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VÍDEO: Pastor de calcinha e peruca alega estar “fazendo investigação”

Viralza vídeo de bispo evangélico andando próximo a bar com roupas femininas; ele afirma que foi vítima de extorsão e que usava disfarce para apurar denúncias

Um vídeo que viralizou nas redes sociais nesta segunda-feira (11) está causando polêmica na capital goiana. As imagens mostram um homem usando calcinha, micro short, peruca loira e maquiagem caminhando tranquilamente por um estacionamento ao lado de um bar no Setor Urias Magalhães, região norte de Goiânia. Segundo páginas locais, o personagem inusitado seria o bispo Eduardo Costa, pastor evangélico e conhecido cerimonialista de eventos na cidade.

A gravação teria sido enviada por uma seguidora, que também forneceu a identidade do homem. “Ele usa o nome de Deus para ganhar dinheiro”, escreveu a denunciante. Ainda de acordo com a publicação, o religioso teria o hábito de permanecer na porta de bares da região, vestido com roupas femininas.

Veja:


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Morre Arlindo Cruz aos 66 anos

Teu choro já não toca meu bandolim
Diz que minha voz sufoca teu violão
Afrouxaram-se as cordas e assim desafina
Que pobre das rimas da nossa canção
Hoje somos folha morta
Metais em surdina
Fechada a cortina Vazio o salão

Se os duetos não se encontram mais
E os solos perderam a emoção
Se acabou o gás
Pra cantar o mais simples refrão

Se a gente nota
Que uma só nota
Já nos esgota
O show perde a razão

Mas iremos achar o tom
Um acorde com lindo som
E fazer com que fique bom
Outra vez o nosso cantar
E a gente vai ser feliz
Olha nós outra vez no ar
O show tem que continuar

Se os duetos não se encontram mais
E os solos perderam a emoção
Se acabou o gás
Pra cantar o mais simples refrão

Se a gente nota
Que uma só nota Já nos esgota
O show perde a razão

Mas iremos achar o tom
Um acorde com lindo som
E fazer com que fique bom
Outra vez o nosso cantar
E a gente vai ser feliz
Olha nós outra vez no ar
O show tem que continuar

Nós iremos até Paris
Arrasar no Olímpia
O show tem que continuar

Olha o povo pedindo bis
Os ingressos vão se esgotar
O show tem que continuar

Todo mundo que hoje diz
Acabou vai se admirar
Nosso amor vai continuar

Na letra da música composta em parceria com Luiz Carlos da Vila, Arlindo Cruz diz que “o show tem que continuar”. Mas os admiradores das composições desse craque do samba sabem que a arte popular brasileira ficou mais pobre a partir de hoje.

Aos 66 anos, Arlindo Cruz, brilhante compositor, cantor e multi-instrumentista morreu nesta sexta-feira (8), no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada por sua esposa, Babi Cruz.

Arlindo estava afastado dos palcos desde 2017, quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico, em casa. Desde então, enfrentava graves sequelas e passou por diversas internações ao longo dos anos.

Mais informações sobre o velório e o sepultamento ainda serão divulgadas pela família. ICL.

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Moraes faz gesto do dedo para bolsonarista em jogo do Corinthians e viraliza

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), demonstrou tranquilidade após ser sancionado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com a Lei Magnitsky.

As sanções a Moraes congelam quaisquer bens do ministro nos EUA, proíbe cidadãos e empresas estadunidenses de realizar negócios com ele e impede sua entrada no país. Duas semanas antes, o Departamento de Estado já havia revogado os vistos de Moraes e de outros ministros do STF. A medida vem como retaliação do governo Trump à ação penal conduzida por Moraes contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, réu por tentativa de golpe de Estado.

O ministro, no entanto, parece não estar muito preocupado. Ele foi à Neo Química Arena, em São Paulo (SP), para acompanhar a partida do Corinthians, seu time do coração, no clássico contra o Palmeiras, na noite desta quarta (30), válida pelas oitavas de final da Copa do Brasil, horas depois o anúncio de retaliação de Trump.

Moraes, logo ao chegar, lançou um “vai, Corinthians” e, no camarote, foi visto sorrindo, conversando e acenando para o público. Um momento em específico, no entanto, vem viralizando nas redes sociais. O ministro foi flagrado por um fotojornalista do jornal “Estadão” mostrando o dedo médio.

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Morre Preta Gil aos 50 anos

Preta Gil não resistiu ao tratamento contra o câncer nos EUA e morreu, neste domingo (20/7). A coluna Fábia Oliveira descobriu que a cantora teve uma piora em seu quadro de saúde, desde a última quarta-feira (16/7).

Família prepara comunicado
Esta jornalista sente muito em dar essa notícia. Procurada pela coluna, a assessoria de imprensa confirmou a informação e informou que a família deve se manifestar em breve.

Amigos da artista e o filho, Francisco, estão em terras americanas. Uma das melhores amigas de Preta Gil, Carolina Dieckmmann conseguiu uma brecha nas gravações da novela e viajou para os Estados Unidos, mas ela não sabia que o estado da cantora era tão grave.

Preta lutou muito, mas enfim, o descanso e a paz merecidos.

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Aos 74 anos, morre a cantora Cristina, irmã de Chico Buarque

A cantora e compositora Cristina Buarque, irmã de Chico Buarque, morreu neste domingo (20) aos 74 anos. A artista vinha lutando contra um câncer nos últimos anos. A causa do óbito, no entanto, não foi divulgada pela família.

A informação da morte foi confirmada pelo filho da artista, Zeca Ferreira, nas redes sociais. “Uma cantora avessa aos holofotes. Como explicar um negócio desses em qualquer tempo? Mas como explicar isso nesse tempo específico? […] O ser humano mais íntegro que eu já conheci”, escreveu nas redes sociais.

Cristina era filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e da pianista Maria Amélia Cesário Alvim. Além de Chico, ela também era irmã das cantoras Ana de Hollanda e Miúcha, que morreu em 2018.

A filha de Chico, Silvia Buarque, lamentou a morte. “Para sempre comigo”, escreveu a atriz em uma publicação nas redes sociais.

Natural de São Paulo, os trabalhos de Cristina se voltavam aos gêneros do samba e MPB (Música Popular Brasileira).

O seu primeiro disco, “Cristina”, foi lançado em 1974. Nele, gravou composições de nomes conhecidos da música brasileira. Fazem parte do álbum “Tatuagem”, do próprio Chico em parceria com Ruy Guerra, “Quantas Lágrimas”, de Manacéa, “Ao Amanhecer”, de Cartola, “Isto Eu Não Faço Não”, de Tom Jobim, “Comprimido”, de Paulinho da Viola, entre outras canções.

*Foto montagem: Pensar Piauí

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Greve nacional: milhares de entregadores recebem não do iFood em SP e prometem brecar principais pontos da cidade

Motoboys afirmam que impedirão a saída de entregas nos maiores shoppings de SP.

Na maior mobilização de entregadores na capital paulista desde o #BrequeDosApps de 2020, cerca de dois mil trabalhadores fizeram uma motociata na av. Paulista e até a sede do iFood, na cidade vizinha de Osasco, nesta segunda-feira (31). O ato integra o Breque Nacional de 48h, organizado simultaneamente em cerca de 60 cidades com a demanda central de aumento da taxa mínima por corrida de R$ 6,50 para R$ 10.

Depois de esperar horas e já embaixo de chuva em Osasco (SP), os trabalhadores receberam um não da empresa às suas demandas. Saíram da frente do iFood se dividindo em grupos de cada uma das zonas da capital paulista e região metropolitana para brecar a saída de entregas dos principais shoppings da cidade.

Os entregadores prometem paralisar os pedidos do horário de janta desta segunda até a noite de terça-feira (1), dia também definido para a mobilização nacional.

“A greve vai continuar. Os caras não deram porra nenhuma, mas eles viram que o movimento foi forte no país inteiro, e nós vamos continuar, porque nós vamos mandar o recado. Não é justo o que eles estão fazendo, fizeram nós de trouxa, responderam porra nenhuma, então a gente vai parar o país inteiro”, anunciou, sob aplausos, uma das lideranças da greve de cima do carro de som

Além da taxa mínima, os trabalhadores reivindicam o aumento da remuneração de R$ 1,50 para R$ 2,50 a cada quilômetro rodado; o limite de um raio de 3 quilômetros para entregas feitas em bicicleta; e o pagamento integral por corrida mesmo quando pedidos são agrupados na mesma rota.

As pautas foram apresentadas por uma comissão de nove entregadores recebidos, após pressão, em uma reunião fechada dentro da sede da empresa com João Sabino, diretor de Políticas Públicas do iFood, e Johnny Borges, diretor de Impacto Social da empresa. Este último é figura conhecida por entregadores envolvidos em mobilizações nos últimos anos: cumpre a função de lidar com os movimentos de trabalhadores.

A entrada da comissão de grevistas, no entanto, foi conturbada. Os próprios entregadores tiveram discussões acaloradas. Parte considerava que o diálogo tinha que acontecer com um representante do iFood do lado de fora, dando explicações a todos. A empresa negou. Outra parte achou válido que um grupo de lideranças entrasse, desde que a reunião fosse transmitida ao vivo.

Os grevistas indicaram dez pessoas. O iFood permitiu que fossem nove. Esta negociação foi inteiramente mediada pela Polícia Militar (PM). Depois de liberados, os integrantes da comissão puderam entrar um por um na sede da empresa, escoltados individualmente pelo major da PM Mosna.

Do lado de dentro, os representantes dos trabalhadores foram impedidos de registrar a conversa. De novo, houve dissenso entre os manifestantes. Muitos defenderam que, sem transmissão, a comissão deveria se retirar. Venceram os que optaram por manter a reunião. Dela, no entanto, não houve resposta positiva às demandas.

*BdF

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Morre no Rio de Janeiro, aos 80 anos, o ator e diretor Ney Latorraca

Ator estava internado desde o último dia 20 na Clínica São Vicente por conta de um câncer de próstata e morreu devido a uma sepse pulmonar.

Morreu nesta quinta-feira (26/12) o ator Ney Latorraca, aos 80 anos, no Rio de Janeiro. Ele estava internado desde o último dia 20 na Clínica São Vicente, no bairro da Gávea, por conta de um câncer de próstata, e morreu devido a uma sepse pulmonar.

A fama do ator foi conquistada ao longo de mais de 50 anos dedicados à carreira artística na TV, no teatro e no cinema. Filho de um crooner e uma corista, já nasceu ligado à arte e iniciou sua trajetória profissional logo na infância.

Fez radionovela e teatro estudantil antes de ir para a televisão, inicialmente como figurante, e depois alcançou o sucesso em novelas, séries e programas humorísticos.

“O sucesso mexeu comigo, não sabia que o sucesso era tão violento desse jeito. Fiquei com medo na época, fiquei doente”, comentou o ator em entrevista ao Persona In Foco, da TV Cultura.

Em 2012, Ney Latorraca ficou internado em uma UTI durante quase 50 dias, após passar por uma cirurgia de retirada da vesícula. O procedimento ocasionou uma inflamação que atingiu as vias biliares e se espalhou pelo corpo.

Por conta disso, o artista disse, em certa ocasião, que já havia definido questões relacionadas ao seu testamento. Por não ter filhos, Ney revelou que deixaria o patrimônio acumulado ao longo dos anos na TV para instituições voltadas ao teatro, visto que foi nesse segmento que fez milhões.

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Ouvidor das polícias afirma que há sensação de impunidade

Um vídeo exibido pelo Jornal da Globo e pela GloboNews na noite da segunda-feira (2) flagrou um PM de São Paulo jogando um homem do alto de uma ponte no bairro Cidade Ademar, na zona sul da capital.

As imagens, que teriam sido registradas na madrugada de segunda, mostram um policial levantando uma moto do chão. Em seguida, outros dois PMs se aproximam, enquanto o primeiro encosta o veículo perto da ponte. Um quarto policial chega logo depois, segurando um homem que vestia uma camiseta azul. Esse homem é arremessado pelo PM.

Não há informações sobre a id

O homem teria sido arremessado depois de uma perseguição policial. Os agentes envolvidos são do 24º Batalhão da Polícia Militar, em Diadema. A SSP (Secretaria de Segurança Pública) repudiou a conduta ilegal dos policiais e abriu um inquérito policial militar para investigar o ocorrido.

Na manhã da quinta-feira (3), o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, postou em suas redes sociais mensagem repudiando os casos recentes de violência policial.

“Anos de legado da PM não podem ser manchados por condutas antiprofissionais. Policial não atira pelas costas em um furto sem ameaça à vida e não arremessa ninguém pelo muro. Pelos bons policiais que não devem carregar fardo de irresponsabilidade de alguns, haverá severa punição.”

Ele ainda afirmou que todos os policiais envolvidos na ação foram afastados de suas funções e cumprirão expediente na Corregedoria da Polícia Militar.

O procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, afirmou nesta quinta que determinará que o Gaesp (Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública) una-se ao promotor do caso para que a Promotoria “envide todos os esforços no sentido de punir exemplarmente, ao fim da persecução penal, os responsáveis por uma intervenção policial que está muito longe de tranquilizar a população.”

“Estarrecedoras e absolutamente inadmissíveis! Não há outra forma de classificar as imagens do momento no qual um policial militar atira um homem do alto de uma ponte, nesta segunda-feira. Pelo registro divulgado pela imprensa, fica evidente que o suspeito já estava dominado pelos agentes de segurança, que tinham o dever funcional de conduzi-lo, intacto, a um distrito policial para que a ocorrência fosse lavrada. Somente dentro dos limites da lei se faz segurança pública, nunca fora deles”, diz trecho de nota da Promotoria.

Outros casos recentes de violência da PM
No dia 3 de novembro, Gabriel Renan da Silva Soares, um homem negro de 26 anos, foi morto a tiros pelas costas disparados por um militar de folga em frente a um mercado no Jardim Prudência, zona sul de São Paulo. Imagens de câmeras de segurança mostram toda a ação. O jovem era sobrinho do rapper Eduardo Taddeo, que denunciou o caso nas redes sociais.

“Com as imagens da loja, está provado que meu sobrinho Gabriel foi covardemente executado. Não houve abordagem ou voz de prisão. Não será mais um número estatístico”, disse o rapper Eduardo Taddeo.

Procurada, a SSP disse em nota que o PM está afastado das atividades operacionais. “O caso segue sob investigação pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). As imagens mencionadas foram captadas, juntadas aos autos e estão sendo analisadas para auxiliar na apuração dos fatos”.

Na madrugada do dia 20 de novembro, o estudante de Medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, foi morto com um tiro disparado por um PM dentro de um hotel na Vila Mariana, também na zona sul.

“Eu peço que seja feita a Justiça, que os responsáveis tenham a condenação que mereçam ter. Meu irmão era a nossa alegria. Era a alegria da minha casa. Sem ele nossa alegria foi embora. Nosso sorriso foi embora. A gente vai conviver a vida inteira com um buraco no coração”, disse o cirurgião Frank Cardenas, irmão de Acosta.

Segundo a SSP, o policial foi indiciado sob suspeita de homicídio doloso e afastado do serviço operacional. “A Polícia Militar atua com rigor e não tolera desvios de conduta dos seus agentes. Todas as circunstâncias do fato são apuradas e as devidas punições serão aplicadas.”

https://x.com/i/status/1863947555068858659

 

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Filha diz que Lessa tem medo dos Brazão: ‘São perigosos, tanto eles quanto Rivaldo’

Réu confesso por morte de Marielle e Anderson quis que família se mudasse do Rio de Janeiro.

Filha diz que Lessa tem medo dos Brazão: ‘São perigosos, tanto eles quanto Rivaldo’
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Mohana Lessa, filha mais velha do ex-sargento da Polícia Militar Ronnie Lessa, contou que, de modo recorrente, o policial repete sentir medo do deputado federal Chiquinho Brazão e do conselheiro do Tribunal de Contas, Domingos Brazão, e ainda de Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio. Os irmãos foram denunciados por Lessa, em uma colaboração premiada com a PF (Polícia Federal) como mandantes do crime e Barbosa apontado por ter ajudado a planejar a execução.

“Ele (Lessa) demonstra muito medo e diz que os Brazão são muito perigosos. Tanto eles quanto o Rivaldo. Ele tem medo da influência dos irmãos, mas acredita no trabalho da PF tanto em garantir o que foi acordado como na segurança dele”, revela Mohana, de 28 anos, em uma entrevista exclusiva, poucas horas antes do início do Júri Popular no qual Lessa será julgado junto com o ex-policial Élcio de Queiroz pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Mohana diz que o pai queria que a família deixasse o Rio de Janeiro, mas ela, a mãe e o irmão não quiseram. “Estamos tomando nossos próprios cuidados”, contou. A filha contou que Lessa está “ansioso”, mas, diz ela, demonstra um “alívio” por já ter admitido o crime na delação.

A filha de Lessa conta que viu o pai pela última vez na sexta-feira da semana passada e está visitando ele a cada 15 dias na Penitenciária “Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra, no complexo de Tremembé, em São Paulo.

Mohana conversou com a coluna pela primeira vez, em janeiro deste ano, surpreendida com a notícia de que o pai negociava uma delação premiada na qual iria admitir o crime. Até aquele momento, segundo Mohana, ele se dizia inocente para a família e, por isso, ela estava empenhada em provar o que acreditava ser a inocência do pai. Ao saber da delação, Mohana chegou a dizer que romperia com o pai.

“A primeira vez que eu consegui visitá-lo depois da delação ele me pediu perdão. Disse que tinha que mentir na minha cara”, relembra Mohana. “A revolta inicial era muito grande. Nunca vou entender ou aceitar (o crime), mas é uma questão de cuidar da minha saúde mental. Ele sempre vai ser meu pai. Não é a coisa mais confortável do mundo. Olhar os depoimentos dele sempre vai embrulhar o meu estômago, mas como humana, não consigo abandoná-lo. Só não quis mais saber do processo”, explica ela.

Mohana diz que não acompanhará o julgamento do tribunal já que o pai falará por videoconferência. Ela será a única pessoa da família a assistir o link da transmissão para relatar aos demais sobre o julgamento. “Ficaria muito exposta sozinha lá”, diz Mohana. Ela diz que nunca discutiu com o pai os detalhes da delação. “Eu não quis mais saber do processo. Vou ver o júri para completar o processo final”, conta.

A filha do ex-sargento também foi absolvida de um processo que respondia junto com Lessa por tráfico de armas. Ela é formada em Educação Física e vivia nos EUA quando as investigações sobre o crime chegaram ao pai. No início do processo, Mohana retornou ao Brasil para ajudar a família e a defesa de Lessa.

MP pedirá 84 anos de prisão para Lessa e Queiroz
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) vai requerer, ao Conselho de Sentença do IV Tribunal do Júri, a condenação máxima para Lessa e Queiroz. O crime ocorreu em março de 2018 e os réus serão julgados a partir desta quarta-feira (30) e podem pegar até 84 anos de prisão. O Júri inicia às 9h.

Os dois foram denunciados pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado para o Caso Marielle Franco e Anderson Gomes (Gaeco/FTMA) do por duplo homicídio triplamente qualificados, um homicídio tentado, e pela receptação do Cobalt utilizado no dia do crime, ocorrido em 14 de março de 2018. Ronnie e Élcio foram presos em março de 2019.

O processo que levou à prisão de Lessa e Queiroz tem 13.680 folhas, 68 volumes e 58 anexos. Ambos fizeram delação premiada com a Polícia Federal desde o ano passado para identificar os mandantes do crime. Para o Tribunal do Júri, foram selecionadas 21 pessoas comuns. Deste grupo, sete serão sorteadas na hora para compor, de fato, o júri.

Durante os dias de julgamento, os jurados ficam incomunicáveis e dormem em dependências restritas do Tribunal de Justiça do Rio. Para o julgamento, o MPRJ pretende ouvir sete testemunhas. A acusação contará com os depoimentos da única sobrevivente do atentado, a jornalista Fernanda Chaves, que estava no carro com a vereadora e o motorista, além de familiares das vítimas e dois policiais civ

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Áudios revelam esquema de venda de decisões no STJ e pressão por propinas

Conversas gravadas mostram influência de advogados e lobistas em decisões judiciais.

Uma nova reportagem publicada pela revista Veja expôs detalhes de um esquema de venda de decisões judiciais envolvendo o Superior Tribunal de Justiça (STJ). A investigação revela o avanço de um grupo de advogados, lobistas e servidores da Corte que, supostamente, negociavam sentenças em troca de propinas.

Embora até o momento não existam provas diretas de envolvimento dos ministros, o esquema foi aprofundado após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) detectar movimentações bancárias atípicas associadas ao lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, que enviou valores a um intermediário ligado ao ministro Paulo Moura Ribeiro.

Segundo a Veja, a descoberta do Coaf levou a Polícia Federal (PF) a paralisar temporariamente as investigações e transferir o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF), em virtude do foro privilegiado que protege os ministros do STJ. A apuração começou após o assassinato do advogado Roberto Zampieri em Cuiabá, cuja morte trouxe à tona mais de 3.500 arquivos armazenados em seu telefone, revelando comunicações sobre pagamentos e supostas pressões para liberar as verbas associadas a decisões judiciais encomendadas.

Nos áudios obtidos pela PF, o lobista Andreson relata a pressão constante dos servidores do STJ para receber os valores combinados pelas sentenças. Em uma das conversas, Andreson reclama que Zampieri não estava conseguindo reunir o montante acordado. “Falô que eu tô furando”, escreveu Andreson, indicando que os funcionários do tribunal estavam insatisfeitos com os atrasos nos pagamentos.

Em outro momento, Andreson reforça a gravidade da situação e a necessidade de evitar desavenças com os servidores: “Não se pode brincar com esses funcionários, sob pena de colocar o esquema em risco”, afirmou em um dos áudios. O clima de urgência nas cobranças mostra o quão dependente o grupo era de um fluxo contínuo de propinas para garantir as decisões favoráveis.

Embora o caso ainda esteja em investigação e envolva questões delicadas de foro privilegiado, a série de áudios lançada pela Veja revela a complexidade e a profundidade do esquema.