espalhando rapidamente, é muito provável que alguém com sintomas de resfriado tenha covid, como está acontecendo em Londres, uma das cidades com maior incidência de ômicron.

Se você suspeitar que está com covid, o mais importante é fazer o teste o quanto antes. Mesmo quem está com sintomas leves ou assintomático pode colocar outras pessoas em risco.

Variantes anteriores do coronavírus apresentavam sintomas como febre, tosse, perda de paladar e de olfato. Mas, segundo Spector, a maioria das pessoas que está reportando novas infecções agora não apresenta estes “sintomas clássicos” de covid.

Alerta para os sintomas

Mesmo que, para alguns, a covid possa parecer “um resfriado forte”, com sintomas como dor de cabeça, dor de garganta e secreção nasal, o serviço público de saúde britânico (NHS, na sigla em inglês) indica que devemos continuar atentos aos sintomas clássicos da covid:

– Tosse contínua e súbita;

– Febre ou temperatura alta;

– Perda ou alteração no olfato e paladar.
A febre é um sintoma claro de covid?

Uma temperatura a partir de 37,8°C é considerada alta.

A febre pode ocorrer quando o corpo está combatendo uma infecção, não apenas o coronavírus.

É melhor usar um termômetro. Mas se você não tiver um, verifique se está quente ao tocar seu peito ou costas.

Covid-19: Medir a temperatura nos espaços públicos? «É inútil», defende  Fauci – Executive Digest

É improvável que um resfriado comum cause febre. Por isso, em caso de febre, é recomendável fazer um teste para descartar que você tenha coronavírus.

Como devemos encarar a tosse?

Se você estiver gripado ou resfriado, provavelmente terá tosse e outros sintomas.

A gripe costuma aparecer de repente, e os pacientes muitas vezes sentem dores musculares, calafrios, dores de cabeça, cansaço, dor de garganta, secreção ou congestão nasal, junto com tosse. Parece pior do que um resfriado forte.

Já os resfriados tendem a se desenvolver mais gradualmente e são menos graves, embora nos façam sentir mal.

Junto com a tosse, pode haver espirros, dor de garganta e secreção nasal. Sintomas como febre, calafrios, dores de cabeça e musculares são pouco frequentes.

A tosse decorrente do coronavírus implica em tossir muito por mais de uma hora, ou ter três ou mais ataques ou “episódios” de tosse em 24 horas.

Se você desenvolver uma tosse nova e contínua, deve fazer o teste de covid.

O que significa perder o paladar ou olfato?

Estes são os principais sintomas do coronavírus e significam que você deve fazer o teste.

Pessoa com luva segura frasco em que se lê ômicron

E se meu nariz estiver escorrendo ou entupido?

Não é um dos principais sintomas do coronavírus, mas várias pesquisas sugerem que pessoas que testaram positivo apresentaram estes sintomas.

As diretrizes sanitárias dos Estados Unidos, por exemplo, incluem todos estes sintomas como possíveis em caso de infecção por coronavírus:

– Febre ou calafrios;

– Tosse;

– Falta de ar ou dificuldade para respirar;

– Fadiga;

– Dores musculares ou no corpo;

– Dor de cabeça;

– Perda de olfato ou paladar;

– Dor de garganta;

– Secreção ou congestão nasal;

– Náusea ou vômito;

– Diarreia.

Os dados da África do Sul indicam que algumas pessoas relataram problemas digestivos como um possível sintoma de ômicron.

Casos graves

Após 21 dias, São Paulo volta a ter ocupação de leitos de UTI abaixo de 90%  - Folha PE

Dados preliminares e estudos sobre a ômicron sugerem que esta variante tem se mostrado menos severa que as anteriores. Isso se deve em parte às mutações do vírus, mas acima de tudo à proteção das vacinas e da imunidade natural.

No entanto, a velocidade sem precedentes com que a ômicron é transmitida continua sendo um desafio — e muita gente, sobretudo pacientes com certas doenças prévias, continuam correndo risco.

As pessoas infectadas com coronavírus podem apresentar uma ampla variedade de sintomas, que variam de leves a graves. Algumas ficarão assintomáticas, mas ainda assim podem ser infecciosas.

Os sintomas podem aparecer até duas semanas após a exposição ao vírus, mas geralmente isso acontece por volta do quinto dia. Leia aqui sobre quando uma pessoa com ômicron deixa de ser contagiosa, com ou sem sintomas.

Dificuldades respiratórias podem ser um sinal de uma infecção mais grave.

*Publicada no Correio Braziliense

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Saúde

Cannabis pode impedir que humanos tenham covid-19, diz estudo

De acordo com pesquisadores da Universidade Estadual de Oregon, há um par de ácidos canabinóides que pode se ligar à proteína spike do SARS-CoV-2 e bloquear a entrada dele nas células, informa o Correio Braziliense.

Um estudo publicado nesta quarta-feira (12/1) no periódico científico Journal of Natural Products pode ser um grande passo na busca por um antiviral contra o novo coronavírus. É que pesquisadores da Universidade Estadual de Oregon, nos Estados Unidos, encontraram um par de ácidos canabinóides capaz de se ligar à proteína spike e impedir que o SARS-CoV-2 infecte células humanas.

Essa proteína é a principal porta de entrada do vírus nas células e, também, uma das maiores ameaças em variantes mais recentes, como a Ômicron, por exemplo. Assim, um medicamento que conseguisse se ligar a ela seria de grande ajuda para o sistema imune do hospedeiro e impedir que ele desenvolva a covid-19. Essa é uma estratégia-chave na ciência farmacêutica para combater diversos tipos de vírus. Com relação ao novo coronavírus, é a mesma abordagem das atuais vacinas e das terapias de anticorpos, ainda em desenvolvimento.

“Qualquer parte do ciclo de infecção e replicação é um alvo potencial para intervenção antiviral, e a conexão do domínio de ligação do receptor da proteína spike ao receptor ACE2 da superfície da célula humana é um passo crítico nesse ciclo”, explicou Richard van Breemen, pesquisador do Centro Global de Inovação em Cânhamo do Estado de Oregon, Faculdade de Farmácia e Instituto Linus Pauling.

A vantagem desses compostos é que eles apresentam poucos riscos e são facilmente encontrados na planta conhecida como cânhamo e em muitos de seus extratos. Compostos de cânhamo já estão presentes em produtos industriais cosméticos, loções corporais, suplementos dietéticos, além do uso na produção de ração animal e de alimentos.

“Não são substâncias controladas como o THC, o ingrediente psicoativo da maconha, e têm um bom perfil de segurança em humanos. E nossa pesquisa mostrou que os compostos de cânhamo foram igualmente eficazes contra variantes do SARS-CoV-2, incluindo a variante B.1.1.7, que foi detectada pela primeira vez no Reino Unido, e a variante B.1.351, detectada pela primeira vez na África do Sul”, explicou van Breemen em entrevista ao site especializado EurekaArlet.

Assim, a produção e administração de um possível medicamento teria poucas barreiras pela frente. “Esses compostos podem ser tomados por via oral e têm uma longa história de uso seguro em humanos”, disse van Breemen. Ele também detalhou como funciona o par de ácidos encontrado. “Eles têm o potencial de prevenir e tratar a infecção por SARS-CoV-2. CBDA e CBGA são produzidos pela planta de cânhamo como precursores de CBD e CBG, que são familiares a muitos consumidores. No entanto, eles são diferentes dos ácidos e não estão contidos nos produtos de cânhamo.”

O próximo passo da equipe é conseguir financiamento para novos estudos e desenvolvimento do medicamento.

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Saúde

Ômicron: Saúde caminha para o colapso com filas em hospitais e UTIs cheias

Instituições internacionais, Ministério da Saúde, Fiocruz e Conass alertam para o rápido avanço da Ômicron e da influenza no Brasil.

Com o avanço da variante ômicron e influenza, causando filas em hospitais e um número crescente de internações, não resta outra alternativa, é colapso no sistema  de saúde.

Somente nessa quarta-feira, o Brasil registrou 87.471 novos casos confirmados de Covid-19. O número, que pode estar bastante subnotificado, é maior que o contabilizado no dia anterior, quando 70.765 contaminados foram notificados. Com isso, a média de casos chegou a 52.261 novos infectados ao dia, alta de 794% na comparação com 14 dias atrás.

Os números se refletem em filas gigantescas, com horas de espera, em diversos hospitais públicos e privados pelo país. O Metrópoles percorreu unidades de saúde por Brasília, Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo. O retrato era de lotação (com muitas horas de espera), dor e medo.

A preocupação com o crescimento das infecções no Brasil já foi relatada em pesquisas como a da Universidade de Washington, que prevê 1 milhão de casos de Covid-19 por dia no país até o fim de janeiro, se porventura medidas de contenção mais fortes não sejam retomadas; da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); e do próprio ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Em entrevista coletiva, o chefe da pasta admitiu “perspectivas de colapsos”:

“Agora com o novo desafio da variante Ômicron, inicialmente identificada na África, que rapidamente se espalhou pelo mundo. Incertezas com novo surto de casos, novos impactos no sistema de saúde, perspectiva de colapsos e perda de vidas. Trabalhamos para evitar que isso aconteça”, afirmou, nessa quarta-feira.

Além disso, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) publicou nota afirmando que o crescimento de casos, impulsionado pela nova variante, volta a impor desafios aos sistemas de saúde público e privado do país.

*Com informações do Metrópoles

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Política

Bolsonaro disse que a ômicron é bem-vinda e OMS retruca

Afirmação da organização vem logo após Bolsonaro minimizar a variante do coronavírus.

O diretor-executivo do programa de emergências em saúde da OMS (Organização Mundial da Saúde), Michael Ryan, afirmou nesta quarta (12) que “este não é o momento de declarar que esse vírus é bem-vindo, nenhum vírus que mata pessoas é bem-vindo”, informa a Folha.

A fala de Ryan vem logo após um jornalista ter lido, na entrevista coletiva da OMS desta quarta (12), a declaração do presidente Bolsonaro que minimizou a nova cepa.

“Dizem até que seria um vírus vacinal. Deveriam até… Segundo algumas pessoas estudiosas e sérias —e não vinculadas a farmacêuticas —dizem que a ômicron é bem-vinda e pode sim sinalizar o fim da pandemia”, afirmou o mandatário.

Na mesma coletiva de imprensa, Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, reiterou que “embora a ômicron cause doenças menos graves que a delta, ela continua sendo um vírus perigoso, principalmente para aqueles que não são vacinados”.

Caracterizada pela alta capacidade de transmissão, a ômicron já é a cepa predominante em alguns países, como os Estados Unidos e Reino Unido. No Brasil, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse na terça-feira (11) que “ela [ômicron] já é prevalente aqui no Brasil, nós estamos assistindo o aumento de casos”.

Segundo dados do boletim epidemiológico da OMS divulgado nesta terça (11), houve o aumento de 55% de diagnósticos de Covid-19 em todo o mundo entre 3 e 9 de janeiro ao comparar com a semana anterior.

A situação emergencial é ainda mais crítica quando se observa a baixa equidade vacinal entre os países, ponto sempre criticado pelo diretor da OMS. Segundo ele, em entrevista coletiva na quinta passada (6), na taxa atual de vacinação, “109 países não atingirão a meta de vacinar toda a população até o início de julho de 2022”, o que dificulta o fim da pandemia.

Adhanom também reiterou que o fato de ser mais transmissível já torna a ômicron um motivo de preocupação. “Mais transmissão significa mais hospitalizações, mais mortes, mais pessoas afastadas do trabalho, incluindo professores e profissionais de saúde, e mais risco de surgir outra variante que é ainda mais transmissível e mais mortal que a ômicron.”

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Mundo

OMS: Mais de 50% dos europeus devem se infectar com a ômicron até março

Mais da metade da população europeia pode ser infectada com a ômicron nos próximos dois meses, segundo estimativa baseada no ritmo atual de infecções. Região europeia registrou 7 milhões de novos casos em uma semana, informa o G1.

Mais da metade da população da Europa terá contraído a variante ômicron do novo coronavírus nos próximos dois meses caso os números de infecções continuarem nas taxas atuais, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O prognóstico é baseado em uma estimativa do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde (IHME) da Universidade de Washington, citado pelo diretor da secção europeia da OMS, Hans Kluge, em entrevista coletiva nesta terça-feira (11/01).

“Nesse ritmo, o Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde prevê que mais de 50% da população da região será infectada com a ômicron nas próximas seis a oito semanas”, disse Kluge. “Os dados coletados nas últimas semanas confirmam que a ômicron é altamente transmissível, porque suas mutações permitem que ela se ligue mais facilmente às células humanas e pode infectar até mesmo aqueles que foram previamente infectados ou vacinados.”

Sete milhões de novos casos em uma semana

Kluge declarou que 26 países da divisão europeia da OMS – que compreende 53 países, incluindo alguns da Ásia Central – relataram que mais de 1% de suas populações estão sendo infectadas semanalmente pelo coronavírus, o que representa mais de sete milhões de novos casos de infecção somente na primeira semana de 2022.

Do número total de países considerados europeus pela OMS, 50 já relataram casos da variante ômicron, que tem se tornado rapidamente a variante dominante na Europa Ocidental e agora tem se espalhado pela região dos Bálcãs.

Kluge pediu aos países da região ainda não afetados pela nova variante que adotem medidas como o uso de máscaras de alta qualidade, o impulsionamento da vacinação completa, incluindo doses de reforço, e a preparação de sistemas de resposta que incluam, por exemplo, testes mais acessíveis.

Em países onde já existe uma onda da ômicron, a prioridade deve ser prevenir e reduzir os danos aos grupos vulneráveis e minimizar a pressão sobre os sistemas de saúde e serviços essenciais.

Desde o início da pandemia, mais de 5,5 milhões de mortes foram associadas à covid-19 em todo o mundo, segundo dados compilados pela agência de notícias AFP com base em fontes oficiais. No entanto, a OMS afirma que o número real pode ser de duas a três vezes maior.

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Deltacron: nova cepa do coronavírus, que combina delta com ômicron, é identificada no Chipre

O Chipre, país europeu no Mar Mediterrâneo, anunciou neste fim de semana ter identificado uma nova variante do coronavírus. A mutação ganhou o nome de “Deltacron” por misturar elementos já identificados anteriormente nas cepas da Delta e da Ômicron. Ao menos 25 casos foram notificados nos últimos dias, informa a BandNews.

O pesquisador da Universidade do Chipre Leondios Kostrikis, responsável pela notificação da nova mutação, disse ainda ser muito cedo para falar se a variante é mais transmissível ou mortal que cepas já em circulação no mundo.

Os cientistas devem observar nos próximos dias se aparecem mais casos da nova cepa, que tem característica justamente de outras das cepas dominantes no cenário da pandemia. Dados do site Our World in Data, ligado à Universidade de Oxford, indicam que 95% das mostras analisadas em laboratório atualmente são da Ômicron e 4% são da Delta.

A nova variante foi descrita no Gisaid, banco de dados internacional que rastreia alterações do vírus, no último dia 7 de janeiro.

Está não é a única mutação a chamar a atenção dos cientistas nos últimos dias. Na semana passada, franceses descreveram uma nova cepa com origem no Congo e monitoram casos da nova variante.

Enquanto novas mutações surgem, o mundo corre para avançar na vacinação contra a Covid-19 e na dose adicional da vacina, que reforça o esquema vacinal e tem maior capacidade de proteger contra variantes, segundos os cientistas.

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Saúde

Ômicron “Vai aumentar a mortalidade”, afirma Caseiro

A nova variante “foi detectada em novembro e já é responsável por 30% dos casos no mundo”.

O infectologista Marcos Caseiro declarou que o número de vítimas fatais provocadas pela nova variante da Covid-19, a Ômicron, vai crescer significativamente. “Vai aumentar, claramente, a mortalidade”, afirmou, nesta sexta-feira (7).

Caseiro destacou, ainda, que o apagão de dados do Ministério da Saúde, supostamente invadido por hackers, está maquiando os números reais.

“Este apagão me parece proposital. Se não fosse isso, estaríamos batendo recordes de casos, o que vem acontecendo no mundo todo. A questão principal é que não estamos testando o suficiente no Brasil. Na maioria dos países a testagem é muito ampla”, disse.

O médico também abordou o excessivo número de casos de Covid-19 em navios de cruzeiro, o que provocou a suspensão da temporada de viagens.

“Saíram dados que confirmaram que o número de tripulantes infectados é muito maior do que o de passageiros. Isso tem uma explicação. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou testagem semanal em todos os tripulantes. Porém, a testagem semanal para passageiros é feita por amostragem, ou seja, aparecem mais casos em quem testa mais”, revelou.

Caseiro voltou a afirmar que o número de casos de Covid está aumentando exponencialmente. “A Ômicron foi detectada em novembro e já é responsável por 30% dos casos no mundo. A Delta, hoje, compõe os outros 70%”, acrescentou.

“O dado interessante: o que o percurso da Delta demorou nove meses, a Ômicron fez em um mês e meio. Isso mostra que essa nova variante tem uma velocidade imensa. Uma pessoa infecta 17. Nós teremos uma explosão de casos no fim deste mês”, ressaltou.

*Com informações da Forum

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