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A raiz do genocídio no Brasil está na economia, no neoliberalismo imposto por Moro e Bolsonaro

Todo o processo de desnaturação da democracia a que assistimos no golpe em Dilma e, depois, em Lula, tinha a mesma raiz, a busca pelo lucro maior e pelos privilégios das classes economicamente dominantes.

Se nós não tivermos capacidade de entender isso, a esquerda pode até recuperar o poder, mas o processo que levou o país a essa hecatombe humanitária se manterá como semente permitindo que, à frente, esse processo seja retomado junto com os interesses que cercam essa perversidade.

Se hoje há como resultado uma tragédia humanitária no modelo escolhido por Bolsonaro, com a busca criminosa pela suposta imunidade de rebanho para o enfrentamento da covid, num outro momento, com a volta desse modelo econômico, outras hecatombes recairão sobre as camadas mais pobres da população.

É bom acrescentar aqui que não há qualquer diferença no modelo econômico adotado pela ditadura militar do atual governo ainda mais militar.

Na verdade, o que se vive hoje no Brasil foi herdado daquele período em que o modelo cívico brasileiro ficou totalmente subordinado à economia neoliberal. E o resultado foi uma dívida considerada impagável com o FMI, sendo paga por Lula décadas depois. Com os governos militares vieram a recessão e a hiperinflação que produziram uma explosão de favelamento no país.

A ideia de territorialização corporativa que se expandiu enormemente nos governos militares durante a ditadura, entregou recursos nacionais para serem utilizados, sobretudo a serviço das corporações internacionais. E o resto, como tanto gosta de falar Paulo Guedes, foi utilizado para o resto da sociedade, o que mostra que o cálculo econômico de hoje busca organizar o país da mesma forma. São as corporações que no período militar utilizaram e utilizam hoje o que há de mais essencial dos recursos públicos.

Não há outro dado a acrescentar para explicar a situação trágica a que o Brasil chegou nesse período de pandemia.

Bolsonaro, para se manter no governo, mesmo enfrentando uma saraivada de denúncias de crimes cometidos por ele e seu clã, preferiu arrumar uma briga com a sociedade do que com o grande capital internacional, obtendo como resultado esse genocídio que já matou mais de meio milhão de brasileiros, respaldado no factoide de que era preciso organizar o país a partir da economia para enfrentar a pandemia, impondo ao povo uma cartilha de incontáveis mentiras para se chegar a essa catástrofe que consagrou Bolsonaro como o maior genocida do mundo na atualidade.

Mas é bom lembrar que o que nós vivemos hoje teve início na Lava Jato de Moro, que foi a grande central dos interesses do mercado, do dinheiro em estado puro, dos banqueiros e seus templos. Foi essa concepção de sociedade em que o ser humano, no Brasil, passou a ser totalmente residual, que todo um processo foi dominado para que uma democracia de mercado fosse instalada a ferro e fogo.

E o resultado foram os golpes em Dilma, a prisão de Lula e a sociedade vítima de dois dos maiores vigaristas da história do Brasil, Bolsonaro e Moro. E foi com essa parceria que o Brasil chegou a uma tragédia humanitária e hecatombe econômica que não deixam a mínima esperança de melhora, não em curto tempo.

O que preveem os economistas é que o Brasil, com Bolsonaro, mesmo depois da pandemia, baterá recordes sobre recordes de desemprego e empobrecimento do seu povo.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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CPI, independência ou pizza

Ninguém esperava nada de verdadeiro vindo da boca de Pazuello, tanto que ele recorreu ao STF para ter o direito de mentir e não ser preso, sem falar que queria dar uma carteirada indo de farda ao depoimento para tentar intimidar senadores.

Deu volta, deu volta e acabou por confirmar que em nenhum momento teve qualquer atrito com Bolsonaro, o que era óbvio, já que todos sabem que Pazuello era um mero leva e traz de Bolsonaro, o verdadeiro ministro da Saúde é o próprio presidente da República, porque já seria responsabilizado pelo morticínio que está sob a batuta do comandante da nação e, consequentemente, a principal responsabilidade pelas ações e omissões do governo federal, ele e sua caneta Bic.

Bolsonaro, com essa atitude, só mostrou que, enquanto em outros países se buscava uma política de combate à pandemia, aqui o que vimos foi a destituição do ministro da Saúde e, por consequência, a omissão do ministério nas questões mais agudas. Tudo para que o vírus ganhasse força, contaminando toda a população para se chegar na suposta imunidade de rebanho, na base do morra quem tiver que morrer e viva quem tiver que viver. Assim, a economia seria de R$ 20 bilhões.

No sentido prático, o resultado foi, o Brasil tem 2,7% da população mundial. Se tivesse 2,7% das mortes por Covid-19, seriam 92.508 vidas perdidas. Até hoje, são 346.870 mortes em excesso do que seria esperado pelo tamanho da nossa população.

Ou seja, há uma diferença enorme do ponto de vista percentual entre população e casos e mortes por covid, o que mostra de maneira clara quanto custou em termos de vidas a política genocida adotada pelo Brasil.

E é sobre essa questão que não há mais discussão, que a CPI terá que dar a resposta. Uma coisa é unânime para quem assistiu ao depoimento de Pazuello ontem, o sujeito mentiu desbragadamente sem uma vírgula de pudor para livrar a cara de Bolsonaro.

Mas fica a pergunta ainda mais cara, e daí, o que vai acontecer com os envolvidos diretamente nesse morticínio? Que preço pagará o chefe da nação, responsável direto por essa tragédia humanitária?

Essas são as perguntas que os brasileiros fazem, porque, do contrário, ficará a impressão para a sociedade de que tudo não passou de um grande teatro.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Com o Brasil consternado com o caos em Manaus, Carlos Bolsonaro posta vídeo batendo panela com um pênis

É emblemática a atitude de Carlos Bolsonaro, o filho que tem mais influência sobre as atitudes criminosas do pai.

A atitude dele é de um psicopata, não resta dúvida. Ninguém, com juízo perfeito, teria uma atitude tão infame diante da dor dos familiares de centenas de milhares de vidas perdidas no país, mas principalmente num dia em que toda a nação está chocada com a tragédia humanitária que acontece em Manaus, por culpa exclusiva da família Bolsonaro, da qual o autor do vídeo é parte.

Não há como pensar no horror que assombra o Brasil e separar isso de uma atitude aloprada, sobretudo quando se sabe que ele e seu pai são literalmente inimigos mortais do povo brasileiro e arrastam com eles todo o mal que essa atitude anuncia.

Carlos usa um pênis de borracha para bater em uma frigideira como se  comemorasse, numa apoteose, a tragédia humanitária de Manaus, como quem diz, foi pra isso mesmo que elegemos Bolsonaro.

A atitude de Carlos Bolsonaro não é de uma galhofa, mas de uma pessoa criminosa que, como vereador, deveria ser imediatamente cassado.

*Da redação

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O estado de coisas que Manaus vive hoje foi uma construção de anos na mídia

Todos os dias tem gente exaltando golpes e torturadores, diz conselheiro de Biden sobre governo Bolsonaro.

Arturo Valenzuela, conselheiro de Joe Biden, afirmou, em entrevista ao Valor Econômico, que os EUA já tiveram problemas com o Brasil, mas nada comparado ao que ocorre no governo Bolsonaro.

‘O senhor acha que este é o pior momento da relação Brasil com os EUA?’, foi perguntado a Valenzuela.

Ele respondeu:

Já tivemos problemas com outros governos [brasileiros]. Mas, o que vimos até hoje não tem nenhuma comparação com o que acontece com o governo de Bolsonaro, no qual tem gente todos os dias exaltando golpes de Estado e torturadores.

Em 14 dias de 2021 a pandemia matou mais no AM do que em todo o ciclo da doença, de abril a dez.

“Manaus entrando em colapso neste momento. E se nada for feito estas cenas trágicas vão se repetir em outras partes do país.” afirma Miguel Nicolelis

Ninguém, nem país algum chega a uma tragédia como essa de Manaus sem que o terreno seja pavimentado com bastante antecedência.

Esta imagem do comandante das forças armadas, general Villas Bôas vestido a caráter com roupa de guerra e que viria a protagonizar contra o habeas corpus de Lula para a vitória de um genocida e fazer parte de seu governo, assim como tantos generais que hoje jogam o Brasil na sua pior tragédia humanitária, foi milimetricamente planejada junto com a mídia, mas sobretudo com a Globo.

Essa entrevista de Bial, um conhecido reacionário, vassalo dos Marinho, a ponto de ser escolhido a escrever a biografia do patrão, diz muito mais que um milhão de palavras sobre a dor, o sofrimento e a angústia de mais de 200 mil brasileiros vitimas da Covid e seus familiares.

Que não esqueçamos nunca como essa tragédia foi construída, capítulo a capítulo, em parceria com a mídia brasileira.

*Da redação

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