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A mídia fala somente sobre as premiações do filme “Ainda Estou Aqui” não do enredo, porque apoiou o golpe militar de 1964 e o de 2016 contra Dilma

Todos nós conhecemos bem o ditado popular: “o uso do cachimbo deixa a boca torta”

Na prática, isso quer dizer, uma vez golpista, sempre golpista.

Mais do que isso, Marcelo Rubens Paiva, filho do deputado Rubens Paiva, morto pela ditadura, que escreveu o livro que inspirou o filme, foi certeiro: “Tenho dito! Por conta da Comissão da Verdade, tive elementos para escrever o livro Ainda Estou Aqui e, agora, temos esse filme deslumbrante. E Dilma pagou um preço alto pelo necessário resgate da memória.”

Isso deixa claro, como disse Dilma no último aniversário do PT. que a esquerda sempre respeitou a democracia, a direita, jamais.

Lembrando também que o golpe, em forma de fraude eleitoral em 2018, armada por Moro, ainda juiz da Lava Jato, e Bolsonaro foi vivamente comemorado pela mesma grande mídia e os mesmos militares que ajudaram a golpear Dilma.

Nesse caso. a vítima foi Lula, preso por Moro e, diga-se de passagem, sem provas de crime, para Bolsonaro vencer a eleição presidencial e, Moro, ser ministro da justiça.

Ou seja, o velho ditado. uma coisa puxa a outra. explica o desvio de propósito da grande mídia quando só fala de premiação do filme Ainda Estou Aqui, na tentativa de nublar o enredo, que é o principal ativo do filme.

Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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