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Política

O que Deltan esconde sobre sua cassação

É de conhecimento público e notório que na última terça-feira (16), por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral cassou o registro de candidatura e o mandato do ex-deputado e ex-procurador Deltan Dallagnol. O motivo: a Lei da Ficha Limpa prevê como inelegíveis aqueles demitidos do serviço público ou aqueles que solicitam exoneração na pendência de um processo administrativo que possa levar a esse fim.

No caso, a Corte Eleitoral reconheceu que Deltan pediu exoneração para não enfrentar os processos que poderiam resultar em sua demissão e tornar sua inelegibilidade incontroversa. Ou seja, praticou ato lícito com fins ilícitos: saiu do Ministério Público Federal para fugir de uma possível responsabilização.

Segundo o ex-procurador, a “presunção” dessa fuga de responsabilidade seria absurda e a inelegibilidade, “imaginária”. Segundo especialistas, houve interpretação “ampliativa” da regra para cassar o mandato do parlamentar. Será mesmo?

Primeiramente, um fato importante merece ser mencionado: Deltan só precisaria sair do Ministério Público para se candidatar no dia 2 de abril de 2022, mas pediu exoneração no dia 3 de novembro de 2021. Renunciou a cinco meses de salário e prerrogativas sem necessidade. Essa pressa só pode ser explicada por aquilo que ex-deputado não contou a seus eleitores desde a decisão do TSE.

Não contou que, até este momento, os dois processos estão com recursos do próprio Dallagnol “pendentes” de apreciação junto ao STF, tribunal que o ex-deputado chamou de “mãe de todos os corruptos do país” durante as eleições de 2022. É importante ressaltar que, de acordo com a lei orgânica do MP, tais processos representavam antecedentes que autorizavam que as próximas punições já fossem de suspensão e posterior demissão do serviço público.

O ex-procurador não contou também que apenas cinco dias antes de sua exoneração o Conselho Nacional do Ministério Público recebeu da corregedoria do MPF um inquérito administrativo disciplinar, com aproximadamente 3 mil páginas, concluído e com acusação sumulada para a abertura de processo administrativo disciplinar.

A causa? Dallagnol manteve, por quatro anos, um aparelh

o gravador de ligações telefônicas na sede do MPF em Curitiba, sem regulamentação ou autorização superior. Durante esse período, gravou ilegalmente mais de 30 mil conversas, sem qualquer procedimento legal ou fiscalização.

Novamente, trata-se de um inquérito já finalizado, após ampla defesa, com acusação formulada por pares de Deltan do próprio MPF. Segundo o relatório final, o próximo passo era abrir o PAD, não tivesse Deltan pedido sua exoneração.

Esqueceu de relatar ainda que, além desses casos, tinha contra si mais 15 reclamações disciplinares, com acusações que variavam desde improbidade administrativa e violação a sigilo processual até abuso de poder e apropriação indevida de valores de diárias da Operação Lava-Jato.

Em todos os casos, o ex-deputado já havia se manifestado, o que prova que ele tinha plena ciência da seriedade das acusações e da plausibilidade das provas, já que o CNMP poderia ter arquivado de pronto esses processos e não o fez.

Não apenas, o ex-procurador também não contou que apenas 15 dias antes de pedir exoneração, seu colega de Lava Jato, Diogo Castor de Mattos, havia sido demitido do Ministério Público Federal pelo financiamento de um outdoor em frente ao aeroporto de Curitiba (algo, convenhamos, menos grave se comparada à lista de acusações “pendentes” de apreciação no CNMP contra Deltan, seu chefe).

Por fim, o ex-deputado esqueceu de mencionar uma ligação telefônica revelada pela operação Spoofing entre ele e Bruno Brandão, diretor da Transparência Internacional no Brasil (instituição que agora critica o TSE pela cassação). Deltan relata que “a conversa no CNMP é essa: querem me enquadrar também, a partir das reclamações do Gilmar e do Congresso sobre minhas manifestações. (…) Podem entender que meu envolvimento é uma quebra de decoro. Se cada manifestação for tomada como um ato e gerar reincidência, isso significa risco até de demissão”. O medo da punição, portanto, não tinha nada de “imaginário”.

Não faltam críticas à Lei da Ficha Limpa em diversos de seus dispositivos, incluindo a própria alínea, mas o fato é que o TSE não fez nada de diferente do que sempre fez com prefeitos, vereadores, deputados e outros políticos sem a “fama” — digamos assim — do ex-procurador. A

título de ilustração, a fraude já era devidamente reconhecida em casos de candidatos que renunciavam às suas campanhas na véspera das eleições para manterem seus nomes nas urnas, mas escapavam de cassações enganando os eleitores.

Foi o caso aqui. É a partir de um conjunto de provas claras que estão longe de serem “imaginárias” que o TSE entendeu que Deltan fraudou a lei ao sair do Ministério Público Federal às vésperas da instauração de mais um PAD que poderia demiti-lo do serviço público. A justiça pode ser cega, mas não é ingênua.

Imaginamos que ser cassado dói, ex-procurador, ainda mais para você, que por anos defendeu a falsa ideia de que a Justiça Eleitoral não possuía competência para punir maus agentes públicos.

A dor deve ser ainda maior quando sua cassação veio de uma lei tão festejada por você, que até defendia a ampliação da Ficha Limpa para todos os cargos públicos.

Se há alguma lição a ser retirada desse caso é apenas uma: na “República de Curitiba”, realmente, “a lei é para todos”. Não há dúvidas que o “procurador Deltan” impugnaria o “candidato Deltan”.

*Luiz Eduardo Peccinin e Priscilla Conti Bartolomeu/Uol

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Política

“Zelensky se atrasou. Ele ouviu meu discurso e eu ouvi o dele. Minha posição não mudou. É a paz”, diz ele

Na cidade de Hiroshima, no Japão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu uma entrevista no dia 21 de maio, logo após sua participação na cúpula do G7. Lula abordou diversos temas, incluindo a posição do Brasil no cenário internacional, os compromissos futuros do país e questões relacionadas à paz e ao meio ambiente.

Lula iniciou suas declarações destacando a mudança de posição do Brasil nos últimos anos. Ele afirmou: “Nos últimos seis anos, o Brasil foi um pária internacional. Mas agora o Brasil voltou e, por isso, decidi vir à reunião do G7, em Hiroshima”. O presidente ressaltou a importância da participação do país em fóruns globais como uma maneira de fortalecer sua posição no mundo. Durante a entrevista, Lula também mencionou os futuros compromissos do Brasil em termos de liderança global. Ele anunciou: “O Brasil vai presidir os BRICS e o G20 a partir do ano que vem”.

O caso Zelensky – O presidente aproveitou a oportunidade para falar sobre o encontro frustrado com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Lula explicou: “Nós esperamos o presidente da Ucrânia no nosso hotel e recebemos a informação de que ele tinha atrasado. Foi isso o que aconteceu”. Apesar do imprevisto, Lula ressaltou que Zelensky teve a oportunidade de ouvir seu discurso e conhecer sua posição em relação aos desafios globais. Ao abordar a questão da paz, Lula reafirmou seu compromisso com a construção de um bloco disposto a alcançar a paz. Ele declarou: “Eu continuo com a mesma posição. Quero construir um bloco disposto a alcançar a paz”. O presidente enfatizou a importância de promover o diálogo e a cooperação entre as nações para superar os conflitos e garantir um mundo mais pacífico. “Neste momento, não vejo nem o Putin nem o Zelensky falando em paz. O presidente Biden também não falou em paz”, afirmou.

Amazônia – Sobre a Amazônia, Lula expressou sua preocupação com o desmatamento na região. Ele declarou: “Vamos chegar ao desmatamento zero. Se alguém quiser derrubar uma árvore para fazer um móvel, que plante uma floresta e corte quantas árvores quiser. Mas não na Amazônia. A Amazônia pertence ao planeta, embora esteja em nosso território”. O presidente reforçou a importância de proteger e preservar a Amazônia, destacando seu papel vital para o equilíbrio ambiental global. Assista:

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Mundo

Vini Jr. detona Espanha após racismo e deixa futuro no Real em aberto

Vinicius Júnior, alvo de racismo durante Valencia x Real Madrid na tarde de hoje, se manifestou pela primeira vez após os insultos — ele acabou expulso em meio à uma confusão desencadeada pelos ataques. No texto, o brasileiro diz que “vai até o fim contra os racistas, mesmo que longe da Espanha”, deixando seu futuro em aberto.

Não foi a primeira vez, nem a segunda e nem a terceira. O racismo é o normal na La Liga. A competição acha normal, a Federação também e os adversários incentivam. Lamento muito. O campeonato que já foi de Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi hoje é dos racistas. Uma nação linda, que me acolheu e que amo, mas que aceitou exportar a imagem para o mundo de um país racista. Lamento pelos espanhóis que não concordam, mas hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas. E, infelizmente, por tudo o que acontece a cada semana, não tenho como defender. Eu concordo. Mas eu sou forte e vou até o fim contra os racistas. Mesmo que longe daqui”. Vinicius Júnior em seu Twitter 

Torcedores do Valencia começaram a gritar “mono” (“macaco” em espanhol) nos momentos em que o brasileiro esteve perto da lateral. O jogo estava nos 15 minutos do segundo tempo.

Cerca de dez minutos após o início dos gritos, o árbitro paralisou a partida depois que os torcedores repetiram o gesto.

O jogo foi interrompido por aproximadamente cinco minutos, e foi necessário que o locutor do estádio pedisse para que os torcedores parassem por risco da partida ser encerrada.

Vinicius Junior começou a discutir com os torcedores do Valencia, e o técnico Carlo Ancelotti chamou o brasileiro no banco de reservas pedindo que ele se acalmasse. O brasileiro foi expulso após a reação. A partida foi reiniciada pelo árbitro e o Real Madrid perdeu por 1 a 0.

Vinicius Júnior foi atrapalhado pela presença de uma segunda bola em campo quando partiu para a jogada na esquerda.

A torcida do Valencia começou a hostilizar os jogadores do Real Madrid, que ficaram indignados com a situação.

O brasileiro foi xingado por parte da torcida do Valencia perto do local do lance e logo apontou para o setor de onde partiam os gritos de “macaco”.

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Política

Vídeo: Lula não move para cumprimentar Zelensky

Petista condenou a guerra e a possibilidade de conflito nuclear, mas cancelou a reunião bilateral que faria com presidente da Ucrânia.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve na manhã deste domingo (21) – que no horário brasileiro corresponde à noite do último sábado – na Sessão 8 da Cúpula do G7 em Hiroshima, no Japão. O principal debate da reunião versava sobre a invasão russa sobre a Ucrânia, iniciada no ano passado. Em dado momento, quando os demais líderes se levantaram para cumprimentar o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, o mandatário brasileiro permaneceu sentado.

Ao longo do encontro, Lula sentou-se entre o presidente Joe Biden, dos EUA, e o primeiro-ministro Justin Trudeau, do Canadá. Zelensky, por sua vez, esteve logo à frente de Lula, cercado por Narenda Modi, mandatário da Índia, e o sul-coreano Yoon Suk-Yeol. Ao centro, o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, fez as vezes de anfitrião do encontro.

O silêncio de Lula e sua não movimentação para cumprimentar Zelensky podem ser interpretados como um recado do presidente brasileiro ao restante dos líderes mundiais de que o Brasil não irá aderir a um alinhamento automático imposto pelos países da Otan como forma de apoiar a Ucrânia contra a invasão russa. Lula já declarou por diversas vezes que não contribuirá com o envio de armas ou financiamento da resistência ucraniana, mas que procura negociar a paz, sem contrapartidas e na base do diálogo, com os dois lados envolvidos no conflito.

No próprio encontro, o presidente brasileiro repudiou a violação territorial da Ucrânia e se mostrou preocupado com o que considera o maior risco de uma guerra nuclear desde o auge da Guerra Fria. “Hiroshima é o cenário propício para uma reflexão sobre as catastróficas consequências de todos os tipos de conflito. Essa reflexão é urgente e necessária. Hoje, o risco de uma guerra nuclear está no nível mais alto desde o auge da Guerra Fria”, declarou.

As palavras de Lula versaram sobre a preocupação que o conflito escale no futuro para uma guerra nuclear. Na avaliação brasileira, além da proibição das armas nucleares, é preciso que o conflito iniciado pelos russos cesse imediatamente.

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Política

Íntegra do discurso de Lula no G7: “Um mundo mais democrático é a melhor garantia de paz”

Leia a íntegra do discurso de Lula no G7 em Hiroshima:

Quero agradecer ao primeiro-ministro Kishida pelo convite para que o Brasil participasse do segmento ampliado da Cúpula de Hiroshima.
Esta é a 7ª vez que sou convidado de uma reunião do G-7.

Quando aqui estive pela última vez, na Cúpula de L´Áquila em 2009, enfrentávamos uma crise financeira global de proporções catastróficas, que levou à criação do G-20 e expos a fragilidade dos dogmas e equívocos do neoliberalismo.

O ímpeto reformador daquele momento foi insuficiente para corrigir os excessos da desregulação dos mercados e a apologia do Estado mínimo.
A arquitetura financeira global mudou pouco e as bases de uma nova governança econômica não foram lançadas.

Houve retrocessos importantes, como o enfraquecimento do sistema multilateral de comércio. O protecionismo dos países ricos ganhou força e a Organização Mundial do Comércio permanece paralisada. Ninguém se recorda da Rodada do Desenvolvimento.

Os desafios se acumularam e se agravaram. A cada ameaça que deixamos de enfrentar, geramos novas urgências.

O mundo hoje vive a sobreposição de múltiplas crises: pandemia da Covid-19, mudança do clima, tensões geopolíticas, uma guerra no coração da Europa, pressões sobre a segurança alimentar e energética e ameaças à democracia.

Para enfrentar essas ameaças é preciso que haja mudança de mentalidade. É preciso derrubar mitos e abandonar paradigmas que ruíram.

O sistema financeiro global tem que estar a serviço da produção, do trabalho e do emprego. Só teremos um crescimento sustentável de verdade direcionando esforços e recursos em prol da economia real.

O endividamento externo de muitos países, que vitimou o Brasil no passado e hoje assola a Argentina, é causa de desigualdade gritante e crescente, e requer do Fundo Monetário Internacional um tratamento que considere as consequências sociais das políticas de ajuste.

Desemprego, pobreza, fome, degradação ambiental, pandemias e todas as formas de desigualdade e discriminação são problemas que demandam respostas socialmente responsáveis.

Essa tarefa só é possível com um Estado indutor de políticas públicas voltadas para a garantia de direitos fundamentais e do bem-estar coletivo.

Um Estado que fomente a transição ecológica e energética, a indústria e a infraestrutura verdes.

A falsa dicotomia entre crescimento e proteção ao meio ambiente já deveria estar superada. O combate à fome, à pobreza e à desigualdade deve voltar ao centro da agenda internacional, assegurando o financiamento adequado e transferência de tecnologia.

Para isso já temos uma bússola, acordada multilateralmente: a Agenda 2030.

Não tenhamos ilusões. Nenhum país poderá enfrentar isoladamente as ameaças sistêmicas da atualidade.

A solução não está na formação de blocos antagônicos ou respostas que contemplem apenas um número pequeno de países.

Isso será particularmente importante neste contexto de transição para uma ordem multipolar, que exigirá mudanças profundas nas instituições.
Nossas decisões só terão legitimidade e eficácia se tomadas e implementadas democraticamente.

Não faz sentido conclamar os países emergentes a contribuir para resolver as “crises múltiplas” que o mundo enfrenta sem que suas legítimas preocupações sejam atendidas, e sem que estejam adequadamente representados nos principais órgãos de governança global.

A consolidação do G-20 como principal espaço para a concertação econômica internacional foi um avanço inegável. Ele será ainda mais efetivo com uma composição que dialogue com as demandas e interesses de todas as regiões do mundo. Isso implica representatividade mais adequada de países africanos.

Coalizões não são um fim em si, e servem para alavancar iniciativas em espaços plurais como o sistema ONU e suas organizações parceiras.
Sem reforma de seu Conselho de Segurança, com a inclusão de novos membros permanentes, a ONU não vai recuperar a eficácia, autoridade política e moral para lidar com os conflitos e dilemas do século XXI.

Um mundo mais democrático na tomada de decisões que afetam a todos é a melhor garantia de paz, de desenvolvimento sustentável, de direitos dos mais vulneráveis e de proteção do planeta.

Antes que seja tarde demais.

Muito obrigado.

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Política

Guilherme Estrella: “Lula precisa da mobilização social para garantir a soberania do povo sobre a Petrobras”

O geólogo e ex-diretor de Exploração da Petrobras, Guilherme Estrella, considerado o “Pai do pré-sal”, que participou do programa Conversas com Hildegard Angel, 247, abordou questões referentes à geopolítica, história do petróleo no Brasil e soberania nacional.

Estrella resgatou que “a Petrobras surgiu no intuito de levar ao povo brasileiro um espírito nacionalista e soberano, que garantisse ao mesmo tempo autossuficiência do país em energia”.

No entanto, o geólogo ressaltou que a Petrobras passou por um duro golpe com a penetração dos EUA, através da operação Lava Jato, com o pretexto de investigar práticas de corrupção na empresa. “Praticaram ilegalidades no porto de vista jurídico, que envolveu o departamento de justiça americano, rasgaram a Constituição, destruíram nossa indústria de engenharia, derrubaram uma presidente democraticamente eleita [Dilma Rousseff] e prenderem o presidente Lula sem provas”.

Ao analisar o início do terceiro governo Lula, Estrella destacou que é fundamental o “diálogo com a população” para explicar a importância da estatal no dia a dia do brasileiro e reverter as políticas cometidas contra a empresa no último período. “O presidente precisa de mobilização social para garantir a soberania do povo sobre a Petrobras”.

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Política

MST elabora dossiê contra Ricardo Salles e outros deputados da CPI

Em parceria com organizações de luta pela preservação do meio ambiente, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) está elaborando um dossiê contra Ricardo Salles (PL-SP) e outros deputados que vão compor a CPI instalada no Congresso que tem os ativistas do campo na mira, segundo a Folha.

Segundo apurou o Painel, a cúpula do movimento definiu que não adotará postura passiva diante da CPI e organiza ofensiva para combater discursivamente os ruralistas, que articularam a criação da comissão e são maioria nela.

O dossiê faz parte dessa estratégia, e está sendo elaborado com a colaboração de organizações sociais ligadas à causa da preservação do meio ambiente. O De Olho nos Ruralistas, observatório do agronegócio no Brasil, será um dos colaboradores.

A passagem de Salles, relator da CPI, pelo Ministério do Meio Ambiente será um dos focos de pesquisa.

Ele pediu demissão da pasta em junho de 2021, pressionado por investigação sobre suposto favorecimento a empresários do setor de madeiras por meio da modificação de regras com o objetivo de regularizar cargas apreendidas no exterior e pelos altos índices de desmatamento.

A tática do MST pode gerar desgaste à imagem de Salles no momento em que ele tenta viabilizar sua candidatura à Prefeitura de São Paulo em 2024. Guilherme Boulos (PSOL), deputado federal, já manifestou a intenção de participar da eleição, e também pode ser atingido pela CPI —Salles tem afirmado que a CPI do MST pode chegar ao MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), que tem o psolista como principal líder.

Outra frente já definida como alvo pelo MST é o possível envolvimento do presidente da CPI, deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), em atos antidemocráticos no Rio Grande do Sul.

Em novembro de 2022, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul colocou o nome de Zucco em uma lista enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) de pessoas que estimularam ou participaram de bloqueios de estradas e ruas, além de mobilizações no entorno de quartéis, após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presidencial.

Na quarta-feira (17), como mostrou a revista Veja, Alexandre de Moraes, ministro do STF, determinou que a Polícia Federal investigue o caso do deputado federal.

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Opinião

Bolsonaro na corda bamba, com medo do que Mauro Cid possa contar

Mentir é uma doença contagiosa

O celular do tenente-coronel Mauro Cid é mais loquaz do que seu dono. O que significa que o dono, ex-ajudante de ordem de Bolsonaro nos últimos quatro anos, guarda na memória mais segredos do que os encontrados pela Polícia Federal no seu celular.

É por isso que Bolsonaro bate e assopra em Mauro Cid, inseguro quanto à melhor forma de tratá-lo. Ora o repele, ora o afaga. Mauro Cid calou-se no depoimento à Polícia Federal – quem falou foi sua mulher sobre a fraude nas carteiras de vacinação.

Mas ele será convocado novamente a depor. Bolsonaro treme só a saber disso. Delação? Os novos advogados de Mauro Cid garantem que ele jamais delatará ninguém. Colaborar, porém, é outra história, e ele já estaria colaborando com as investigações.

Que diferença há entre delatar e colaborar? É uma questão hermenêutica, e advogados são craques nisso. A palavra “delação” perdeu prestígio ao longo dos anos da Lava-Jato. Cedeu o lugar a “colaborar”, menos forte e mais simpática.

Desde que Mauro Cid foi preso, há 15 dias, Bolsonaro, indiretamente, referiu-se a ele dizendo de início:

“Ao que tudo indica, alguém fez besteira”.

Depois, disse:

“Foi um excelente oficial do Exército”.

E depois:

“Peço a Deus que ele não tenha errado, e cada um siga sua vida”.

E depois ainda:

“Não quero acusá-lo de nada”.

Por fim, elogiou-o e disse considerá-lo “um filho”.

ai algum espera ser traído por um filho. Elevado à categoria dos quatro filhos Zero de Bolsonaro, Mauro Cid deveria mirar no exemplo deles. Ou seja: obedecer ao pai acima de tudo, do Brasil e até mesmo de Deus, se for o caso; jamais duvidar de sua sabedoria.

Compreender que o pai sempre os protegerá, mas no limite, se absolutamente necessário para salvar-se, poderá sacrificar um deles. Carlos, o Zero Dois, carrega a ferida profunda de ter derrotado a própria mãe ao se eleger vereador por exigência do pai.

A ferida sangra até hoje. Carlos nunca gostou de política, e não gosta. De vez em quando, ameaça deixá-la, mas o pai não permite. Flávio anunciou que se candidataria a prefeito do Rio, mas que a última palavra seria do pai. Por enquanto, o pai disse não.

A pergunta de milhões de reais, ou de dólares, é: o que fará Mauro Cid? O patriarca dos Bolsonaro é um exímio carrasco. Quantas cabeças não decepou até aqui para preservar a sua? Começou a entregar mais uma, desta vez por meio de sua mulher.

À revista Veja, Michelle, ao falar sobre as milionárias joias ofertadas ao casal pela ditadura da Arábia Saudita, citou o almirante Bento Albuquerque, ex-ministro das Minas e Energia e portador dos presentes; o de Bolsonaro entrou ilegalmente no país

Michelle afirmou que houve uma falha de comunicação entre as assessorias de Bento e a do seu marido. E que ela e Bolsonaro só ficaram sabendo da situação entre novembro e dezembro de 2022. No caso de suas joias apreendidas pela Receita, comentou:

“O erro aconteceu no fato de a assessoria do Ministério de Minas e Energia não ter comunicado a minha assessoria, já que era um presente endereçado à primeira-dama. Se a assessoria do ex-ministro Bento tivesse entrado em contato, a gente verificaria os trâmites legais para ficar com o presente ou colocar no acervo da Presidência”.

Dito de outra maneira: nem Bento Albuquerque, nem assessores dele tiveram a gentileza de avisar à Michelle que as suas joias haviam sido retidas pela Receita, e a Bolsonaro que as joias dele estavam guardadas em um cofre do ministério há quase um ano.

Mentira pega. Michelle foi contaminada pelo marido.

*Blog do Noblat

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Mundo

Tumulto deixa pelo menos 12 mortos em estádio de futebol de El Salvador

Centenas de torcedores tentavam acessar ao estádio Cuscatlan; na confusão, vítimas foram esmagadas.

Um tumulto deixou pelo menos 12 mortos e centenas de feridos neste sábado (20), em San Salvador, capital de El Salvador. O incidente ocorreu no Estádio Cuscatlan, durante o jogo entre Alianza e FAS, pelas quartas de final. O Diretor do Sistema Nacional de Proteção Civil, Luis Alonso Amaya, disse que a confusão teria acontecido devido ao excesso de venda de bilhetes, investiga-se se parte desses eram falsos, diz a Folha.

Muitas pessoas ainda tentavam acessar ao estádio quando os portões foram fechados. Com a confusão, alguns torcedores do Alianza derrubaram o portão do setor geral e adentraram ao local do jogo para se salvar e pedir ajuda. A partida foi suspensa aos 16 minutos do primeiro tempo.

De acordo com a Polícia Nacional Civil, foram realizados cerca de 500 atendimentos, entre feridos e pessoas com colapsos nervosos após o susto. Em torno de 100 pessoas foram encaminhadas para hospitais da cidade com sinais de asfixia.

No Twitter, o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, disse que realizará uma investigação exaustiva para punir os responsáveis. “Todos serão investigados: times, dirigentes, estádio, bilheteria, liga, federação, etc. Quem quer que sejam os culpados, eles não ficarão impunes”, publicou.

A Federação Salvadorenha de Futebol (Fesfut) lamentou o ocorrido e informou que todo o futebol nacional está suspenso neste domingo (21).

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