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Metanol, a substância

O secretário de Segurança de SP, Guilherme Derrite, afirmou que “está completamente descartada” a ligação do PCC com o caso das bebidas com metanol, mas a PF está, sim, investigando um possível elo.

O secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo, Guilherme Derrite, disse nesta terça-feira, 30, que “está completamente descartada” a hipótese de ligação do PCC com a adulteração de uísque, vodca e gim com metanol. Cinco pessoas já morreram na Grande São Paulo intoxicadas por metanol e há confirmação de que uma das mortes aconteceu após ingestão de bebida alcoólica contaminada com a substância.

Também nesta terça, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, afirmou algo bem diferente do que disse o capitão da reserva da PM expulso da Rota por “excesso de mortes” e alçado por um capitão da reserva do Exército, Tarcísio de Freitas, ao comando das polícias paulistas.

Segundo Andrei Rodrigues, a PF está, sim, apurando um possível elo entre o crime organizado e o caso das bebidas com metanol, e o motivo é evidente demais para ser desprezado por qualquer secretário estadual de Segurança Pública:

“A possível conexão com investigações recentes que fizemos agora, especialmente no Paraná, que se conectou com outras duas em São Paulo em razão de toda a cadeia de combustível, onde parte disso passa pela importação de metanol pelo porto de Paranaguá”.

Recentemente, a operação Carbono Oculto mostrou que o PCC importou milhões de litros de metanol irregularmente para misturar a substância à gasolina vendida em cerca de mil postos de combustíveis controlados pela organização criminosa. O metanol irregular entrava no Brasil com documentação falsa, sob pretexto de uso industrial, e entrava pelo porto de Paranaguá, no Paraná.

No último domingo, 28, a Associação Brasileira de Combate à Falsificação divulgou uma nota dizendo o seguinte:

“Ao ficar com tanques repletos de metanol lacrados e distribuidoras e formuladoras proibidas de operar [por causa da Carbono Oculto], a facção e seus parceiros podem eventualmente ter revendido tal metanol a destilarias clandestinas e quadrilhas de falsificadores de bebidas, auferindo lucros milionários em detrimento da saúde dos consumidores”

O porto de Paranaguá é o mesmo porto brasileiro por onde saía para a Europa a cocaína de uma joint venture não registrada em junta comercial formada entre o PCC e outra máfia, a italiana ’Ndrangheta, conforme mostrou uma outra operação recente da PF — a operação Mafiusi.

Nas investigações da Mafiusi, apareceu o nome da pecuarista Maribel Schmittz Golin. Trata-se da sexta maior doadora da campanha de Tarcísio de Freitas para o Palácio dos Bandeirantes. Para eleger Tarcísio governador de São Paulo, Maribel chegou junto com nada menos que R$ 500 mil em 2022. No esquema mafioso, Maribel teria ajudado Willian Barile Agati, o “Concierge do PCC”, a lavar dinheiro do tráfico de drogas.

*Hugo Souza/Come Ananás


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O aplicativo que espionou 100 mil celulares – e continua em atividade

Como um programa para supervisionar crianças na internet se tornou um instrumento de espionagem ilegal ao alcance de qualquer um, usado até mesmo contra prefeitos

Allan de Abreu

Leonardo José de Lima, promotor de shows musicais em Pernambuco, teve problemas com a lei em outubro de 2021. “Os policiais lá/ vieram me matar sábado”, ele escreveu no WhatsApp para um de seus amigos. “Matar”, ao que tudo indica, era mera figura de linguagem, já que Lima não era exatamente um criminoso de alta periculosidade e não há motivos para crer que estivesse na mira de policiais assassinos. Seu pecado havia sido organizar uma festa enorme em Cabo de Santo Agostinho, município próximo a Recife, em plena pandemia, quando aglomerações do tipo estavam proibidas por razões de saúde pública. “Eu ia arrastar uns 20 mil hoje”, ele confessou. “Travaram tudo aqui mano.” O Bailão do Só Amigos, como era chamada a festa, acabou desmantelado pela polícia.

Não foi um episódio particularmente ruidoso, e a história acabou ali mesmo. O que chama atenção nesse caso é a interceptação das mensagens de Lima, descritas acima. Ela não foi autorizada pela Justiça, nem faz parte de um inquérito policial, como seria de se esperar. Foi, em vez disso, fruto de espionagem ilegal, feita por meio de um aplicativo com o nome sugestivo de Celular 007. Trata-se de um programa vendido às claras na internet e que serve, em tese, para que pais e responsáveis supervisionem as atividades de seus filhos no mundo digital. Na prática, porém, tornou-se uma ferramenta amplamente usada em investigações policiais clandestinas, stalkings e espionagens de todo tipo.

Isso foi revelado graças ao trabalho de um grupo hacker que invadiu o sistema do Celular 007 e expôs milhares de diálogos que haviam sido interceptados ilegalmente por meio do aplicativo. O grupo compartilhou esse material com a DDoSecrets, uma organização especializada em publicar, arquivar e analisar conjuntos de dados vazados, que, por sua vez, os compilou com ajuda da InterSecLab, laboratório especializado em segurança digital e perícia forense digital. A piauí teve acesso à base de dados. Ela revela que, entre janeiro de 2015 e maio de 2024, ao menos 116.079 celulares foram monitorados por 105.897 usuários do aplicativo no Brasil. Entre as pessoas espionadas estava Lima, o promoter pernambucano (o motivo da espionagem, nesse caso, é desconhecido; procurado pela piauí, Lima não comentou o episódio).

O vazamento inclui diálogos interceptados de funcionários públicos e cidadãos comuns de diferentes partes do país. Também há pistas indicando quem os espionou, já que os usuários, ao se cadastrarem no aplicativo, precisam informar um e-mail. A pessoa que invadiu o celular de Lima, por exemplo, estava registrada com o seguinte endereço: [email protected]. A sigla PCPE costuma ser usada para se referir à Polícia Civil de Pernambuco, estado onde ele reside. Procurada pela piauí, a corporação disse não saber se o e-mail é utilizado por algum servidor de nome Daniel. O que se sabe é que esse usuário, seja ou não policial, espionou ilegalmente 186 celulares entre 2018 e 2024.

A utilização de um aplicativo como esse só é permitida por lei nos casos em que, de fato, um pai está monitorando o filho – embora, ainda assim, deva ser respeitado o direito à privacidade do menor de idade. Em todos os demais casos, é uma atividade ilegal, já que são proibidas no Brasil tanto a interceptação ilegal de comunicações quanto a invasão de dispositivo eletrônico. A Justiça só autoriza que a polícia monitore celulares por meio de sistemas oficiais de inteligência, como o Guardião, que são auditáveis, seguros e não permitem invadir aplicativos criptografados, como o WhatsApp (para obter conversas desses aplicativos, os policiais precisam apreender o aparelho e extrair o seu conteúdo, tudo com a devida autorização judicial). Portanto, se há instituições de Estado usando o Celular 007 para monitorar quem quer que seja, elas estão cometendo crime.

Ainda assim, o aplicativo vai de vento em popa. Sua popularidade se explica, em parte, pelo fato de que é muito fácil acessá-lo: ele pode ser adquirido em questão de segundos, sem que seja necessário um cadastro detalhado do usuário. Atualmente, o pacote mais barato oferecido custa 209 reais e dura quinze dias. Para ativar o programa, é preciso ter em mãos o celular que será monitorado. Basta então alterar algumas configurações do aparelho e em seguida instalar o aplicativo. Daí em diante, ele é ativado e possibilita acompanhar, por meio de uma página HTML, todas as ações executadas no celular, incluindo o conteúdo de conversas em aplicativos que deveriam ser seguros, como o WhatsApp. Também é possível abrir o microfone e a câmera, além de rastrear, em tempo real, a localização do aparelho.

O Celular 007 só pode ser instalado em celulares que contenham o sistema operacional Android, o que significa que iPhones, por exemplo, estão a salvo. Há pelo menos outros doze aplicativos semelhantes em operação no Brasil, como o Bruno Espião, Meu Spy e WebDetetive. Quase todos funcionam apenas em Android, que é um sistema mais vulnerável. A maioria deles existe a pretexto de monitorar o que menores de idade estão fazendo na internet – ou o que um parceiro amoroso está fazendo quando está sozinho (caso do Rastreador de Namorado). Não é novidade, porém, que alguns desses aplicativos são usados com outros fins. O Bruno Espião, por exemplo, foi empregado por agentes da Polícia Rodoviária Federal para monitorar pessoas ilegalmente durante o governo Bolsonaro.

“Programas espiões como o Celular 007 proliferam na internet sem nenhum controle. E são programas mal concebidos, frágeis, do ponto de vista da segurança da informação”, diz Marla Rivera, diretora da InterSecLab. “As vítimas, com isso, sofrem uma dupla violação: são monitoradas sem consentimento e ainda correm o risco de terem seus dados pessoais expostos publicamente.” Em 2023, o WebDetetive teve todo o seu banco de dados invadido e exposto na internet por hackers. Divulgou-se, na época, que aproximadamente 76 mil celulares tinham o aplicativo instalado. Mesmo assim, o programa continua sendo comercializado na internet, sob o slogan “chega de desconfiança, descubra a verdade”. O Celular 007, idem.

Celular 007 é o melhor aplicativo de rastreamento celular do Brasil, com mais de 1.000.000 downloads. Neste site você vai aprender como grampear um celular”, diz a página oficial da empresa, sem qualquer constrangimento em dizer que promove uma atividade ilegal. “A instalação é rápida e com funcionalidades que vão te surpreender. Com nossa tecnologia, o aplicativo funciona sem ser notado.” O site, criado em 2013, foi registrado em nome do programador Lúcio Campos Nunes, morador de Governador Valadares (MG). Em seu perfil profissional no Linkedin, Nunes diz ter experiência desenvolvendo sites para pequenas empresas e trabalhando em lojas de informática.

No site do Celular 007, há uma série de tutoriais ensinando como instalar o aplicativo no celular de outra pessoa. Há também depoimentos em vídeo gravados por clientes satisfeitos. A empresa sugere que, além do controle parental, o programa seja usado por patrões para supervisionar funcionários. “Monitore seus empregados, mantenha registros de sua produtividade e identifique quebras nas políticas corporativas rapidamente!”

Vasculhando os dados vazados do Celular 007, a piauí encontrou vários endereços de e-mail que remetem a instituições públicas – justamente aquelas que deveriam fiscalizar e coibir o uso do aplicativo. Um dos usuários, por exemplo, se cadastrou com o endereço de e-mail [email protected] e espionou pelo menos um celular. Bases de dados consultadas pela piauí indicam que esse e-mail é utilizado por Fabiano Soares de Mendonça, tenente-coronel da PM de São Paulo. É improvável que a conta tenha sido criada sem o conhecimento dele, já que, para ativá-la, é preciso ter acesso ao e-mail. Procurado, Mendonça não retornou os contatos da reportagem. A PM não se manifestou.

No Espírito Santo, dois e-mails institucionais da polícia foram cadastrados no Celular 007: [email protected] (possivelmente de Sandro Santos Pinto Tonoli, integrante da Polícia Militar capixaba) e [email protected] (possivelmente Carlos Alberto Coelho, investigador da Polícia Civil). Cada um desses endereços monitorou ilegalmente um celular, mas não foi possível identificar os conteúdos que eles interceptaram – isso porque os hackers conseguiram recuperar parte dos diálogos do aplicativo, mas não todos. A piauí apresentou o caso à PM do Espírito Santo, que respondeu, por meio de uma nota genérica, que “todas as denúncias em desfavor de policiais militares que chegam ao conhecimento da instituição são devidamente apuradas”. A Polícia Civil do estado, por sua vez, afirmou que não utiliza o Celular 007 e que sua Corregedoria “vai apurar as informações para confirmar se houve uso da ferramenta por parte do referido servidor”, que, no momento, está de licença médica. Coelho não retornou as mensagens enviadas pela piauí, e Tonoli não foi localizado.

Também há e-mails de servidores do Judiciário cadastrados no Celular 007. É o caso do endereço [email protected], pertencente a Patrícia da Silva Sena Costa, funcionária do Tribunal de Justiça de Rondônia. A conta vinculada a esse e-mail monitorou um telefone do qual pouco se sabe, a não ser que nele havia conversas travadas entre pastores evangélicos. Procurada pela piauí, Costa não se manifestou, mas a assessoria do tribunal garantiu que vai instaurar uma sindicância para apurar o ocorrido. E-mails de servidores do Tribunal de Justiça do Amazonas ([email protected]) e do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região ([email protected]) também foram cadastrados no aplicativo espião. Possivelmente pertencem ao auxiliar judiciário Arimar Leão Lobato e ao analista judiciário Claudionor Santana Macedo Filho, respectivamente. Eles não responderam aos contatos da reportagem. Os dois tribunais afirmaram que vão conduzir investigações internas para esclarecer o caso.

Nem políticos e seus assessores escaparam da vigilância ilegal do Celular 007. “O foda é ter polícia na divisa”, escreveu, em outubro de 2021, o jornalista Deividi Lira Martins, numa conversa por WhatsApp vazada do aplicativo. Na época, ele trabalhava como assessor do deputado estadual Adriano José da Silva (PP-PR). Não sabia, mas tudo o que fazia no celular estava sendo espionado pelo usuário do e-mail [email protected], utilizado por Luciano de Oliveira Angelini, servidor da prefeitura de Lupionópolis (PR).

O teor daquela conversa não é claro. Martins, que hoje mora em Brasília, disse à piauí que enviou a tal mensagem para a mulher de Angelini, com quem se comunicava. Ele disse que estava se preparando para uma viagem de carro e se preocupava com risco de ser multado por policiais na divisa entre Paraná e São Paulo, já que não estava em dia com os impostos do carro. Ao ser informado pela piauí de que foi vítima de espionagem ilegal, Martins não se espantou: disse que já suspeitava disso desde a eleição de 2020. “Eu conversava pelo telefone com o deputado quando ouvi um barulho, como se passasse um trem, e depois começou a dar eco.” Procurado pela reportagem, Angelini disse que instalou o programa no celular da esposa, mas não quis dar mais detalhes.

Naquele mesmo outubro de 2021, Elina Cristina Santos Naveira, então assessora do deputado estadual Celinho do Sinttrocel (PCdoB-MG), escreveu para um interlocutor, no WhatsApp: “Bom dia!!!! Tudo bem? O aditivo vc já passou ao deputado? Ele vem amanhã. Não esqueça por favor!!” A conversa, da qual não é possível depreender muito, foi espionada pelo usuário do e-mail [email protected], de identidade desconhecida. Esse mesmo usuário acessou mensagens do celular de Douglas Willkys, que na época era prefeito de Timóteo (MG). A piauí procurou Willkys e Naveira, mas não obteve resposta.

Outro prefeito que teve mensagens capturadas foi Welberth Rezende, que está exercendo seu segundo mandato em Macaé (RJ). “Nunca sequer suspeitei que pudesse passar por isso”, ele disse à piauí, espantado. Seu espião estava registrado no aplicativo com o e-mail [email protected], cuja identidade também não é conhecida. A piauí escreveu para esse e-mail, mas não obteve resposta.

Embora a espionagem seja proibida no Brasil há pelo menos duas décadas, o país nunca foi capaz de eliminá-la completamente. Nos primeiros anos da redemocratização, o problema se limitava a setores das polícias, que, por herança da ditadura, ainda se sentiam autorizados a empregar meios ilegais para espionar pessoas que consideravam suspeitas (em 1999, por exemplo, a PM do Paraná foi flagrada monitorando, sem autorização legal, os telefonemas de cinco lideranças do movimento sem-terra). Não é um passado tão distante: como a piauí mostrou em uma reportagem de 2023, órgãos de inteligência do governo Bolsonaro promoveram um festival de arapongagem, do qual participaram as polícias, a Abin e até mesmo o Exército.

A espionagem ilegal, no entanto, ganhou outra dimensão com a popularização dos smartphones, que não apenas tornaram mais fácil monitorar as pessoas (afinal, quem não carrega o celular no bolso?) como abriram o caminho para o surgimento de aplicativos que permitem a qualquer um se tornar um araponga. “A oferta desses programas está disseminada na internet”, lamenta a advogada Nuria López, especialista em direito digital.

Cabe às polícias e ao Ministério Público – o mesmo que desvelou a espionagem do governo Bolsonaro – investigar e coibir esse tipo de crime. Mas vazamento do Celular 007 demonstra que, se há algum tipo de fiscalização, ela tem sido, no mínimo, permissiva.

A piauí tentou contato com Lúcio Campos Nunes, que consta como dono do Celular 007, mas ele não retornou as mensagens até o fechamento desta reportagem. Marla Rivera, a diretora do InterSecLab, recomenda que, nesse cenário de descontrole, os brasileiros sejam cautelosos ao compartilhar a senha de seus celulares com outras pessoas. Segundo ela, esse é o erro primário que costuma abrir as portas para aplicativos invasores. “Segurança da informação é um tema muito escamoteado no Brasil”, diz Rivera. “As pessoas deveriam estar mais atentas aos riscos a que estão sujeitas no dia a dia.”

*Revista Piauí


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VÍDEO: Pastor de calcinha e peruca alega estar “fazendo investigação”

Viralza vídeo de bispo evangélico andando próximo a bar com roupas femininas; ele afirma que foi vítima de extorsão e que usava disfarce para apurar denúncias

Um vídeo que viralizou nas redes sociais nesta segunda-feira (11) está causando polêmica na capital goiana. As imagens mostram um homem usando calcinha, micro short, peruca loira e maquiagem caminhando tranquilamente por um estacionamento ao lado de um bar no Setor Urias Magalhães, região norte de Goiânia. Segundo páginas locais, o personagem inusitado seria o bispo Eduardo Costa, pastor evangélico e conhecido cerimonialista de eventos na cidade.

A gravação teria sido enviada por uma seguidora, que também forneceu a identidade do homem. “Ele usa o nome de Deus para ganhar dinheiro”, escreveu a denunciante. Ainda de acordo com a publicação, o religioso teria o hábito de permanecer na porta de bares da região, vestido com roupas femininas.

Veja:


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Morre Arlindo Cruz aos 66 anos

Teu choro já não toca meu bandolim
Diz que minha voz sufoca teu violão
Afrouxaram-se as cordas e assim desafina
Que pobre das rimas da nossa canção
Hoje somos folha morta
Metais em surdina
Fechada a cortina Vazio o salão

Se os duetos não se encontram mais
E os solos perderam a emoção
Se acabou o gás
Pra cantar o mais simples refrão

Se a gente nota
Que uma só nota
Já nos esgota
O show perde a razão

Mas iremos achar o tom
Um acorde com lindo som
E fazer com que fique bom
Outra vez o nosso cantar
E a gente vai ser feliz
Olha nós outra vez no ar
O show tem que continuar

Se os duetos não se encontram mais
E os solos perderam a emoção
Se acabou o gás
Pra cantar o mais simples refrão

Se a gente nota
Que uma só nota Já nos esgota
O show perde a razão

Mas iremos achar o tom
Um acorde com lindo som
E fazer com que fique bom
Outra vez o nosso cantar
E a gente vai ser feliz
Olha nós outra vez no ar
O show tem que continuar

Nós iremos até Paris
Arrasar no Olímpia
O show tem que continuar

Olha o povo pedindo bis
Os ingressos vão se esgotar
O show tem que continuar

Todo mundo que hoje diz
Acabou vai se admirar
Nosso amor vai continuar

Na letra da música composta em parceria com Luiz Carlos da Vila, Arlindo Cruz diz que “o show tem que continuar”. Mas os admiradores das composições desse craque do samba sabem que a arte popular brasileira ficou mais pobre a partir de hoje.

Aos 66 anos, Arlindo Cruz, brilhante compositor, cantor e multi-instrumentista morreu nesta sexta-feira (8), no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada por sua esposa, Babi Cruz.

Arlindo estava afastado dos palcos desde 2017, quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico, em casa. Desde então, enfrentava graves sequelas e passou por diversas internações ao longo dos anos.

Mais informações sobre o velório e o sepultamento ainda serão divulgadas pela família. ICL.

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Moraes faz gesto do dedo para bolsonarista em jogo do Corinthians e viraliza

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), demonstrou tranquilidade após ser sancionado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com a Lei Magnitsky.

As sanções a Moraes congelam quaisquer bens do ministro nos EUA, proíbe cidadãos e empresas estadunidenses de realizar negócios com ele e impede sua entrada no país. Duas semanas antes, o Departamento de Estado já havia revogado os vistos de Moraes e de outros ministros do STF. A medida vem como retaliação do governo Trump à ação penal conduzida por Moraes contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, réu por tentativa de golpe de Estado.

O ministro, no entanto, parece não estar muito preocupado. Ele foi à Neo Química Arena, em São Paulo (SP), para acompanhar a partida do Corinthians, seu time do coração, no clássico contra o Palmeiras, na noite desta quarta (30), válida pelas oitavas de final da Copa do Brasil, horas depois o anúncio de retaliação de Trump.

Moraes, logo ao chegar, lançou um “vai, Corinthians” e, no camarote, foi visto sorrindo, conversando e acenando para o público. Um momento em específico, no entanto, vem viralizando nas redes sociais. O ministro foi flagrado por um fotojornalista do jornal “Estadão” mostrando o dedo médio.

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Morre Preta Gil aos 50 anos

Preta Gil não resistiu ao tratamento contra o câncer nos EUA e morreu, neste domingo (20/7). A coluna Fábia Oliveira descobriu que a cantora teve uma piora em seu quadro de saúde, desde a última quarta-feira (16/7).

Família prepara comunicado
Esta jornalista sente muito em dar essa notícia. Procurada pela coluna, a assessoria de imprensa confirmou a informação e informou que a família deve se manifestar em breve.

Amigos da artista e o filho, Francisco, estão em terras americanas. Uma das melhores amigas de Preta Gil, Carolina Dieckmmann conseguiu uma brecha nas gravações da novela e viajou para os Estados Unidos, mas ela não sabia que o estado da cantora era tão grave.

Preta lutou muito, mas enfim, o descanso e a paz merecidos.

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Aos 74 anos, morre a cantora Cristina, irmã de Chico Buarque

A cantora e compositora Cristina Buarque, irmã de Chico Buarque, morreu neste domingo (20) aos 74 anos. A artista vinha lutando contra um câncer nos últimos anos. A causa do óbito, no entanto, não foi divulgada pela família.

A informação da morte foi confirmada pelo filho da artista, Zeca Ferreira, nas redes sociais. “Uma cantora avessa aos holofotes. Como explicar um negócio desses em qualquer tempo? Mas como explicar isso nesse tempo específico? […] O ser humano mais íntegro que eu já conheci”, escreveu nas redes sociais.

Cristina era filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e da pianista Maria Amélia Cesário Alvim. Além de Chico, ela também era irmã das cantoras Ana de Hollanda e Miúcha, que morreu em 2018.

A filha de Chico, Silvia Buarque, lamentou a morte. “Para sempre comigo”, escreveu a atriz em uma publicação nas redes sociais.

Natural de São Paulo, os trabalhos de Cristina se voltavam aos gêneros do samba e MPB (Música Popular Brasileira).

O seu primeiro disco, “Cristina”, foi lançado em 1974. Nele, gravou composições de nomes conhecidos da música brasileira. Fazem parte do álbum “Tatuagem”, do próprio Chico em parceria com Ruy Guerra, “Quantas Lágrimas”, de Manacéa, “Ao Amanhecer”, de Cartola, “Isto Eu Não Faço Não”, de Tom Jobim, “Comprimido”, de Paulinho da Viola, entre outras canções.

*Foto montagem: Pensar Piauí

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Greve nacional: milhares de entregadores recebem não do iFood em SP e prometem brecar principais pontos da cidade

Motoboys afirmam que impedirão a saída de entregas nos maiores shoppings de SP.

Na maior mobilização de entregadores na capital paulista desde o #BrequeDosApps de 2020, cerca de dois mil trabalhadores fizeram uma motociata na av. Paulista e até a sede do iFood, na cidade vizinha de Osasco, nesta segunda-feira (31). O ato integra o Breque Nacional de 48h, organizado simultaneamente em cerca de 60 cidades com a demanda central de aumento da taxa mínima por corrida de R$ 6,50 para R$ 10.

Depois de esperar horas e já embaixo de chuva em Osasco (SP), os trabalhadores receberam um não da empresa às suas demandas. Saíram da frente do iFood se dividindo em grupos de cada uma das zonas da capital paulista e região metropolitana para brecar a saída de entregas dos principais shoppings da cidade.

Os entregadores prometem paralisar os pedidos do horário de janta desta segunda até a noite de terça-feira (1), dia também definido para a mobilização nacional.

“A greve vai continuar. Os caras não deram porra nenhuma, mas eles viram que o movimento foi forte no país inteiro, e nós vamos continuar, porque nós vamos mandar o recado. Não é justo o que eles estão fazendo, fizeram nós de trouxa, responderam porra nenhuma, então a gente vai parar o país inteiro”, anunciou, sob aplausos, uma das lideranças da greve de cima do carro de som

Além da taxa mínima, os trabalhadores reivindicam o aumento da remuneração de R$ 1,50 para R$ 2,50 a cada quilômetro rodado; o limite de um raio de 3 quilômetros para entregas feitas em bicicleta; e o pagamento integral por corrida mesmo quando pedidos são agrupados na mesma rota.

As pautas foram apresentadas por uma comissão de nove entregadores recebidos, após pressão, em uma reunião fechada dentro da sede da empresa com João Sabino, diretor de Políticas Públicas do iFood, e Johnny Borges, diretor de Impacto Social da empresa. Este último é figura conhecida por entregadores envolvidos em mobilizações nos últimos anos: cumpre a função de lidar com os movimentos de trabalhadores.

A entrada da comissão de grevistas, no entanto, foi conturbada. Os próprios entregadores tiveram discussões acaloradas. Parte considerava que o diálogo tinha que acontecer com um representante do iFood do lado de fora, dando explicações a todos. A empresa negou. Outra parte achou válido que um grupo de lideranças entrasse, desde que a reunião fosse transmitida ao vivo.

Os grevistas indicaram dez pessoas. O iFood permitiu que fossem nove. Esta negociação foi inteiramente mediada pela Polícia Militar (PM). Depois de liberados, os integrantes da comissão puderam entrar um por um na sede da empresa, escoltados individualmente pelo major da PM Mosna.

Do lado de dentro, os representantes dos trabalhadores foram impedidos de registrar a conversa. De novo, houve dissenso entre os manifestantes. Muitos defenderam que, sem transmissão, a comissão deveria se retirar. Venceram os que optaram por manter a reunião. Dela, no entanto, não houve resposta positiva às demandas.

*BdF

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Morre no Rio de Janeiro, aos 80 anos, o ator e diretor Ney Latorraca

Ator estava internado desde o último dia 20 na Clínica São Vicente por conta de um câncer de próstata e morreu devido a uma sepse pulmonar.

Morreu nesta quinta-feira (26/12) o ator Ney Latorraca, aos 80 anos, no Rio de Janeiro. Ele estava internado desde o último dia 20 na Clínica São Vicente, no bairro da Gávea, por conta de um câncer de próstata, e morreu devido a uma sepse pulmonar.

A fama do ator foi conquistada ao longo de mais de 50 anos dedicados à carreira artística na TV, no teatro e no cinema. Filho de um crooner e uma corista, já nasceu ligado à arte e iniciou sua trajetória profissional logo na infância.

Fez radionovela e teatro estudantil antes de ir para a televisão, inicialmente como figurante, e depois alcançou o sucesso em novelas, séries e programas humorísticos.

“O sucesso mexeu comigo, não sabia que o sucesso era tão violento desse jeito. Fiquei com medo na época, fiquei doente”, comentou o ator em entrevista ao Persona In Foco, da TV Cultura.

Em 2012, Ney Latorraca ficou internado em uma UTI durante quase 50 dias, após passar por uma cirurgia de retirada da vesícula. O procedimento ocasionou uma inflamação que atingiu as vias biliares e se espalhou pelo corpo.

Por conta disso, o artista disse, em certa ocasião, que já havia definido questões relacionadas ao seu testamento. Por não ter filhos, Ney revelou que deixaria o patrimônio acumulado ao longo dos anos na TV para instituições voltadas ao teatro, visto que foi nesse segmento que fez milhões.

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Ouvidor das polícias afirma que há sensação de impunidade

Um vídeo exibido pelo Jornal da Globo e pela GloboNews na noite da segunda-feira (2) flagrou um PM de São Paulo jogando um homem do alto de uma ponte no bairro Cidade Ademar, na zona sul da capital.

As imagens, que teriam sido registradas na madrugada de segunda, mostram um policial levantando uma moto do chão. Em seguida, outros dois PMs se aproximam, enquanto o primeiro encosta o veículo perto da ponte. Um quarto policial chega logo depois, segurando um homem que vestia uma camiseta azul. Esse homem é arremessado pelo PM.

Não há informações sobre a id

O homem teria sido arremessado depois de uma perseguição policial. Os agentes envolvidos são do 24º Batalhão da Polícia Militar, em Diadema. A SSP (Secretaria de Segurança Pública) repudiou a conduta ilegal dos policiais e abriu um inquérito policial militar para investigar o ocorrido.

Na manhã da quinta-feira (3), o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, postou em suas redes sociais mensagem repudiando os casos recentes de violência policial.

“Anos de legado da PM não podem ser manchados por condutas antiprofissionais. Policial não atira pelas costas em um furto sem ameaça à vida e não arremessa ninguém pelo muro. Pelos bons policiais que não devem carregar fardo de irresponsabilidade de alguns, haverá severa punição.”

Ele ainda afirmou que todos os policiais envolvidos na ação foram afastados de suas funções e cumprirão expediente na Corregedoria da Polícia Militar.

O procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, afirmou nesta quinta que determinará que o Gaesp (Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública) una-se ao promotor do caso para que a Promotoria “envide todos os esforços no sentido de punir exemplarmente, ao fim da persecução penal, os responsáveis por uma intervenção policial que está muito longe de tranquilizar a população.”

“Estarrecedoras e absolutamente inadmissíveis! Não há outra forma de classificar as imagens do momento no qual um policial militar atira um homem do alto de uma ponte, nesta segunda-feira. Pelo registro divulgado pela imprensa, fica evidente que o suspeito já estava dominado pelos agentes de segurança, que tinham o dever funcional de conduzi-lo, intacto, a um distrito policial para que a ocorrência fosse lavrada. Somente dentro dos limites da lei se faz segurança pública, nunca fora deles”, diz trecho de nota da Promotoria.

Outros casos recentes de violência da PM
No dia 3 de novembro, Gabriel Renan da Silva Soares, um homem negro de 26 anos, foi morto a tiros pelas costas disparados por um militar de folga em frente a um mercado no Jardim Prudência, zona sul de São Paulo. Imagens de câmeras de segurança mostram toda a ação. O jovem era sobrinho do rapper Eduardo Taddeo, que denunciou o caso nas redes sociais.

“Com as imagens da loja, está provado que meu sobrinho Gabriel foi covardemente executado. Não houve abordagem ou voz de prisão. Não será mais um número estatístico”, disse o rapper Eduardo Taddeo.

Procurada, a SSP disse em nota que o PM está afastado das atividades operacionais. “O caso segue sob investigação pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). As imagens mencionadas foram captadas, juntadas aos autos e estão sendo analisadas para auxiliar na apuração dos fatos”.

Na madrugada do dia 20 de novembro, o estudante de Medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, foi morto com um tiro disparado por um PM dentro de um hotel na Vila Mariana, também na zona sul.

“Eu peço que seja feita a Justiça, que os responsáveis tenham a condenação que mereçam ter. Meu irmão era a nossa alegria. Era a alegria da minha casa. Sem ele nossa alegria foi embora. Nosso sorriso foi embora. A gente vai conviver a vida inteira com um buraco no coração”, disse o cirurgião Frank Cardenas, irmão de Acosta.

Segundo a SSP, o policial foi indiciado sob suspeita de homicídio doloso e afastado do serviço operacional. “A Polícia Militar atua com rigor e não tolera desvios de conduta dos seus agentes. Todas as circunstâncias do fato são apuradas e as devidas punições serão aplicadas.”

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