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Chamar médicos cubanos de terroristas, é mole; quero ver Bolsonaro roncar grosso com os assassinos de Marielle

Bolsonaro fala grosso com os médicos cubanos e fala fino com os milicianos. Chama de terroristas os médicos cubanos que tanto ajudaram a população pobre no Brasil e se cala sobre os milicianos que assassinaram Marielle. Ou alguém já viu Bolsonaro dizer alguma coisa contra os assassinos de Marielle? Pergunta que chega a ser ridícula.

Se há uma coisa que Bolsonaro não quer é remexer nesse assunto, assim como no de Queiroz, se é que não está tudo junto e misturado. O fato é que o Brasil ou pelo menos os 80% de brasileiros que o Datafolha diz não acreditarem em Bolsonaro, sabem de cor e salteado quem matou e quem foram os mandantes da morte de Marielle, tal a quantidade escancarada de provas surgidas tanto no condomínio Vivendas da Barra quanto na Alerj durante o mandato de Flávio Bolsonaro, assim como na Câmara de vereadores do Rio da qual Carlos Bolsonaro e Marielle faziam parte.

Mas o problema de Bolsonaro são os cubanos, os terroristas, os comunistas e não os milicianos. Os cubanos que tanto bem fizeram ao povo brasileiro são caluniados por Bolsonaro. E os assassinos de Marielle a 50 passos de sua casa, ele não quer tocar no assunto, que fará folhear as revistas e jornais que falam sobre essa covardia.

Na verdade, Bolsonaro faz de tudo para que o caso Marielle não volte à tona, bem como virou do avesso o Coaf para que o aquele cheque de Queiroz que foi parar na conta da primeira-dama, Michelle, não seja apenas a ponta o iceberg de algo muito maior envolvendo diretamente o Presidente da República com o miliciano Queiroz com uma penca de crimes nas costas.

Por isso prefere o diversionismo de atacar os médicos cubanos do que enfrentar o mundo sombrio que cerca o assassinato de Marielle e que assombra o seu clã.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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