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Opinião

Pela primeira vez na história do Brasil um presidente se confessa com medo de ser preso

O nível de desespero de Bolsonaro a cada dia aumenta de forma exponencial. Sua declaração de que receberia autoridade policial à bala, dizendo “atiro pra matar, mas ninguém me prende. Prefiro morrer”, é mais do que uma declaração de um paranoico, mas uma afronta a autoridade policial, pior, é um incentivo para qualquer um reagir contra os agentes de segurança do Estado.

Talvez nós brasileiros estejamos normalizando a luz crua de uma receita vinda do presidente da República para que qualquer brasileiro adote como norma a desobediência civil. Sim, é uma repetição do modus operandi que Bolsonaro utilizou nas Forças Armadas para desestabilizar o comando do exército, sendo expulso, acusado de ameaçar colocar bomba no banheiro do quartel.

Por isso esse anacronismo que berra cotidianamente em defesa de sua cabeça, buscando motivos para reagir à justiça em razão de uma penca de acusações que ele terá que responder quando perder o foro.

Isso não é uma asneira dita entre quatro paredes, é a declaração do presidente da República saída do intestino em que, emparedado pelo próprio extrato de malfeitos que sabe que cometeu e pelo julgamento que o próprio faz de si, tenta se refugiar na veneração religiosa de parte do seu eleitorado e também adestrar, numa arquitetura macabra, os militares da reserva que fazem parte do seu governo.

Talvez esse seja o principal ponto a ser tocado, que é a consciência que Bolsonaro não consegue disfarçar seu passado recente, pior, ele pilha diuturnamente com tentativas burlescas de tratorar a justiça com truques e manobras como a que produz uma couraça privilegiada, como foi o caso de Pinochet, que se antecipou a criar um monstrengo político que lhe dava a condição de senador vitalício e, assim, cristalizar sua impunidade.

Seja como for, o que assistimos é o presidente denunciando sua própria consciência, que parece ser bem mais pesada do que imaginamos, e não é de maneira vaga, mas de maneira crescente. A evolução de seus ataques às instituições de controle do país está cada vez mais espetaculosa para tentar ofuscar os quatro anos trágicos de seu governo com o objetivo de produzir cortina de fumaça política, mas também de uivar ameaças contra o próprio poder do Estado de fazer cumprir as leis e a ordem.

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AgroTebet, a bruxa da maçã envenenada

O clero midiático, sobretudo dos barões mais opulentos, que se acham dominadores da cabeça dos brasileiros, vendo cada vez mais escassa a chance de inventar uma candidatura da pra lá de finada terceira via, resolveu dar acento central a uma representante de uma serpente do agronegócio.

A coisa é muito grosseira e, por isso mesmo, já chega envenenada, porque todos sabem que o agro é tóxico e não há como poetizar uma legítima representante do veneno que mata tantos brasileiros.

O discurso de que Simone Tebet tem um grande coração, sobretudo nos programas da GloboNews, soa como patético e que Tebet representa o eleitorado feminino é ainda mais pitoresco, porque todos nós vimos o quanto essa senhora se esmerou para golpear a primeira mulher presidenta do Brasil.

A faixa que vai nessa barca furada, já nasce náufraga.

Tebet é a mais genuína representante da bancada do veneno, por isso essa imagem de quem pretende se vender como uma mulher maravilha, é puro truque. De sublime, a nova dama da GloboNews, não tem nada.

Na luz da história, Tebet sempre se colocou do lado oposto do que hoje prega para ver se consegue arrebatar os tolos.

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Lázaro do planalto, em confissão de culpa, ameaça: “atiro pra matar”

Bolsonaro faz o próprio rascunho de acusação de seus crimes.

O sujeito não para de tricotar e vestir a carapuça de criminoso comum. Agora fala publicamente em assassinar qualquer um que queira lhe prender.

É uma espécie de autoassédio, ou autoagressão.

É um tipo de categoria de criminoso que adiciona auto flagelo, intolerância e ameaças de véspera.

Como não chamar um camarada desses de peru de natal se é ele que está trôpego, sugerindo que coloquem sua cabeça na guilhotina antes das eleições?

Aliás, são duas confissões num mesmo pacote de desespero.

A de quem se confessa derrotado nas urnas e não para de falar que será preso pelos inúmeros e incontáveis crimes que cometeu.

Se é ele que coloca a carroça na frente dos burros, a boiada já dá como certa a sua leitura e desiste de tentar rebocar sua empacada candidatura.

Segundo reportagem no Metrópoles, Guilherme Amado, agitado, falando de maneira descontrolada, Bolsonaro causou impacto, em especial quando disse qual seria sua reação caso a polícia batesse à sua porta para executar uma ordem de prisão:

“Eu atiro para matar, mas ninguém me leva preso. Prefiro morrer”.

Seja como for, Bolsonaro deve aferir diariamente através de pesquisas encomendadas pelo Palácio do Planalto como anda sua sorte eleitoral e certamente está sendo avisado diuturnamente que a sua vaca está cada vez mais atolada no brejo.

Isso explica os faniquitos de Lázaro do planalto e um criminoso confesso que sabe o que fez num passado recente e, por isso mesmo, tem plena noção do desfecho da tragédia pessoal que lhe aguarda na esquina a partir de 2 de Outubro.

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Justiça

Pai e filho com medo da justiça no Brasil e nos EUA

O clã abusou da arrogância.

Agora que vão sentindo que o chão de apoio vai faltando, os membros da falange familiar começam a receber a fatura da farra fascista que promoveram e, lógico, o gosto de jiló estressa todo mundo.

Não bastasse a situação de Bolsonaro com a justiça no Brasil, Eduardo, o 03, está se borrando de medo da justiça americana por ser acusado de ter conspirado junto com trumpistas a invasão do Capitólio.

O interessante dessa história é que, tanto Bolsonaro no Brasil, quanto Eduardo nos EUA, dizem-se vítimas de uma perseguição conspiracionista, sendo que Eduardo se gabou, nas redes sociais, de estar nos EUA dias antes com aliados de quem comandou a invasão do Capitólio.

No caso de Bolsonaro, o sentido é o mesmo, só que pré-datado quando ele prega que seus aliados se inspirem na invasão do Capitólio, caso seja derrotado nas urnas em outubro.

Por isso o discurso de perseguição é o mesmo, o que torna o chororô de Eduardo um plágio do pai em inglês nesse furdunço político bilíngue em que os dois estão enfiados, com todas as chances de dar ruim para os dois, por enquanto, porque o que é de Flávio e de Carlos está guardado pela justiça, esperando a hora certa de dar o bote.

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Sem aditivo via Pix, quem vai chorar por Bolsonaro?

Com sua iminente derrota no dia 2 de outubro, Bolsonaro terá um novo peso e suas falácias, uma nova tradução. Mais do que isso, sem recursos federais que jorraram nas contas de seus deformadores de opinião, Bolsonaro ficará sem os apoios artificiais que todos nós conhecemos.

Desse bolsonarismo, feito sob encomenda, e muito bem pago com verba pública, não sobrará semente. Tudo isso vai virar pó. E Bolsonaro, como é um covarde por natureza, será a expressão do pavor que ele já alimenta desde o dia em que Lula voltou a ser elegível.

Bolsonaro pode ser tudo, menos bobo e sabe que será absolutamente abandonado, sobretudo pelos que hoje o defendem a ferro, fogo e muita grana pública. Aliás, estes também perderão a serventia para a emissora e serão chutados, mas com um bom pé de meia que fizeram durante os quatro anos da farra do boi.

Mônica Bergamo, na Folha, hoje, confirmou aquilo que até o mundo mineral sabe e comenta, que Bolsonaro está se borrando inteiro de medo daquilo que é, para ele e os filhos, cada dia mais inevitável, que é a cadeia pelos inúmeros crimes cometidos pela falange chamada clã Bolsonaro.

E não haverá presidente da Câmara ou PGR interessados em salvar o cachorro morto que já não tem qualquer poder e serventia. Aliás, essa é a principal regra do jogo de poder dessa turma. Está com a chave do cofre nas mãos, com o controle das instituições do Estado, está com tudo. Perdeu o bálsamo do poder, perdeu tudo, inclusive a liberdade, sobretudo quem for criminoso com baldes e mais baldes de provas robustas, materiais e imateriais.

Daí o desespero narrado por muitos dos seus assessores ou gente próxima de Bolsonaro, que dizem que ele vive um inferno mental que o atormenta, acordado ou dormindo, tendo pesadelos com esse inevitável encontro com a justiça.

Para Bolsonaro, só restam as ameaças, tentando colocar as Forças de Segurança do país como babá de quem não terá como fugir do que lhe espera logo após a confirmação da vitória de Lula em que Bolsonaro será automaticamente jogado na bacia das almas.

A conferir.

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O preço do amor de Nelson Piquet por Bolsonaro, R$ 6,6 milhões

Você não imaginou que Nelson Piquet bancou o chofer de Bolsonaro naquela patética chaleirada só porque o presidente tem discurso e atitudes racistas ou porque sua política do deixa infectar para criar imunidade de rebanho, que produziu a morte de quase 700 mil brasileiros e um número sem fim de outros tantos que até hoje sofrem as sequelas dessa doença e Bolsonaro tratou como gripezinha e frescura.

É ingenuidade imaginar que o apoio do bicampeão mundial de fórmula 1 a um sujeito que medalhonou, dentro da cadeia, com a maior honraria do estado do Rio de Janeiro, um miliciano como Adriano da Nóbrega, que também era diretor-presidente do escritório do crime.

Por tudo que já se sabe de corrupção nos ministérios do Meio Ambienta, da Saúde e, recentemente, do MEC, Piquet não bancou a alegoria bolsonarista na base do beijinho, beijinho, tchau, tchau, lógico.

E hoje, pelo menos parte do coração generoso de Bolsonaro a Piquet, dá uma pista do jogo de mão dupla desse acasalamento “ideológico” feito na base da compra de apoio como, aliás, é absolutamente corriqueiro no universo dos formadores de opinião bolsonaristas.

Matéria de Guilherme Amado, no Metrópoles, que segue abaixo, traz em detalhes dessa bem-aventurada amizade desinteressada.

Empresa de ex-piloto, apoiador de Bolsonaro, foi contratada sem licitação em 2019 e viu cifra aumentar após aditivo com a Agricultura

Apoiador declarado de Jair Bolsonaro, Nelson Piquet tem um motivo extra para torcer pela reeleição do atual mandatário do Planalto. A Autotrac Comércio e Comunicações, empresa que preside, receberá R$ 6,6 milhões por um contrato assinado em 2019, sem licitação, com o Ministério da Agricultura.

O valor contratado inicialmente foi de R$ 3,5 milhões. Em dezembro de 2020, o governo concedeu à empresa de Piquet um termo aditivo que, hoje, faz com que o montante chegue a exatos R$ 6.683.791,80. E as cifras podem aumentar ainda mais: há previsão no contrato para aditivos até 2026.

O contrato em questão foi firmado com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para fornecimento de equipamentos necessários à manutenção do sistema de comunicação de dados e controle das estações meteorológicas.

Apesar do contrato vultoso, atualmente a Autotrac deve à União R$ 6,3 mil em impostos. Procurado, Nelson Piquet não se manifestou sobre o assunto.

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E Lula ainda nem falou com o povo pela TV

Muito se fala e se especula sobre o auxílio eleitoreiro de Bolsonaro, se terá ou não impacto no eleitorado mais pobre, e se isso pode alongar os resultados da eleição para o 2º turno. No entanto, não se vê as pessoas colocando os pés no chão e lembrando que Lula segue sendo ignorado pela grande mídia com uma censura nada velada.

Na verdade, a mídia teve o cuidado de tentar caricaturar Lula e nessa posição, garantir que ele não aparecesse em qualquer programa de TV para tratá-lo como um exilado, sem direito à voz, menos ainda à imagem.

Por que a mídia faz isso? Independente de Lula ter sido o presidente com a maior aprovação da história, e isso está na memória afetiva do povo brasileiro pelos inúmeros programas de conquistas sociais que os mais pobres tiveram durante seus oito anos de comando do país, Lula, e a mídia sabe disso, Lula é um fenômeno também em comunicação.

Como disse a grande economista, Maria da Conceição Tavares, “Lula não fala com o povo, Lula é parte do povo”, o que é muito diferente de qualquer outro candidato à presidência.

Soma-se a isso a sua capacidade de, através de um bom humor, denunciar as mazelas da direita e demonstrar como se governa esse país, então, temos um fenômeno eleitoral com toda a sua potencialidade colocada de fato na mesa e, consequentemente, com peso suficiente para ampliar, e muito, a vantagem que já não é pouca, sobretudo porque tem muito o que lembrar das políticas exitosas de seu governo, enquanto Bolsonaro tem muito o que esconder sobre as políticas que implantou contra a população, contra os trabalhadores, levando o país a esse nível de insolvência econômica e social em que o Brasil se encontra colapsado.

Não levar em conta essa, que é uma das principais armas de Lula, a de falar com o povo, olho no olho, via propaganda eleitoral gratuita é, no mínimo, tratar da história dessa eleição com meias verdades e com flagrante falta de análise sobre o todo da disputa eleitoral.

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Opinião

Não há espaço para “isentões” nessas eleições

Se você é incapaz de se indignar com declarações racistas, com políticas públicas de perseguição aos negros, movidas por ódio racial em nome de uma suposta alergia à política, você não é isento, mas cúmplice dos racistas.

Não há como, diante dessa prática perversa, manter os músculos faciais imóveis. Isso não é isenção, e sim incentivo ao crime de racismo.

Quem tem uma opinião frouxa sobre o morticínio por covid, provocado por Bolsonaro, que beira a 700 mil vítimas, não é imparcial, ao contrário, é um fomentador entusiasmado de práticas criminosas que, indiscutivelmente, sobretudo no caso de uma pandemia, poderia ter sido mais uma vítima fatal junto com as centenas de milhares de brasileiros vitimados por essa vilania que o país sofreu, comandada pelo presidente da República.

Vir com uma resposta clássica dos “isentos” que não querem “tomar partido”, dos oprimidos, nem dos opressores é, na verdade, a expressão nua e crua de quem pretende azeitar o fascismo, porque imagina que tem algum tipo de benefício com a tragédia alheia.

Há um caso bastante emblemático na disputa entre Lula, que tirou 40 milhões da miséria em 8 anos, e Bolsonaro, que deve fechar seus quatro anos de governo, com 40 milhões de brasileiros na mais absoluta miséria e fome, enquanto 65% da população vive insegurança alimentar.

Não há argumentação possível para se dizer isento diante de um quadro tão escandalosamente oposto. De um lado, uma visão humanista, do outro, o que existe de mais perverso. E, se assim mesmo você discursa neutralidade em nome de uma isenção, você tem lado, e é o da perversão. Ou seja, pouco se importa com os famintos e miseráveis, quando não aplaude, de forma silenciosa e perfumada, esse tipo de política nefasta.

Como alguém pode se dizer neutro diante de um sujeito que se declara a favor da ditadura, da tortura, dos assassinatos promovidos pela repressão?

Quem se diz isento a uma tragédia como essa, presta? Está fazendo um discurso para proteger quem, que usa luvas de látex para não se contaminar com a disputa política?

Não há seda possível para amaciar o discurso do isentão, porque não há no dicionário uma palavra que substitua a velha malandragem dos que se fazem de ingênuos, mas posam para retratos de intelectuais e pensadores, empresários ou trabalhadores que não querem se envolver em disputas de classe, porque é de sua natureza aceitar como normal todos os crimes cometidos por um psicopata que ainda exalta seus feitos, como quem ergue um troféu.

Bolsonaro construiu, tijolo a tijolo, essa tragédia que o Brasil vive hoje, e não há isenção que apague isso.

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Entre a cruz e a caldeirinha, Bolsonaro tenta se equilibrar, e não consegue, com um pé na canoa do fascismo, e outro, na canoa da democracia

Bolsonaro está experimentando o amargo de ver pipocar em todos os cantos do país o esvaziamento do seu público mais fiel.

Na verdade, quem conhece a dinâmica que dita o retiro dos fascistas, sabe que é a do confronto, da guerra, do ódio, do sangue e da morte. Isso é o que eles chamam de rede de conservadores, os chamados cidadãos de bem que aplicam na conduta aquilo que acusam seus oponentes.

Pois bem, essa unidade praticamente não existe mais. E se ainda não virou pó, hoje representa a expressão de um movimento sorumbático que vem definhando semana após semana ao sabor das lambanças de Bolsonaro que, ao mesmo tempo em que convoca os fascistas para um ato de irracionalidade no dia 7 de setembro, tenta colocar mel na boca da burguesia que assinou a carta em defesa da democracia, encolhendo-se e não voltando a tocar no assunto 7 de setembro.

Ou seja, ele plantou a semente do golpe no dia da convenção do PL quando lançou sua candidatura, até porque não tinha o que mostrar dos seus quase 4 anos de governo e, agora, faz-se de morto se esquivando de sublinhar a convocação, como fez em sua última live em que tal assunto não passou nem de raspão por seus comentários.

Lógico que, para um eleitorado ávido por um golpe, em nome de “Deus e da família”, o silêncio de Bolsonaro ganhou destaque, porque teve a clara intenção de mudar de prosa para ver se consegue cicatrizar feridas que ele abriu no seio do grande empresariado, dos banqueiros e rentistas. Isso, sem dizer que ficou ainda mais acuado com a reprimenda americana de que não toleraria em hipótese nenhuma uma aventura golpista no Brasil, principalmente vida do maior lambe-botas de Trump.

Bolsonaro, agora, está em um não lugar, tentando se equilibrar com um pé na canoa do fascismo e, outro, na democracia, no momento de maior polarização.

Isso significa que aquela paixão bolsonarista pelo mito, ou assume uma nova linha com textura mais aveludada e fragrâncias mais leves para não ferir a sensibilidade da burguesia, ou abandona de vez quem arrastou a boiada até aqui.

Na verdade, Bolsonaro está experimentando outro momento completamente diferente daquele de 2018 em que muitos tucanos se cadastraram na seara do fascismo, da violência e da agressão que foram a grande marca de um movimento inspirado num idiota recalcado como Olavo de Carvalho.

Bolsonaro, agora, vai sentindo que os dois pés nas duas canoas antagônicas já estão dentro de uma poça d’água, prontas para afundar junto com as canoas.

Ele não consegue agradar a burguesia e nem os fundamentalistas que, juntos, deram-lhe suporte até dias atrás.

O que significa que Bolsonaro está sendo consumido pelo próprio inferno que criou.

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A pergunta que não quer calar: Como se comportará a mídia num novo governo Lula?

Com tudo o que aconteceu nesses quase quatro de governo Bolsonaro, mudou alguma coisa no grau de consciência da mídia brasileira? Sim, porque todas as desgraças desse país vêm de um modelo econômico subordinado ao regime neoliberal absolutamente autoritário.

E esse autoritarismo começa na massificação daquilo que a mídia acha essencial para o país. E o que ela acha essencial como modelo cívico é integralmente o que mercado acha.

Ou seja, falar da miséria, da pobreza, dos sem teto, da brutal concentração de renda que promove esse tipo de carência a milhões de brasileiros, não é pauta da mídia brasileira, quando muito, ela traz um contexto coletivo muito mais para diluir o efeito nefasto que a concentração de renda produz, mas trata essa concentração gritante e desumana como resultado de uma integração entre o mercado e a sociedade, utilizando as mesmas técnicas de sempre, a massificação.

Se é exceção, o assunto só é falado quando se torna muito constrangedor. O aparelhamento que vem da instrução superior é a de não incluir na conta, fruto desse tipo de pensamento neoliberal, nenhuma dívida social, nenhuma chaga e, assim, a mídia pode escolher como tratar a sociedade e, lógico, fazer com que a cidadania continue sendo mutilada para que os senhores do mercado passeiem livremente e que nenhuma dúvida paire no ar de que o pensamento elitista é a melhor ideia de conjunto que, como nação, podemos expressar.

Dane-se se as mazelas desse conceito mostram que o pensamento neoliberal é absolutamente contraditório. A violência no Brasil, conduzida pelos interesses dos milionários, que, na verdade, é a violência do dinheiro, tem como primeiro objetivo assassinar a ideia de nação e destruir completamente a ideia de conjunto da sociedade.

Esse grave crime é cometido rotineiramente para levar a sociedade a uma submissão, propondo, sobretudo, como fizeram nos anos do PT no governo, a morte da política e, com isso, matar a ideia de valores.

Foi em toda essa atrofia, implementada a ferro e fogo pela mídia, que Bolsonaro reinou, estimulando a escassez, a pobreza, a miséria e a violência.

A mídia brasileira foi de uma perversidade absoluta, sempre se recusando a dar voz à demanda da sociedade, sobretudo às camadas mais pobres da população.

Então, as perguntas a serem feitas, porque não há saída são, como a mídia se comportará num terceiro mandato de Lula? Ela continuará martelando receitas em nome da democracia de mercado?

Sim, porque foi exatamente esse o ponto que fez da mídia o principal condimento para intimidar as instituições no Brasil e impor sua posição e os interesses que defende.

As raízes do bolsonarismo estão dentro das redações e, se a sociedade não tratar disso frontalmente, mesmo que ela tenha se posicionado o tempo todo contra o discurso da mídia, como de fato fez, e a volta de Lula pelo voto direto, com possibilidade  concreta de vencer no primeiro turno, mostraram que esse discurso cientificamente elaborado, usando de emoções baratas, de falso combate à corrupção, não teve o eco que a mídia queria no seio da sociedade. A própria sociedade buscou a verdade, e a expressão dessa busca está na volta de Lula ao poder por suas mãos.

Por outro lado, a instituições se alinharam, principalmente o judiciário, à “verdade” vendida com a interpretação da mídia.

Não é sem motivos que, durante o golpe contra Dilma e na prisão de Lula, ouvimos a indispensável frase para que a mídia continuasse fazendo o discurso golpista “dentro da lei”, multiplicando o ramerrão de que as instituições estavam funcionando.

E o que vimos, agora provado, é que esses dados excluíam a própria sociedade, separando o Brasil oficial do Brasil real.

O que se quer saber é se, com a volta de Lula ao poder, a mídia adotará a mesma estratégia de discriminar a sociedade e reverenciar o mercado, impondo goela abaixo das instituições um alinhamento irrestrito aos interesses dos “senhores da terra”. Porque sim, esse, especificamente, é o ponto mais grave e, por isso mesmo, é preciso proclamar a independência do povo brasileiro, sobretudo no papel intelectual na luta contra as desigualdades, a partir do bom senso e do exercício da cidadania.

Não se pode mais aceitar que a saúde das nossas instituições seja regida pelos interesses ou a gosto da instrução dos que julgam mandar nesse país, voltando a um tipo de prática fascista que pode sim se constituir na criação de um outro monstro do quilate de Bolsonaro.

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