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Com Lula, Taxa de Desemprego no Brasil Cai para 5,6%, menor nível da série histórica

Dados mais recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta data, 16 de setembro de 2025. A taxa de desocupação (equivalente à taxa de desemprego na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua) registrou 5,6% no trimestre móvel encerrado em julho de 2025 (maio a julho), marcando o menor patamar desde o início da série histórica em 2012. Isso representa uma queda de 0,2 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior (abril a junho, quando foi 5,8%) e de 1,3 p.p. em comparação ao mesmo período de 2024 (6,9%).

Dados
Número de Desocupados

Cerca de 6,1 milhões de pessoas estavam desocupadas no período, uma redução de aproximadamente 200 mil em relação ao trimestre anterior e de 1,1 milhão ante julho de 2024. Isso reflete um recuo de 11% na população desalentada (pessoas que desistiram de procurar emprego).

População Ocupada

O Brasil registrou 102,8 milhões de ocupados, com crescimento de 0,5% no trimestre (mais 500 mil pessoas) e de 2,8% no ano (mais 2,8 milhões). O nível de ocupação atingiu 58,9% da população em idade ativa (14 anos ou mais), o maior da série histórica.

Emprego Formal

O contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado chegou a 39,2 milhões, um recorde, com alta de 0,5% no trimestre. Isso é impulsionado por setores como agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, que puxaram a expansão da ocupação.

Rendimento Médio

O rendimento médio mensal real habitual dos trabalhadores subiu 1,3% em relação ao trimestre anterior, alcançando R$ 3.484 – o maior valor já registrado. A massa de rendimentos totais também bateu recorde, refletindo maior poder de compra da população.

Informalidade

A taxa de informalidade caiu ligeiramente para 37,8% (38,5 milhões de trabalhadores informais), a segunda menor da série, indicando uma tendência de formalização gradual do mercado de trabalho.

Subutilização da Força de Trabalho

A taxa composta de subutilização (que inclui desocupados, subocupados por insuficiência de horas e força de trabalho potencial) recuou para 14,2%, queda de 0,2 p.p. no trimestre e de 1,8 p.p. no ano.

Esses números foram divulgados hoje pelo IBGE como parte da PNAD Contínua Mensal, que monitora o mercado de trabalho com base em uma amostra de 211 mil domicílios em 3.500 municípios. A pesquisa considera como desocupados aqueles que não trabalham, mas buscam emprego ativamente e estão disponíveis. A série histórica começou em 2012, e o patamar anterior mais baixo era de 5,8% no segundo trimestre de 2025.

Evolução Recente da Taxa de Desemprego (PNAD Contínua)
Aqui vai uma tabela resumindo a tendência nos últimos trimestres para contextualizar a queda:

| Trimestre Encerrado | Taxa de Desemprego (%) | Variação Trimestral (p.p.) | Variação Anual (p.p.) | Observações |
|———————|————————-|—————————–|———————–|————-|
| Dezembro 2024 | 6,2 | Estável (vs. set/2024) | -1,5 | Menor taxa anual média de 2024 (6,6%) |
| Março 2025 | 7,0 | +0,8 | -0,2 | Menor para o 1º tri desde 2014 |
| Junho 2025 | 5,8 | -1,2 | -1,1 | Recorde histórico até então |
| Julho 2025 | 5,6 | -0,2 | -1,3 | Novo recorde histórico |

Impacto sob o Governo Lula

Desde o início do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva em janeiro de 2023, a taxa de desemprego caiu de cerca de 8,4% (média de 2022) para os atuais 5,6%, uma redução acumulada de quase 3 p.p. Fatores como a recuperação pós-pandemia, investimentos em infraestrutura, expansão de programas sociais e crescimento econômico (PIB projetado em 2,5% para 2025) contribuíram para esse cenário.

O governo Lula destaca recordes em emprego formal e rendimento, atribuindo-os a políticas de estímulo ao consumo e à indústria.


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Desemprego de 7% no primeiro trimestre é o menor já registrado para o período desde 2012; renda bate novo recorde

A taxa de desemprego no Brasil foi de 7% no trimestre encerrado em março de 2025, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa um aumento de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, quando o índice estava em 6,2%. Apesar da alta na comparação trimestral, o índice ainda é o menor já registrado para um primeiro trimestre desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012. As informações são do portal g1.

Na comparação com o mesmo período de 2024, houve uma queda significativa: a taxa recuou 0,9 ponto percentual em relação aos 7,9% registrados há um ano.

O total de pessoas desocupadas no país é estimado em 7,7 milhões, o que representa um acréscimo de 13,1% (ou 891 mil pessoas a mais) em comparação com o trimestre anterior. Já na comparação anual, houve um recuo de 10,5%, ou 909 mil pessoas a menos buscando emprego em relação ao primeiro trimestre de 2024.

Mesmo com a inflação acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CNM), o rendimento médio das famílias alcançou mais uma vez o maior patamar da série histórica, após já ter registrado recorde em fevereiro, chegando a R$ 3.410, com alta de 1,2% no trimestre e de 4,0% na comparação anual, segundo o g1.

A PNAD Contínua é a principal pesquisa do IBGE para monitorar as tendências do mercado de trabalho brasileiro e considera como desempregada a pessoa que não tem ocupação, mas está disponível e em busca de trabalho.

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O 1% mais rico no Brasil tem o governo ideal

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no último dia de janeiro, 41,1% da força de trabalho, 38,4 milhões de pessoas, se encontra na informalidade. O grupo de informais são os trabalhadores sem carteira assinada (incluindo trabalhadores domésticos), empregadores sem CNPJ, pessoas que atuam por conta própria sem CNPJ e ainda os trabalhadores familiares auxiliares (estes, sem remuneração).

A taxa média de desocupação ficou em 11,9% no ano passado, o que representa 12,6 milhões de pessoas desocupadas no país.

Para efeito de comparação, em 2014, ocasião em que este indicador estava no ponto mais baixo da série histórica, haviam 6,8 milhões de desempregados.

Segundo o IBGE, das 1,8 milhão de vagas criadas, 446 mil foram de trabalhadores sem carteira assinada e 958 mil são de ocupações de trabalhadores por conta própria (dentre os quais 586 mil não têm CNPJ).

A população subutilizada na força de trabalho (trabalhadores desocupados e subocupados por insuficiência de horas trabalhadas) atingiu o maior número da série histórica da PNAD, 27,6 milhões de pessoas em 2019.

O número de trabalhadores por conta própria também foi o maior nível da série, alcançando 24,2 milhões.

Dentre os por conta própria, quase 19,3 milhões não têm registro formal. É evidente que estes trabalhadores se tornaram conta própria não por opção, mas pela disparada da taxa de desemprego nos últimos anos, assim como pela subocupação da força de trabalho.

Segundo o IBGE, o número de subocupados, ou seja, os desocupados e os que não conseguem trabalhar um mínimo de horas semanais, está quase 80% acima do indicador verificado em 2014, ocasião em que foi registrado o menor número da série histórica (15,4 milhões).

No fundo, a política do golpe a partir de 2016 foi desenvolvida exatamente para esse tipo de resultado.

Em 2014, ano que a taxa de desemprego atingiu o menor percentual da série histórica, se ouvia nas mesas de negociações salarial, de que não havia mão de obra disponível, que estava impossível contratar trabalhadores. Tivemos assim, uma experiência prática da importância, para os capitalistas, de dispor do chamado exército industrial de reserva, para fazer o trabalhador baixar a cabeça e desarmar a organização sindical.

O golpe foi desfechado para desmontar direitos seculares e entregar as riquezas naturais e estatais estratégicas.

Talvez nem mesmo os brasileiros mais ingênuos, que saíram às ruas vestidos de pato, acreditam que, se destruir a previdência, desmontar os sindicatos e vender todas as estatais, o emprego retornará.

Após dois anos da mais grave recessão da história do Brasil (2015 e 2016), a economia patina em torno de 1% de crescimento, o que fez piorar muito todos os indicadores do mercado de trabalho.

Não é fácil as pessoas entenderem, mas esta não é uma crise “comum”, ligada aos ciclos capitalistas, de crescimento, estabilização e queda, como sucedia até a década de 1970.

A magnitude da crise brasileira é decorrência de um processo golpista, coordenado pelos EUA, com caráter subcontinental, e que devastou deliberadamente setores fundamentais da economia brasileira, como o de construção pesada e o de óleo e gás.

O centro da política governamental, completamente contra os interesses da maioria, é o desmonte de políticas sociais, destruição de direitos e entrega das riquezas. Cálculos do jornal El País, com base em dados públicos, avaliam que 1,7 milhão de famílias, equivalente a cerca de 5 milhões de pessoas, estão na fila de esperado Bolsa Família, apesar de preencherem todos os critérios para receber o benefício. Isso para um benefício concedido a pessoas que estão passando fome. Ou seja, a política de Bolsonaro/Guedes não é apenas ineficaz do ponto de vista do crescimento, mas é de uma crueldade inominável.

Alguns economistas do “mercado” estão dizendo que para o Brasil crescer, em face da crise mundial, terá que realizar “reformas mais profundas”. Paulo Guedes, cuja concepção econômica reporta 40 anos atrás, quando o neoliberalismo não havia sido experimentado em larga escala na América Latina, pretende privatizar todas as estatais.

O ministro da Economia é um aprendiz de feiticeiro, que amanhã ou depois talvez nem resida mais no Brasil. Mas a política econômica que está colocando em prática, é o todo tempo blindada porque é extremamente funcional aos interesses de quem coordenou o golpe de Estado.

Colocaram definitivamente a política econômica do Brasil à serviço dos interesses externos, especialmente norte-americanos. Ele e Bolsonaro serão mantidos lá enquanto estiverem cumprindo esse papel fundamental, até porque, para eles, as alternativas de substituição são “escassas”.

O Brasil se prepara para sair do ranking dos 10 maiores países industriais do mundo. Para tratarmos de um período mais recente, desde 2014, a atividade nas fábricas brasileiras vem recuando ano a ano. Decorrência direta de um processo mais profundo de desindustrialização, mas que foi acelerado pelas políticas do golpe. No ano passado, a indústria, que já representava apenas cerca de 11% do Produto Interno Bruto (PIB), possivelmente sofreu novo recuo.

Ao mesmo tempo, o Santander divulga lucro em 2019 de R$ 14,5 bilhões, um aumento de 17% em relação ao obtido no ano anterior. Em um ano em que a economia cresce 1% e a indústria recua, o banco aumentou o lucro em 17% e inaugura 45 novas agências. Enquanto isso, os bancos públicos são rapidamente desmontados. O Banco do Brasil, fechou 463 agências e diminuiu o número de funcionários em 3.360, entre setembro de 2018 e setembro de 2019. No mesmo período, a Caixa Econômica fechou 46 agências e reduziu o número de empregados em 1341.

Os representantes dos grandes capitalistas e do capital financeiro, fazem algumas críticas pontuais ao governo Bolsonaro (normalmente ligadas ao campo dos costumes), ao mesmo tempo em que apoiam a política econômica, como se esta fosse de interesse do pais. Esse 1% mais rico da população apoiam a política econômica com inteira razão. Eles não têm o que reclamar do governo. (Do Brasil de Fato)

*José Álvaro de Lima Cardoso é economista e supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em Santa Catarina.

*Do Brasil de Fato