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Afrontando governador Renan Filho, Bolsonaro põe exército nas ruas em sua visita a Alagoas

Bolsonaro visitará Alagoas nesta quinta, estado governado pelo filho de Renan Calheiros, Renan Filho, e prepara uma afronta sem precedentes. Em vez da Polícia Militar alagoana, quem fará a segurança de Bolsonaro será o Exército.

Jair Bolsonaro visitará o estado de Alagoas nesta quinta-feira (13), governado pelo filho de Renan Calheiros, Renan Filho, com uma provocação sem precedentes: em vez das tropas da Política Militar, quem fará a segurança presidencial será o Exército. Os militares irão ocupar as ruas de Maceíó, numa tentativa de ameaçar e intimidar politicamente o relator da CPI da Covid-19 e seu filho, após Renan chamar Flávio Bolsonaro de “ladrão” durante sessão no Senado.

Ele irá ao local para inaugurar uma obra feita pelo governo de Renan Filho com recursos federais liberados ainda nos governos de Dilma Rousseff e Michel Temer.

Habitualmente, quem faz o serviço da segurança presidencial é a Polícia Militar, mas de última hora Bolsonaro resolveu mudar o esquema, optando pelo Exército.

“É um ataque ao federalismo. Vai inaugurar obra em Alagoas amanhã sem o governador. Mandou o Exército fechar as ruas lá para intimidar”, diz Calheiros, segundo informa a coluna Radar, do Portal Veja.

*Com informações do 247

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Assista ao depoimento do representante da Pfizer na América Latina

Senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid ouvem, na manhã desta quinta-feira (13/5), o depoimento do gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo. O encontro do gestor com o colegiado ocorre após a oitiva mais tensa até o momento da CPI, do ex-secretário de Comunicação Social da Presidência da República Fabio Wajngarten.

Murillo será questionado sobre as tratativas iniciais com o governo federal a respeito da aquisição de vacinas produzidas pela farmacêutica e todo o processo até que, enfim, foram assinados os contratos com o Brasil.

Assista:

https://youtu.be/633aQA0glKI

*Com informações do Metrópoles

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Datafolha: Aprovação a Bolsonaro cai e chega a 24%, a pior marca do mandato; rejeição é de 45%

Mulheres, negros, jovens de 16 a 24 anos e moradores do Nordeste puxam a avaliação negativa da gestão.

O governo do presidente Jair Bolsonaro tem a aprovação de 24% dos brasileiros, a pior marca de seu mandato até aqui, segundo pesquisa do instituto Datafolha. O percentual dos que consideram a gestão ótima ou boa era de 30% em março, quando foi feito o levantamento anterior.

Os que rejeitam o governo, considerando-o ruim ou péssimo, eram 44% e são 45% na nova pesquisa, realizada entre esta terça-feira (11) e esta quarta (12), com 2.071 entrevistas presenciais em 146 municípios de todo o Brasil. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

O governo atual, que assumiu o Palácio do Planalto em janeiro de 2019, é avaliado como regular por 30% dos entrevistados, percentual maior do que os 24% de março; 1% não opinou.

A nova rodada do Datafolha mostrou também um caminho pedregoso para Bolsonaro em sua já anunciada tentativa de reeleição, em 2022. Segundo o instituto, 54% dizem que não votariam nele de jeito nenhum, e o ex-presidente Lula (PT), seu principal adversário, lidera a corrida para a Presidência.

O petista, que se livrou das condenações na Operação Lava Jato, conta com margem confortável no primeiro turno e venceria o atual presidente na segunda etapa do pleito.

A série histórica da pesquisa mostra que, de dezembro para cá, a popularidade de Bolsonaro derreteu. A fatia de ótimo ou bom, que no último mês de 2020 atingia o recorde de 37%, foi caindo paulatinamente até chegar ao atual patamar de 24% (queda de 13 pontos percentuais).

Na mesma toada, o grupo dos que consideram o governo ruim ou péssimo, que em dezembro correspondia a 32%, cresceu sucessivamente até atingir os atuais 45% (alta também de 13 pontos).

Com os resultados mais recentes, é a primeira vez na série histórica do Datafolha sobre a avaliação do governo, iniciada em abril de 2019, que o presidente amarga, ao mesmo tempo, o maior percentual de rejeição e o menor de aprovação.

O cenário se apresenta no momento em que a gestão enfrenta uma CPI no Senado que apura a responsabilidade do Executivo no descontrole da pandemia de Covid-19, que já matou mais de 425 mil brasileiros. O negacionismo científico e a inépcia administrativa do presidente são alvo da investigação.

Ao mesmo tempo, têm ficado evidentes a fragilidade política do governo e o isolamento internacional, enquanto a atividade econômica se recupera a passos lentos das consequências trazidas pela crise sanitária. O país teve em 2020 o maior recuo do PIB em 30 anos, com queda de 4,1%.

Com a nova pesquisa, a rejeição a Bolsonaro, na comparação com outros presidentes eleitos desde 1989 e com tempo semelhante no cargo durante o primeiro mandato (2 anos e 5 meses), só é inferior à de Fernando Collor de Mello (PRN).

Na mesma altura do mandato, em 1992, já perto de ser ameaçado pelo processo de impeachment, Collor somava 68% de ruim ou péssimo e tinha 21% de avaliação regular. A fatia de ótimo e bom, no entanto, estava em 9%, bem abaixo da registrada hoje pelo atual mandatário.

A pesquisa Datafolha mostra ainda que a avaliação da gestão Bolsonaro varia dentro de grupos específicos. A aprovação é mais elevada entre os homens (29% deles consideram o governo ótimo ou bom) do que entre as mulheres (entre elas, a porcentagem cai para 21%).

No recorte por idade, o governo possui o pior desempenho entre os cidadãos mais jovens. Entre pessoas com 16 a 24 anos, apenas 13% acham a gestão ótima ou boa. O maior índice de aprovação é encontrado na faixa dos que têm 60 anos ou mais, em que 29% expressam opinião positiva.

Já a classificação por escolaridade demonstra impopularidade maior entre os que estudaram mais. Enquanto entre os brasileiros com ensino superior chega a 57% a taxa de ruim ou péssimo, o percentual despenca para 40% entre as pessoas que têm só o ensino fundamental.

Pelo critério de renda, a maior rejeição se encontra na faixa acima dos dez salários mínimos mensais: 63% consideram o governo ruim ou péssimo. O percentual recua para 45% entre os mais pobres (com até dois salários), se mantém nos 45% no grupo de dois a cinco salários e chega a 47% no de cinco a dez.

A comparação regional também expõe discrepâncias. Nordeste (51%) e Sudeste (47%) dão ao governo Bolsonaro os maiores índices de ruim ou péssimo, enquanto os maiores percentuais de ótimo ou bom se apresentam nas regiões Centro-Oeste/Norte (31%) e Sul (29%).

Há ainda uma tendência de maior reconhecimento positivo à gestão federal em municípios do interior do que em capitais e grandes cidades. Nas regiões metropolitanas, 50% acham o governo ruim ou péssimo, percentual que diminui para 41% nas cidades de porte menor.

Em relação à cor, é no grupo dos que se declaram pretos que o governo enfrenta a maior reprovação, com 53% de ruim ou péssimo. Já os brancos dão à gestão de Bolsonaro o maior percentual de ótimo ou bom (27%), taxa semelhante à que ocorre entre os pardos (24%). Entre os pretos, são 18%.

Na parcela dos evangélicos, que historicamente dá sustentação ao presidente e é por ele constantemente afagada, a aprovação bate os 33%. O índice cai para 23% entre católicos e 15% entre espíritas/kardecistas. Esse terceiro grupo é também o que mais exibe rejeição (69% de ruim ou péssimo).

Quando a categorização dos entrevistados é feita por ocupação principal, a taxa de ruim e péssimo alcança 58% na classe dos funcionários públicos. Entre empresários, por outro lado, a porcentagem de reprovação desce para 26%, o melhor resultado para a gestão.

Os grupos que sinalizam maior rejeição, na sequência dos servidores públicos, são: estudantes (57%), desempregados que procuram emprego (53%) e assalariados sem registro em carteira (50%).

O humor do brasileiro sobre o governo Bolsonaro foi aferido pelo Datafolha duas semanas depois da instalação da CPI da Covid no Senado. A comissão parlamentar de inquérito já ouviu ex e atuais auxiliares do presidente e vem produzindo arranhões na imagem do governo em relação à crise de saúde.

O Brasil ultrapassou o patamar dos 400 mil mortos por Covid-19 no dia 29 de abril, em meio ao desprezo do governo federal e da população pelos riscos da doença. Na ocasião, o presidente se referiu à marca de maneira breve, mencionando em sua live semanal “um número enorme de mortes”.

“Lamentamos as mortes, chegou a um número enorme de mortes agora aqui, né?”, indagou durante a transmissão, na qual disse também não temer a CPI.

Com a sequência de fatos negativos para o governo, o presidente voltou a subir o tom contra o STF (Supremo Tribunal Federal) e sugeriu que poderia tomar medidas contra as decisões de estados e municípios que restringiram a circulação de pessoas para tentar conter a disseminação do vírus.

*Com informações da Folha

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Sem terno, sem gravata, Flávio Bolsonaro deve ter saído às pressas a mando do Planalto para travar a CPI

O assunto que está rolando é que a CPI está fazendo milagre, o de Flávio Bolsonaro aparecer no Senado.

Na verdade, ficou evidente o desespero do Palácio do Planalto com a “decisão” de Flávio de aparecer repentinamente sem terno, sem gravata para tumultuar a CPI e parar o jogo.

A coisa está tão feia que Bolsonaro escalou até o Malafaia para defendê-lo nas redes. O boquirroto está que fala em defesa de um governo que é responsável por 426 mil brasileiros mortos por covid.

A atitude de Flávio foi desastrosa e talvez o desespero do papai não esteja somente nas mentiras de Fábio Wajngarten, que foram refutadas de bate pronto pela Veja que publicou um áudio que prova que ele mentiu na CPI.

Soma-se esse fato grave com a própria confissão do depoente de que o governo recebeu carta da Pfizer oferecendo vacina e que, dois meses depois, ninguém havia respondido.

Para piorar, Wajngarten conta uma história em que narra que rapidamente, depois de sua intermediação, ou seja, dois meses depois, Bolsonaro e Paulo Guedes, sem a menor participação de Pazuello, resolveram pedir as vacinas.

Para entornar o caldo de vez, a ponto do Planalto mandar Flávio sair correndo de sua mansão e chamar Renan Calheiros de “vagabundo” e terminar gritando “vai se F…”, com certeza também tem a ver com a pesquisa de hoje do Datafolha que mostra Lula disparado na frente de Bolsonaro.

O fato é que, por mais que o gado tenha sido acionado nas redes sociais, não dá para esconder o flagrante desespero que tomou conta do clã Bolsonaro durante o depoimento desastroso de Wajngarten que foi desmoralizado pela Veja.

O que assusta é a certeza de Flávio Bolsonaro de que ficará impune das acusações que sofre e, agora, da quebra de decoro.

O chefe das rachadinhas está mesmo podendo.

Piada do dia, Flávio Bolsonaro na CPI falando em honestidade, como bem observou Boulos.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Datafolha: Lula dispara e chega 41% e Bolsonaro 23%

Ex-presidente aparece com uma diferença de 18 pontos de Jair Bolsonaro no primeiro turno, segundo pesquisa Datafolha. No segundo turno, Lula registra 55%, contra 32% de Bolsonaro.

O ex-presidente Lula disparou na pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (12) e registrou 41% das intenções de voto para 2022, contra apenas 23% de Jair Bolsonaro, uma distância de 18 pontos.

No segundo turno, Lula aparece com 55% e Bolsonaro, 32%. Outros candidatos, como Sergio Moro, Ciro Gomes, Luciano Huck e João Doria aparecem com percentuais de 7% para baixo.

O levantamento foi realizado com 2.071 pessoas, de forma presencial, em 146 municípios, nos dias 11 e 12 de maio. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Lula 41%
Bolsonaro 23%
Moro 7%
Ciro 6%
Huck 4%
Doria 3%

Segundo turno:

Lula 55%
Bolsonaro 32%

*Com informações do 247

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Áudio: Veja publica áudio que prova que Wajngarten mentiu na CPI

Em entrevista a VEJA, o publicitário revelou omissões da pasta; ouça a gravação com o ex-secretário de Comunicação Social da Presidência.

A CPI da Pandemia ouve nesta quarta, 12, o ex-secretário de Comunicação Social da Presidência Fabio Wajngarten. Entre outros assuntos, o publicitário foi questionado sobre afirmações dadas em entrevista a VEJA, no final de abril.

Matéria publicada pela Veja nesta quarta-feira, respondendo a um questionamento da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), Wajngarten garantiu que, na entrevista que concedeu a VEJA, nunca disse que houve incompetência do Ministério da Saúde no processo de aquisição de vacinas.

Segundo ele, a manchete de capa da edição 2735 (“Houve Incompetência”) teria sido um truque. “A manchete serve para vender a tiragem, a manchete serve para trazer audiência, a manchete serve para chamar a atenção, conforme a gente conhece”, afirmou.

O ex-secretário não disse a verdade à CPI.

Na entrevista, Wajngarten foi indagado se teria havido incompetência ou negligência do governo, particularmente do Ministério da Saúde, diante das dificuldades em fazer avançar o processo de compra das vacinas da Pfizer.

Fabio Wajngarten foi categórico em sua resposta: “Incompetência, incompetência”, repetiu, e, na sequência, ainda explicou por que. Eis o trecho da entrevista:

A CPI da Pandemia ouve nesta quarta, 12, o ex-secretário de Comunicação Social da Presidência Fabio Wajngarten. Entre outros assuntos, o publicitário foi questionado sobre afirmações dadas em entrevista a VEJA, no final de abril.

Respondendo a um questionamento da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), Wajngarten garantiu que, na entrevista que concedeu a VEJA, nunca disse que houve incompetência do Ministério da Saúde no processo de aquisição de vacinas.

Segundo ele, a manchete de capa da edição 2735 (“Houve Incompetência”) teria sido um truque. “A manchete serve para vender a tiragem, a manchete serve para trazer audiência, a manchete serve para chamar a atenção, conforme a gente conhece”, afirmou.

O ex-secretário não disse a verdade à CPI.

Na entrevista, Wajngarten foi indagado se teria havido incompetência ou negligência do governo, particularmente do Ministério da Saúde, diante das dificuldades em fazer avançar o processo de compra das vacinas da Pfizer.

Fabio Wajngarten foi categórico em sua resposta: “Incompetência, incompetência”, repetiu, e, na sequência, ainda explicou por que. Eis o trecho da entrevista:

Ainda na CPI, o ex-secretário confirmou a existência de uma carta da Pfizer enviada ao governo Bolsonaro em 12 de setembro com o objetivo de negociar a compra de vacinas. Segundo ele, em novembro, mandou um e-mail à farmacêutica e posteriormente a isso, em 17 de novembro, se encontrou com o CEO da Pfizer Carlos Murillo, em seu gabinete.

A VEJA, o ex-secretário apontou ineficiência na compra de imunizantes por parte da gestão do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Por este motivo, disse o ex-secretário, foi autorizado pelo presidente Bolsonaro a intermediar as negociações com a farmacêutica Pfizer para aquisição de 70 milhões de doses do fármaco. Ele chegou a se reunir com diretores da empresa, discutiu cláusulas, mas o acordo não prosperou.

*Da Veja

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CPI encontra primeiro crime de responsabilidade de Bolsonaro

“Confirmando o que já se dizia nos bastidores ontem, depois do depoimento do diretor presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, Renan usou a palavra “fraude” para se referir à tentativa do Planalto de mudar a bula dos remédios à base de cloroquina para incluir a Covid”.

Ao abrir nesta manhã o depoimento do ex-secretário da Secom Fabio Wajngarten na CPI da Covid, o relator Renan Calheiros já deu a primeira pista sobre um dos crimes de responsabilidade pelos quais será acusado o presidente Jair Bolsonaro. Confirmando o que já se dizia nos bastidores ontem, depois do depoimento do diretor presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, Renan usou a palavra “fraude” para se referir à tentativa do Planalto de mudar a bula dos remédios à base de cloroquina para incluir a Covid.

Integrantes oposicionistas da CPI ficaram muito animados com o depoimento de Barra Tores, que consideram, de forma inesperada, o mais importante até agora. Ao mencionar uma reunião convocada pelo então ministro chefe do Gabinete Civil, Braga Netto, para tratar do assunto, Barra Torres começou a desenrolar um nova meada na investigação, e há poucas dúvidas de que virá por aí uma acusação por crime de responsabilidade. É provável até que a CPI chegue a outros, mas esse já está certo.

Talvez por isso os governistas tenham chegado nervosos nesta manhã à sessão da CPI, esbravejando contra a lerdeza do colegiado em aprovar convocações de governadores, como o do Amazonas, para prestar depoimento e desviar as atenções do governo federal. Até o momento, a CPI não avançou um centímetro sequer nesse caminho, e nada indica que o fará.

A comissão deve continuar seguindo a cloroquina, caminho que está dando resultados e pode trazer novas revelações em depoimentos que estão sendo propostos, como o do ministro Braga Netto, agora na Defesa, e da médica Nise Yamaguchi, defensora da cloroquina que já mandou dizer que está à disposição da CPI. Mais estrago à vista.

*Helena Chagas/247

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Profissionais de saúde vão a órgão da OEA por “crimes” do governo Bolsonaro

Os trabalhadores do setor de saúde denunciam o governo diante da Comissão Interamericana de Direitos Humanos e pedem que o órgão adote medidas cautelares para garantir a proteção a médicos e enfermeiras no país diante da covid-19.

O ato está sendo liderado pela Internacional de Serviços Públicos (ISP) que, representando sindicatos de diversos grupos, alerta para a falta de equipamentos de segurança, de capacitação adequada e de condições mínimas de trabalho – como a disponibilização de água, sabão e álcool em gel -, além do cumprimento de jornadas exaustivas em estabelecimentos públicos e privados de saúde.

Com a iniciativa, os profissionais querem que a Comissão Interamericana obrigue o estado brasileiro a adquirir equipamentos de segurança individual, que realize testagem contínua para covid-19 e que promova a capacitação técnica para os trabalhadores de saúde.

As medidas cautelares ainda iriam na direção de garantir condições dignas, saudáveis e seguras de trabalho, contratação e recomposição das equipes desfalcadas e aquisição de insumos para atenção devida a todos os pacientes – como medicamentos para intubação e oxigênio).

Na lista de pedidos, as entidades pedem que o órgão internacional obrigue o Brasil a adotar campanhas em prol de medidas sanitárias recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e que seja restaurada a Mesa Nacional Permanente de Negociação do SUS.

Eles também solicitam a “suspensão de recomendações de uso de medicamentos comprovadamente ineficazes ao tratamento de covid-19”.

“A falta de uma política coordenada e a adoção de medidas de propagação da pandemia pelo Estado brasileiro promoveram o colapso do sistema de saúde e o adoecimento, sofrimento físico e mental e mortes evitáveis desses profissionais, violando o direito à vida, à saúde, à integridade e ao trabalho digno, previstos da Convenção Americana de Direitos Humanos”, declararam as entidades, no documento submetido ao órgão ligado à Organização dos Estados Americanos.

Além da ISP, fazem parte da iniciativa a Associação dos Funcionários da Fundação Oswaldo Cruz/Sindicato dos Servidores de Ciência, Tecnologia, Produção e Inovação em Saúde Pública, a CNTS – Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde, a Federação Nacional dos Enfermeiros, o Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Rio de Janeiro, o Sindicato dos Médicos de São Paulo e mais de uma dezena de outras entidades.

O documento, obtido pela coluna, indica que “o governo federal abdicou de seu papel de coordenação das políticas de saúde – incluídas as políticas de aquisição de insumos, vacinas, medicamentos e equipamentos, de estabelecimento de diretrizes e protocolos clínicos e de imunização – criando, com isso, resposta díspares e desiguais por parte das instâncias subnacionais”.

“Essa descoordenação acarretou desabastecimento de insumos, oxigênio, equipamentos de segurança, medicamentos e vacinas”, denunciam.

A denúncia também acusa o governo de “reiteradamente propagar informações contraditórias, falsas e em desacordo com as recomendações científicas para enfrentamento da pandemia de covid-19”. “Foram feitas campanhas públicas contra o distanciamento social e uso de máscaras; mensagens contra a segurança de vacinas; além da produção, distribuição e recomendação indiscriminada de medicamentos como cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina (vulgarmente apelidados de “kit covid”) sabidamente ineficazes para Covid-19, cujo consumo traz efeitos maléficos para a população”, disse.

Para os sindicatos, houve crime. “Os fatos todos reunidos, perpetrados por agentes do Estado brasileiro em diferentes instâncias governamentais constituem, além de violações a direitos humanos, crimes equiparáveis a ataques sistemáticos e intencionais contra a população brasileira, potencialmente adequados, inclusive, às instâncias penais internacionais”, apontam.

No que se refere explicitamente à situação dos profissionais de saúde, o documento aponta que a ausência de coordenação entre as ações do governo federal e dos governos locais e a adoção de medidas de propagação da pandemia pelo Estado brasileiro têm levado trabalhadores e trabalhadoras da saúde ao limite”. “Precisaram adotar, para preservar a vida, práticas equivalentes à tortura. Os danos físicos e mentais a pacientes e trabalhadores e trabalhadoras em saúde já é imensurável”, dizem.

Medidas cautelares

Diante do que chama de “ações e omissões, sistemática e intencionalmente para a propagação da pandemia de Covid-19 no país”, os trabalhadores pedem agora medidas cautelares. “Neste contexto, trabalhadores e trabalhadoras de saúde, trabalhadores essenciais que atuam na linha de frente do enfrentamento ao Covid-19, tiveram seus direitos humanos e fundamentais violados”, alertam.

De acordo com o documento, o Ministério da Saúde informa que um profissional de saúde morreu no Brasil a cada 19 horas. Mas conselhos profissionais de medicina e enfermagem informam que os números estão subnotificados e que, em verdade, um profissional de saúde morre a cada 8 horas no país, em razão da pandemia de Covid-19.

Para justificar o pedido de ação, os sindicatos revelam o resultado de uma pesquisa que realizaram com 3.636 trabalhadores de saúde em 2020. São eles:

63% de trabalhadores e trabalhadoras de saúde participantes da pesquisa indicaram que não havia equipamentos de proteção individual (EPIs) suficientes para troca e higienização durante a jornada de trabalho;

73,3% de trabalhadores e trabalhadoras de saúde em jornadas de 12 horas ou mais indicaram não ter equipamentos de proteção individual (EPIs) suficientes para troca e higienização durante o trabalho; A ausência de equipamentos de segurança apropriados foi relatada em acima de 50% para todas as áreas de atuação (atenção básica, alta complexidade ou outras) e em todas as faixas etárias.

70% de trabalhadores e trabalhadoras de saúde participantes da pesquisa indicaram não ter passado por qualquer treinamento para lidar com a realidade da pandemia de Covid-19;

69,6% de trabalhadores e trabalhadoras de saúde participantes da pesquisa indicaram não ter passado por qualquer treinamento sobre o protocolo de atendimento a pessoas com Covid-19.

Mais recentemente, uma outra pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz e Fundação Getulio Vargas – FGV em de março de 2021 constatou que:

55,6% dos profissionais de saúde participantes não havia recebido (6,2%), ou havia recebido uma ou poucas vezes (49,4%) os equipamentos de proteção individual (EPIs);

72,6% não recebeu nenhum treinamento para lidar com a pandemia ou sobre protocolos específicos de atendimento a pessoas com Covid-19, incluídos médicos e 
enfermeiros;

96,6% conhecem colegas profissionais de saúde que foram infectados com Covid-19, sendo que 31,2% dos respondentes já tiveram a doença;

87,6% dos profissionais de saúde sentem medo da Covid-19;

80,2% dos profissionais de saúde indicam estarem com a saúde mental afetada por 
conta do trabalho com Covid-19;

“As péssimas condições de trabalho às quais estão submetidos os trabalhadores e as trabalhadoras da saúde no Brasil – comprovadas pelas pesquisas – significam violações de princípios básicos dos direitos humanos e da garantia de trabalho decente, colocando em perigo tanto quem trabalha como quem utiliza esses serviços. A intervenção de organismos internacionais como a CIDH da OEA torna-se ainda mais importante no momento em que o Brasil é o epicentro da pandemia pois ameaça o controle da covid-19 no mundo”, disse Denise Motta Dau, secretária sub-regional da ISP no Brasil.

Eloísa Machado, advogada na ação, aponta que “a responsabilização internacional por violações a direitos humanos é um passo necessário quando o sistema de Justiça nacional não se mostra efetivo e as violações se mostram persistentes”.

*Jamil Chade/Uol

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Presidente da CPI da Covid alerta Wajngarten que poderá ser investigado por excesso de mentiras

No depoimento de Fabio Wajngarten na CPI da Covid no Senado nesta quarta-feira (12), o senador e presidente da CPI Omar Aziz (PSD-AM) disse ao ex-chefe da Secom que, se as perguntas não forem respondidas objetivamente, irá dispensá-lo da comissão, pedir a degravação da entrevista que concedeu à Revista Veja e reconvocá-lo como investigado.

“Com todo o respeito que o senhor merece aqui na comissão, se vossa excelência não for objetivo nas suas respostas, nós iremos dispensá-lo dessa comissão, pediremos à Revista Veja que mande a degravação e o convocaremos de novo, mas já não como testemunha, e sim como investigado”, disse o senador Aziz. “Caso eu veja que vossa excelência está tangenciando em relação às perguntas, irei dispensar seu depoimento aqui”.

Na entrevista à Veja, Wajngarten colocou a culpa pela demora na compra de vacinas no ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Ele ainda culpou a “incompetência e ineficiência” da pasta pelo fracasso na compra de vacinas da Pfizer.

*Do 247

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CPI da Covid: Assista ao depoimento de Fábio Wajngarten

Com voz trêmula, visivelmente nervoso, Fábio Wajngarten abre seu depoimento na CPI da Covid.

“Me aconselho com o pastor Malafaia e o missionário RR (Soares) para buscar sempre os caminhos da fé. Participei de um governo temente a Deus, que proteja a família, sempre em nome da pátria”, disse Wajngarten ao depor na CPI

Assista:

https://youtu.be/Qw0jxOCnpWU

*Da redação

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