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Vídeos: Multidão na Venezuela marcha contra o fascismo e pela paz

Na semana que governo Bolsonaro facilitou invasão da Embaixada para desestabilizar o governo, povo vai às ruas apoiar Maduro.

Com apoio do governo de Jair Bolsonaro, pessoas ligadas ao candidato derrotado nas eleições venezuelanas, Juan Guaidó, invadiram a Embaixada da Venezuela em Brasília nesta quarta-feira (13). A invasão, que depois o presidente chegou a reprovar oficialmente devido a pressões políticas internacionais, era mais uma ação para desestabilizar o governo de Nicolás Maduro.

Os venezuelanos, porém, querem paz, estabilidade política e o fim do fascismo. O recado foi dado na tarde de hoje (16), nas ruas de Caracas. A manifestação, de apoio ao governo, terminou diante do Palácio de Miraflores.

Na marcha, os venezuelanos expressaram ainda solidariedade ao povo chileno.

https://twitter.com/enmalque68/status/1195719334859091968?s=20

 

 

*Com informações da Rede Brasil Atual

 

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Chile fará referendo em abril para sepultar a Constituição de Pinochet

Classe política aposta numa votação para decidir se muda a carta fundamental de 1980 e, em caso afirmativo, com que fórmula.

A política chilena decidiu formalmente, na madrugada desta sexta-feira, enterrar a Constituição da ditadura de Augusto Pinochet. Foi um acordo histórico, após semanas da maior crise política e social das últimas décadas no país. Depois de uma jornada de extrema violência na noite de terça-feira, de um apelo do presidente Sebastián Piñera por um acordo de pacificação e de duas jornadas de intensas negociações, o presidente do Senado, Jaime Quintana, informou que em abril de 2020 o país andino realizará um plebiscito para decidir se os cidadãos querem mudar a carta fundamental de 1980.

Como parece evidente que se optará por substituí-la – 8 em cada 10 chilenos manifestam essa preferência, segundo as pesquisas –, será definido paralelamente o mecanismo para isso: uma “convenção constitucional” com membros completamente novos, que funcione com funções constituintes paralelamente ao Congresso, ou uma “convenção mista” composta por 50% de parlamentares e outros 50% de delegados.

“Somos responsáveis por muitas das injustiças, inequidades e abusos que os chilenos nos apontaram”, afirmou Quintana na sede do Congresso em Santiago, cercado por dezenas de representantes de todos os setores políticos, ao apresentar o acordo pela paz e a nova Constituição. “É uma saída pacífica e democrática para a crise, que busca um novo contrato social no Chile.” Em poucos minutos, o Governo já comemorava o acordo do Congresso: “Tivemos dias difíceis. Todos ouvimos, todos aprendemos. Obrigado a todos os que tornaram isso possível”, disse o ministro do Interior, Gonzalo Blumel, no palácio de La Moneda.

Trata-se de um momento de refundação. Será a primeira vez na história que o Chile terá uma Carta Magna nascida da discussão democrática, porque as anteriores – as de 1833, 1925 e 1980 – foram antecedidas de uma guerra civil, ruído de sabres e um golpe de estado. Com exceção do Partido Comunista, que não participou das negociações, os políticos de todo o espectro concordaram que os representantes sejam escolhidos em outubro de 2020, junto com as eleições municipais e regionais. Contarão com um prazo de 9 a 12 meses para redigir a nova Constituição, que será escrita do zero em vez de ter como base o texto de 1980, conforme propunha o partido direitista União Democrata Independente (UDI). Empurrados pela crise que já deixou 22 mortos, os parlamentares definiram em um amplo diálogo político – inédito no passado recente – que os artigos deverão contar com o voto de dois terços dos delegados. A próxima Constituição deverá ser ratificada em um novo plebiscito, com sufrágio universal e obrigatório, e depois pelo Congresso.

Não é evidente que uma nova Constituição possa apaziguar os protestos, que eclodiram em 18 de outubro como expressão de uma boa parte da população que sente se à margem do caminho de desenvolvimento do Chile nas últimas décadas. A classe política, entretanto, aposta em entregar um sinal sólido à população, que não confia em nenhuma das instituições democráticas.
Novas manifestações

As manifestações continuaram nesta quinta-feira em diferentes cidades do país onde houve mobilizações pelo primeiro aniversário do assassinato do indígena mapuche Camilo Catrillanca por policiais da região da Araucanía, no sul do Chile. Houve vandalismo no centro de Santiago, nos arredores do Congresso, no porto de Valparaíso e em cidades como Temuco e Concepción, onde os manifestantes derrubaram uma estátua do conquistador espanhol Pedro de Valdivia.

Foram as horas de maior complexidade desde o retorno à democracia, em 1990. O Governo se encontra debilitado – o presidente tem apenas 15% de popularidade, aproximadamente – e não consegue controlar a ordem pública, enquanto enfrenta acusações de violações dos direitos humanos. Mais de 2.000 pessoas ficaram feridas nestas quatro semanas de protestos, segundo o Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH). O Governo relata 1.797 policiais em militares lesionados e 16.290 indivíduos detidos, dos quais 834 permanecem em prisão preventiva. Cálculos preliminares indicam que os estragos na infraestrutura pública custarão 18,9 milhões de reais. Enquanto isso, o ministério da Fazenda calcula que até o final do ano haverá 300.000 novos desempregados no país por causa da redução da atividade econômica no último mês. O peso chileno, enquanto isso, se desvaloriza diariamente perante o dólar.
Um fato histórico

É nesse quadro que se dá o fato histórico de um acordo político para uma nova Constituição que substitua a de 1980, aprovada num plebiscito convocado por Pinochet um mês antes da votação – para a qual não havia cadastro eleitoral, e foi proibida qualquer campanha de oposição à nova Carta. Foi uma Constituição que começou a vigorar só quando teve início o primeiro Governo democrático, em 11 de março de 1990. Um dia antes da mudança de regime, a ditadura decretou uma dezena de leis orgânicas constitucionais que exigiram quórum de três quintos ou dois terços da Câmara, quando a maioria das iniciativas legais exigem quatro sétimos. Foram as chamadas leis de amarração, que impediram mudanças nos anos seguintes em aspectos essenciais nos âmbitos da educação, saúde e previdência, que atualmente os chilenos reclamam que voltem a ser bens básicos ao alcance de todos os cidadãos.

Só em 2005, no Governo do socialista Ricardo Lagos (2000-2006), foram eliminados alguns dos enclaves autoritários da carta fundamental, como a estabilidade dos comandantes das Forças Armadas e a existência dos senadores biônicos, que impediam a centro-esquerda de fazer valer no Congresso sua maioria nas urnas.

A necessidade de uma nova Constituição começou a se cristalizar nos protestos estudantis de 2011, quando ficaram expostas as dificuldades para alterar certas leis devido aos altos quóruns necessários – caso da Lei Orgânica Constitucional de Ensino (LOCE). No segundo mandato de Michelle Bachelet (2014-2018), 204.000 pessoas participaram de discussões para uma nova Constituição que foram recolhidas por um projeto apresentado ao Congresso poucos dias antes da mudança de Governo, em março de 2018. Foi sua Administração que, em março de 2017, propôs ao Parlamento uma convenção constitucional para redigir a nova carta magna.

 

 

*Do El País

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Vídeo: A fúria do povo chileno contra a repressão das Forças Armadas

Os depoimentos e os vídeos que chegam do Chile impressionam pela garra do povo no enfrentamento às forças de repressão do governo de Sebastián Piñera. Não só o povo não sai das ruas até que o elefante dourado do neoliberalismo caia, como o presidente, fazendo o povo subir cada vez mais a fervura contra os repressores.

O explosivo ataque da população contra o veículo militar mostra que a insurreição chilena está disposta a ir até as últimas consequências para impor a sua vontade diante da tirania, não aceitando mais ser escrava de um sistema neoliberal imposto pela ditadura de Pinochet.

Mediante a fúria do povo, inteiramente tomado por um espírito de combate impressionante que domina as cenas das manifestações, pode-se projetar que há uma ruptura total não só com o governo, mas também com o mercado. O que, certamente, contagiará toda a América Latina.

O vídeo abaixo é emocionante, porque mistura a indispensável força do povo nas ruas com sua resiliência e coragem diante da desordem neoliberal que arruinou com o povo.

 

*Da redação

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A derrota de Macri é a derrota do Bolsonaro

Depois de sua inútil viagem gastando monumentais recursos públicos sem trazer resultado positivo nenhum de integração com o Japão, China e países árabes, Bolsonaro ainda tem que engolir o resultado das urnas na Argentina, que condena o neoliberalismo de Paulo Guedes, assim como o povo chileno impõe uma derrota a um sistema que faz com que os ricos fiquem mais ricos e pobres mais pobres.

Isso seria fatal. O neoliberalismo é a semente da degeneração no mundo e o resultado na Argentina é somente o reflexo disso.

A vitória de Alberto Fernandez atinge diretamente um governo em crise permanente como o de Bolsonaro, até porque tanto a Argentina quanto o Chile foram explorados como referência pela grande mídia nativa. Com a derrota de Macri na Argentina e a insurreição popular no Chile contra o governo neoliberal de Sebastián Piñera, campanhas e movimentos neoliberais na América Latina perdem muito de sua consistência e espaço, o que consequentemente refletirá na chegada de uma onda que abarcará o Brasil.

Assim, acelera ainda mais a putrefação de um governo fascista que dependeu do adormecimento da classe média ludibriada pelo neoliberalismo e o ódio aos pobres que, se não percebeu ainda a precariedade que isso está causando ao país, também não verá a propaganda dos Chicago Boys derrotados na América Latina que passaram a ser símbolos do bolsonarismo.

Mas estes não são os únicos fatos que despertam a possibilidade de uma outra consciência oposta à pretendida pelos neoliberais, a de que somente um sistema solidário cultivado dentro da sociedade brasileira em que vivem todos os brasileiros, não apenas alguns privilegiados, é que tem futuro.

Cada um de nós, que repudia o que se assiste hoje no Brasil de Bolsonaro, tem que comemorar junto com o povo argentino a vitória da solidariedade contra o egoísmo.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Flamengo diz que não convidará Bolsonaro para a final: seria um insulto ao povo do Chile

Pessoas do Flamengo asseguraram que o clube não convidou Jair Bolsonaro para acompanhar a final da Copa Libertadores, dia 23 de novembro, a priori em Santiago.

E, asseguram, não planejam fazê-lo, diz Mauro Cezar em seu Blog.

Nos bastidores, crescem rumores de que a decisão possa mudar de local, em virtude do clima de tensão no Chile.

Mais cedo, o jornal O Globo publicou que o Presidente da República recebera convite do clube para comparecer ao estádio no cortejo diante do River Plate.

O que seria um absurdo completo, além de uma falta de respeito com o povo chileno,, que em maioria repele admiradores do ex-ditador Augusto Pinochet.

Bolsonaro já o elogiou publicamente, como a outros personagens semelhantes da história, caso do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, um dos grandes representantes da repressão que marcou a ditadura militar no Brasil. Ele vai além, chega a se referir ao torturador condenado como “herói nacional”.

O Estádio Nacional de Santiago, palco da decisão, preserva velha arquibancada dos tempos em que a ditadura de Pinochet o utilizava como prisão. Lá, por cerca de dois meses, 20 mil pessoas ficaram aprisionadas.

No local, o regime torturava e matava opositores. E naquele setor, de madeira, se lê a frase “Um povo sem memória é um povo sem futuro”. É uma forma de evitar que esse trecho macabro da história seja esquecido.

Bolsonaro é admirador de personagens como sanguinário militar que atuou como ditador no Chile de 1973 a 1990.

Tê-lo como convidado seria muita falta de noção, e de respeito, ao povo chileno. Soaria como uma afronta, um deboche, puro escárnio. Uma patética provocação depois que o brasileiro insultou o pai da ex-presidente chilena e comissária da ONU para Direitos Humanos, Michelle Bachelet, torturado e morto pela ditadura militar.

Em meio aos protestos cercados por violência no país, convidar Bolsonaro para comparecer a Santiago seria como se o Flamengo dissesse ao povo do Chile algo forte o bastante para despertar antipatia e ódio pelo clube. Era só o que faltava, depois de tanto bajular o Presidente da República e políticos de seu partido, cartolas do clube cometerem tamanha tolice, insultando o Chile, sua gente e sua história. Ainda mais em momento tão tenso.

 

 

*Com informações do Blog do Mauro Cezar