A vitória estratégica de Lula na retirada das tarifas é coisa de mestre de arte da guerra comercial.
Se a decisão de Trump de derrubar as tarifas de 40% sobre produtos agrícolas brasileiros foi mesmo impulsionada por pressões internas nos EUA – como a inflação galopante em alimentos e a proximidade das eleições legislativas de 2026 –, isso não diminui o mérito de Lula: ao contrário, amplifica sua jogada magistral.
Como um grande mestre do xadrez, Lula não forçou um xeque-mate imediato, mas posicionou as peças com a paciência dos monges porque nada floresce antes da hora e Lula sabia, com seu olhar para o ponto futuro, que sua hora chegaria e Trump recuaria.
A jogada de Lula, em vez de reagir com bravatas (como um certo ex-presidente faria), esperou o momento certo.
Após o tarifaço inicial de julho/agosto (que Eduardo Bolsonaro celebrou como “pressão contra o STF”), o Planalto montou uma coalizão discreta: lobby com o agro brasileiro nos EUA, conversas com o USTR (escritório comercial americano) e uma ligação estratégica com Trump.
Resultado?
Tarifas zeradas retroativamente a 13/11 para café, carne, frutas e cacau – aliviando US$ 2 bilhões em exportações anuais.
E o melhor: sem concessões humilhantes, como interferir no Judiciário brasileiro.
Pense no tabuleiro: Trump abriu com um gambito agressivo (tarifas como “punição” ao “lawfare” no Brasil, ecoando apelos de bolsonaristas como Eduardo).
Lula não contra-atacou de frente – isso poderia escalar para uma guerra comercial total.
Em vez disso, ele sacrificou peões menores (negociações paralelas sobre aço e alumínio, que ainda pagam 50%) para proteger o rei (o agro, que representa 40% das exportações para os EUA).
Agora, com Trump na defensiva por causa da inflação, Lula avança: o Itamaraty já sinaliza fim total das tarifas até dezembro, e o texto de Trump abre caminho para isso.
Aqui nas terras cabrálias, a diarréica direita bolsonarista que está toda no bolso do banco Master, lambe as feridas.
Resumo da Opera Bufa de Bananinha: Ele e a direita balaio de gato queriam usar as tarifas como arma contra Lula. Agora, o recuo vira bumerangue.
Se foi “pressão interna”, parabéns a Lula.
Trump, você jogou a carta que Lula já havia previsto há tempos e soube sentar confortavelmente e esperar a hora do bote.
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Decreto faz parte de esforço de Trump e autoridades para atender às crescentes preocupações dos norte-americanos com preços persistentemente altos dos alimentos
A Casa Branca emitiu nesta sexta-feira (14) um decreto do presidente Donald Trump para isentar determinados produtos agrícolas de tarifas recíprocas, que estão em vigor desde abril.
De acordo com nota publicada pela Casa Branca, entre os produtos que deixarão de estar sujeitos às tarifas recíprocas estão: café e chá; frutas tropicais e sucos de frutas; cacau e especiarias; bananas, laranjas e tomates; carne bovina; e fertilizantes adicionais (alguns fertilizantes nunca foram sujeitos às tarifas recíprocas).
O decreto faz parte de um grande esforço de Trump e de suas principais autoridades para atender às crescentes preocupações dos norte-americanos com os preços persistentemente altos dos alimentos.
De acordo com a agência Reuters, as novas isenções, que entram em vigor retroativamente à meia-noite de quinta-feira, marcam uma forte reviravolta para Trump, que há muito insiste que suas tarifas de importação não estão alimentando a inflação. Elas vêm depois de uma série de vitórias dos democratas em eleições estaduais e municipais na Virgínia, Nova Jersey e Nova York, onde a acessibilidade econômica foi um tópico importante.
São eles:
Café
Chá
Frutas tropicais (ex: manga, abacaxi, etc.)
Sucos de frutas tropicais
Cacau
Especiarias
Bananas
Laranjas
Tomates
Carne bovina (beef)
Fertilizantes selecionados
Segundo a Casa Branca, a medida modifica “o escopo das tarifas recíprocas que ele [Donald Trump] anunciou inicialmente em 2 de abril de 2025”. Na ocasião, o presidente dos Estados Unidos impôs um tarifaço global a produtos importados de vários países, e confirmou uma taxa de 10% para os produtos brasileiros. No evento, ele comunicou a aplicação de tarifa de 20% sobre a União Europeia, 34% sobre a China e 46% sobre o Vietnã, diz a Forum
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A reunião entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que aconteceu neste domingo (26), marcou um novo passo das negociações entre os dois países. Veja a íntegra do encontro ao final desta reportagem.
Essa foi a primeira vez que os líderes se encontraram oficialmente para conversar sobre as tarifas impostas pelos EUA às exportações brasileiras. Antes disso, Trump e Lula chegaram a falar por telefone e se encontraram brevemente na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro, segundo o G1.
Em entrevista a jornalistas após a reunião, o ministro das relações exteriores do Brasil, Mauro Vieira, afirmou que o encontro foi positivo, e reiterou que Lula voltou a pedir a suspensão das tarifas durante o período de negociação.
Mauro Vieira diz que reunião entre Lula e Trump foi positiva e que países esperam acordo em poucas semanas Mauro Vieira diz que reunião entre Lula e Trump foi positiva e que países esperam acordo em poucas semanas
A reunião entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que aconteceu neste domingo (26), marcou um novo passo das negociações entre os dois países. Veja a íntegra do encontro ao final desta reportagem.
Essa foi a primeira vez que os líderes se encontraram oficialmente para conversar sobre as tarifas impostas pelos EUA às exportações brasileiras. Antes disso, Trump e Lula chegaram a falar por telefone e se encontraram brevemente na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro.
Em entrevista a jornalistas após a reunião, o ministro das relações exteriores do Brasil, Mauro Vieira, afirmou que o encontro foi positivo, e reiterou que Lula voltou a pedir a suspensão das tarifas durante o período de negociação.
Entenda nesta reportagem o que foi discutido na reunião entre Lula e Trump e quais os próximos passos.
O que foi discutido na reunião? Negociação bilateral O encontro entre os dois líderes teve início na manhã deste domingo (26) e durou cerca de 50 minutos. Segundo representantes brasileiros, Lula voltou a pedir a suspensão das tarifas impostas a exportações brasileiras durante o período de negociação. Em resposta, Trump declarou que dará instruções à sua equipe para começar um processo de negociação bilateral entre EUA e Brasil. (Entenda mais abaixo)
“Nós esperamos em pouco tempo agora, em algumas semanas, concluir uma negociação bilateral que trate de cada um dos setores da atual tributação americana ao Brasil”, afirmou o ministro de relações exteriores do Brasil, Mauro Vieira, após a reunião.
Déficit na balança comercial O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Elias Rosa, afirmou, ainda, que Lula deixou claro que a motivação usada pelos EUA para impor a elevação de tarifas para o restante do mundo não se aplica ao Brasil, uma vez que o país tem déficit na balança comercial com os norte-americanos.
Nome de Bolsonaro sequer foi mencionado Rosa também destacou que os dois líderes não discutiram sobre a atual situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, reiterando que Lula apenas teria citado a injustiça da aplicação da Lei Magnitsky contra autoridades do Supremo Tribunal Federal (STF), indicando que os ministros respeitaram o processo legal e que “não há nenhuma perseguição política ou jurídica”.
Interlocução com a Venezuela e visitas recíprocas Por fim, Lula também se dispôs a ser um interlocutor no diálogo entre os EUA e a Venezuela, para buscar soluções “mutuamente aceitáveis e corretas entre os dois países”, e os dois líderes concordaram na necessidade de uma visita recíproca. (Veja mais abaixo)
Lula se diz agradecido por encontro com Trump: ‘Reunião que parecia impossível’
Início das negociações bilaterais e suspensão de tarifas Segundo os representantes brasileiros, Trump afirmou que daria instruções à sua equipe para dar início a um período de negociação bilateral. A expectativa do governo brasileiro era de um encontro entre as equipes ainda na noite deste domingo, no horário da Malásia, segundo o chanceler Mauro Vieira. Houve, entretanto, uma conversa por telefone entre ele e Jamieson Greer, e o encontro ficou para a manhã de segunda-feira (27).
“Esse será o primeiro passo do processo negociador, o encontro com os três membros da delegação americana […]. E vamos estabelecer um cronograma de negociação e estabelecer os setores sobre os quais vamos conversar para que possamos avançar”, disse Vieira.
Ainda de acordo com o ministro, o Brasil também deve pedir a suspensão das tarifas impostas pelos EUA durante o período de negociação. Não há, no entanto, previsão de se e quando as taxas devem ser suspensas.
“Esperamos em pouco tempo agora, em algumas semanas, concluir uma negociação bilateral que trate de cada um dos setores da atual tributação americana ao Brasil”, disse Vieira, destacando que Lula está disposto a conversar sobre “todos os setores e áreas de comércio bilateral, e também sobre a questão de minerais críticos e terras raras”.
Interlocução com a Venezuela Segundo Vieira, Trump teria agradecido e concordado com a proposta de Lula, de servir como um interlocutor para o diálogo entre os EUA e a Venezuela. O ministro, no entanto, não detalhou de que forma ou quando essa intermediação poderia acontecer.
Trump no Brasil e Lula nos EUA Vieira também afirmou que houve um entendimento entre os dois presidentes sobre a necessidade de visitas recíprocas.
“O presidente Trump quer ir ao Brasil e o presidente Lula aceitou também, disse que irá com prazer aos Estados Unidos no futuro”, disse o ministro, sem dar mais detalhes de quando as visistas devem acontecer.
Veja:
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Relatórios de entidades como CNI e Fiemg, é que estão atestando isso. Vamos aos fatos, porque é isso que interessa.
O “tarifaço” não derrubou a economia brasileira, graças às exceções e à resiliência (crescimento projetado de 2,4% para 2025 pela Suno Research).
Evidentemente há perdas localizadas. Mas, no grosso, não. Exportações para EUA caíram 15-20% em setores afetados, mas o superávit com a China compensou.
Detalhe fundamental
O tarifaço acelerou diversificação das exportações brasileiras. Ali, na batata, o PIB brasileiro segue em 2,4%, balança resiliente via China/UE.
O ronca e fuça, Donald Trump, sai mais prejudicado (queda de 0,37% no PIB US vs. 0,16% no BR).
Essa dinâmica mostra como interferências externas podem backfire, especialmente em um país com forte identidade nacional como o Brasil.
O Focus Poder acertou ao prever o “tiro no pé” de Trump, e o FT só validou o que já era evidente para analistas atentos.
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Efetivamente, o que Trump fez de bom para os EUA com suas variantes de tarifas para todo o planeta?
Que ciência econômica é essa que faz o povo americano pagar mais caro nos produtos penalizados com as tarifas?
Cada um vê, a seu modo, todo o palavrório e ações destrambelhadas de Trump.
Mas o objetivo desaparece quando é confrontado com os números da economia dos EUA da era Trump 2.0.
Onde há poeira, folha e palha seca, a veneta de turbilhonar a economia norte-americana se apresenta como a arma fantástica de Trump pra fazer espetáculo sem entregar prosperidade real ao pais e aos americanos.
As tarifas, que prometem proteger empregos e reduzir déficits comerciais, na prática, funcionam como um imposto regressivo que pesa mais nos bolsos dos consumidores americanos.
Déficit de bens subiu para US$ 1,2 tri em 2024 (pré-tarifas); em 2025, importações caíram 13% em alguns setores, mas retaliações aumentaram custos de exportações.
A ciência econômica é clara: tarifas são ineficientes para “fazer bombar” a economia; elas protegem poucos às custas de muitos, e retaliações amplificam o dano.
Se o objetivo é prosperidade, políticas como investimentos em educação/trabalho, seriam mais eficazes. Trump 2.0 ainda é cedo para julgar, acordos recentes com China/UK podem mitigar, mas o risco de recessão profunda nos EUA é real.
A ver
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A nova pesquisa Genial / Quaest, divulgada nesta semana, mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva consolidou vitórias simbólicas em nos principais embates políticos recentes: a polêmica do tarifaço de Donald Trump e a narrativa sobre a tentativa de golpe de Estado. Com aprovação estável em 46%, Lula não apenas manteve sua base social mobilizada, mas também avançou em segmentos estratégicos, como o eleitorado evangélico e, sobretudo, o centro político, que passou a rejeitar fortemente majoritariamente as teses bolsonaristas sobre o STF e as tarifas.
Depois de ter caído a 40% em maio, a aprovação de Lula voltou a 46% e manteve esse patamar. Entre os eleitores com renda de até dois salários mínimos, sua aprovação permanece firme em 54%. A novidade é o crescimento entre evangélicos: a aprovação subiu para 35% e a desaprovação recuou para 61%, um movimento relevante em um segmento historicamente difícil para a esquerda.
O dado mais impactante, contudo, é a percepção sobre o tarifaço.
Uma esmagadora maioria de 73% dos brasileiros considera que Donald Trump está errado ao cogitar sanções contra o Brasil sob o argumento de perseguição a Jair Bolsonaro.
Apenas 20% concordam com essa tese, núcleo que corresponde ao bolsonarismo mais duro.
Entre lulistas e a esquerda não-lulista, 91% discordam de Trump. No centro, 85% também rejeitam essa narrativa. Mesmo na direita não-bolsonarista, 53% se posicionam contra o tarifaço, e até entre bolsonaristas, 41% admitem que Trump está errado.
O movimento liderado por Eduardo Bolsonaro, ao articular sanções nos EUA, acabou associando seu grupo ao tarifaço. Essa é uma marca negativa que produziu desgaste até em sua própria base, visto que entre a direita não-bolsonarista, uma maioria de 53% rejeita a iniciativa de Trump. Mesmo entre bolsonaristas, um grupo grande de 41% acha que Trump está errado.
*O Cafezinho
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Com isso, um quarto das exportações brasileiras aos EUA fica livre do tarifaço
A exclusão da celulose e do ferro-níquel da lista de produtos sujeitos às sobretaxas impostas pelos Estados Unidos abriu espaço para que 25,1% das exportações brasileiras ao país fiquem livres do tarifaço implementado pelo presidente Donald Trump.
Segundo cálculos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), em 2024 as vendas brasileiras aos EUA que não sofreram impacto das tarifas — sejam elas a alíquota linear de 10%, o adicional de 40% vinculado ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro ou os encargos setoriais sobre aço e alumínio — chegaram a US$ 10,1 bilhões.
Impacto das tarifas sobre os produtos brasileiros De acordo com o levantamento, 34,9% das exportações (US$ 14,1 bilhões) continuam sob o tarifaço de 50%, que atinge mercadorias como café e cacau.
Já US$ 6,8 bilhões (16,7%) das vendas estão sujeitos apenas à tarifa de 10% anunciada em abril, enquanto outros US$ 9,4 bilhões sofrem incidência de tarifas setoriais, como a do aço, que chega a 50% e é aplicada a todos os parceiros comerciais dos EUA.
Apesar da retirada da celulose e do ferro-níquel, outros dez produtos tiveram a tarifa de 10% suspensa, mas seguem sujeitos à alíquota adicional de 40% imposta apenas ao Brasil. Nesse grupo estão minerais brutos, níquel e herbicidas, que somaram cerca de US$ 113 milhões em exportações no ano passado.
Benefício direto para a indústria brasileira de celulose A medida tem efeito relevante sobre a cadeia de celulose, já que o Brasil exportou 2,8 milhões de toneladas do produto para os EUA em 2024 — o equivalente a 15% das vendas totais ao exterior. Três tipos de celulose foram incluídos na isenção, mas permanecem válidos os 50% de sobretaxa sobre papéis em geral e painéis de madeira.
De acordo com o ICL, empresas brasileiras do setor atuaram ativamente para reverter a tarifa, contratando escritórios de advocacia e lobistas nos EUA. A pressão também partiu de fornecedores e clientes americanos, interessados em garantir o fornecimento de insumos essenciais para a produção de papel higiênico, fraldas e lenços umedecidos.
Alterações em outras categorias A mesma ordem executiva publicada na última sexta-feira (5) também promoveu ajustes em outras frentes. Segundo o Mdic, 76 produtos passaram a ser enquadrados apenas nas tarifas da seção 232 — regime no qual já estavam incluídos —, enquanto sete itens químicos e plásticos industriais passaram a ser tarifados em 10% além da alíquota extra de 40% exclusiva para o Brasil.
Esses produtos representaram US$ 145 milhões em exportações brasileiras em 2024.
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72% acreditam que Trump está ‘errado ao impor taxas por acreditar que há uma perseguição a Bolsonaro’
Uma nova pesquisa Genial/Quaest apontou um crescimento de 3 pontos percentuais na aprovação do governo Lula pelos brasileiros. O levantamento, realizado entre os dias 10 e 14 de julho e divulgado nesta quarta-feira (16), demonstrou a aprovação direta da população às respostas do presidente diante das tarifas anunciadas em 9 de julho por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, aos produtos brasileiros.
A pesquisa também indica a queda da desaprovação. Enquanto 43% dos entrevistados aprovam o governo atual, 53% desaprovam. No último levantamento, de maio deste ano, a aprovação era de 40% e a desaprovação de 57%. A última vez que o governo apresentou um salto de aprovação ocorreu entre maio e julho de 2024, há um ano, quando havia crescido 4 pontos percentuais.
Além da avaliação sobre o governo, os entrevistados responderam diretamente sobre as ações dos EUA. 72% acreditam que Trump está “errado ao impor taxas por acreditar que há uma perseguição a Bolsonaro no Brasil”; 63% veem como incorreta a afirmação de que a relação comercial entre Brasil e Estados Unidos é “injusta”; e 79% afirmam que as altas tarifas vão prejudicar a vida dos brasileiros.
Além disso, 44% responderam que “Lula e o PT” estão fazendo o que é mais certo nesse embate. 29% afirmaram que o posicionamento correto seria o de Bolsonaro e seus aliados, enquanto 15% responderam “nenhum dos dois”.
Perfil dos entrevistados A mudança foi puxada, especialmente, pelo eleitorado feminino. Neste grupo, a desaprovação passou de 54% para 49%, enquanto a aprovação subiu de 42% para 46%. Entre os homens, a aprovação permaneceu estável, em 39%, enquanto a desaprovação caiu um ponto, passando de 59% para 58%.
Também foi perceptível a melhora na avaliação do governo para os eleitores com mais escolaridade. Enquanto os entrevistados com ensino superior completo demonstraram um salto de 12% na aprovação entre maio e julho deste ano, passando de 33% para 45%, e diminuição de 64% para 53% na desaprovação, o grupo com ensino médio completo diminuiu a aprovação de 37% para 35%.
Entre as pessoas com escolaridade até o ensino fundamental, a aprovação segue maior do que a desaprovação desde o início do governo, se aproximando de um empate técnico em maio deste ano. Na pesquisa atual, porém, a vantagem voltou a aumentar, com 51% de aprovação e 42% de desaprovação.
No recorte por religião, o grupo católico apresentou uma inversão recente: enquanto na última pesquisa a aprovação (45%) era menor do que o grupo que desaprova (53%), desta vez, a aprovação chegou a 51% e a desaprovação caiu para 45%. Entre os evangélicos, a desaprovação cresceu, passando de 66% para 69%. A aprovação, que era de 30%, foi para 28%.
*BdF
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U.S. Chamber of Commerce faz apelo junto a Amcham Brasil pedindo para o presidente Donald Trump suspender as tarifas de 50% contra o Brasil
A U.S. Chamber of Commerce, a maior organização empresarial do mundo que representa grandes corporações e associações setoriais nos Estados Unidos, pediu para o presidente americano Donald Trump suspender as tarifas de 50% contra o Brasil. O apelo foi feito via nota assinada em conjunto com a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil).
As entidades solicitam que Brasil e Estados Unidos se engajem em negociações de alto nível para evitar a implementação das tarifas de 50% a partir de agosto. Elas alertam que a medida tem o potencial de provocar danos graves a uma das relações econômicas mais importantes dos Estados Unidos e estabelecer “um precedente preocupante”. A nota lembra que o Brasil está entre os dez principais mercados de exportação dos EUA e que 6.500 empresas americanas dependem de produtos importados do Brasil.
“A imposição dessa medida como resposta a questões políticas mais amplas tem o potencial de causar danos graves a uma das relações econômicas mais importantes dos Estados Unidos, além de estabelecer um precedente preocupante”, diz a nota. “A tarifa proposta de 50% afetaria produtos essenciais às cadeias produtivas e aos consumidores norte-americanos, elevando os custos para as famílias e reduzindo a competitividade de setores produtivos estratégicos dos Estados Unidos”, completa.
*Veja
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Depois de prometer taxar os produtos do Brasil em 50%, Trump anuncia tarifas de 30% sobre a UE e o México
O anúncio das novas tarifas por Trump frustrou as esperanças de acordos comerciais que evitariam tais impostos punitivos. As tarifas entrariam em vigor em 1º de agosto.
Trump pode desencadear outro choque no mercado, alertam investidores.
O maior exportador de vestuário da África pode falir devido às tarifas dos EUA.
Certamente, pensando em uma guerra contra a China, os EUA exigem saber o que os aliados fariam por Taiwan em caso de guerra.
Por que Wall Street está ignorando as crescentes ameaças de Trump sobre tarifas?
Simples, os investidores se sentem livres para continuar aumentando os preços das ações porque presumem que Trump sempre recuará de seus planos tarifários mais custosos, disseram analistas de mercado.
O bilionário da tecnologia e conselheiro de Trump, Marc Andreesen, diz que as universidades ‘pagarão o preço’ pela DEI.
Em um bate-papo privado, Andreessen atacou as faculdades por promoverem a diversidade, dizendo que elas discriminavam “crianças nativas”.
Lojas de presentes de parques são obrigadas a remover itens que ‘depreciam os americanos’
A diretriz do Serviço de Parques Nacionais faz parte de um esforço mais amplo do governo Trump para reformular a maneira como a história americana é contada nas instituições federais.
Gatilho das maluquices de Trump Preço do café sobe nos EUA após Trump ameaçar impor tarifas de 50% ao Brasil
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