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Bolsonarismo

Quem é quem: Conheça as pessoas acusadas de organizar e financiar os atos golpistas no Brasil

Empresários do agronegócio, setor privilegiado por Bolsonaro em seu governo, lideram a lista.

Com base em relatórios enviados por polícias de diversas esferas e pelo Ministério Público, o ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou, no último sábado (12), o bloqueio de contas bancárias de 43 pessoas físicas e jurídicas acusadas de incitarem, apoiarem, participarem e financiarem os atos antidemocráticos que pedem intervenção militar no Brasil após o fracasso de Jair Bolsonaro (PL) nas urnas, derrotado na disputa pela presidência da República por Luiz Inácio Lula da Silva.

A relação é dominada por nomes ligados ao agronegócio, setor que mantém relações próximas com Jair Bolsonaro e que foi beneficiado por medidas tomadas pelo atual governo, principalmente no âmbito do Ministério do Meio Ambiente. Durante a gestão do ex-ministro Ricardo Salles, o titular da pasta chegou a admitir que era preciso “deixar a boiada passar.”

Os acusados foram responsáveis, de acordo com as investigações, pela organização das paralisações de avenidas, rodovias e estradas em diversas regiões do país. O levantamento contrasta com a versão bolsonarista de que os atos antidemocráticos teriam um caráter espontâneo, sem qualquer estímulo financeiro ou político.

A lista também mostra que entre os principais organizadores e financiadores das manifestações dos lamuriosos bolsonaristas estão empresários do círculo pessoal de Jair Bolsonaro, aproximando os atos da presidência da República.

O Brasil de Fato destacou alguns dos nomes que aparecem nos relatórios apresentados ao ministro Alexandre de Moraes. Confira.

Acre

Jorge José de Moura e Henrique Luís Cardoso Neto são dois empresários ligados ao agronegócio acreano e estiveram à frente das paralisações no estado. Ambos são acusados de organizar e financiar os protestos golpistas e foram pessoalmente ao trancamento da BR364, onde gravaram vídeos e convidaram a população local para manifestações na sede do Exército.

A dupla é produtora de grãos e gado no Acre. Moura é conhecido como o “rei da soja” no estado e foi preso, em flagrante, no dia 10 de novembro de 2021, em Xapuri, por porte ilegal de arma.

Neto, que é dono da Fazenda Nitheroy, foi candidato a vereador em seu município de origem, Senador Guiomar, em 2016. Na época, o pecuarista declarou possuir R$ 8 milhões em patrimônio.

Ceará

As manifestações golpistas no Ceará terminaram com 55 multas que somam R$ 968 mil, aplicadas aos líderes das barreiras em estradas e rodovias. De acordo com a investigação, existem dois organizadores responsáveis pelas mobilizações, o policial penal Abrahao Vinicius Batista Possidonio e o sargento da PM Anderson Alves Pontes Garcias.

Minas Gerais

Cristiano Rodrigues dos Reis e Esdras Jonatas dos Santos são apontados pela Polícia Militar de Minas Gerais como principais lideranças dos atos golpistas no estado. A investigação da corporação foi encaminhada ao STF e utilizada como base na decisão de Alexandre de Moraes.

Reis é gerente de vendas da Dicabelo, empresa de tratamento capilar, e líder do Movimento Direita BH, que serve de linha auxiliar do bolsonarismo na capital mineira, com bandeiras de extrema-direita. Em suas redes sociais, não esconde o empenho pelas manifestações e pautas incorporadas pelos bolsonaristas. Além disso, há fotos com diversas lideranças políticas próximas ao atual presidente, como a ex-ministra e senadora eleita Damares Alves (Republicanos) e o governador mineiro Romeu Zema (Novo).

“Esse movimento não é um movimento de defesa de um candidato, mas de defesa da nossa pátria, porque nós, da sociedade civil e militar, não aceitamos um bandido conduzindo essa República. Deus salve o nosso Brasil”, disse Reis, em vídeo publicado nas suas redes sociais, na última terça-feira (15), em que aparece vestindo uma camiseta do Exército.

Esdras Jonatas dos Santos é empresário do ramo têxtil e é um dos sócios da marca Lemy, em Belo Horizonte. Em suas redes sociais, há uma quebra de padrão no estilo de suas publicações.

Desde 31 de outubro, data da derrota de Jair Bolsonaro (PL) para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Santos já fez 32 publicações relacionadas ao fracasso eleitoral do atual presidente ou sobre manifestações na capital mineira, abandonando as imagens antigas, em que ostentava seu estilo de vida.

Em um vídeo no qual foi marcado, Santos pode ser visto aos gritos, em cima de um trio elétrico, estimulando os manifestantes a pedirem ajuda “ao general”. “Forças Armadas, salvem o Brasil”, bradavam os golpistas.

Goiás
A Justiça do Trabalho de Goiás aponta o agropecuarista Victor Cezar Priori como responsável por financiar protestos antidemocráticos no estado. O empresário foi flagrado coagindo seus funcionários a participarem das manifestações e cooperarem com o bloqueio de rodovias, durante o horário de trabalho.

“Minhas empresas estão todas fechadas, de todas as fazendas tem gente nas rodovias, os caminhões e tudo estão colaborando”, disse Priori, em vídeo que está anexado à investigação contra o agropecuarista na Justiça do Trabalho.

Em 2012 e 2016, Priori se candidatou à prefeitura de Jataí

em Goiás. Na primeira, teve a candidatura impugnada. Na segunda, perdeu a eleição e declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) possuir R$ 51 milhões em patrimônio.

Priori é um dos sócios do grupo Paraíso, uma empresa que reúne diversos empreendimentos do agronegócio, como produção de leite, gado, soja e milho, além da comercialização de maquinário, como tratores.

Rio Grande do Sul

Com 259 mil votos, o Tenente Coronel Zucco (Republicanos) foi o deputado federal mais votado do Rio Grande do Sul, nas eleições deste ano. Agora, usa sua influência para incentivar os atos antidemocráticos no estado, segundo a investigação da Polícia Civil.

Zucco seria, de acordo com os policiais, o responsável pelas manifestações que insistem no pedido de um golpe militar no país.

O deputado federal, que declarou ao TSE que possui R$ 389 mil em patrimônio, participou de atos na frente de um comando militar do Exército e incentivou os manifestantes em “retomar aquilo que as eleições supostamente teriam subtraído do povo.”

De acordo com a Polícia Civil, outras lideranças políticas também estimularam e organizaram atos antidemocráticos no Rio Grande do Sul. Todos concorreram a cargos públicos nas eleições deste ano.

A relação inclui o vereador de Dom Pedrito Patrício Jardim Antunes (PP), os policiais Mariana Lescano (PP) e Thiago Teixeira Raldi (PSC), além do delegado Heliomar Ataydes Franco (UB).

Santa Catarina

Emílio Dalçoquio Neto é o empresário que garantiu financeiramente os atos antidemocráticos em Santa Catarina. Herdeiro de uma transportadora e ex-presidente do Sindicato das Empresas de Veículos de Cargas de Itajaí (Seveículos), ele é apontado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) como responsável por trancamentos de avenidas e rodovias no estado.

O empresário é próximo de Jair Bolsonaro, com quem já foi visto em agendas de campanha em Santa Catarina, e focou sua influência nas manifestações no município de Itajaí, litoral norte de Santa Catarina, onde mantém parte de suas empresas.

A PRF identificou áudios e mensagens em grupos de caminhoneiros que foram enviados por Neto, convocando a categoria às ruas, no dia da eleição, 30 de outubro, quando o fracasso de Jair Bolsonaro (PL) nas urnas já era público.

Neto é investigado pelo Ministério Público por ter provocado um locaute na paralisação de caminhoneiros de 2018. Além do herdeiro, que foi indicado pela PRF, o Ministério Público de Santa Catarina apontou mais doze empresários que podem ter cooperado financeiramente para a manutenção dos atos antidemocráticos.

Em entrevista à rádio CBN, no dia 9 de novembro, o promotor Fernando Comin explicou que a identidade dos acusados seria preservada. “Nomes não podem ser ditos, para não atrapalhar as investigações. O que eu posso apontar, mais de 12 empresários e lideranças foram identificados até agora, é um cruzamento de dados, mas a atividade dessas pessoas nas redes sociais, nos bastidores, nos movimentos, quem estava arrecadando, quem financiou a estruturação dessas bases, quem incitou a prática de violência contra a polícia.”

Mato Grosso

Da capital do agronegócio brasileiro, Sorriso, no Mato Grosso, vem um dos principais articuladores das manifestações antidemocráticas no país, o empresário Argino Bedin, produtor rural que é chamado de “pai da soja” na região.

Seu nome está na relação que foi encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes como possíveis financiadores dos atos. Em entrevista ao site O Joio e o Trigo, em março deste ano, o empresário afirmou que é “Bolsonaro até debaixo d’água.”

Ainda no Mato Grosso, também no município de Sorriso, está Atilio Elias Rovaris, empresário do agronegócio e apontado como um dos financiadores das manifestações golpistas.

Rovaris doou R$ 500 mil para a campanha de Bolsonaro, nas eleições deste ano. O empresário é dono da transportadora Rovaris e também é produtor rural, com diversos empreendimentos.

*Brasil de Fato

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Bolsonarismo

Vídeo – Braga Netto desmente jornal e diz que Bolsonaro não foi internado: “estão inventando histórias”

Na saída do Alvorada, Braga Netto ainda consolou uma apoiadora de Bolsonaro que reclamara que “a gente está na chuva, no frio”. “Eu sei que vocês estão. Então, fica firme”, disse o militar.

Candidato a vice-presidente na chapa derrotada nas eleições de 30 de outubro, o general Walter Braga Netto (PL), negou que Jair Bolsonaro (PL) tenha sido internado na noite desta quinta-feira (17), como divulgado pelo jornal O Estado de S.Paulo, que atribuiu a informação a fontes do Gabinete de Segurança Institucional.

Na saída do Palácio da Alvorada, após visita ao presidente, Braga Netto conversou com bolsonaristas e apenas respondeu com um grito aos jornalistas que perguntaram sobre a internação.

“Mas quê?”, gritou o militar. “Estão inventando histórias”, emendou, se voltando aos apoiadores de Bolsonaro, entre eles uma mulher que chorava perguntando do presidente.

“O presidente está bem, está recebendo gente, sem problema nenhum. Vocês não percam a fé. É só o que posso falar para vocês agora”, mantendo o suspense sobre o posicionamento de Bolsonaro diante da derrota eleitoral.

Braga Netto, então, consolou a bolsonarista que chorava dizendo que “a gente está na chuva, no frio”, em relação aos acampamentos mantidos por apoiadores radicais.

“Eu sei que vocês estão. Então, fica firme. Dá um tempo”, acrescentou.

https://twitter.com/revistaforum/status/1593626020283928581?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1593626020283928581%7Ctwgr%5E34a5199550cc9e8ddeae492d9cbef6061bbad1a1%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fd-3172070301019215712.ampproject.net%2F2211042305000%2Fframe.html

Internação

Segundo fontes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ouvidas pelo Estadão, Bolsonaro teria dado entrada no Hospital das Forças Armadas na noite desta quinta-feira (17) com fortes dores abdominais.

Bolsonaro estaria passando por exames e os médicos avaliam a possibilidade de uma nova cirurgia.

Enquanto o marido está no hospital, Michelle Bolsonaro publicou uma mensagem enigmática, com um versículo bíblico, nos stories de seu perfil no Instagram.

*Com Forum

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Apoio

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Ficou claro que a guerra de narrativas nas redes sociais foi decisiva para a vitória de Lula. Cada declaração, discurso ou mesmo exposição de sua imagem ganhou relatos positivos, mas também negativos do outro lado que, de forma ficcional criavam narrativas a serem apresentadas aos eleitores sem qualquer combinação com a realidade.

Não há dúvida de que essas serão as características cada vez mais frequentes na disputa política. Cada acontecimento terá tradução de lados opostos, como acontece em todo o planeta.

A nós, cabe não só a busca da verdade, mas a de apresentar como características as armas da verdade para destruir falsas narrativas largamente utilizadas pelo bolsonarismo, mas não só ele.

Inúmeras experiências já nos mostraram que a direita como um todo usa a narrativa para fabricar histórias, cabe a nós explicitá-la trazendo as contradições crônicas da direita que sempre vende sua visão de mundo como fábula e apresentar caminhos e elementos que certamente estarão dentro das políticas do terceiro mandato de Lula com um texto que contemple a verdade.

Por isso, mais do que nunca estamos em busca de apoio financeiro para seguir nessa jornada antifascista, porque o outro lado tem estrutura e grana para fabricar enredo a modo e gosto.

Pedimos aos leitores que contribuam com o nosso trabalho, porque a guerra da narrativa será feita cada vez mais na web.

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Opinião

Grande mídia pró mercado mostra as garras para Lula em ataque coletivo contra furo no Teto de Gastos

Folha, O Globo e Estadão sobem o tom contra a PEC da Transição em publicações alarmistas, com “conselhos” e ofensas à equipe de Lula.

Os jornais da chamada grande mídia, todos sensíveis aos ânimos do mercado financeiro, começaram a mostrar as garras para o novo governo Lula (PT). Nesta quinta-feira (17), um festival de matérias e editorial em Folha, Estadão e O Globo coloca Lula contra a parede por causa do furo no Teto de Gastos para pagar benefícios sociais.

O ataque coletivo, motivado pela desaprovação em relação à PEC da Transição, inclui desde ofensas ao time de Lula até conselhos e projeções alarmistas sobre a economia.

Por causa da PEC, Folha de S. Paulo manchetou que Lula “larga na contramão do que levou ao sucesso de seus dois governo no combate à pobreza”. O jornal argumentou que “responsabilidade fiscal e superávits primários foram fundamentais para que o petista fizesse mais pelo social”.

Na esteira, O Globo disse que “Lula testa a paciência ao ignorar críticas” e sugeriu que “em vez de ouvir os aduladores, ele deveria prestar atenção à bomba fiscal prestes a ser lançada sobre o país.”

Estadão, por sua vez, entrevistou o presidente de um grande banco privado, o Bradesco, para avisar a Lula que “não temos espaço para testes ou experimentos” por parte da equipe econômica, seja ela qual for. O Estadão também dedicou um espaço em sua página principal a uma matéria sobre André Lara Resende, Guilherme Mello, Nelson Barbosa e Pérsio Arida terem sido “escanteados na PEC da Transição”.

A decepção de O Globo com Lula

Nesta quinta (17), O Globo publicou um editorial ácido, falando da “decepcionante reação” de Lula às críticas que ele tem recebido do mercado. O jornal disse que o furo no Teto de Gastos é “irresponsável” e chamou as declarações de Lula sobre o tema de despropositadas. O editorial ainda faz terrorismo sobre o futuro.

“Paciência, o novo governo tem testado não apenas a dos mercados, mas a de todos os brasileiros que sabem fazer contas. Aumentar gastos sem amparo de receitas nem gestão do passivo levará a um ciclo bem conhecido no Brasil: aumento descontrolado do endividamento, juros elevados, dólar mais caro, inflação alta e menos crescimento econômico”, definiu O Globo.

Segundo O Globo, a PEC da Transição fará um furo “irresponsável” no Teto de Gastos, de R$ 198 bilhões em 2023 e R$ 175 bilhões “todo ano daí para frente”. “Tudo falaciosamente em nome dos mais pobres. Na prática, trata-se de gasto no presente, com inflação e misérias contratadas no futuro.”

A pedido de O Globo, consultores fizeram cálculos e constataram que “se forem aprovados os R$175 bilhões fora do teto, as consequências serão terríveis.” O jornal sugeriu o limite de R$ 79 bilhões para a PEC em 2023.

O editorial de O Globo termina com golpe duro no PT. Para o jornal, só de a PEC ter chegado ao valor de R$ 198 bilhões, perto de 2% do PIB, é sinal da volta do “discurso e prática do velho PT que levou o Brasil à bancarrota: o Estado é a solução para todos os males, o mercado vive especulando ‘todo santo dia’, e criar ministérios é solução mágica para tudo.”

Folha explica a importância do mercado

A matéria da Folha foi feita para explicar de maneira didática a importância que tem a opinião do mercado financeiro para um governo. Assim como O Globo, Folha bate na estimativa de furo de R$ 175 bilhões no Teto de Gastos.

Com um texto ainda mais alarmista, Folha pregou que o furo tornará “difícil para Lula concluir seu mandato” realizando o “superávit primário necessário para estabilizar a dívida pública em relação ao PIB”.

Folha projetou, inclusive, que o governo Lula vai acabar “derrubando a economia” e gerando mais inflação, pois sem superávit primário, o mercado exigirá juros cada vez mais caros para financiar o governo.

O jornal atrelou o sucesso de Lula entre 2003 a 2010 ao fato de que ele conseguiu realizar superávits todos os anos. Pagando juros mais baixo para se financiar, os governos Lula evitaram aumento de carga tributária. Daí a origem do “ciclo virtuoso de crescimento sustentável”, explicou Folha.

Na visão da Folha, a responsabilidade fiscal é essencial para que os “agentes econômicos”, como “empresas, mercado financeiro e empreendedores”, “confiem na solvência do País.

Folha ainda cravou que o “baixo crescimento” econômico que se viu no País desde 2014 ocorreu graças ao “fim da responsabilidade fiscal” – ou quando o “mercado” passou a entender assim.

O diário ainda arriscou alguns conselhos a Lula: “Diante da precariedade das contas públicas e da experiência pregressa, Lula e equipe poderiam se debruçar sobre o que deu certo, e onde é possível economizar e melhorar a eficiência da despesa pública. Como a trajetória de Lula e Dilma na Presidência demonstrou, há dois caminhos a seguir. Lula parece estar pegando a via errada.”

O recado dos bancos

De Nova York, o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, mandou alguns recados a Lula por meio do Estadão.

O empresário que Lula pode tomar o tempo que quiser para anunciar a equipe econômica, mas que não haverá “espaço para testes ou experimentos na área”. Defendeu que o furo no Teto de Gastos deve ser “o mínimo necessário” para garantir a continuidade de programas sociais num primeiro momento; mas, a partir daí, o governo deve encontrar um caminho para equilibrar as contas. Ele sugeriu uma reforma fiscal, mas deixando claro que nem a sociedade como um todo, nem os bancos privados aceitarão pagar mais impostos. A expectativa dele é que o governo Lula trabalhe inicialmente para “debelar a inflação” e, em seguida, reduzir a taxa de juros.

Estadão também ouviu de um economista e sócio de uma gestora de investimentos que o gasto de R$ 175 bilhões por ano (mais ou menos o valor da PEC da transição) elevaria a dívida bruta para 89% do PIB ao fim do governo Lula. A estimativa de O Globo passou dos 90%.

*Luis Nassif/GGN

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Bolsonarismo

Agrogolpismo ameaça democracia e financia vivandeiras de quartel

Investigação da PF lista empresas suspeitas de bancar atos contra resultado das urnas.

Quando os bolsonaristas começaram a fechar rodovias, o procurador Mário Sarrubbo avisou que havia uma organização criminosa por trás dos protestos contra o resultado das urnas. Investigações da Polícia Federal mostram que o chefe do Ministério Público paulista tinha razão.

Em ofício enviado ao Supremo, a PF identificou dezenas de suspeitos de financiar os atos golpistas. Com base no relatório, o ministro Alexandre de Moraes mandou bloquear as contas bancárias de 43 pessoas físicas e jurídicas.

A lista é dominada por empresários e empresas agrícolas e de transporte de cargas. Uma delas tem nome sugestivo: Berrante de Ouro Transportes Ltda. Sua sede fica em Sorriso (MT), que reivindica o título de capital nacional do agronegócio.

Jair Bolsonaro se aliou aos setores mais atrasados do ruralismo, que se recusam a adotar práticas sustentáveis e respeitar a legislação ambiental. Em sintonia com a turma, desmantelou o Ibama, cancelou multas e encarregou um ministro de “passar a boiada”.

A derrota do capitão criou um problema para esses empresários. Em vez de modernizar seus negócios, eles querem empastelar a democracia e impedir a posse do presidente eleito.

O dinheiro do agrogolpismo abastece as vivandeiras de quartel. Em Brasília, elas acampam diante do QG do Exército, conhecido como Forte Apache. No Rio, aboletam-se em frente ao Palácio Duque de Caxias, antiga sede do Ministério do Guerra. As aglomerações se arrastam há três semanas sem que os militares se mexam para dispersá-las.

Na terça-feira, o general Villas Bôas criticou a imprensa e saiu em defesa dos radicais. Classificou-os como pessoas “identificadas com o verde e amarelo” que estariam preocupadas com “ameaças à liberdade”. De ameaças o general entende bem. Em 2018, ele pressionou o Supremo a manter o candidato do PT na cadeia, facilitando a vitória da extrema direita.

As cenas de bolsonaristas em transe, escalando caminhões ou cantando o Hino Nacional para um pneu, podem passar a ideia de que os atos golpistas são inofensivos. É um erro encará-los assim. Desrespeitar o resultado das urnas e pregar o rompimento da ordem constitucional é crime, lembra o ministro Moraes. As instituições precisam se defender de quem quer destruí-las.

*Bernardo Mello Franco/O Globo

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Irregularidade

Gal. Heleno prestará esclarecimento sobre interferência da Abin em investigação contra filho de Bolsonaro

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle receberá na próxima terça-feira (22) o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, para prestar esclarecimentos acerca das interferências, por parte da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), em investigação conduzida pela Polícia Federal envolvendo Jair Renan Bolsonaro, filho do presidente da República.

Segundo o deputado Ivan Valente (Psol-SP), que pediu a audiência, reportagem do jornal O Globo, de 30 de agosto, destaca que a Polícia Federal afirmou em um relatório que a Abin atrapalhou o andamento de uma investigação envolvendo Jair Renan Bolsonaro.

“Integrante do órgão, flagrado numa operação, admitiu em depoimento que recebeu a missão de levantar informações de um episódio relacionado a Jair Renan, sob apuração de um inquérito da PF. Segundo o espião, o objetivo era prevenir ‘riscos à imagem’ do chefe do Poder Executivo”, observou o deputado.

A operação da Abin ocorreu em 16 de março do ano passado, quatro dias após o filho do presidente e o seu preparador físico Allan Lucena se tornarem alvos de uma investigação. A dupla seria suspeita de abrir as portas do governo para um empresário interessado em receber recursos públicos.

*Agência Câmara de Notícias

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A nós, cabe não só a busca da verdade, mas a de apresentar como características as armas da verdade para destruir falsas narrativas largamente utilizadas pelo bolsonarismo, mas não só ele.

Inúmeras experiências já nos mostraram que a direita como um todo usa a narrativa para fabricar histórias, cabe a nós explicitá-la trazendo as contradições crônicas da direita que sempre vende sua visão de mundo como fábula e apresentar caminhos e elementos que certamente estarão dentro das políticas do terceiro mandato de Lula com um texto que contemple a verdade.

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Lula presidente

O sucesso internacional de Lula é o que mais incomoda os bacorinhos da elite brasileira

A inveja é uma das principais características que marcam a personalidade da classe dominante brasileira, sobretudo se alguém que faz sucesso, teoricamente, tem uma visão política antagônica. O ciúme e a sabotagem interna é uma característica que salta aos olhos nesse meio do jet set Paraguaçu.

Esse misto de arrogância com complexo de inferioridade ganha dimensão monstruosa no meio em que o sucesso é tão cobiçado, é tão estimulado, é tão determinante para se construir grifes, medalhões e celebridades instantâneas.

Nesses tempos de redes sociais, o que se vê de marmanjo abusando do apelo de baixo nível em troca de likes nesse país, é de assombrar.

Esta frase de Tom Jobim, “No Brasil, sucesso é ofensa pessoal”, cabe como uma luva sobre a fala de Merval Pereira comentando o sucesso de Lula. O apequenado editorialista oficial de O Globo, que adora se exibir com o fardão da Academia Brasileira de Letras, sem que ninguém tenha lido um só livro seu, ou seja, alguém que não contribuiu com a literatura brasileira, acha que é muita ambição de Lula querer ser um protagonista ou algo que o valha nas relações entre países em conflito.

No seu, vá lá que Lula ganhe uma certa respeitabilidade no cenário internacional por conta das questões climáticas, em função da Amazônia, mas que, ir além disso é presunção, na verdade, Merval revela que, para ele, isso é um escândalo de soberba.

Como isso não é exclusividade de Lula, pois outros em missões e épocas diferentes, sofreram ataque de inveja, não há exatamente o que se dizer sobre a vítima, pois, Villa Lobos, um dos maiores gênios da música universal, sofreu uma perseguição implacável daqueles que não tinham 5% do seu talento, quando tinham algum. Não foi por acaso que a elite paulista vaiou Villa Lobos na Semana de Arte Moderna de 1922.

Lógico que, já no seu terceiro mandato com uma sabedoria natural, que encantou o mundo em outras ocasiões, Lula está traquejadíssimo em lidar com o maquiavelismo nativo daqueles que não vale perder tempo, porque a lei da gravidade já derruba suas línguas, tal a importância nenhuma que elas têm.

A citação de Merval velho de guerra, antipetista por convicção sacerdotal para servir de língua de trapo dos Marinho é, em síntese, a própria característica da elite econômica desse país, que jamais admitirá que alguém com o histórico de Lula, de onde veio, por que veio, aonde chegou e por que chegou, possa cumprir um papel determinante no mundo.

Ainda bem que Lula é um desabusado que nunca deu trela para essa geleia de inveja que paira sobre o mundo dos milionaríssimos das terras cabrálias.

Ou seja, será sempre assim, Lula passa e os bacorinhos roncam e fuçam.

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Opinião

Lula envia o recado certo no Egito. No Brasil, problemas o esperam

Na COP, presidente eleito acerta ao dizer que não medirá esforços para combater o desmatamento. Na volta, vai enfrentar xadrez na montagem do ministério e delírios golpistas.

O presidente eleito Lula demonstrou no forte discurso na COP27 que amadureceu sua compreensão sobre o tema. Ele já havia sido um bom governante no combate ao desmatamento, mas desta vez chegou falando em “emergência climática”, em como o clima passou a ser central. Lula disse que não medirá esforços para combater o desmatamento, defendeu indígenas, propôs aliança mundial contra a fome, uma parceria com o agronegócio, fez cobranças aos países ricos, convidou a COP para vir para o Brasil e indicou que pode vir a criar uma coordenação “do mais alto perfil” para o tema, referindo-se talvez à Autoridade Climática.

— Em dez minutos de discurso fez mais pelo meio ambiente do que Bolsonaro em toda a vida. Falou de forma direta, sem rodeios, ao ponto. Falou o que interessava na questão interna, e também foi direto ao ponto ao se dirigir aos países ricos. Ele cobrou promessa dos outros, mas fez suas próprias promessas — afirmou Marcio Astrini, secretário executivo do Observatório do Clima.

Aqui dentro problemas o aguardam. Ainda não se sabe como será a tramitação da PEC da Transição. O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin entregou ontem ao Congresso um anteprojeto que coloca fora do teto o Bolsa Família, um percentual das receitas extras e doações. Por quanto tempo? Não há prazo no texto, mas o que se quer é quatro anos. O detalhamento do que fazer com o dinheiro aberto no orçamento foi enviado à parte. Trabalhou-se nisso até no feriado no CCBB, escritório de transição. O mercado andou em queda de novo. Os analistas entendem que será preciso explicar melhor como será o caminho do equilíbrio fiscal.

Lula falou na COP um dia depois do feriado da República, quando manifestantes bolsonaristas fizeram grandes atos em frente aos quartéis pedindo golpe de estado, no meio de comunicações ambíguas de Forças Armadas, de lideranças militares e diante do silêncio do presidente da República. Entrevistei ontem, no meu programa na Globonews, a senadora Simone Tebet e perguntei como esse golpismo pode ser enfrentado.

— Tolerância zero. Meu lado jurista, meu lado democrata, foi uma das razões pelas quais eu anunciei meu apoio ao presidente Lula, sem nunca ter sido do PT. Tenho convicção de que as urnas não levaram dois democratas para o segundo turno, apenas um. Nesse aspecto temos que cumprir a Constituição. É melhor o rigor da lei do que a ditadura de um homem. A gente já viu esse filme antes. A Constituição é muito clara. A gente não pode estimular um ato que seja atentatório à democracia. Temos que punir os financiadores, sabemos quem são muitos deles. Temos que apoiar a Justiça nas suas decisões. Esse capítulo precisa ser definitivamente encerrado. Ele não pode vir daqui a quatro anos mais fortalecido do que está agora. Por isso, fiz tanta campanha no segundo turno. Nós não suportaríamos oito anos de governo Bolsonaro, que lamentavelmente estava mudando a alma e o caráter do povo brasileiro. Há uma parcela pequena da população que está em transe.

Quando o auditório no qual Lula falava em Sharm el-Sheikh, no Egito, cantou em coro “O Brasil voltou” eram brasileiros, mas inúmeros estrangeiros estavam ali em torno comemorando exatamente isso. O Brasil retornou à mesa da diplomacia climática, na qual o país sempre fez diferença. E chega, como o próprio Lula, mais maduro e assertivo. No discurso mais breve que fez pela manhã, no estande dos governadores amazônicos, Lula acertou, segundo destaque de Tasso Azevedo, ao defender o amplo diálogo com todos.

– O presidente da República tem a obrigação de conversar com todos, inclusive os adversários, porque após as eleições não são mais adversários. Sem conversa não tem solução — disse Lula.

Na volta, enfrentará um país que ainda não curou suas fraturas. No dia 15, um longo tuíte do general Villas Bôas se referiu aos manifestantes que pedem ditadura como pessoas que “protestam contra os atentados à democracia”. É uma completa inversão. Uma fonte do meio militar me disse que ele pode estar sendo usado “para passar recados que, eu creio, em perfeita consciência, ele não daria”. Villas Bôas está há muitos anos com uma doença incapacitante.

O sumiço deliberado do presidente da República alimenta a ideia de que a derrota eleitoral pode ser revertida. Além desses delírios, Lula terá que enfrentar nas próximas semanas o xadrez da montagem do ministério e da definição dos rumos econômicos do país.

*Miriam Leitão/O Globo

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Opinião

O sucesso de Lula visto pela lente dos que resistem a engoli-lo

Nenhum erro lhe será perdoado, e os acertos rebaixados.

Lula foi um sucesso na conferência ambiental promovida no Egito pelas Nações Unidas, mas não deve perder de vista que seus maiores problemas estão aqui, e em nenhuma outra parte.

Os principais jornais do planeta louvaram o desempenho de Lula e seu retorno eletrizante, como destacou o The New York Times, mas isso não lhe dará o direito de arrombar as contas públicas.

Lula não cometeu crime algum ao pegar carona em um jato de um empresário amigo, mas deve uma explicação de porque o fez. Por que há quatro dias guarda silêncio a respeito?

Por falar em silêncio: por que não anuncia logo o nome do futuro ministro da Economia e acalma os nervos do mercado financeiro? O que uma coisa tem a ver com a outra? Nada, mas e daí?

Ele se elegeu com o apoio de 11 partidos. Na sua equipe de transição, há representantes de 16. Mas de um total de 290 nomes anunciados, 66 são do PT. Não é demais? E logo do PT?

Dos 17 nomes que integram o grupo escalado para sugerir políticas públicas nas áreas da Justiça e Segurança Pública, 9 são críticos da Lava Jato. Por que essa fixação na Lava Jato? O que significa?

Verdade que Lula com apenas 20 dias de eleito já fez mais pela imagem do Brasil do que Bolsonaro em quatro anos, mas não foi por mérito dele, e sim demérito de Bolsonaro.

A política não admite espaço vazio. Bolsonaro parou de trabalhar desde que foi derrotado. Está deprimido, com erisipela e ainda não sabe o que fazer. Lula limitou-se a ocupar o espaço vago.

Não parece uma má ideia ele ter designado Geraldo Alckmin, um político moderado, para uma espécie de gerente do novo governo. Mas que Lula não pense em ficar só passeando pelo mundo.

Terá que governar, pegar no pesado, e justificar porque quis voltar à presidência pela terceira vez ao invés de desfrutar os anos de vida que lhe restam na companhia da sua nova mulher.

A propósito: ela não foi eleita para nada, ele é que foi. Não está autorizada, portanto, a dar palpites na condução do governo. Deve comportar-se com discrição. Nada de fazer gracinhas.

Marisa Letícia, a primeira-dama em 2003, fez a gracinha de plantar nos jardins do Alvorada um canteiro em formato de estrela com flores vermelhas em tributo ao PT. Pegou muito mal.

Nenhum erro de Lula será perdoado. A Tarcísio de Freitas, por exemplo, governador bolsonarista de São Paulo, se perdoará um eventual reajuste de 50% no próprio salário. A vida está cara.

*Noblat/Metrópoles

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