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Opinião

Bolsonaro, com seu instinto de escorpião, ataca os pobres

Há uma conhecida fábula, atribuída a Esopo, que conta a vontade de um escorpião de um atravessar um rio. Seguinte: o escorpião pede ajuda a uma rã.
– Não, diz a rã. Não é possível. Se deixar que suba em minhas costas, poderia picar-me e a picada de um escorpião é mortal.
– Onde está a lógica disso, respondeu o escorpião. Os escorpiões sempre tentam ser lógicos. Se eu te pico, você morre e eu me afogo.
A rã se convenceu e permitiu que o escorpião subisse em seu torso. Mas no meio do rio, a rã sentiu uma terrível picada e se deu conta de seu erro.
– Lógica, disse a rã. Onde está a lógica? Eu sei, afirmou o escorpião, mas essa é minha natureza.

Assim age Bolsonaro agora, o que e serve de alerta de como agiria num segundo mandato onde não poderia tentar uma outra reeleição.

Como um presidente produz um pacote de maldades contra os pobres se precisa dos votos deles para se reeleger?

Só o instinto do Escorpião explica isso.

É da natureza de Bolsonaro o racismo, a misoginia, a violência, a paixão por torturas, ditaduras e mortes, sobretudo dos pobres que ele nunca escondeu que odiava.

Na pandemia, por mais que fosse criticado, Bolsonaro fazia de tudo para não comprar vacinas e produzir o maior morticínio de nossa história usando o Coronavírus como aliado. Ele sabe que isso lhe custaria caro, mas sua natureza perversa sempre fala mais alto.

Bolsonaro não consegue segurar sua mão que usa a caneta para envenenar a vida dos pobres, mesmo no momento que mais precisa deles para não cair e ser preso pelos inúmeros crimes graves que cometeu junto com seu clã.

Ontem soubemos que ele, depois de cortar vários medicamentos da Farmácia Popular, medicamentos essenciais para a sobrevivência das pessoas pobres, cortou 95% da verba da moradia popular, da sua casa verde e amarela. Hoje, chega a notícia de que ele não reajustou a merenda escolar e as crianças têm até que dividir ovo.

Dá para imaginar o que seria um segundo governo de Bolsonaro.

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Política

Após visita de irmão do presidente, Caixa aprova R$ 29,6 milhões para obras em cidade da família Bolsonaro

Reunião no banco público foi intermediada por assessor do Palácio do Planalto.

Segundo O Globo, no dia 24 de novembro do ano passado, às 10h10, Renato Bolsonaro, irmão de Jair Bolsonaro, ingressou na sede da Caixa Econômica Federal, em Brasília. Acompanhado por uma comitiva, ele participou de uma reunião no 19º andar para discutir demandas de recursos para Miracatu, cidade localizada a 139 quilômetros de São Paulo e onde trabalhava como chefe de gabinete do prefeito. Quase um mês depois de receber o irmão do chefe do Poder Executivo, a Caixa assinou a liberação de R$ 29,6 milhões em repasses do governo federal para o município do Vale do Ribeira, região onde Jair Bolsonaro cresceu.

Esse volume recorde de dinheiro é o dobro dos recursos viabilizados pela Caixa para Miracatu ao longo de 14 anos. Somente durante o governo Bolsonaro, o município foi agraciado com mais de R$ 40 milhões em verbas de convênios com ministérios que passaram pelo crivo do banco. Desse total, R$ 33,6 milhões foram autorizados em 2021, sendo a maior parte, R$ 29,6 milhões, destinada em dezembro do ano passado, logo após a passagem do irmão do presidente pela sede da instituição financeira.

Procurados, Renato Bolsonaro, que deixou o cargo de chefe de gabinete em agosto para se dedicar às eleições, e o prefeito de Miracatu, Vinícius Brandão, não quiseram se pronunciar. Por meio de nota, a Caixa afirmou que atua apenas como “mandatária da União” para os repasses e que age em conformidade com as regras. Cabe ao banco público analisar os contratos e chancelar os pagamentos dos convênios assinados entre o município e os ministérios.

Após a reunião na Caixa em Brasília, Renato Bolsonaro voltou para Miracatu e participou de uma live para comemorar o que ele chamou de “frutos da viagem a Brasília”.

– O portal (da entrada da cidade) saiu. Já está aprovado. Não quero que reclamem de muitas obras na cidade. Vamos transformar Miracatu – disse o irmão do presidente.

Na mesma transmissão virtual, o prefeito do município, Vinícius Brandão, que também viajou para Brasília, onde visitou o presidente no Palácio do Planalto, enalteceu os empreendimentos que seriam realizados em Miracatu:

– Acho que até no meio do ano (de 2022) vai estar tudo licitado. Vocês vão cansar de ver placas de ‘estamos em obras’ – comemorou.

Além do portal de entrada da cidade de Miracatu, para o qual foi destinado R$ 3,7 milhões, a Caixa assinou contratos para a realização de mais duas obras comemoradas na live: a reforma do centro de eventos, que custou R$ 6,5 milhões, e um ginásio de esportes, de R$ 3,8 milhões.

Para Registro, cidade vizinha e maior município da região com 56 mil habitantes, foram viabilizados pela Caixa R$ 1,5 milhão em 2021, um volume que representa apenas 3,7% do total destinado no mesmo ano para Miracatu, cuja população é de 19.000 pessoas.

– Do governo federal não conseguimos quase nada. A gente fez vários projetos para Registro, que é a capital do Vale do Ribeira, mas a União não distribui a verba por igual. Resolveram priorizar o irmão do presidente e favoreceram demais Miracatu. Tudo se deve ao Renato e ao presidente. Como somos do PSDB, não mandaram nada para cá – afirma o prefeito de Registro, Nilton José Hirota da Silva (PSDB).

Queridinho do presidente

A visita de Renato Bolsonaro e sua comitiva à sede da Caixa Econômica foi guiada pelo então assessor do presidente da República Mosart Aragão, segundo o vereador Henrique do Porto de Areia (PSB), da base do prefeito de Miracatu.

– O Renato organizou a lista de demandas. O Mosart cuidou de tudo e nos conduziu à sede do banco – diz Areia, acrescentando: – Tem muito recurso chegando. O município virou um canteiro de obras.

Após a reunião no banco estatal, o vereador de Miracatu Moyses Neto (PSB), que participou da expedição em Brasília, também elogiou o empenho do auxiliar de Jair Bolsonaro. “Agradecimento especial ao Mosart Aragão por ter aberto as portas ao governo federal e nos receberam muito bem (sic)”, postou Neto nas redes sociais.

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Opinião

Prestar solidariedade a Vera Magalhães envolve visitar um passado recente

Vera Magalhães virou alvo da violência bolsonarista. Não são lobos solitários que investem contra o corpo e a dignidade da jornalista. São agentes bem orientados por um tipo de lógica de morte que há mais de quatro anos controla esse país em todos os níveis.

O bolsonarismo precisa da violência de gênero como um vampiro precisa de sangue. Esse é um dos pilares que estruturam a sociedade que bolsonaristas querem erguer.

Bolsonaro tem, mais do que um plano de governo, um projeto de sociedade.

Nessa sociedade bolsonarista, homens andam armados, mulheres se curvam. Homens mandam, mulheres obedecem.

Nesse projeto de sociedade, florestas viram pó, corrupção tá liberada (chamam rachadinha que é para não assustar), pessoas negras não apitam muito, LGBTQs podem morrer porque não fazem falta.

Vera Magalhães foi escolhida por essa turma covarde para virar, literal e simbolicamente, o rosto do inimigo.

A experiente jornalista foi, durante os 13 anos de administrações petistas, oposição bastante eloquente. E, ainda assim, seguiu podendo falar abertamente o que pensava de Lula, de Dilma e do PT sem ser agredida.

Também dizia o que achava de Sergio Moro, tão veementemente adorado que chegou a ser chamado por ela de enxadrista.

A Lava Jato nunca teve um olhar mais atento por parte dela, que deixou de ver o enviesamento escancarado da operação.

Não precisaríamos da Vaza Jato para notar que alguma coisa errada estava se passando. Não precisaríamos da Vaza Jato para perceber quem era Sergio Moro. Bastava recorrer ao episódio do Banestado, aliás.

Enquanto Dilma foi alvo da fúria covarde da extrema-direita, Vera calou. Quando Cora Ronai e Miriam Leitão ridicularizaram a roupa e o andar de Dilma na posse, Vera calou.

Quando a caravana de Lula foi recebia a pauladas no sul do Brasil, Vera disse que pedradas faziam parte da política.

Quando Lula foi ao velório de dona Marisa, Vera debochou e sugeriu que casássemos com alguém que não fosse fazer comício em seu velório.

Quando Manuela D’Avila foi 62 vezes interrompida no Roda Viva, Vera disse que era do jogo e que estava acostumada a atuar em ambientes cheios de homens, indicando que Manuela fazia drama ao reclamar da impossibilidade de concluir um pensamento sequer.

Quando Boulos foi contratado como colunista da Folha, Vera democraticamente sugeriu que ele fosse desligado dado que, segundo ela, Boulos estava associado ao banditismo.

Prestar solidariedade a Vera envolve resgatar como viemos parar aqui. Visitar o passado não é nossa maior qualidade e, justamente por evitarmos a viagem, repetimos e aprofundamos os erros.

Mas só podemos crescer e melhorar se olharmos para o que fizemos e entender como e por que erramos. Isso vale para nossas vidas pessoais e vale para nossa história enquanto sociedade e nação.

Como, afinal, viemos parar nesse lugar de tanta dor e violências?

Viemos parar aqui quando naturalizamos a candidatura de um homem como Jair Bolsonaro e, para não eleger mais o PT, fingimos que ele era parte aceitável da política.

Viemos dar aqui quando, em 2018, entrevistamos Jair Bolsonaro como se ele fosse um candidato absolutamente normal, apenas mais um na disputa.

Viemos parar aqui quando deixamos de nomear a proximidade de Bolsonaro com horrores como o fascismo, o nazismo e o racismo.

Viemos dar aqui quando elevamos Paulo Guedes à categoria de alguém inteligente e preparado.

Viemos dar aqui quando resolvemos dizer que havia uma certa “ala moderada” entre os militares.

Viemos parar aqui quando apoiamos o Impeachment absurdo de uma presidente legitimamente eleita.

Quando elevamos os chiliques de Aécio Neves ao lugar do aceitável.

Quando buscamos de todas as formas legitimar o afastamento de Dilma e fingimos não estar vendo o machismo e a misoginia nos ataques que ela sofria. Vera Magalhães não poderia estar passando pelo que está passando.

Sua ideologia, suas simpatias políticas e seus afetos não justificam agressões, ataques, abusos, assédios. Apenas um país que já não mais opera democraticamente tolera esse tipo de violência.

Prestar solidariedade a Vera Magalhães exige que refaçamos o caminho até aqui para que ele nunca mais se repita, e para que nenhuma outra mulher tenha que passar pelo que ela está passando.

Que Lula seja eleito para que Vera possa, outra vez, fazer oposição sem ser destruída em sua dignidade e no seu direito de opinar.

*Milly Lacombe/Uol

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Pesquisa

Datafolha: Pesquisa mostra estabilidade, com Lula mais distante de Bolsonaro

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (15), encomendada pela Globo e pelo jornal “Folha de S.Paulo”, mostra que o ex-presidente Lula (PT) tem 45% das intenções de voto no primeiro turno da eleição presidencial, seguido pelo atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), com 33%. Ciro Gomes (PDT) tem 8% e Simone Tebet (MDB) tem 5%.

Em relação à pesquisa anterior do Datafolha, de 9 de setembro, Lula se manteve igual. Já Bolsonaro oscilou de 34% para 33% –a diferença entre eles é de 12 pontos. Ciro oscilou de 8% para 9%.Tebet tem os mesmos 5% da semana passada, e Soraya Thronicke (União Brasil) oscilou de 1% para 2%.

A pesquisa ouviu 5.926 pessoas em 300 municípios entre os dias 13 e 15 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no TSE sob o número BR-04099/2022.

  • Lula (PT): 45% (45% no Datafolha anterior, de 9 de setembro)
  • Jair Bolsonaro (PL): 33% (34% na pesquisa anterior)
  • Ciro Gomes (PDT): 8% (7% na pesquisa anterior)
  • Simone Tebet (MDB): 5% (5% na pesquisa anterior)
  • Soraya Thronicke (União Brasil): 2% (1% na pesquisa anterior)
  • Felipe d’Avila (NOVO): 0% (0% na pesquisa anterior)
  • Sofia Manzano (PCB): 0% (0% na pesquisa anterior)
  • Vera (PSTU): 0% (0% na pesquisa anterior)
  • Léo Péricles (UP): 0% (0% na pesquisa anterior)
  • Constituinte Eymael (DC): 0% (0% na pesquisa anterior)
  • Kelmon Souza (PTB): 0% (0% na pesquisa anterior)
  • Em branco/nulo/nenhum: 4% (4% na pesquisa anterior)
  • Não sabe: 2% (3% na pesquisa anterior)

Felipe d’Avila (Novo), Vera (PSTU), Sofia Manzano (PCB), Constituinte Eymael (DC), Léo Péricles (UP) e Kelmon Souza (PTB) foram citados, mas não atingiram 1% das intenções de voto.

Detalhamento

Lula vai melhor que Bolsonaro:

  • Entre mulheres (46% a 29%)
  • Entre os mais jovens (50% a 28%)
  • Entre quem tem ensino fundamental (54% a 27%)
  • Entre quem recebe até dois salários mínimos (52% a 27%)
  • Na região Nordeste (59% a 22%)
  • Entre as pessoas pretas (57% a 23%)
  • Entre católicos (51% a 28%)
  • Entre beneficiários do Auxílio Brasil (57% a 26%)
  • Na região Sul (42% a 34%)
  • Entre evangélicos (49% a 32%)
  • Entre quem recebe de cinco a dez salários mínimos (40% a 35%)

Votos válidos

Essa modalidade não leva em conta os votos nulos, brancos e indecisos e aponta, neste momento, para a realização de segundo turno.

Lula: 48% (49% em 9 de setembro)
Bolsonaro: 36% (35% no levantamento anterior)

2º turno

Veja abaixo o resultado do 2º turno:

  • Lula (PT): 54% (53% na pesquisa de 9 de setembro)
  • Bolsonaro (PL): 38% (39% na pesquisa anterior)

*Com G1

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Povo Pataxó denuncia ao CNDH: Pistoleiros ignoram decisões judiciais, atacam aldeias e matam indígenas na Bahia

Apesar de decisões judiciais favoráveis, povo Pataxó segue sofrendo ataques armados na Bahia

Presente em Brasília, delegação indígena tem se reunido com órgãos públicos e cobrado providências para proteção das comunidades e investigação dos agressores.

Ao menos duas decisões judiciais recentes garantiram ao povo Pataxó o direito de permanecer em áreas retomadas dentro do perímetro já identificado e delimitado como parte da Terra Indígena (TI) Barra Velha do Monte Pascoal, no município de Porto Seguro, no extremo sul da Bahia.

Apesar disso, os ataques de pistoleiros e grupos armados que os indígenas identificam como “milicianos” contra as comunidades Pataxó das TIs Barra Velha e Comexatibá, no município de Prado, têm sido recorrentes.

O mais recente dos ataques armados contra o povo Pataxó ocorreu na aldeia Nova, na TI Barra Velha, no dia 12 de setembro, sem deixar feridos. No dia 6 de setembro, um ataque armado já havia aterrorizado a mesma aldeia, também sem registro de feridos.

No dia 3 de setembro, um ataque contra uma retomada da TI Comexatibá resultou no assassinato de Gustavo Silva da Conceição, Pataxó de apenas 14 anos, e deixou outro indígena, de 16 anos, ferido no braço. As duas terras indígenas são contíguas, separadas apenas por um “corredor” que é ocupado por fazendas.

Em razão dos contínuos ataques e ameaças, uma delegação de lideranças do povo Pataxó está em Brasília, realizando uma série de incidências e cobrando providências de órgãos públicos.

Nessa terça-feira (13/09), lideranças dos Pataxó e de povos indígenas do Maranhão, Minas Gerais e Roraima participaram de uma audiência com o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) e levaram suas denúncias à Sexta Câmara do Ministério Público Federal (MPF).

Decisões judiciais

No dia 9 de junho, a juíza federal da subseção judiciária de Teixeira de Freitas (BA), Celia Regina Ody Bernardes, negou pedido liminar de reintegração de posse contra a aldeia Quero Vê, retomada estabelecida pelos Pataxó na TI Barra Velha, em janeiro de 2022.

A TI Barra Velha possui uma área demarcada na década de 1980 com apenas 8,6 mil hectares, que deixou de fora a maior parte do território Pataxó. Por esta razão, em 2008, a Fundação Nacional do Índio (Funai) realizou o reestudo da área e, em 2014, como fruto dessa revisão, identificou e delimitou a TI Barra Velha do Monte Pascoal com 52,7 mil hectares.

Desde então, contudo, o processo demarcatório encontra-se paralisado. A falta de espaço para sobrevivência e reprodução de seu modo de vida tradicional, assim como o avanço de fazendeiros, posseiros e empreendimentos imobiliários sobre o território, motivaram uma série de retomadas do povo Pataxó, dentro do perímetro já identificado como parte de sua terra tradicionalmente ocupada.

A decisão de junho garantiu aos Pataxó a permanência na área retomada em janeiro, explica Lethicia Reis, assessora jurídica do Conselho Indigenista Missionário – Cimi Regional Leste e advogada da comunidade indígena no processo.

“Essa decisão determina a manutenção da comunidade na aldeia Quero Vê, uma vez que ela faz parte, e isso está mais do que comprovado, da TI Barra Velha. Vai na linha de garantir os Pataxó na área, por entender que eles não podem ser responsabilizados pela demora na demarcação”, analisa a assessora.

Violência disseminada

As garantias obtidas por meio das decisões judiciais não têm sido suficientes para barrar os ataques contra as comunidades Pataxó do extremo sul da Bahia. As lideranças presentes em Brasília denunciaram a situação à Sexta Câmara do Ministério Público Federal (MPF) e ao CNDH, pedindo proteção às comunidades e lideranças ameaçadas.

“Nós estamos realmente acuados”, relata Mandy Pataxó, liderança da TI Comexatibá. “Não estamos tendo ninguém por nós lá, só nosso Deus e a esperança de nosso povo, que enviou a gente para cá para voltar com algo que estanque a violência. Nós não temos fuzil, nem metralhadora, nem colete à prova de balas e nem dinheiro, como o que estão colocando contra nós. Somos formiguinhas”.

As lideranças relataram às autoridades que os ataques têm sido articulados e até antecipados em grupos de whatsapp locais, com atuação de políticos, policiais e fazendeiros. Foi o que ocorreu no dia do ataque na TI Comexatibá que resultou no assassinato de Gustavo da Silva Pataxó.

Os dois ataques mais recentes na TI Barra Velha foram contra a comunidade denominada “aldeia Nova” – que, apesar do nome, é uma aldeia já estabelecida há anos na área já identificada da terra indígena e que ainda aguarda o fim do processo de regularização.

*Com Viomundo

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Ala do PDT prepara manifesto contra Ciro e a favor do voto útil em Lula para vitória no primeiro turno

Guilherme Levorato – Uma ala do PDT prepara o lançamento de um manifesto com duras críticas ao candidato do partido à Presidência da República, Ciro Gomes. A informação foi passada à Dhayane Santos e Gustavo Conde, na TV 247, por Gabriel Cassiano (PSB), associado ao Centro do Núcleo do Novo-Desenvolvimentismo da FGV-SP, que disse ainda que o manifesto pedirá voto útil dos eleitores ciristas no ex-presidente Lula (PT), o candidato mais bem posicionado para derrotar Jair Bolsonaro (PL) já no primeiro turno.

“Tem muita gente insatisfeita”, afirma Cassiano em relação ao clima interno no PDT.

Segundo ele, candidatos pedetistas reclamam da falta de visibilidade e da divisão de valores do fundo eleitoral. A avaliação é de que Ciro Gomes não é um bom cabo eleitoral e que sua candidatura é um desperdício de dinheiro. “Há muita gente com mandato insatisfeita, vereadores. Há muitos candidatos insatisfeitos, principalmente candidatos a deputado, porque não estão conseguindo ter visibilidade, porque a candidatura do Ciro está tirando votos progressistas dos candidatos a deputado do PDT. Esses ataques virulentos ao Lula afastam o eleitorado progressista para votar nesses candidatos progressistas do PDT. Então eles estão com muita raiva. É aquela velha história: se não quer ajudar, não atrapalha. Mas o Ciro só atrapalha”.

“Eles ficam bravos e falam, ‘valeu a pena isso?’. Porque o fundo partidário, acho que está em R$ 30 milhões o valor que o PDT repassou para a candidatura do Ciro, quando isso poderia estar distribuído entre os deputados. Os deputados poderia estar com mais dinheiro para fazer campanha e sem o candidato sendo linha auxiliar do bolsonarismo e tirando, afastando os progressistas, que começam a olhar para o PDT e falar ‘não, o PDT é de direita, é um partido fascista’. Então é decepcionante para essas pessoas, frustrante, e elas estão muito enraivecidas, elas têm só medo de expor”, completou.

Cassiano também criticou o presidente do PDT, Carlos Lupi, e disse que graças ao dirigente partidário há silêncio do partido em relação à insatisfação com Ciro. “O presidente Lupi – não consigo entender porque ele embarcou nessa, ele sempre foi um cara muito próximo ao presidente Lula, foi ministro do Trabalho do governo Lula, teve uma relação muito próxima com o PT – assinou uma uma cláusula que quem fizesse campanha para outro candidato não ia receber fundo eleitoral e ia sofrer processo na comissão de ética do partido”.

Cassiano informou que o manifesto será divulgado até a próxima segunda-feira (19). “Existe a resistência e a resistência virá. Eu estou articulando junto a algumas outras figuras que eu não posso dizer ainda o nome – mas são figuras importantes do PDT – um manifesto. Nesse manifesto nós vamos fazer uma crítica dura ao Ciro e vamos acabar pedindo voto útil em Lula no primeiro turno. No rol das assinaturas estão candidatos hoje do PDT, membros de direção, ex-dissidentes, que se filiaram a outros partidos, que saíram por conta dessa conduta do Ciro. Isso vai ser divulgado no máximo até segunda-feira. Isso vai ser uma coisa muito dura e surpreendente”.

*Com 247

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Vídeo: Uma fala emocionante e poderosa

Em meio a tanta violência, desinformação, ignorância, total falta de conhecimento político, incapacidade de discernimento, de um candidato que é um verdadeiro estadista, que de verdade se preocupa com o bem estar do povo brasileiro, do outro, inclassificável, surge uma fala poderosa de um pastor que emociona e é fundamental para o momento porque nós brasileiros passamos. Assista e se emocione.

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Edir Macedo prepara desembarque da candidatura Bolsonaro

história se repete. Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, se prepara para abandonar a candidatura à reeleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, diante de uma provável vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A revelação foi feita, em conversas reservadas, por um bispo da Universal. Ex-pastores e outros religiosos confirmaram as conversas ao Intercept.

Segundo o Intercept, Edir Macedo já pulou do barco na campanha de seu então candidato à Presidência, Geraldo Alckmin, em 2018, à época no PSDB. Às vésperas do primeiro turno da última eleição, o bispo abandonou Alckmin, por acaso hoje o vice de Lula, ao intuir que Bolsonaro seria o provável vencedor nas urnas.

A avaliação é de que a eleição não será decidida no primeiro turno. No segundo, a igreja faria acenos aos dois lados. Macedo não quer se arriscar a perder verbas publicitárias da Record, vindas do governo federal, ao declarar apoio oficial a Lula. A emissora do bispo foi a mais beneficiada com fatias da publicidade federal no começo do governo, e, ao final de 2021, a Globo recuperou essa liderança, pois Bolsonaro precisou também da emissora carioca para divulgar suas realizações. Assim, segundo pessoas próximas à Universal, Macedo, com receio de secar a fonte, fará o jogo duplo num eventual segundo turno, liberando bispos e pastores candidatos da igreja, então já eleitos, para pedir o voto de fiéis ao petista.

Bolsonaro, nesse caso, deixará de ser enaltecido, e Lula não mais criticado nos meios de comunicação ligados à Universal. Dessa forma, Edir Macedo mantém o pé em duas canoas e fica bem com qualquer um que vencer a eleição.

A estratégia atribuída a Macedo vazou após conversas que teriam sido mantidas, em julho, por dirigentes da campanha petista com o ex-deputado federal Bispo Rodrigues, homem de confiança de Macedo e um dos poucos remanescentes do núcleo fundador da Universal. Segundo religiosos próximos à cúpula da igreja ouvidos pelo Intercept, o candidato do PT teria pedido um encontro com Macedo para falar sobre as eleições, mas o bispo evitou recebê-lo. Macedo teria indicado então Rodrigues, que foi coordenador político da igreja durante muitos anos, para atender os emissários petistas.

Rodrigues havia desaparecido da cena política. Ele foi preso em 2006 na Operação Sanguessuga, um esquema de compra de ambulâncias superfaturadas, e novamente em 2013, após condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do mensalão. Oficialmente, Rodrigues foi afastado. Mas continua dando expediente na sede da igreja no Rio, segundo integrantes da instituição. Na coordenação política da Universal, o cargo de Rodrigues foi ocupado depois pelo bispo Marcos Pereira, deputado federal e presidente do Republicanos. Hoje, o coordenador político da igreja é o bispo Alessandro Paschoal.

“Há uma divisão entre Bolsonaro e Lula na Universal e nas igrejas em geral. Isso vai muito da pessoa. E o Edir Macedo é Centrão. Para se manter no poder, com qualquer um que ganhar, ele tem de fazer o jogo. O Centrão trabalha dessa forma. Uma parte está com um, outra parte está com o outro. O que se quer é estar no poder, não importa quem vença”, atestou o apóstolo Márcio Líbano, presidente da Associação de Ministros Evangélicos Interdenominacionais, a Amei, e próximo da Igreja Universal.

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Campanha de Lula aciona TSE contra site de fake news e pede “multa máxima” a Bolsonaro

“O site é impulsionado pela campanha de Bolsonaro. É proibido o impulsionamento de propaganda negativa contra outras candidaturas”, diz a campanha.

A campanha do ex-presidente Lula (PT) entrou com uma representação junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quinta-feira (15) pedindo a retirada do ar do site “Lulaflix”, que traz “comprovadas fake news” sobre o petista. “O site é impulsionado pela campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL)”, diz a Coligação Brasil da Esperança.

Foi pedido ao TSE que seja aplicada à campanha de Bolsonaro a “multa máxima” por “impulsionamento de propaganda negativa” contra a candidatura de Lula, o que é “expressamente proibido”.

“Entre as fake news impulsionadas pelo site, está a que associa o ex-presidente Lula ao PCC. No início do mês de setembro, o próprio TSE já aplicou multa a Bolsonaro e determinou a exclusão de conteúdos falsos, que ligavam o candidato Luiz Inácio Lula da Silva à facção criminosa”, argumenta a coligação.

“A bem da verdade, todas as publicações do site, sem exceção, realizam propaganda negativa contra o candidato Luiz Inácio Lula da Silva. O conteúdo de cada uma das postagens na página impulsionada pelos adversários diretos do candidato da Coligação Brasil da Esperança é movido pelo estratagema de distorcer eventos ou descontextualizar informações para sustentar críticas infundadas ao ex-presidente Lula”, dizem os advogados da campanha de Lula.

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