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Randolfe pede ao STF cópias das mensagens entre Aras e empresários bolsonaristas

Jota – O senador Randolfe Rodrigues (REDE) solicitou nesta terça-feira (23/8) uma cópia das mensagens entre o procurador-geral da República Augusto Aras e empresários bolsonaristas que foram alvo mais cedo de mandados de busca e apreensão. A informação foi adiantada pelos jornalistas Guilherme Amado e
Paulo Cappelli, do Portal Metrópoles, e confirmada pelo JOTA com o próprio senador.

“Estou peticionando neste momento e pedindo acesso às mensagens, para ser compartilhada com o Senado e orientar eventual pedido de impeachment do procurador-geral da República”, afirmou. Leia aqui a petição, assinada também pelos senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Humberto Costa (PT-PE) e Fabiano Contarato (PT-ES).

Conforme o JOTA noticiou com exclusividade mais cedo, nos celulares apreendidos pela Polícia Federal com empresários bolsonaristas há troca de mensagens com Augusto Aras. A informação foi confirmada por fontes da PF, do Ministério Público Federal (MPF) e do Supremo Tribunal Federal (STF).

A notícia de que esses empresários trocavam mensagens com Aras traz constrangimento para ele, que também é o procurador-geral eleitoral. Ainda segundo fontes do MPF, PF e STF, nas mensagens haveria críticas à atuação do ministro Alexandre de Moraes e também comentários sobre a candidatura Bolsonaro. As mensagens ainda são mantidas sob sigilo, mas já viraram tema de conversas entre ministros do STF.

A PF cumpriu nesta terça oito mandados de busca e apreensão expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga atos antidemocráticos, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará. A operação se deu contra empresários que participavam de um grupo de mensagens por aplicativo em que foi feita uma defesa de um golpe de Estado caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022.

Momentos depois, a PGR se queixou de que Moraes só comunicou a operação depois de iniciada. Posteriormente, Moraes divulgou prints das certidões em que uma assessora da PGR e do gabinete da vice-procuradora-geral da República dão ciência da decisão que autorizava a operação e que receberam uma cópia.

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Vídeo, Bolsonaro admite ter editado documento sobre mortes pela covid-19

“A tabela foi feita por mim”, disse Bolsonaro, sobre documento do TCU sobre mortos pela pandemia.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid, exibiu vídeo em que o presidente Jair Bolsonaro admite ter feito a tabela que foi apresentada por ele mesmo como um suposto relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) para reduzir o total de vítimas da pandemia. “Errei quando falei do TCU. A tabela foi feita por mim”, disse o presidente em uma das suas lives semanais. O material foi exibido durante o depoimento do auditor do TCU Alexandre Figueiredo Costa Marques nesta terça-feira (17). Ele negou que tivesse apresentado estudo que concluía a superestimação dos dados de mortes pelo vírus. E disse que o documento foi “editado”, após ter sido enviado por seu pai a Bolsonaro.

De acordo com Randolfe, o presidente incorreu em crime contra a fé pública, por adulterar documento público. O Código Penal prevê pena de 2 a 6 anos de prisão, mais multa, com punição agravada quando cometida por agente público. Além disso, Bolsonaro também poderia ser enquadrado no crime de “vilipêndio a cadáver”, por tentar negar a existência dos mortos.

Nesse sentido, o vice-presidente da CPI chegou a sugerir que o auditor utilize as falas de Bolsonaro no processo interno do TCU que investiga o vazamento do documento. “De fato não houve edição feita pelo senhor. O próprio Presidente da República, nessa live e, depois, em declarações públicas, admite publicamente que foi feito por ele, que ele que fez a edição do número de mortos”, destacou o senador.

Obsessão macabra

Para Randolfe, a adulteração demonstra uma “obsessão macabra” de Bolsonaro para tentar esconder o número de mortos pela pandemia. “O presidente, em vez dessa obsessão macabra de ficar tentando diminuir o número de mortos, deveria ter empatia e compaixão pelos brasileiros, amor pelos brasileiros, ter reconhecido desde o começo a gravidade da pandemia, ter se solidarizado. Não, ele ficou dizendo que ele não era coveiro.”

Além disso, ainda maiores que os crimes contra a fé pública e o vilipêndio a cadáver, segundo Randolfe, foi atentar contra a memória de centenas de milhares de brasileiros e o luto dos seus familiares. “Não há pena que possa fazer a purgação de um crime dessa natureza”, declarou.

Desserviço à Nação

Na versão apresentada por Alexandre Marques à Comissão, ele alegou que produziu um “documento preliminar” de apenas duas páginas com informações sobre óbitos pela covid-19 que foram extraídas do portal de transparência do registro civil. A intenção, segundo ele, era abrir um “debate interno” no TCU. Ele alegou que elaborou tal estudo por iniciativa própria, sem ter sido demandado por superiores. No entanto, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), questionou a declaração. “Servidores como você que o Brasil precisa: esse zelo todo, não é?”, ironizou.

Todavia, Aziz pediu desculpas, em nome do servidor, pelo uso político do relatório, que serviu para corroborar com o discurso negacionista do presidente. “Este serviço que você está dizendo que fez, sinceramente, não contribuiu absolutamente em nada; pelo contrário, contribuiu para desmerecer o trabalho de milhares e milhares de servidores da área de saúde que, diuturnamente, tentavam salvar vidas”, pontuou. “Você não contribuiu em nada, absolutamente nada! Você como servidor fez um desserviço à nação brasileira e um desserviço às famílias enlutadas.

*Com informações da Rede Brasil Atual

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