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Tava doidão? Relembre cinco vezes em que Bolsonaro atacou o sistema eleitoral

Ex-presidente coleciona ocasiões em que atacou o TSE ou o processo de eleição no país.

Brasil de Fato –   A defesa de Jair Bolsonaro (PL) afirmou à Polícia Federal, na última quarta-feira (26), que o ex-presidente estava sob efeito de medicamentos quando publicou um vídeo em seu perfil no Facebook questionando o resultado das eleições de 2022, que consagraram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como chefe do Executivo nacional. A publicação foi feita dois dias depois dos atos terroristas de 8 de janeiro.

A postagem fez com que Bolsonaro se tornasse alvo no inquérito que apura os responsáveis pelos atos terroristas de 8 de janeiro, relatado por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro disse aos investigadores da Polícia Federal que sua intenção era compartilhar o vídeo com alguns contatos no Whatsapp, mas que confundiu os aplicativos e acabou compartilhando no Facebook. O vídeo foi apagado duas horas depois, após alimentar as redes bolsonaristas com a tese de fraude nas eleições.

Equívoco ou não, o vídeo de 10 de janeiro não é uma exceção na trajetória de Bolsonaro. O ex-presidente questionou com frequência o sistema eleitoral ou Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante seu mandato à frente do Palácio do Planalto.

Relembre ataques do ex-presidente ao sistema eleitoral

No dia 6 de janeiro de 2021, respondendo para um seguidor no chamado “cercadinho”, Bolsonaro levantou dúvidas sobre o processo eleitoral de 2018, quando enfrentou, e venceu, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

“A minha [eleição] foi fraudada, tenho indício de fraude na minha eleição. Era para eu ter ganhado no 1º turno. Ninguém reclamou que foi votar 13 e a maquininha não respondia, mas o contrário – quem ia votar 17 – ou não respondiam ou apertava o ‘1’ e já aparecia o ’13′”, afirmou Bolsonaro à sua claque.

No mesmo ano, mas em 14 de maio, Bolsonaro passou a especular argumentos para uma possível derrota para Lula. Na ocasião, o ex-presidente afirmou que o petista só venceria se houvesse fraude.

“O bandido foi posto em liberdade, foi tornado elegível, no meu entender para presidente, na fraude. Ele só ganha na fraude ano que vem. E eu tenho falado: se o Congresso votar e promulgar o voto impresso, teremos voto impresso ano que vem”, disse o ex-presidente.

Em 10 de junho de 2020, Bolsonaro usou a eleição peruana, vencida pelo progressista Pedro Castillo, para fazer ilações sobre os sistemas dos dois países. “Ouso dizer, depois de 7 mandatos, temos melhorado sim o Parlamento brasileiro. Tenho certeza, ano que vem ficará melhor ainda. Se Deus quiser, com voto auditável. Estamos acompanhando a eleição no Peru. Não pode. Uma coisa esquisita. Em alguns países na América do Sul, a eleição é decidida no Photochart (equipamento de cronometragem de corridas usado para decidir sobre resultados muito próximos). Esquisito.”

:: Gabinete de Bolsonaro admite não ter provas sobre suposta fraude eleitoral em 2018 ::

Em 12 de julho de 2022, o Bolsonaro afirmou a eleição de 2018 no primeiro turno. “Vamos mostrar 2014, eleição de 2018, onde eu ganhei no primeiro turno. Eu falo isso não dá boca para fora, tenho como provar”. O ex-presidente, no entanto, nunca apresentou tais evidências.

Quinze dias após a derrota para Lula, em novembro de 2022, a candidatura de Bolsonaro, capitaneada pelo PL, seu partido, entrou no TSE com um pedido de verificação extraordinária do resultado do processo eleitoral.

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Ofensiva contra urnas envolveu Abin e generais Ramos e Heleno, aponta PF

Depoimentos mostram que general e agência buscam desde 2019 dados contra sistema eleitoral.

O uso das instituições públicas para buscar informações contra as urnas eletrônicas vem desde 2019 e envolve o general Luiz Eduardo Ramos e a Abin (Agência Brasileira de Inteligência), atrelada ao Gabinete de Segurança Institucional chefiado pelo também general Augusto Heleno, mostra o inquérito da Polícia Federal.

A investigação da PF, relatada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), foi aberta para apurar a live presidencial de 29 de julho de 2021.

Na ocasião, o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez seu maior ataque ao sistema eleitoral, apresentando uma profusão de mentiras e teorias da conspiração sobre as urnas. O caso agora tramita dentro do inquérito das milícias digitais.

Bolsonaro ataca o sistema eleitoral desde quando era deputado e aumentou o tom das críticas na Presidência, em especial após a sua popularidade diminuir com as seguidas crises de sua gestão. Foi quando passou a levantar suspeitas sobre os resultados desta próxima eleição.

No embalo de Bolsonaro, as Forças Armadas passaram a questionar o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre supostas fragilidades no sistema eletrônico de votação e criaram tensão com o Judiciário por causa do alinhamento às teses conspiratórias do presidente da República.

Com o aumento das críticas, em 2021, o TSE deu prazo para que Bolsonaro apresentasse provas sobre as supostas fragilidades do sistema eleitoral.

Quando se aproximava o fim do prazo, estipulado para agosto de 2021, o presidente convocou a live de 29 de julho em que atacou diretamente o sistema eleitoral e, entre outros fatos, levantou sem provas a suspeita de fraude na eleição de 2014, quando Dilma Rousseff (PT) venceu o tucano Aécio Neves.

No caso de 2014, Bolsonaro utilizou como prova uma análise simplória sobre o suposto padrão nos números da apuração dos votos que deu a vitória para a petista. O material, uma planilha com os números de votos, foi elaborado pelo técnico em eletrônica Marcelo Abrieli.

Chamado para depor no inquérito aberto pela PF, Abrieli relatou como foi procurado ainda no primeiro ano de governo, em 2019, pelo general Luiz Eduardo Ramos, atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência, para convidá-lo a participar de uma reunião com Bolsonaro no Planalto.

O tema do encontro era “indícios de fraudes” nas urnas.

“No final de 2019, o general Ramos entrou em contato, por telefone, com o declarante para agendar uma reunião no Palácio do Planalto com o presidente Bolsonaro. Que a reunião teria como tema indícios de fraude nas urnas eletrônicas e que o declarante falaria sobre as informações descobertas em 2014 sobre as eleições”, disse Abrieli no depoimento.

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