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Mundo

Agência da ONU diz que tanques de Israel usam escolas em Gaza

Philippe Lazzarini, chefe da agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA), afirma que seu escritório tem recebido informações de que pelo menos duas escolas das Nações Unidas em Gaza estão sendo usadas como base de operações militares por parte de Israel.

A denúncia foi feita nesta quinta-feira na sede da ONU em Genebra, durante uma coletiva de imprensa de Lazzarini.

Israel tem acusado o Hamas de usar hospitais e escolas como parte de sua estratégia de guerra e colocando esses locais como escudos contra eventuais ataques israelenses.

De acordo com o chefe da entidade, se isso se confirmar, trata-se de um ato “grave”. Sua agência indicou que tanques israelenses estariam nos locais.

Pelo direito humanitário internacional, escolas e hospitais não podem ser alvos militares. Sua suspeita é de que existe uma ação deliberada para enfraquecer as operações da ONU em Gaza.

Lazzarini ainda apontou que as comunicações voltaram a ser suspensas em Gaza. O problema seria a falta de combustíveis. “Isso significa que, em breve, o cerco vai matar mais que as bombas”, alertou.

De acordo com ele, o volume de combustível que Israel permitiu que entrasse em Gaza nos últimos dias é insuficiente e não permite que a ajuda humanitária continue. O total entregue seria de apenas meio caminhão e, mesmo assim, sob condições. Israel teme que o combustível seja usado pelo Hamas.

Para a ONU, o deslocamento de mais de 1,5 milhão de pessoas em Gaza é o maior êxodo de palestinos desde 1948. “E isso está ocorrendo diante de nossos olhos”, lamentou.

Na avaliação de Lazzarini, se não houver uma ação real para uma ajuda humanitária, a ordem civil pode entrar em colapso em Gaza nos próximos dias.

*Jamil Chade/Uol

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Política

Marinha impõe sigilo de 5 anos ao desfile de tanques no Planalto

Comando alega risco a planos militares; pela primeira vez, operação contou com as três Forças e foi até o presidente.

A Marinha impôs sigilo de cinco anos aos documentos que basearam a Operação Formosa, que no mês passado incluiu um desfile inédito de tanques em frente ao Palácio do Planalto e um exercício militar em que Jair Bolsonaro deu tiros de artilharia em Formosa (GO). O desfile de blindados pela Praça dos Três Poderes aconteceu no dia em que a Câmara derrubaria a proposta de voto impresso, bandeira bolsonarista.

Além do ineditismo da exibição em Brasília, a operação também inovou ao contar com a atuação de Exército e Aeronáutica. Pelo menos 2,5 mil agentes participaram do treinamento militar. Com 150 veículos, 1.500 toneladas de equipamentos foram transportadas do Rio de Janeiro para Brasília.

Em resposta a um pedido da coluna por meio da Lei de Acesso à Informação, o Comando da Marinha rejeitou compartilhar qualquer documento relacionado à operação. Segundo o Comando, o sigilo de cinco anos é necessário para não “prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégicos das Forças Armadas”.

*Guilherme Amado/Metrópoles

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Bolsonaro já queria tanques na Esplanada em março passado

O desfile de blindados pela Esplanada dos Ministérios que Jair Bolsonaro terá na manhã desta terça-feira foi exatamente o que ele pediu ao então comandante do Exército, Edson Pujol, em março passado, no auge da crise que levou à demissão do ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, e dos três comandantes das Forças Armadas.

Na época, Pujol se negou a atender Bolsonaro – assim como Azevedo e Silva, que não encampou a ideia do presidente de promover um voo rasante com os caças suecos Gripen pela Esplanada.

Ao deixar o cargo, exonerado pelo presidente em 30 de março, Azevedo e Silva afirmou a auxiliares que havia saído porque não queria reviver maio de 2020. Referia-se ao sobrevoo de helicóptero que fez com o presidente sobre a Esplanada dos Ministérios durante uma manifestação pelo fechamento do STF e por intervenção militar.

Na ocasião, os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica decidiram seguir Azevedo e Silva e colocar seus cargos à disposição, mas foram surpreendidos ao saber pelo novo ministro, Walter Braga Netto, que já estavam sendo exonerados.

A história dos apupos de Bolsonaro foi contada na ocasião pelos participantes da crise a pessoas próximas. Ontem, diante da notícia de que a Marinha promoveria um desfile de blindados na Esplanada, no mesmo dia em que a Câmara deve derrubar a adoção do voto impresso, dois desses interlocutores me confirmaram a informação.

Na época, o presidente da República estava em choque com o Supremo Tribunal Federal em razão das decisões da corte que permitiram a ação de governadores no combate à pandemia de Covid-19.

Referindo-se às medidas de isolamento social como um estado de sítio decretado pelos governadores, Bolsonaro passou a defender medidas de exceção e insistir com o ministro da Defesa e com os comandantes militares, especialmente o do Exército, para que fizessem demonstrações de força em seu apoio.

Os comandantes anteriores se negaram a fazê-lo, mas os atuais pelo jeito não se importam. Embora do desfile desta manhã seja uma iniciativa apenas da Marinha, cujos blindados estão de passagem por Brasília a caminho de Formosa, em Goiás, as outras forças participarão das manobras militares previstas para o dia 16 de agosto.

Em tese, a parada em Brasília, considerada por oficiais das próprias forças como “inusitada”, servirá para que o presidente receba o convite da Marinha para assistir ao exercício militar em Formosa.

Na prática, servirá como uma mensagem ao Congresso de que o presidente não aceita a derrota prevista para hoje no plenário da Câmara, que deve derrubar a adoção do voto impresso nas eleições de 2022.

Nas últimas semanas, Bolsonaro tem atacado as urnas eletrônicas e já declarou mais de uma vez que, se necessário, agirá “fora das quatro linhas” da Constituição. Também vem fazendo ataques pessoais ao presidente do TSE, Luís Roberto Barroso. O agravamento da crise fez com que o presidente do STF, Luiz Fux, cancelasse o encontro entre os chefes do Três Poderes que estava programando.

Ontem, depois das críticas ao evento, o Palácio do Planalto enviou um convite aos chefes de poderes para participar, dizendo que “Brasília é passagem obrigatória” para Formosa e destacando ser o “Chefe Supremo das Forças Armadas”.

Malu Gaspar/O Globo

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Oposição prepara ato contra tanques e intimidação de Bolsonaro

Como reação à tentativa de intimidação de Jair Bolsonaro, parlamentares de oposição estão preparando para esta terça-feira (9) a realização de um ato político em defesa da democracia na rampa do Congresso Nacional em Brasília.

A ideia do ato é fazer frente ao evento planejado por Jair Bolsonaro. Ele participará de um desfile do Exército com carros blindados e tanques de guerra, que se posicionarão em frente ao Palácio do Planalto durante a votação da PEC do voto impresso – que já foi derrotada em comissão especial.

Por volta das 8h30, o comboio militar vai desfilar pelas avenidas na Praça dos Três Poderes e estacionar em frente ao Planalto, onde generais vão entregar a Bolsonaro e ao ministro da Defesa, Walter Braga Netto, convites para a demonstração operativa da Operação Formosa.

Políticos e partidos da oposição têm interpretado o ato de Bolsonaro como uma tentativa de intimidação e até mesmo um ensaio golpista contra a iminente derrota do voto impresso na Câmara. O presidente tem defendido a pauta como forma de tumultuar o processo eleitoral, visto que ele já deu sinalizações de que não aceitará o resultado da eleição de 2022 caso perca o pleito.

“Bolsonaro mais uma vez rebaixa as Forças Armadas ao papel de milícia presidencial. O desfile de blindados é uma violência contra o Poder Legislativo e o Estado de Direito. Não nos intimidaremos c/ as ameaças de um presidente delinquente. Vamos derrotar o golpe do voto impresso”, afirmou Marcelo Freixo (PSB-RJ), líder da Oposição na Câmara.

O horário do ato dos parlamentares contra Bolsonaro ainda não foi definido.

Requerimento de informações

O líder da bancada do PT na Câmara, deputado Elvino Bohn Gass (RS), prepara nesta segunda-feira (9) um requerimento de informações a ser enviado ao ministro da Defesa, general Braga Netto, para que ele explique a manobra militar planejada em Brasíia.

O parlamentar pedirá informações como custos com diárias, combustíveis, nomes dos comandantes envolvidos e o motivo da realização da operação.

A depender da resposta do ministro, Bohn Gass cogita acionar o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público contra o evento.
Tanques já estão posicionados

Os tanques e blindados que Jair Bolsonaro deve exibir em uma tentativa de intimidação nesta terça-feira (10) já estão, nesta segunda-feira (9), posicionados em Brasília, próximos à Esplanada dos Ministérios.

O flagrante dos veículos estacionados foi feito pela deputada federal Erika Kokay (PT-DF).

“Os tanques de guerra p/ o exibicionismo golpista de Bolsonaro já estão posicionados no Grupamento dos Fuzileiros Navais, localizado próximo à Esplanada dos Ministérios. Bolsonaro está dobrando a aposta e a reação dos democratas desse país precisa ser enérgica!”, escreveu a parlamentar, junto a um vídeo que mostra os carros militares posicionados.

Ações na Justiça

O PSOL protocolou junto à Justiça do Distrito Federal, nesta segunda-feira (9), um mandado de segurança para impedir a manobra militar que o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, e Jair Bolsonaro planejam em Brasília nesta terça-feira (9).

“A informação de que haverá uma manobra militar amanhã na Esplanada dos Ministérios é grave. O PSOL decidiu entrar com um Mandado de Segurança na Justiça do DF para proibir qualquer presença de veículos ou tropas militares durante as votações no Congresso Nacional”, disse o presidente do PSOL, Juliano Medeiros.

Quem também entrou na Justiça contra o ato militar atípico encampado por Bolsonaro no dia da análise da PEC do voto impresso foi o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

“Pedi à Justiça que impeça o gasto de recursos públicos em uma exibição vazia de poderio militar. As Forças Armadas, instituições de Estado, não precisam disso”, informou o congressista.

“Os brasileiros, sofrendo com as consequências da pandemia, também não. O Brasil não é um brinquedo na mão de lunáticos”, completo

Assista:

*Com informações da Forum

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