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ONU pede que países ‘ajam com urgência’ para evitar que Israel amplie guerra no Oriente Médio

Irã disse que vai retaliar assassinato cometido em seu território; países pedem que cidadãos deixem o Líbano.

O alto comissário das Nações Unidas para os direitos humanos, Volker Türk, pediu nesta segunda-feira (5) por maiores esforços diplomáticos para evitar uma guerra aberta entre Israel e outros países do Oriente Médio. As declarações ocorrem em meio a ataques israelenses no Líbano e o aumento da retórica belicista iraniana.

“Profundamente preocupado”, disse Türk, que pediu “a todas as partes, assim como os Estados com influência, que ajam com urgência” para evitar o alastramento do conflito.

Na semana passada, os assassinatos do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã e do líder militar do Hezbollah, Fuad Shukr, no Líbano aumentaram as tensões na região. Israel não assumiu o ataque contra Haniyeh, mas havia declarado a intenção de destruir o grupo por causa dos ataques de 7 de outubro.

As mortes fizeram o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, declarar que Israel tinha ultrapassado as “linhas vermelhas”, enquanto o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, ameaçou com “punição severa”.

“O Irã tem legalmente o direito de punir” Israel, insistiu o porta-voz da diplomacia iraniana, Naser Kanani, nesta segunda-feira em Teerã.

No domingo, ministros das Relações Exteriores do G7 disseram temer “uma regionalização da crise, começando pelo Líbano”, onde Israel responderia em caso de ataque do Hezbollah, e pediram para evitar “uma nova escalada”.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, teria dito a seus homólogos do G7 que Irã e o Hezbollah podem lançar um ataque contra Israel dentro de 24 ou 48 horas, ou seja, a partir desta segunda-feira, segundo a imprensa estadunindese.

Blinken também conversou por telefone com o primeiro-ministro iraquiano, Mohamed Shia al Sudani, sobre a “importância das medidas” para acalmar a situação, diante da possibilidade de ataques de grupos armados iraquianos favoráveis ao Irã.

O principal aliado de Israel, os Estados Unidos, que reforçou sua presença militar no Oriente Médio, garantiu que “ao mesmo tempo tenta acalmar a situação diplomaticamente”. Mas em um ato celebrado em Jerusalém na noite de domingo, o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, insistiu que seu governo está “decidido a opor-se” ao Irã e seus aliados “em todas as frentes”.

O Ministério da Saúde libanês anunciou nesta segunda-feira (5) a morte de duas pessoas em um ataque israelense no sul do Líbano, poucas horas depois de um bombardeio do grupo Hezbollah contra o norte de Israel.

O Hezbollah abriu uma “frente de apoio” ao Hamas no sul do Líbano, após 7 de outubro, com uma troca de tiros diária com o Exército de Israel. A violência na fronteira matou pelo menos 549 pessoas no Líbano desde outubro, a maioria combatentes do Hezbollah, mas também 116 civis, segundo um balanço da agência AFP.

Em Israel e nas Colinas de Golá ocupadas, 22 soldados e 25 civis morreram desde outubro, segundo as autoridades.

*Com AFP, Al Jazeera e Haaretz/BdF

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Vitória do governo: Plenário da Câmara aprova urgência do PL das Fake News

Câmara ainda precisa aprovar o mérito do PL das Fake News que vem sendo debatido na Casa há três anos.

Nesta terça-feira (25/4), o plenário da Câmara dos Deputados aprovou requerimento de urgência para votação do PL das Fake News. Foram 238 votos favoráveis e 192 contrários. Pelo cronograma, na próxima terça-feira (2/5) o plenário votará o mérito do texto.

A votação só foi possível após acordo entre líderes que concedeu ao Palácio do Planalto um pouco mais de tempo para arrefecer a crescente pressão contra a proposta, por iniciativa de plataformas como Google, Facebook e TikTok.

O texto busca regular as plataformas digitais, as chamadas big techs, para o controle de propagação de desinformação em massa. A matéria ganhou tração após os ataques do dia 8 de janeiro e do ataque contra a creche de Blumenau, em Santa Catarina.

O calendário foi construído na tarde desta terça em uma reunião entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com líderes partidários. Deputados contrários ao texto sugeriram mudanças ao relator Orlando Silva (PCdoB-SP). A previsão é que uma nova versão do parecer seja apresentada na próxima quinta.

Mais cedo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, entregou a Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, sugestões para serem agregadas ao projeto de lei.

Descumprimento de acordo

Durante a sessão, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), pediu respeito aos deputados de oposição para que o acordo firmado para votar a urgência do PL no plenário fosse cumprido.

O projeto das fake news vem sendo discutido desde a gestão de Jair Bolsonaro (PL) e sofre críticas de deputados e senadores alinhados ao ex-presidente. Ele prevê o estabelecimento de medidas de combate à disseminação de conteúdo falso nas redes sociais e serviços de mensagens, como WhatsApp e Telegram.

Após a fala dura do deputado Marcel Van Hattem (Novo-SP) contra o PL, parlamentares contrários ao projeto entoaram “censura não”.

Lira solicitou que a sessão seguisse sem “balbúrdia” ou, caso contrário, o regimento interno para que a matéria fosse submetida a votação simbólica seria invocado.

*Com Metrópoles

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