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Embaixada europeia: Declarações de Bolsonaro contra as eleições “são perigosas” e “indicam ações imprevisíveis”

Relatório ainda diz que Bolsonaro “mentiu” e “pretende gerar a sensação de que é vítima de um sistema corrupto”.

As declarações de Bolsonaro com ataques ao sistema eleitoral brasileiro durante encontro com embaixadores na segunda-feira (18) “são perigosas” e “indicam ações imprevisíveis”, diz o relatório de uma embaixada da Europa obtido pela CNN Brasil.

O documento foi produzido logo após a reunião dos diplomatas com o governante brasileiro e contém transcrições de falas de Bolsonaro. Entre os destaques do relatório está a afirmação do chefe do Executivo de que quer “corrigir falhas” e “apresentar uma saída” para o sistema de votação.

“Queremos corrigir falhas, queremos transparência, queremos democracia de verdade. Sou acusado de querer dar um golpe. Estou questionando o sistema primeiro, ter tempo para resolver esses problemas”, relata o documento. Em seguida, a análise do diplomata: “essas declarações são perigosas porque indicam ações imprevisíveis”.

Mais tarde, o relatório afirma que Bolsonaro “pretende gerar a sensação de que é vítima de um sistema corrupto e que sua luta é pela legalidade e transparência das eleições”. Neste momento, o documento cita declaração de Bolsonaro no sentido de que tem “vergonha do que está acontecendo em nosso país”.

A ofensiva de Bolsonaro contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também não ficou de fora. O relatório cita, por exemplo, a afirmação do brasileiro contra Luís Roberto Barroso, do STF: “o presidente disse que Luís Roberto Barroso (STF) se tornou ministro do STF por sua atuação na defesa de Cesare Battisti, durante o governo Lula. Vale ressaltar que o agora ministro exerceu suas prerrogativas de advogado dentro da lei”.

Ainda de acordo com o relatório da embaixada, Bolsonaro “nunca deixou realmente o uniforme de capitão”, já que “se inclui” quando fala das Forças Armadas.

Segundo o documento, ao afirmar que as sugestões feitas pelas Forças Armadas ao TSE para supostamente corrigir as “falhas” no sistema de votação resolveriam todos os problemas, Bolsonaro “aponta para uma sinergia cada vez maior entre a narrativa de Bolsonaro e membros das Forças Armadas, o que pode ser verdade ou não”.

O texto destaca que Bolsonaro “mentiu quando mencionou falsas alegações de que algumas pessoas pressionaram 17 (número do PSL), em 2018, e o voto foi para outro candidato. O TSE “já havia revelado”, naquele ano, “que o vídeo apresentado como prova havia sido editado”, lembra o documento, que também pontua que o brasileiro repetiu fake news sobre as eleições que já foram desmentidas pelas autoridades.

*Com 247

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Inação de Lira e Aras é a razão da impunidade a Bolsonaro

Presidente da Câmara e PGR são vistos como omissos frente à conduta do presidente da República.

A inação do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do procurador-geral da República, Augusto Aras, em relação a Jair Bolsonaro (PL) é fator determinante para explicar o quadro de impunidade conferido a Bolsonaro, segundo a Folha.

Bolsonaro soma mais de 140 pedidos de impeachment contra si, um recorde comparado aos demais presidentes. Lira, a quem cabe dar andamento ou arquivar esses pedidos, tem se omitido.

O mesmo é possível dizer em relação a Aras, que tem como prerrogativa o oferecimento de denúncia contra o chefe do Executivo e também tem deixado de agir diante de inúmeros pedidos de investigação na seara penal. Bolsonaro coleciona ameaças golpistas em seu mandato.

Lira e Aras, mesmo após reações de diversas entidades e instituições, seguem em silêncio mais de 48 horas após o presidente repetir teorias conspiratórias e mentiras sobre as urnas eletrônicas, tentar desacreditar o sistema eleitoral e atacar ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) em encontro com embaixadores que ele mesmo organizou no Palácio da Alvorada.

CCrim (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais), Marina Coelho Araújo, a postura do PGR é de omissão, mas não há meio legal para responsabilizá-lo por isso. “Essa reunião do Bolsonaro com embaixadores ofende a democracia brasileira, e a Procuradoria não toma nenhuma atitude.”

Gabriela Zancaner, professora de direito constitucional da PUC-SP, concorda. “O melhor adjetivo que a gente pode dar é conivente”, diz.

“A gente viu desde a posse de Jair Bolsonaro até agora uma série de atos que são, não só atos antidemocráticos, mas atos inclusive contra a saúde pública e que não houve medidas mais enérgicas por parte daquele que seria o fiscal da lei.”

Além de não atuar de modo proativo, em diferentes pedidos de investigação de condutas de Bolsonaro, a PGR opinou de modo contrário.

Um exemplo recente foi o parecer da vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, braço direito de Aras na PGR, afirmando que os ataques às urnas eletrônicas feitos por Bolsonaro em uma outra solenidade oficial, desta vez no Palácio do Planalto, estavam protegidos pela liberdade de expressão.

O ex-procurador-geral da República Cláudio Fonteles, por exemplo, destaca como grave o fato de Bolsonaro não ter sido incluído por Aras no pedido de investigação que deu origem ao inquérito dos atos antidemocráticos em abril de 2020.

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Cotidiano

Tragédia na Caixa: diretor é encontrado morto na sede do banco

Diretoria que ele chefiava tem relação com apuração do escândalo de assédio na cúpula da instituição.

O diretor de Controles Internos e Integridade da Caixa, Sérgio Ricardo Faustino Batista, foi encontrado morto na noite desta terça-feira no edifício-sede do banco, na região central de Brasília.

O caso está sob investigação. Apurações preliminares indicam tratar-se de suicídio.

O corpo foi encontrado na área externa do prédio por vigilantes que estavam de plantão. A ocorrência foi registrada pela Polícia Civil do Distrito Federal. A Polícia Federal foi comunicada.

1A tragédia chama atenção porque a diretoria de Sérgio Faustino Batista tem relação direta com o mais recente escândalo a envolver o banco.

Em reportagem publicada pela coluna, funcionárias da Caixa acusaram o então presidente da instituição, Pedro Guimarães, de assédio sexual. Guimarães caiu após a publicação das denúncias.

A Diretoria de Controles Internos e Integridade, a DECOI, é responsável pelo recebimento e acompanhando de denúncias feitas por funcionários por meio dos canais internos do banco.

Após a eclosão do escândalo, a Caixa admitiu a existência de uma denúncia de assédio apresentada em maio por meio dos canais internos.

Há suspeita de que essa denúncia, antes de ser apurada, tenha sido levada ao conhecimento da cúpula do banco.

O diretor morto tinha 54 anos e seguiu no cargo mesmo após a mudança na presidência da Caixa. Funcionário de carreira, antes ele havia integrado a equipe que assessorava diretamente o gabinete de Pedro Guimarães.

*Com Metrópoles

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New York Times: diplomatas ‘ficaram abalados’ após reunião com Bolsonaro

Diplomatas ficaram abalados durante a reunião convocada ontem pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), em que o chefe do Executivo colocou em dúvida o sistema eleitoral brasileiro, informa o The New York Times hoje. Segundo um dos principais jornais dos Estados Unidos, embaixadores temem que Bolsonaro esteja preparando as bases para uma tentativa de golpe, se perder as eleições presidenciais deste ano.

Dois embaixadores que concordaram em falar com o NYT sob a condição de anonimato dizem que diplomatas ficaram incomodados após a sugestão de Bolsonaro de que militares devem participar do processo para “garantir eleições seguras”.

De acordo com o NYT, o presidente brasileiro fez com que acusações de fraude no sistema eleitoral se tornassem uma questão de política externa, aumentando temores internacionais de que ele pretende contestar as próximas eleições.

O jornal também diz que Bolsonaro “parece estar aderindo ao plano de Donald Trump”. Em 2021, o ex-presidente dos Estados Unidos afirmou, sem apresentar provas, que foram contabilizados oito milhões de votos irregulares nas eleições americanas.

Assim como Trump antes das eleições de 2020 nos Estados Unidos, Bolsonaro está atrás nas pesquisas. E, como Trump, Bolsonaro parecia estar desacreditando a votação antes que ela acontecesse, em um suposto esforço para aumentar a confiabilidade e a transparência..

*Com Uol

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Campanha de Bolsonaro joga a toalha sobre discurso de ódio

O marketing do mandatário reconhece que os discursos que funcionaram em 2018, agora só atrapalham. Mas Bolsonaro não pretende abrir mão de suas retóricas golpistas.

O núcleo da campanha de Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição, decidiu abandonar as tentativas de convencer o mandatário a parar com seus discursos de ódio contra o sistema eleitoral e o Judiciário.

“Bolsonaro está fazendo de tudo para perder a eleição”, disse um integrante da campanha à coluna de Bela Megale, no O Globo.

O marketing do atual líder do Executivo, a partir de pesquisas internas feitas por institutos contratados pelo PL, reconhece que os discursos que funcionaram em 2018, agora só atrapalham.

As últimas pesquisas eleitorais apontam que Bolsonaro deve perder o Planalto para o ex-presidente Lula (PT). Nos bastidores é consenso que os discursos do militar reforma só atrapalham a principal meta: “conseguir votos para subir nas pesquisas”, informou a coluna.

O QG da campanha decidiu, inclusive, silenciar sobre a reunião desta segunda-feira (18), na qual Bolsonaro voltou a atacar as urnas eletrônicas e ministros das Cortes superiores para embaixadores.

*Com GGN

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Tacada errada de Bolsonaro com embaixadores pode ter colocado fim à sua reeleição

“Performance” de Bolsonaro com os embaixadores ontem foi vista como uma tacada errada e que pode ter colocado fim à sua reeleição, diz Noblat, Metrópoles.

Pela primeira vez, desde o início da pré-campanha e da divulgação de pesquisas, a vitória de Lula é dada praticamente como certa em meios diversos, como no Congresso, entre especialistas e analistas e até mesmo dentro do Palácio do Planalto.

A “performance” de Jair Bolsonaro ontem no Palácio do Alvorada, na presença de embaixadores de 40 países, pode ter sido o fim do seu sonho de reeleição.

Mas mesmo antes desse evento-fiasco, as avaliações são de que Lula caminha para vencer.

Alguns indicadores: Lula tem amealhado apoios diversos, de ruralistas a parte significativa do MDB; congressistas da base do governo admitem – como na consulta do “Congresso em Foco” – a vitória do petista; Bolsonaro começa a dar declaração do tipo “não vou ligar para Lula”, se o adversário vencer, e que “não vou entregar (o governo) de tanque cheio”.

Lula sabe jogar. Não é novidade. Constrói nos bastidores. Não é mercurial como o adversário. Não é Bangu contra o Flamengo, como falou Bolsonaro.

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Embaixadores dizem que reunião com Bolsonaro ‘não mudou nossa visão’ e foi ‘campanha eleitoral’

A ofensiva do presidente Jair Bolsonaro contra o sistema de votação eletrônica foi vista por embaixadores estrangeiros de países democráticos, convidados ao encontro nesta segunda-feira, dia 18, como um ato de campanha eleitoral e não mudou a impressão geral de confiança na segurança das eleições brasileiras. Após a reunião no Palácio da Alvorada, o Estadão ouviu representantes de sete embaixadas de países na Ásia, na Europa e na América Latina. Eles falaram sob a condição de ter suas identidades preservadas.

O representante de um país nórdico afirmou que as falas de Bolsonaro não mudaram “nada no nosso modo de ver as coisas”. Ele disse que não tem por que questionar um sistema “que funcionou bem nos últimos 25 anos”. Segundo, ele o encontro deve ser visto como parte de uma “campanha eleitoral”.

Esse mesmo embaixador disse que havia no salão do Alvorada diplomatas mais simpáticos ao presidente e outros menos, mas que no geral a impressão foi a mesma, sobretudo nas democracias europeias. Virou comentário entre embaixadores erros de tradução nos slides apresentados por Bolsonaro, que tinha perguntas em português e em inglês aos diplomatas, no fim. “Por que seus países não usam nosso sistema seguro e eletrônico?”, era uma delas.

Um dos poucos a se manifestar publicamente sobre o encontro, o embaixador da Suíça usou a rede social para mandar seu recado: “Desejamos ao povo brasileiro que as próximas eleições sejam mais uma celebração da democracia e das instituições”, escreveu o embaixador Pietro Lazzeri.

Outro embaixador classificou o PowerPoint como “amador” e afirmou que os diplomatas já estavam devidamente informados sobre o inquérito da Polícia Federal relacionado a um ataque hacker nas eleições de 2018, usado como base para a argumentação do presidente.

Como mostrou o Projeto Comprova, a invasão foi ao sistema interno do TSE não teve qualquer implicação na segurança das urnas eletrônicas. A Polícia Federal não encontrou registros de investigações sobre fraudes envolvendo a urna eletrônica desde que o método de votação foi adotado, em 1996.

Um diplomata europeu afirmou que viu “nada de novo” nas declarações do presidente Bolsonaro. Segundo ele, na parte final da exposição era uma sucessão de “ataques aos ministros do TSE”.

Para um terceiro embaixador, ao centrar fogo nos ministros Edson Fachin, Luis Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, e tentar associá-los ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), rival na disputa deste ano, o presidente evidenciou o tom eleitoreiro.

Já um outro diplomota europeu reiterou que o resultado deve ser aceito e que não saiu preocupado com golpe pós-eleições. Segundo ele, “ninguém se convenceu de que houve fraude”, mas, na sua visão, o sistema poderia ser mais “auditável.” De acordo com ele, o “TSE precisa aceitar alguma crítica”, ponderou o embaixador, para quem Bolsonaro fez um contraponto à reunião promovida pela Justiça Eleitoral em maio com diplomatas.

Havia mais gente no Alvorada. A Presidência da República não divulgou uma listagem oficial de quantos embaixadores compareceram. A reportagem contou 70 carros de missões diplomáticas com os convidados no Alvorada. Alguns diplomatas falaram em cerca de 80 nomes. No TSE, foram 68 em maio.

*Com Uol

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Política

Bolsonaro, em reunião com embaixadores, repete sem provas suspeitas já esclarecidas sobre urnas

Presidente usou Palácio da Alvorada e estrutura do governo para questionar o processo eleitoral e atacar o rival Lula e ministros do Supremo Tribunal Federal.

De acordo com o G1, o presidente Jair Bolsonaro usou nesta segunda-feira (18) o Palácio da Alvorada e a estrutura do governo a fim de organizar uma apresentação para embaixadores de vários países na qual repetiu suspeitas já desmentidas por órgãos oficiais sobre as eleições de 2018 e a segurança das urnas eletrônicas.

Ministros do governo, como Carlos França (Relações Exteriores), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), Ciro Nogueira (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) estiveram presentes à apresentação.

O acesso da imprensa foi restrito às equipes que concordaram previamente em veicular a apresentação ao vivo e na íntegra. A TV Brasil, emissora estatal, transmitiu o evento.

Atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Edson Fachin foi convidado, mas recusou porque, como chefe do tribunal, “por dever de imparcialidade”, não poderia comparecer ao evento de um pré-candidato.

Em palestra na Ordem dos Advogados do Paraná (OAB-PR) na tarde desta segunda-feira, Fachin classificou a apresentação como uma “encenação”. Sem mencionar o nome de Bolsonaro, o ministro afirmou que há “inaceitável negacionismo eleitoral por parte de uma personalidade pública” e uma “muito grave” acusação de fraude sem provas.

Fachin criticou o que chamou de “teia de rumores descabidos”, “narrativas nocivas” e “populismo autoritário”, e repetiu que não existe nenhuma possibilidade de interferência externas nas urnas eletrônicas, já que elas não são conectadas à internet.

O presidente do TSE também disse que a Justiça Eleitoral está preparada para conduzir as eleições de forma limpa, transparente e auditável.

Até a última atualização desta reportagem, a Secretaria de Comunicação do governo não tinha informado quais embaixadores compareceram. Ao final, cerca de 70 carros diplomáticos deixaram o Alvorada.

Ao fim do pronunciamento, Bolsonaro exibiu aos embaixadores um vídeo no qual aparece cercado por apoiadores. “Isso acontece no Brasil todo, como eu já disse, o povo gosta da gente. Não pago um centavo para ninguém participar de absolutamente nada”, afirmou, sem estabelecer referência entre o vídeo e o tema do discurso anterior.

O presidente baseou a apresentação em um inquérito aberto pela Polícia Federal em 2018, com autorização do STF, sobre a invasão de um hacker ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O TSE já informou, por diversas vezes, que esse acesso foi bloqueado e não interferiu em qualquer resultado.

Bolsonaro já recorreu a esse inquérito em outros momentos para apontar suposta fragilidade na segurança das urnas. Ele, inclusive, é alvo de uma investigação no STF por ter divulgado, nas redes sociais, links para documentos sigilosos da PF relacionados ao inquérito da invasão hacker.

Em nota divulgada sobre o tema em 2021, o TSE informou que:

  • o acesso indevido ao sistema do TSE por um invasor “não representou qualquer risco à integridade das eleições de 2018”;
  • o código-fonte dos programas utilizados na urna eletrônica passou por sucessivas verificações e testes, e “nada de anormal ocorreu”;
  • uma vez assinado digitalmente e lacrado, o código-fonte não pode sofrer qualquer adulteração – se isso ocorrer, “o programa simplesmente não roda”;
  • as urnas eletrônicas nunca são conectadas à internet e, por isso, não podem ser acessadas ou invadidas a distância;
  • o próprio TSE encaminhou informações à Polícia Federal para a investigação da invasão hacker ao sistema do tribunal;
  • desde 2018, “novos cuidados e camadas de proteção foram introduzidos para aumentar a segurança de todos os sistemas informatizados”;
  • os sistemas usados nas eleições de 2018 estão “disponíveis na sala-cofre para os interessados, que podem analisar tanto o código-fonte quanto os sistemas lacrados e constatar que tudo transcorreu com precisão e lisura”.

O presidente também voltou a citar, na apresentação aos embaixadores convidados, a tese de que o voto impresso seria mais seguro que as urnas eletrônicas — utilizadas desde 1996 sem qualquer caso confirmado de fraude ou adulteração.

O STF já decidiu de forma provisória em 2018 e confirmou por unanimidade, em decisão de 2020, que a proposta de voto impresso é inconstitucional. Em 2021, a Câmara rejeitou e arquivou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que previa a incorporação do voto impresso em eleições, plebiscitos e referendos.

Bolsonaro disse também acreditar que as eleições municipais de 2020 não poderiam ter sido realizadas – o que teria sido uma ruptura institucional grave.

Ele deu ainda outras informações falsas aos embaixadores presentes à reunião, entre as quais a de que somente dois países em todo o mundo usavam urnas eletrônicas. Dados do Instituto Internacional para a Democracia e a Assistência Social (Idea Internacional) indicam que, já em 2015, 23 países usavam urnas eletrônicas para eleições gerais – e outros 18, em pleitos regionais. A informação já foi esclarecida publicamente pelo próprio TSE e pelo Fato ou Fake, do grupo Globo.

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Cotidiano

Vídeo: “Não imagino Jesus entrando numa festa de aniversário e dizendo ‘aqui é Jeová’ e pá”, diz pastor

Em forte sermão sobre o caso Marcelo Arruda, o pastor Ed René Kivitz, diz que há “um outro evangelho circulando pelo país, do ‘aqui nós vamos colocar as coisas nos devidos lugares e se a gente precisar matar você para fazer isso, a gente mata'”.

Em homilia durante culto, que teve trecho divulgado nas redes sociais, o teólogo, pastor e líder da Igreja Batista de Água Branca (IBAB), Ed René Kivitz fez um duro discurso sobre a violência política incitada pelo discurso de ódio de Jair Bolsonaro (PL) que, entre outros, levou ao assassinato de Marcelo Arruda, guarda municipal petista que foi morto em sua festa de aniversário pelo policial bolsonarista Jorge José Guaranho, que chegou ao local gritando “Aqui é Bolsonaro”.

“Esse assassinato do tesoureiro do PT no sul é escandaloso. E eu fui ao Instagram desse criminoso assassino e lá está escrito: Brasil acima de tudo, Deus acima de todos. Eu não imagino Jesus entrando numa festa de aniversário dizendo: ‘aqui é Jeová’ e pá [símbolo de tiro]. Não imagino Jesus no Getsemani, quando os soldados romanos chegaram, Jesus dizendo: ‘aqui é Jeová’ e corta a orelha de todo mundo. Você imagina Jesus diante daquela mulher flagrada em adultério dizendo: ‘aqui é ordem, dona, acabar com essa bandalheira de adultério’. Você não imagina porque a Bíblia diz inclusive que não foi isso que ele fez”, diz Kivitz.

Para o pastor, há um outro evangelho sendo pregado pela extrema-direita para incitar os cristãos à violência.

“Você entendeu que não pode matar pessoas, nem mesmo em nome de Deus e de suas ideias? Eu fico pensando, daqui a pouco levanta um sujeito, um evangélico, e diz: ‘pastor, aqui é Deus acima de todos’ e pá [tiro] em mim. Eu vou pregar ali no batera. Por quê? Porque existe um outro Evangelho circulando pelo nosso país. Um outo evangelho que é um evangelho das ideias, da ordem, do ‘aqui nós vamos colocar as coisas nos devidos lugares e se a gente precisar matar você para fazer isso, a gente mata’. Isso é outro evangelho”, afirmou.

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Vereador petista denuncia ameaça a namorada: “Grupo do Bolsonaro”

Ameaça acontece um dia após grupo armado comandado pelo deputado bolsonarista Rodrigo Amorim intimidar ato de Marcelo Freixo no Rio e uma semana após assassinato de Marcelo Arruda por apoiador de Bolsonaro.

O vereador Leonel Radde (PT-RS), policial antifascista e pré-candidato a deputado estadual, denunciou na madrugada deste domingo (17) uma ameaça sofrida pela namorada por meio de uma ligação telefônica.

“Minha namorada acaba de receber uma ligação telefônica de um número restrito em que um homem a ameaça utilizando uma palavra de uma postagem que fiz pra ela”, escreveu Radde, que sinaliza que a ameaça veio de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL).

“Qualquer situação de violência que ocorrer contra mim, ou minha família, será sim crime político do grupo do Bolsonaro”, emendou o vereador. A Fórum entrou em contato com Radde para saber mais detalhes da denúncia, mas até agora não obteve retorno.

A ameaça acontece um dia após o deputado estadual Rodrigo Amorim (PTB-RJ) – o mesmo que quebrou a placa de Marielle Franco nas eleições de 2018 – levou um grupo de apoiadores armadas para fazer ameaças em ato de militantes da candidatura Marcelo Freixo (PSB), pré-candidato a governador do Rio, e uma semana depois do assassinato do guarda civil petista, Marcelo Arruda, pelo policial bolsonarista Jorge Guaranho.

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