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Bolsonaro: ‘Não tá havendo morte de criança que justifique algo emergencial’

Presidente respondeu ao questionamento sobre demora na decisão de vacinar crianças contra Covid.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) repetiu seu ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e disse, na manhã desta sexta-feira (24), que “não está havendo morte de criança” para justificar decisão emergencial sobre vacina da Covid-19 para crianças.

“Não tá havendo morte de criança que justifique algo emergencial”, disse a jornalistas no Palácio da Alvorada.

“Tá morrendo criança de 5 a 11 anos que justifique algo emergencial? É pai que decide, em primeiro lugar”, afirmou.

Depois disse que não quer determinar nada para a o tema. “Se tem um problema na Saúde, vão me culpar. Quando quero dar uma opinião, estou interferindo. Situação minha é complicada.”

O presidente ainda colocou em dúvida a vacinação, mais uma vez, e se queixou de não poder mais debater o assunto: “Virou crime”.

O ministro da Saúde disse, na quinta-feira (23), que as mortes de crianças por Covid-19 estão num patamar baixo, para poder justificar a decisão da pasta em definir sobre imunização infantil apenas em 5 de janeiro.

De acordo com dados do Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), desde o começo da pandemia até 6 de dezembro deste ano, foram registradas 301 mortes de crianças entre 5 e 11 anos por Covid-19 no país.

Em 2020, 2.978 crianças tiveram síndrome respiratória aguda grave em decorrência do coronavírus —156 delas morrem. Neste ano, foram registrados 3.185 casos nessa faixa etária, com 145 mortes.

O ministério recebeu recomendação favorável da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) na semana passada para a aplicação da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos.

Bolsonaro disse também nesta sexta-feira (24) que participou da consulta pública como “cidadão”, e defendeu a proposta de exigir prescrição médica para vacinar crianças de 5 a 11 anos.

“Eu não sou médico, mas tenho uma filha de 11 anos. Mas já tinha respondido, tenho um médico do meu lado aqui [governador de Goiás, Ronaldo Caiado]. Eu acho que qualquer procedimento tem que passar pelas mãos do médico, tá ok?”, disse o presidente.

A diretriz anunciada por Queiroga na véspera atende justamente a um pedido do presidente. No final de semana, Bolsonaro havia dito que pediu ao ministro exigência de receita médica e termo de responsabilidade dos pais para implementar a medida.

Dentre as 19 questões da consulta pública, há uma pergunta sobre escolas, que questiona a obrigatoriedade da apresentação de carteirinha de vacinação. A imunização não é obrigatória no país, mas é comum que as escolas cobrem a carteira atualizada dos alunos.

A respeito disso, Bolsonaro disse nesta sexta que “não pode governador ou prefeito matricular só vacinado”.

*Com informações do Uol

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Em fevereiro, STF deve considerar que rachadinha é crime, o que implodirá o clã

Está marcado para 17 de fevereiro um julgamento decisivo para o presidente Jair Bolsonaro. O STF (Supremo Tribunal Federal) vai decidir se rachadinha é crime. Carlos e Flávio Bolsonaro, filhos do presidente, respondem pela prática – que consiste em embolsar indevidamente salários de funcionários. O próprio Jair Bolsonaro teria participado de esquema de rachadinha no gabinete quando era deputado federal, como revelou uma série de reportagens do UOL, informa Carolina Brígido, do Uol.

No mundo jurídico, não há entendimento pacífico sobre a rachadinha. Existe a tese de que o político não pode ser punido nesses casos, já que o salário do servidor, uma vez recebido, se transforma em recurso privado. Portanto, não ficaria configurado dano ao patrimônio público. Mesmo quando a rachadinha é considerada crime, há entendimentos diversos sobre se a prática consiste peculato, concussão ou corrupção.

Entre os ministros do STF, a expectativa é que a maioria vote no sentido de considerar crime a prática de rachadinha. O caso em julgamento é uma ação penal contra o deputado Silas Câmara (Republicanos-AM). Luís Roberto Barroso votou no ano passado pela condenação do parlamentar por peculato. A discussão foi interrompida por um pedido de vista de Kassio Nunes Marques e será retomado logo no início de 2022.

O resultado do julgamento do processo contra Silas Câmara valerá apenas para o caso concreto. No entanto, será um parâmetro importante para a Justiça analisar as investigações contra Flávio, Carlos e Jair Bolsonaro.

Em duas frentes, o Ministério Público do Rio de Janeiro investiga se foi cometida rachadinha dos gabinetes de Flávio e Carlos Bolsonaro, ambos filiados ao Republicanos. O caso de Flávio teria ocorrido quando ele era deputado estadual, entre 2007 e 2018. O hoje senador foi denunciado por peculato, organização criminosa, apropriação indébita e lavagem de dinheiro. Carlos começou a ser investigado em 2019, quando reportagens do jornal O Globo e da revista Época apontaram suspeitas de contratações fantasmas no gabinete do vereador.

Jair Bolsonaro é alvo de uma investigação preliminar na PGR (Procuradoria-Geral da República) sobre as suspeitas levantadas contra ele pelas reportagens do UOL. Mesmo que a investigação seja levada para o STF, não há possibilidade de punição enquanto Bolsonaro ocupar o Palácio do Planalto. Segundo a Constituição Federal, o presidente da República não pode ser responsabilizado por fatos estranhos ao mandato. Nesse caso, o processo ficaria parado até o fim do mandato de Bolsonaro.

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Estados não pedirão receita médica para vacinar crianças contra a Covid-19

Secretários de saúde devem se reunir nesta sexta. Ministério da Saúde defendeu não só prescrição médica, mas autorização dos pais.

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) não cumprirá a exigência de receita médica para vacinar crianças contra a Covid-19. Entre os gestores, o sentimento é de indignação diante da medida, a qual consideram “absurda”. No Rio, o prefeito Eduardo Paes informou em uma publicação no twitter que crianças de 5 a 11 anos não precisarão de receita médica para tomar a vacina contra a Covid-19 na cidade.

O Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) também avalia que não há necessidade da exigência e estuda uma posição oficial com foco em fazer as vacinas chegarem aos municípios.

Os secretários estaduais prepararam uma reação ao Ministério da Saúde que saiu em nota após se reunirem nesta sexta-feira. No texto, afirmam que buscarão formas de facilitar a imunização, sem exigir a receita médica. A nota dirige-se às crianças.

“Infelizmente, há quem ache natural perder a vida de vocês, pequeninos, para o coronavírus. Mas com o Zé Gotinha já vencemos a poliomielite, o sarampo e mais de 20 doenças imunopreveníveis. Por isso, no lugar de dificultar, a gente procura facilitar a vacinação de todos os brasileirinhos”, diz a carta.

*Com informações de O Globo

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FGV: Bolsonaro cai e deve perder a liderança digital para Lula

No Twitter, por exemplo, o presidente já aparece tecnicamente empatado com Lula (PT).

Levantamento da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da FGV sobre o desempenho dos presidenciáveis nas redes sociais aponta para tendência de queda de Jair Bolsonaro (PL) em todas as plataformas, segundo Painel da Folha.

É a primeira vez que a liderança de Bolsonaro nas redes aparece ameaçada.

No Twitter, por exemplo, o presidente já aparece tecnicamente empatado com Lula (PT). Já no YouTube, Ciro Gomes (PDT) ficou bem próximo no número de engajamento em postagens.

A FGV analisou 82,2 milhões de interações nos perfis oficiais de Bolsonaro, Lula, Ciro, Marina Silva (Rede), João Doria (PSDB) e André Janones (Avante). As postagens foram entre os dias 1 de novembro e 19 de dezembro.

No YouTube, Ciro chegou a ficar à frente de Bolsonaro em três das sete semanas analisadas. O pedetista apresentou picos durante a última semana após ser alvo de uma operação da Polícia Federal em 15 de dezembro.

A chegada de Lula em Bolsonaro se deu também no Instagram e, segundo a FGV, a melhora no desempenho do petista tem relação com posts sobre sua viagem à Europa e a entrevista concedida ao podcast Podpah.

Sergio Moro se manteve como terceiro candidato com mais interações no Twitter e no Instagram. Janones se destaca no Facebook, onde é o terceiro colocado em interações, mas tem baixa atividade nas outras plataformas. Marina e Doria apresentam baixa interação em todas as redes.

No início de dezembro, o chefe da diretoria da FGV, o sociólogo Marco Aurélio Ruediger, que disse ao Painel que a grande repercussão do Lula no Podpah poderia marcar um novo momento de participação da esquerda nas redes sociais, ambiente que tem sido de domínio hegemônico da direita nos últimos anos.

Ruediger também afirmou à época que o modelo das lives de Jair Bolsonaro (PL) mostrava desgaste.

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Queiroga, o Pazuello 2, diz que crianças de 5 a 11 anos só serão vacinadas com prescrição médica

Segundo ministro, será necessário documento indicando presença de comorbidade ou recomendação da aplicação.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o governo federal autorizará a aplicação de vacinas contra a Covid-19 em crianças apenas sob a prescrição de um médico. Em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira no Ministério da Saúde, Queiroga disse que a pasta colocará um documento à disposição para consulta pública e que espera que o início da vacinação para essa faixa etária ocorra em breve, informa O Globo.

— As crianças com comorbidades são prioritárias, a aplicação não é obrigatória, depende da autorização dos pais e naturalmente quem aponta comorbidade é o médico. As sem comorbidades há necessidades de prescrição médica — afirmou Queiroga.

A vacinação dessa faixa etária foi aprovada desde a semana passada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O governo federal, entretanto, vem adiando o início da vacinação. O presidente Jair Bolsonaro se colocou contrário à autorização em diversas ocasiões e chegou a dizer que queria divulgar os nomes dos técnicos da Anvisa que autorizaram a aplicação das doses.

Desde o início da pandemia, 301 crianças morreram por Covid-19, uma a cada dois dias. Nesta quinta-feira, em entrevista ao GLOBO, o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, classificou os dados de “estatística macabra”.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga afirmou que o contrato com a farmacêutica Pfizer prevê que a empresa forneça as doses necessárias para a aplicação de vacinas nessa idade.

— Estamos exercendo nossa soberania, as prerrogativas, para que eles possam livremente optar por vacinar ou não seus filhos após orientação do médico e assinatura do termo de consentimento — afirmou Queiroga.

Segundo o ministro, a aprovação do documento com as regras para vacinação de crianças deve ser feita até dia 5. Em nenhum dos outros casos de aplicação de vacinas o governo publicou documentos em consulta pública antes de iniciar a aplicação.

De acordo com Queiroga, o modelo adotado pelo Brasil é semelhante ao de outros países, como a Alemanha.

— Dada a sensibilidade do caso, nosso entendimento é muito parecido do que acontece na Alemanha, onde há recomendação médica, onde se contempla os casos que tem comorbidades e se respeita a decisão dos pais — disse o ministro.

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Auditores da Receita Federal aprovam paralisação geral da categoria

Mais de 4,2 mil servidores da Receita participaram, na tarde desta quinta-feira (23/12), de assembleia promovida pelo Sindifisco.

Auditores fiscais da Receita Federal do Brasil (RFB) aprovaram, nesta quinta-feira (23/12), uma greve da categoria em resposta ao corte no Orçamento do órgão. O ato de protesto prevê meta zero das atividades, entrega ostensiva de cargos e paralisação de todos os projetos do país, informa o Metrópoles.

A assembleia foi realizada pelo Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco). Mais de 4,2 mil auditores participaram da votação.

Os servidores protestam contra a falta de regulamentação de uma lei vigente desde 2017, que prevê bônus por produtividade para os auditores. A insatisfação da categoria é potencializada pelo fato de que policiais federais ganharam R$ 1,7 bilhão para reajuste e reestruturação de carreiras.

Todos os indicativos foram aprovados por mais de 97% dos participantes. Veja quais são:

  • meta zero para todos os setores e atividades da Receita Federal e do CARF, ressalvadas as decadências e demandas judiciais;
  • entrega ostensiva de todos os cargos em comissão e funções de chefia em todos os níveis hierárquicos na Receita Federal e o compromisso de não ocupar tais posições;
  • paralisação de todos os projetos nacionais e regionais do Plano Operacional, bem como que todos os gerentes de Projeto requeiram seu pronto desligamento;
  • não preenchimento dos relatórios de atividades, enquanto não for resolvido o impasse em torno da regulamentação do bônus e do cumprimento do que foi afiançado pelo governo com a classe; e
  • realização de operação padrão nas aduanas, ressalvados medicamentos e insumos médicos e hospitalares, cargas vivas, perecíveis, bem como aquelas definidas como prioritárias pela legislação vigente, bem como o tráfego de viajantes em trânsito internacional.

Os indicativos deverão ser cumpridos até que o governo faça a publicação do decreto de regulamentação do bônus de eficiência.

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Debandada da Receita Federal, incluindo o Carf, já chega a 635 que entregaram o cargo

Auditores passaram a entregar cargos comissionados em protesto contra reajuste unicamente para policiais federais.

A adesão ao movimento de auditores da Receita Federal de entrega de cargos de chefia após o Congresso prever no Orçamento de 2022 reajuste salarial para policiais federais cresceu nesta quinta-feira (23).

A mobilização da categoria chegou ao Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais). O órgão é uma espécie de tribunal da Receita.

Segundo o Sindifisco (sindicato da categoria), 44 auditores deixaram seus cargos. Com a medida, eles irão voltar para funções na Receita. Ao todo, 635 auditores já abriram mão de cargos comissionados, informa a Folha.

O movimento é uma resposta à aprovação do Orçamento por deputados e senadores na terça (21) com um pedido feito pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), de contemplar com aumento de salário os policiais, sua base política, em ano eleitoral.

A Receita tem 7.950 auditores, 6.071 analistas e 2.938 funções comissionadas. Com a debandada, os servidores deixam os postos, mas seguem na carreira, uma vez que são concursados.

Nesta quinta, o Sindifisco afirmou que a entrega dos cargos de conselheiros do Cart têm potencial para já começar a afetar o julgamento de recursos no órgão.

“A entrega de cargos envolve o compromisso de que ninguém irá ocupar o cargo que o outro entregou”, afirmou o sindicato, em nota.

A entidade realiza também nesta quinta uma assembleia para decidir sobre uma paralisação nacional.

“O Sindifisco Nacional fará ao longo do dia assembleias telepresenciais com a categoria em todo o país a respeito das ações a serem tomadas diante dos cortes orçamentários na Receita Federal, do descaso e quebras de compromisso do governo para com a categoria”, afirmou o sindicato.

De acordo com a entidade, está na pauta da assembleia a decisão pela pela paralisação da categoria. A ideia, com isso, é “referendar a entrega de cargos, que já está ocorrendo”.

“A assembleia também definirá se a categoria partirá para a operação padrão na aduana, se adotará o desligamento dos projetos nacionais e regionais, e o não preenchimento de relatórios gerenciais”, disse o sindicato, na nota.

Nesta quarta-feira (22), a entidade afirmou que os auditores demissionários atuam em pelo menos cinco regiões fiscais do país.

Essas áreas englobam São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas e Paraíba.

O Sindifisco afirmou que a entrega dos cargos em comissão deverá afetar mais diretamente os trabalhos nas aduanas, uma vez que liberações de produtos exigem a assinatura de superiores.

Apenas a 8ª Região, do estado de São Paulo, por exemplo, é responsável por 40% da arrecadação do país, além de concentrar os maiores aeroportos e o Porto de Santos, principal porta de entrada para produtos importados.

“A receita para [com a entrega dos cargos de chefia], ela fica acéfala, entra em espiral de caos administrativo”, afirmou o presidente do Sindifisco Nacional, Kleber Cabral.

Os auditores fiscais iniciaram mobilização na noite de terça, quando o Congresso aprovou um total de R$ 4,9 bilhões para fundo eleitoral e também R$ 1,7 bilhão para o reajuste para policiais federais.

O aumento aos policiais foi um pedido do próprio presidente Bolsonaro. Apenas PF, PRF (Polícia Rodoviária Federal) e Depen (Departamento Penitenciário Nacional), além de agentes comunitários de saúde, obtiveram previsão de reajuste dentro do funcionalismo.

Os auditores reclamam que havia um acordo com a Economia para honrar o pagamento de bônus de produtividade, instituído em 2016, mas que nunca entrou em prática.

A insatisfação dos servidores da Receita não é isolada. Após a debandada no órgão, funcionários públicos de outras áreas começaram a reclamar da benesse aos policiais.

Também nesta quarta, a associação dos funcionários do Ipea divulgou uma nota se queixando da falta de reajuste salarial, mesmo após enviarem ofícios à Economia com pedido de reposição de perda inflacionária. O documento foi publicado após reunião com o presidente do órgão, Carlos Von Doellinger.

“Diante dos encaminhamentos da reunião e sem mesa de negociação para a questão salarial, a postura do governo tem mostrado que será necessário um engajamento mais amplo do conjunto de servidores civis federais para reverter esse quadro”, disse a entidade, na nota.

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Auditores da Receita fazem assembleia para decidir sobre possível greve

O Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil) realizará ao longo desta quinta-feira (23) uma série de assembleias com os trabalhadores da Receita para deliberar a respeito de uma possível greve da categoria, informa o Uol.

Por conta do corte de verbas no Orçamento de 2022 e da não regulamentação de um bônus para o setor mais de 500 chefes de unidades da Receita Federal já entregaram seus cargos no órgão.

“A pauta prevista (nas assembleias) é para decidir pela paralisação da categoria, para referendar a entrega de cargos, que já está ocorrendo. A entrega de cargos envolve o compromisso de que ninguém irá ocupar o cargo que o outro entregou”, disse o Sindifisco, em nota.

Segundo o sindicato dos trabalhadores, o governo trata a categoria “com descaso”. “A assembleia também definirá se a categoria partirá para a operação padrão na Aduana, se adotará o desligamento dos projetos nacionais e regionais, e o não preenchimento de relatórios gerenciais”, afirma.

Conforme mostrou a coluna, o ministro da Economia, Paulo Guedes, avisou ao presidente Jair Bolsonaro que o aumento apenas para policiais federais geraria um efeito cascata de insatisfação entre os servidores públicos. Bolsonaro atuou diretamente para conseguir espaço orçamento para as forças de segurança, categoria que é uma de suas bases de apoio eleitoral.

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Desmatamento em Terras Indígenas cresceu 138% nos três anos de governo Bolsonaro

O estudo do Instituto Socioambiental compara os períodos de 2019 a 2021 e 2016 e 2018.

O desmatamento em Terras Indígenas (TIs) aumentou em 138% desde que Jair Bolsonaro (PL) assumiu a Presidência, de 2019 a 2021, em comparação com os três anos anteriores, de 2016 a 2018. Os dados são do estudo Desmatamento sem controle na Amazônia Legal: a estimativa da taxa de desmatamento Prodes em 2021 e o impacto nas áreas protegidas, elaborado pelo Instituto Socioambiental (ISA), informa o Brasil de Fato.

O sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), registra apenas o desmatamento de corte raso, ou seja, o desmatamento total da vegetação nativa. Há, no entanto, outros processos de degradação florestal pelos quais esses territórios passam, provenientes de garimpos ilegais, incêndios e roubo de madeira, que não são registrados pelo Prodes.

Segundo Antonio Oviedo, coordenador do Programa de Áreas Protegidas do ISA, isso significa que, “além dos 32.864 hectares de desmatamento registrados pelo sistema Prodes em 2021, outros 22.707 hectares foram degradados nas TIs”. No total, a degradação florestal aumentou 55% nas Terras Indígenas somente em 2021.

O relatório mostra que as terras indígenas da Bacia do Xingu, entre Mato Grosso e Pará, foram as mais devastadas. No território, onde vivem 26 povos indígenas e abriga o Corredor de Áreas Protegidas do Xingu, a TI Apyterewa (PA) foi a campeã de destruição, com um aumento de 7% em relação a 2020, somando cerca 6,7 mil hectares desmatados.

De acordo com o ISA, na região há forte presença de grilagem, “onde os invasores ganham espaço na TI em lotes vendidos, leiloados, ou até mesmo doados de forma irregular por redes criminosas”.

“Como se não bastasse, a grande atividade pecuária em São Félix do Xingu, município onde a TI se localiza, contribui para o cenário de degradação da natureza. O município concentra o maior rebanho do país, com mais de dois milhões de cabeças e ocupa o posto de maior emissor de gases de efeito estufa do Brasil.”

Em seguida aparecem as TIs Kayapó e Trincheira Bacajá, com aumentos de 56% e 51%, respectivamente, no desmatamento em 2021 em relação ao ano anterior. Ambas também estão localizadas no Pará.

Clique aqui para acessar o estudo completo.

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Reajuste para PF causa debandada e ameaça de greve de servidores

Aprovação de reajuste salarial para policiais federais provocou indignação em outras categorias de servidores, que também querem aumento.

A previsão de reajuste e reestruturação de carreiras de policiais federais incluída no Orçamento de 2022 gerou insatisfação em outras categorias de servidores públicos, que também reivindicam aumento. O texto aprovado pelo Congresso Nacional destina R$ 1,7 bilhão para os profissionais da PF, informa o Metrópoles.

A decisão de oferecer aumento salarial à Polícia Federal atendeu a um pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL), que está de olho em votos para a eleição do ano que vem.

Até essa quarta-feira (22/12), ao menos seis organizações manifestaram indignação com o reajuste apenas para os policiais federais: chefes de unidades do Banco Central (Sinal), delegados e auditores da Receita Federal (Sindifisco), médicos peritos federais (ANMP) e membros do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis), auditores fiscais agropecuários (ANFFA Sindical) e Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).

Também divulgaram protestos a associação dos servidores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Afipea-Ipea) e os com carreira de planejamento e orçamento (Assecor).

De acordo com Sergio Ronaldo, secretário-geral do Condsef, o reajuste restrito às carreiras de policiais federais foi recebido com tristeza. “Desde 2017, 90% do funcionalismo público vem sendo discriminado com cortes, sem concursos. O governo prefere tratar com segregação. Isso não é justo com quem conduz o serviço público”, explica.

Para Ronaldo, a atitude do presidente Bolsonaro de atuar de forma direta para a inclusão da categoria favorecida gera conflitos internos. A Condsef não se manifesta contrária ao reajuste para policiais federais, mas à forma como foi feito.

As ações mais coordenadas, porém, serão definidas depois de reuniões, em janeiro. “Não vamos agir de forma antecipada”, ressaltou o sindicalista.

Estranheza e indignação

No Banco Central, 45 chefes de unidade da organização enviaram carta ao presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, e também aos diretores, em que expressam “profunda estranheza e indignação às tratativas para reajustes salariais a determinadas categorias do serviço público, alijando outras”.

“Seria um golpe muito duro, uma grande decepção [os servidores do Banco Central] serem deixados de fora desse movimento de recomposição”, diz o documento.

Os servidores citam, ainda, que as diretorias do órgão têm “claro compromisso contra situações de desalinhamento e assimetria envolvendo categorias relevantes do serviço público onde nos inserimos”. A classe ainda ameaçou paralisar as atividades em protesto contra a falta de reajuste.

Servidores do Bacen planejam entregar suas funções e promover paralisações após a categoria amargar mais um ano sem reajuste. Os funcionários do BC estão desde janeiro de 2019 sem qualquer recomposição salarial, enquanto a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 19,1% no mesmo período.

“A gente está construindo um calendário de mobilizações. Vamos começar com uma cobrança ao presidente [do BC], Roberto Campos Neto, para que se posicione. A gente pede que isso seja revertido. Precisamos pelo menos de uma reposição da inflação. Se nada disso acontecer, prevemos a entrega de funções e paralisações”, desabafou o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fabio Faiad, nessa quarta.

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