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Senadores discutem votar fim da reeleição até o fim do ano

Em reunião de líderes nesta quinta-feira, senadores entraram em um consenso para colocar em votação até o fim deste ano a proposta de emenda constitucional que estipula o fim da reeleição e o mandato de cinco anos para presidente, governadores, prefeitos. Nos próximos dias, Rodrigo Pacheco deve escolher um senador para relatar essa PEC na casa.

Na semana passada, Pacheco já havia sinalizado a intenção de discutir esse assunto durante um evento no Rio de Janeiro. Lá, ele se posicionou contrário à reeleição, defendeu o aumento do tempo de mandato e concomitância de eleições estaduais e nacionais com as municipais e afirmou que o Senado estava “muito ávido” para debater esse tema.

No Rio, na Conferência Hemisférica de Seguros da Fides (Federação Interamericana das Empresas de Seguros), Pacheco disse:

— Eu indago o instituto da reeleição no poder Executivo: fez bem ao Brasil? A minha percepção é de que não foi bom para o país. Quando se coloca no colégio de líderes, todos tendem a acreditar que o fim da reeleição seja bom para o Brasil.

Há uma preocupação em alongar os mandatos de quatro para cinco anos e em ajustar para que todas as eleições gerais ocorram de forma simultânea. Quando tratou do assunto, Pacheco avaliou que as mudanças seriam importantes para frear um “estado eleitoral permanente”. Ele afirmou:

— A conveniência da popularidade do mandatário, a instituição do voto e a instituição da eleição resultará em um estado eleitoral permanente. Aquele mandatário que tem a oportunidade de governar e, por vezes, deixa de tomar medidas por vezes antipáticas em função da reeleição, pela perspectiva de ter votos — afirma. — A reeleição acaba sendo um instituto que inibe a autonomia e o dever que tem o mandatário de tomar as decisões.

A discussão na reunião de líderes é para que essa proposta, assim como a outra que limita o mandato de ministros do Supremo, se aprovada, passe a valer somente a partir de 2030. Isso daria um longo período de transição da aprovação da matéria à efetivação da medida.

 

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Política

Bolsonaro pode ser preso por decidir que nordestinos não são aptos a votar

É pouquíssimo provável em um governo extremamente centralizador como o de Bolsonaro que o plano de Anderson Torres para impedir eleitores de Lula de irem votar no segundo turno não tivesse o aval do chefe. Por conta disso, o então ministro da Justiça guarda a senha que pode liberá-lo da cadeia e colocar Jair em seu lugar.

Muitos antes das hordas vandalizarem o Palácio do Planalto, o Congresso e o STF, em 8 de janeiro, antes mesmo dos trancamentos de rodovias para tentar evitar a posse de Lula sob vistas grossas da Polícia Rodoviária Federal, a primeira tentativa de golpe foi executada no dia 30 de outubro, quando a PRF, sob as ordens do diretor-geral Silvinei Vasques e do próprio Torres, criou bloqueios que dificultaram o deslocamento de eleitores principalmente no Nordeste, diz Leonardo Sakamoto, no Uol.

Como não conseguiu conquistar a região com propostas, a campanha de Bolsonaro decidiu que o nordestino não era apto a votar. Para tanto, usou a estrutura do Estado a fim de impedir que cidadãos depositassem seu voto, um crime bisonho.

Os bloqueios golpistas ainda custaram mais de R$ 1,3 milhão aos cofres públicos. O governo Bolsonaro jogou para o contribuinte a conta da tentativa de golpe.

Inquérito da Polícia Federal sobre o caso aponta que o setor de inteligência do Ministério da Justiça fez um levantamento dos locais onde o petista foi mais votado para subsidiar bloqueios de estradas no segundo turno. Não só isso, como ele viajou à Bahia para pedir apoio da superintendência da PF local à ação da PRF. As informações foram reveladas pelo jornal O Globo.

Já como secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Torres mudou a estrutura do policiamento da Esplanada dos Ministérios e viajou para os Estados Unidos, onde teria se encontrado com Jair Bolsonaro, em autoexílio desde que deixou a Presidência. A polícia, por conta disso, não foi capaz de conter os golpistas que perpetraram ações terroristas contra o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal no 8 de janeiro.

Depois disso, ainda surgiu um documento de natureza golpista no armário de sua casa, guardado por burrice, certeza de impunidade ou, psicanaliticamente, uma vontade inconsciente de ser descoberto. Ou seja, não foi apenas uma vez, é muito golpismo para uma só pessoa.

Como expliquei aqui cinco dias após os atos golpistas de janeiro, claro que sou contra a perversão do instrumento que ficou conhecido como “delação premiada”. Pessoas foram condenadas em praça pública durante a operação Lava Jato com base em confissões de criminosos que queriam salvar a si próprios, sem a preocupação de que os fatos fossem verdadeiros.

Feita a ressalva e considerando que o governo Bolsonaro foi abertamente golpista, imagino o bem que faria à República um derradeiro ato de coragem de Anderson Torres, delatando Jair.

Uma delação de Anderson Torres faria bem a ele e à democracia. Não faz sentido manter a lealdade a um político conhecido por abandonar seus antigos aliados na beira da estrada quando eles não forem mais úteis. Ele acha que, daqui a cinco anos, Jair vai levar Marlboro para ele nos dias de visita? Pergunta para Daniel Silveira se o ex-presidente lembra que o ex-deputado e hoje presidiário existe.

Quando se fala em golpe de Estado, a imagem histórica remete a uma fila de tanques descendo de Minas Gerais até o Rio de Janeiro e a imagem moderna aponta para um cabo e um soldado batendo na porta do STF. Mas o uso de tropas é desnecessário. Para um golpe, basta que o Poder Executivo passe a governar sem freios nem contrapesos dos outros poderes. Ignorando o Judiciário e a Constituição, que prega o direito e o respeito ao voto.

Uma delação premiada não salvará a biografia de Torres, mas vai ajudar a jogar luz sobre sucessivas tentativas de impor uma ditadura no Brasil pela via da força, o que ajudaria na punição do mandante, e aliviaria não sua consciência, mas a sua pena.

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Vídeo – Escândalo: Diretor da PRF que impede nordestinos de votar postou apoio a Bolsonaro

O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, pediu votos para Bolsonaro, e agora organiza operações para impedir os votos dos nordestinos, onde Bolsonaro é odiado.

O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, pediu votos para Bolsonaro, e agora organiza operações para impedir os votos dos nordestinos, onde Bolsonaro é odiado.

Em um post feito no story de sua conta pessoal no Instagram, na noite deste sábado, o policial escreveu “vote 22, Bolsonaro presidente”. O pedido estava acompanhado de uma foto da bandeira do Brasil, mas foi apagado no início da tarde deste domingo.

Na rede de fotos e vídeos, Vasques já compartilhou com os mais de 41 mil seguidores, algumas vezes, fotos ao lado de Bolsonaro em compromissos oficiais de governo que contaram com a presença da PRF.

O Nordeste é um reduto de votos antibolsonaristas, onde a extrema direita é odiada pela sua política ultraliberal de fome e miséria. O roubo dos votos nordestinos foi um fator chave das eleições manipuladas de 2018.

Policial rodoviário federal desde 1995, Silvinei Vasques já foi coordenador-geral de operações, além de exercer atividades de gerência e comando. Foi também superintendente nos estados de Santa Catarina e Rio de Janeiro. Antes de ser promovido a diretor, atuou como secretário municipal de segurança pública e de transportes na cidade de São José, em Santa Catarina, entre 2007 e 2008.

No histórico desse agente de extrema direita, também consta participação em “cursos policiais no Brasil e no exterior, entre eles, o curso da Escola da Swat (Course Swat School – HSS International), no Departamento de Polícia de Orange, na Califórnia (EUA)”. Como não poderia deixar de ser, possui vínculos com o aparato repressivo imperialista.

Vasques é um dos dirigentes de polícia mais alinhados ao bolsonarismo. Em janeiro, por exemplo, esteve por uma semana em Las Vegas, nos Estados Unidos, para participar da feira de tiro esportivo Shot Show 2022, um evento que costuma ser frequentado por filhos do presidente, como o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro.

Repudiamos esse acionar do aparato repressivo do Estado, nicho da extrema direita. É necessário combater o bolsonarismo nas ruas, com um programa anticapitalista, acabando com os privilégios dos faraós policiais que odeiam a população pobre e os nordestinos.

*Com Esquerda Diário

https://twitter.com/felipeneto/status/1586762205344808968?s=20&t=TGqTvYrNyuyIy9_1wkaPEA

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Vídeo – Felipe Neto: “Por que vou votar no Lula?”

O youtuber Felipe Neto celebrou neste sábado (3) o alcance de seu vídeo “Por que vou votar no Lula?”, no qual explica de forma didática que os verdadeiros corruptos são os Bolsonaro. “O vídeo “Por que vou votar no Lula?” atingiu 11 milhões de pessoas apenas nas minhas redes. Sem contabilizar todos que compartilharam o vídeo em whatsapp, face, insta, etc. Isso em 48h. Vamos em frente!”, postou no Twitter.

O criador de conteúdo, que já declarou voto ao presidenciável petista no primeiro turno das eleições de 2022, fez o vídeo motivado por uma pergunta que alegou receber frequentemente: “Por que você vai votar no Lula sendo que ele roubou tanto?”.

“Eu pensava a mesma coisa”, admitiu Felipe. “Eu falava que ele é um bandido, ladrão, roubou o Brasil inteiro, botou um monte de dinheiro no bolso. Agora eu pergunto para você que acreditou nessa narrativa: cadê o dinheiro do Lula? Essa é a primeira pergunta que tem que ser feita”, inicia Felipe Neto em sua mensagem.

Assista:

https://twitter.com/felipeneto/status/1565509136414015489?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1565509136414015489%7Ctwgr%5E013f24c681e08c34f946147dd6f0c21020be2d44%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.brasil247.com%2Fmidia%2Ffelipe-neto-publica-video-por-que-vou-votar-no-lula-e-celebra-repercussao

*Com 247

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