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Caminhões de empresas ligadas a Bolsonaro bloqueiam Esplanada e pressionam por invasão ao acesso ao STF

Governo do DF ainda tenta contato com quatro movimentos bolsonaristas cadastrados; clima é de hostilidade.

O movimento de viés golpista do presidente Jair Bolsonaro segue vivo fisicamente em Brasília, após a manifestação do 7 de Setembro. Mais de cem caminhões ocupam a Esplanada dos Ministérios e são usados para pressionar pela derrubada do bloqueio que dá acesso ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao Congresso Nacional.

O movimento tem o dedo de empresas do agronegócio de Goiás, Santa Catarina e São Paulo. A maioria dos caminhões estacionados no canteiro central e nas vias da Esplanada traz a identificação delas.

O trânsito segue bloqueado e, até o começo da tarde desta quarta-feira (8), havia uma grande quantidade de manifestantes bolsonaristas em frente aos ministérios.

O clima é de hostilidade a jornalistas e aos policiais militares que fazem a barreira que impede o acesso ao STF e ao Congresso.

Diferentemente desta terça (7), esta quarta é um dia útil para o STF, com votação marcada para o plenário.

Os ministros retomam a votação sobre a tese do marco temporal para demarcação de terras indígenas. A tese, que altera diretamente os critérios para demarcação, com prejuízos a populações tradicionais, é encampada pelo governo Bolsonaro e pela bancada ruralista no Congresso.

O Supremo é o principal alvo de Bolsonaro e de seus apoiadores que compareceram às manifestações em Brasília, no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Os manifestantes que seguem em Brasília, a bordo de caminhões, falam abertamente em invasão ao STF, em fechamento da Suprema Corte e em prisão dos ministros, dando sequência ao discurso golpista de Bolsonaro.

Uma fileira de caminhões foi disposta rente à grade que isola o Congresso de ponta a ponta. Buzinaços são feitos o tempo todo. Manifestantes pressionam a PM pela liberação da via de acesso a STF e Congresso.

*As informações são da Folha

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Na véspera de manifestações, Moraes faz série diligências no inquérito que apura atos antidemocráticos

Às vésperas das manifestações programadas em apoio ao presidente Jair Bolsonaro no 7 de setembro, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu andamento a diligências no âmbito do inquérito que apura atos antidemocráticos. Apenas nesta segunda-feira, foram cumpridas uma prisão preventiva, busca e apreensão contra suspeitos de financiar as movimentações antidemocráticas e o bloqueio das contas em redes sociais do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio.

As ofensivas contra organizadores, incentivadores e financiadores de atos antidemocráticos nas manifestações desta terça começaram na última semana, com o cumprimento de ordens de prisão contra o blogueiro Wellington Macedo e o caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, o Zé Trovão. Nesta segunda, conforme contou a colunista Bela Megale, mais um mandado de prisão foi expedido, desta vez contra o bolsonarista Márcio Giovani Nique, conhecido nas redes como “professor Marcinho”.

Atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), Moraes autorizou a prisão preventiva de Marcinho, em Santa Catarina, após afirmar á alguns dias em uma live nas redes sociais que “um empresário grande está oferecendo uma grana federal que vai sair pela cabeça (do ministro do STF) Alexandre de Moraes, vivo ou morto”. Ele também afirmou que existe um agrupamento no Brasil e em outros países que irá caçar “ministro (do STF) onde quer que eles estejam”.

Outro alvo de Moraes nesta segunda foi o blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, que teve suas contas em redes sociais bloqueadas sob suspeita de incentivar os atos antidemocráticos nesta terça-feira. No seu perfil do Twitter, Eustáquio vinha divulgando declarações do caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, o Zé Trovão, que tem articulado um movimento para pedir o impeachment dos ministros do STF no dia 7. O blogueiro chegou a realizar transmissões ao vivo com Zé Trovão, que tem um mandado de prisão em aberto contra ele, já que a Polícia Federal ainda não localizou o bolsonarista.

Em dezembro do último ano, Moraes já havia determinado a prisão preventiva do blogueiro após ele descumprir as restrições de circulação impostas pelo STF enquanto estava em prisão domiciliar. Desde então, Eustáquio é investigado pela participação na organização de protestos que pedem o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo, além de pedidos pela volta do AI-5, o ato institucional que endureceu a ditadura militar.

Ainda na tarde desta segunda-feira, a Polícia Federal também realizou busca e apreensão na sede da Associação dos Produtores de Soja do Estado de Mato Grosso (Aprosoja-MT), em Cuiabá, que também foi alvo de bloqueio de contas bancárias determinado pelo ministro Alexandre de Moraes. O prefeito de Cerro Grande do Sul (RS), Gilmar Alba (PSL), flagrado recentemente com R$ 505 mil em espécie no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, também foi alvo de busca e apreensão na mesma operação.

*Com informações de O Globo

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Ex de Bolsonaro e filho 04 se mudam para mansão de R$ 3,2 milhões em Brasília

Jair Renan Bolsonaro, o filho ’04’ de Jair Bolsonaro, e sua mãe, a advogada Ana Cristina Siqueira Valle, segunda mulher do presidente, são desde junho deste ano os mais novos moradores de uma casa no Lago Sul de Brasília. O imóvel, avaliado em R$ 3,2 milhões, fica a quatro minutos da ponte JK, uma das áreas mais nobres e valorizadas da capital.

A família do presidente alugou a casa de um homem que comprou o imóvel por R$ 2,9 milhões (cerca de R$ 300 mil abaixo do valor avaliado da residência), em 31 de maio, dias antes da mudança de Jair Renan e Ana Cristina. O corretor Geraldo Antônio Machado, dono da casa, vive em uma outra, uma edificação modesta a 30 quilômetros do local, num condomínio em Vicente Pires, região administrativa de classe média no Distrito Federal.

“Eu ia mudar para lá [casa do Lago Sul], mas infelizmente a pessoa declinou do meu negócio aqui [casa onde vive]. Eu tive que, infelizmente, alugar. É um sonho morar no Lago [Sul] né. É bem localizado”, justificou Machado, ao explicar o motivo de alugar a casa.

Por duas vezes, ele disse à coluna que é o proprietário de fato da casa no Lago Sul. A mansão é o único imóvel registrado em nome dele no Distrito Federal. Machado afirmou que possui outros bens, mas sem escritura.

A casa no Lago Sul estava à venda até dias antes da mudança de Ana Cristina e Jair Renan, que ocorreu em meados de junho. A coluna registrou imagens dos dois já vivendo no local no dia 22 daquele mês. Antes disso, eles moravam em um apartamento de 70 metros quadrados que está no nome do presidente Jair Bolsonaro.

A coluna apurou que casas com tamanho próximo à de Ana Cristina estão sendo alugadas na mesma quadra por cerca de R$ 15 mil. A advogada, que é assessora da deputada federal Celina Leão (PP-DF), possui um salário líquido de R$ 6.200. Nem a ex-mulher de Bolsonaro, nem Machado quiseram revelar o valor do aluguel.

O imóvel possui um terreno de 1.200 metros quadrados e cerca de 800 metros quadrados de área construída em dois pisos. Ainda tem quatro suítes. Como comparação, essas características se enquadram no que a Prefeitura de São Paulo define como “categoria F”, as casas de mais alto padrão da cidade. No anúncio de venda, obtido pela coluna, o imóvel é descrito com diversos requintes.

“Quatro suítes, com fino acabamento e todas com closet. Escada em mármore. Suíte master ampla com cerca de 100 m², abre para grande terraço com potencial para jardim, espaço fitness, solarium e outros. Closet amplo na suíte master, com excelentes armários planejados. Banheiro da suíte master com acabamento também elegante e de tamanho avantajado proporcionando conforto e espaço luxuoso. Duas suítes amplas localizadas na parte anterior da casa com amplas varandas que possibilitam vista parcial do Lago”, dizia um trecho do anúncio.

Dono alugou mais barato

“apesar de ter 3 propostas” Machado disse que teve três propostas de locação. No entanto, o corretor também disse que fechou o negócio rapidamente porque tinha pressa.

“A princípio, eu ia pedir um valor alto, mas eu pedi um valor de mercado mesmo para alugar rápido e eu resolver meu problema.”

Machado disse que não queria revelar o valor do aluguel porque é algo “particular”.

“A gente não pode abrir os negócios. Prefiro nem comentar”, afirmou o dono do imóvel. Ele também não quis falar sobre o modo como estão ocorrendo os pagamentos.

A coluna pesquisou os bens no nome de Geraldo Machado e não identificou nenhum outro imóvel no nome dele na região onde ele vive em Vicente Pires e em outros sete cartórios do Distrito Federal. Somente a casa no Lago Sul foi localizada no nome do corretor.

O único cartório que não retornou ainda a pesquisa foi o 5º registro de imóveis, que abrange os imóveis das regiões administrativas do Gama e de Santa Maria.

Machado disse que tem outros imóveis, mas não tem como comprovar a propriedade com escrituras em cartório. Em Vicente Pires, uma parte das residências ainda não tem documentos em tabelionatos, mas apenas a chamada “cessão de direitos”, pois, antigamente, eram terras de zona rural pertencentes à União.

O corretor afirmou que está vendendo esses imóveis, inclusive sua residência, para quitar as despesas com a compra da casa no Lago.

“Eu comprei a casa [no Lago] e aluguei. Infelizmente, eu passei por esse transtorno de não realizar outro negócio que eu fiz. Estou trabalhando para vender a casa [em Vicente Pires] o mais rápido possível, a minha, os meus imóveis.”

Machado diz que espera poder ir morar no local daqui um ano.

*A reportagem é de Juliana Dal Piva/Uo

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Vídeo: Um exemplo que serve como um tapa na cara das elites do mundo que produzem a fome e a miséria

A linda e comovente lição de uma criança com a fome e a miséria que assolam muitos países. É emocionante!

O que mais encanta, mas também assusta é uma criança com essa idade disposta a lutar pela desigualdade no planeta, porque, segundo ela própria “o coração fica partido”.

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Sócia de fábrica de ivermectina sacou R$ 937 mil em espécie, aponta Coaf

Irmã e sócia do empresário que faturou 29 vezes mais com a venda de ivermectina durante a pandemia do coronavírus, a empresária Ildelita Alves Jorge Warde fez 274 saques em espécie de abril de 2019 até abril deste ano. Isso indica uma retirada de dinheiro vivo a cada três dias. As operações somaram R$ 937 mil e foram detectadas pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

O órgão auxilia investigadores em ações para combater a lavagem de dinheiro e viu, nas operações de Ildelita, uma tentativa de “burla” à identificação das pessoas que receberiam os valores.

Ildelita é irmã de José Alves Filho, dono do laboratório Vitamedic Indústria Farmacêutica. Ela é sócia dele também em outras três empresas. O laboratório faz pagamentos a ela, assim como as outras empresas ligadas a Alves Filho.

Procurado pela reportagem, o diretor jurídico do laboratório, Luiz Antônio Faria, mandou uma funcionária informar que ele não teria nada a falar com a reportagem. Não houve resposta aos questionamentos.

A empresa com sede em Anápolis (GO) pertencia a uma “laranja” do contraventor Carlinhos Cachoeira, segundo a PF (Polícia Federal). A fábrica aumentou seu faturamento em 29 vezes vendendo ivermectina, medicamento sem eficácia contra a covid-19.

Considerando apenas o remédio, as vendas subiram de R$ 15,7 milhões para R$ 470 milhões, entre 2019 e 2020, de acordo com o depoimento um de seus diretores, Jailton Batista, à CPI da Covid. A quantidade de caixas do remédio, com dois ou quatro comprimidos saltou de 5,6 milhões em 2019 para 75 milhões no ano passado. Neste ano, foram mais 36 milhões de unidades.

Documentos do Coaf enviados à comissão de inquérito anotam os saques feitos por Ildelita. No período de abril de 2019 a julho do ano passado, foram 235 saques, chegando a mais de R$ 791 mil. De lá até abril deste ano, foram outras 39 retiradas, somando cerca de R$ 145 mil.

O conselho anotou alguns saques com valores abaixo de R$ 10 mil “aparentemente na tentativa de burlar a identificação dos intervenientes”. Só entre março e julho do ano passado, durante a pandemia, Ildelita fez, pelo menos, 20 retiradas de dinheiro vivo. Elas somaram R$ 96 mil.

Os saques em espécie são os principais “sinais amarelos” apontados por investigadores da Polícia Federal e da Procuradoria e por servidores do Coaf para serem analisados se houve alguma tentativa de esconder os reais destinatários dos valores. Ildelita foi procurada para esclarecer o motivo das retiradas. Ela declarou aos agentes que usava os recursos para pagar funcionários. Por isso, o Coaf viu “características de burla” nas operações:

Alegou que os saques em espécie se destinam aos pagamentos dos funcionários de sua residência. Diante das informações supracitadas, não podemos desconsiderar a movimentação havida em conta incompatível com a renda declarada, realização de saques em espécie com características de burla, dificultando a indicação quanto a destinação dos recursos”.

Empresa patrocinou anúncio de tratamento

A Vitamedic patrocinou anúncio de um suposto tratamento “precoce” para o coronavírus. O nome geralmente é associado ao uso de medicamentos sem comprovação científica para tratar a covid, como a cloroquina e a ivermectina.

O grupo empresarial dá apoio a uma associação de médicos a favor desse tratamento. O UOL revelou que, por causa do patrocínio à iniciativa, a farmacêutica é alvo de ação de R$ 45 milhões.

*Com informações do Uol

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CNJ faz inspeção em gabinetes de sete desembargadores do TJRJ suspeitos de integrar esquema de corrupção

Uma juíza também é alvo da medida determinada pela corregedora nacional de Justiça, Maria Thereza de Assis Moura.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou a realização nesta segunda-feira de uma inspeção extraordinária nos gabinetes de sete desembargadores e de uma juíza do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), suspeitos de integrarem um esquema de corrupção. A fiscalização se estenderá até esta terça-feira.

O procedimento, conhecido como correição, foi autorizado pela ministra Maria Thereza de Assis Moura, corregedora nacional de Justiça. A medida atinge os gabinetes dos desembargadores Adriano Celso Guimarães, Cherubin Helcias Schwartz Junior, Guaraci Campos Vianna, Helda Lima Meireles, José Carlos Maldonado de Carvalho, Marcos Alcino de Azevedo Torres e Mario Guimarães Neto e da juíza Roseli Nalin.

No despacho, a ministra cita matéria do Extra sobre supostas vendas judiciais em favor de empresas do setor de transporte, presentes na delação premiada do ex-presidente da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Rio (Fetranspor), Lélis Teixeira. A fiscalização será feita por um desembargador e três juízes de outros tribunais designados pela corregedora.

Em abril de 2020, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou o afastamento por 90 dias do desembargador Mário Guimarães Neto, alvo da Operação “Voto Vencido”. O desembargador foi acusado na delação premiada de Teixeira de ter recebido R$ 6 milhões, por meio de sua mulher, para atuar em um processo de interesse da Fetranspor.

Em dezembro de 2019, o CNJ já havia afastado cautelarmente o desembargador Guaraci de Campos Vianna sob a suspeita de que o magistrado teria dado liminares que fogem das hipóteses legais e regimentais previstas durante os plantões judiciais.

*Com informações de O Globo

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Malafaia investe ‘dinheiro forte’ e expande império religioso na pandemia

Com custo médio de R$ 1 milhão, igrejas abertas pelo pastor já são o dobro de 2018 e 2019 somados.

Enquanto apresentava a primeira filial de sua Advec (Assembleia de Deus Vitória em Cristo) em Taboão da Serra (na Grande São Paulo), no dia 22 de julho, Silas Malafaia antecipava o que esperar de outro lançamento marcado para dali a dois dias, em outra cidade paulista.

O templo de Sorocaba, dizia o pastor carioca, ficava na “casa de festas mais top de Sorocaba”. Era uma vez uma casa de festas, porque a antiga sede da Soriá Eventos, que abrigou o Saúde e Bem-Estar com Óleos Essenciais e outros 3.628 eventos corporativos, mais uma penca de casamentos e festas de debutante, virou igreja.

Mais uma da safra Advec, que neste um ano e meio da pandemia da Covid-19 inaugurou o dobro dos nove espaços abertos em 2018 e 2019 somados. Ao menos outras três estão previstas para abrir até o fim do ano, fora a ampliação de outras que já existem.

Um investimento que, como o próprio contou aos fiéis em Taboão da Serra, demanda “dindim forte”, porque ele não quer “fazer coisa esculhambada para Deus”. Malafaia calcula gastar uma média de R$ 1 milhão por inauguração, tendo inclusive reaproveitado templos de outras igrejas que encerraram as atividades durante a crise sanitária. Ou seja, só em 2020 e 2021, seriam mais de R$ 20 milhões em jogo.

“Não vou dizer todos para não pensarem que eu me acho a última Coca-Cola do deserto, mas a maioria dos pastores pararam e devolveram propriedades”, diz. Os pastores que mais penaram com a perda de receitas de março de 2020 para cá, diz, são os que não tinham a cultura de ofertas eletrônicas.

“Nossa expansão se deu pelo medo de muitos. E também, não vou aqui dar uma de falso humilde, a gente tem credibilidade. Tenho uma rede social [somando Instagram, Facebook e Twitter] com mais de 8 milhões de pessoas.” É também um dos pastores mais alinhados ao presidente Jair Bolsonaro.

A fama do pastor vem dos tempos de televangelista (foi um dos pioneiros na TV) e, hoje em dia, sobretudo das redes sociais.

O “dindim forte” precisa vir de algum lugar. A sede da Advec, na zona norte do Rio de Janeiro, tem 120 máquinas para passar cartão de crédito ou débito, já largamente usadas por fiéis em vez de dinheiro vivo.

Quando os cultos presenciais estavam vetados, ou mesmo quando foram autorizados mas com capacidade limitada, o repasse virtual de dinheiro já estava consolidado. Durante o período do lockdown, os dízimos (10% dos proventos) e ofertas (quantias dadas espontaneamente) não caíram muito porque, segundo Malafaia, 85% da arrecadação é feita por via eletrônica.

O Pix, modalidade online de transferência que estreou em novembro, já com a pandemia em curso, também ajudou a manter o fluxo financeiro.

A abertura de novas igrejas, a maioria no interior de São Paulo e do Rio, é uma amostra bem-sucedida do império religioso de Malafaia. Há outras menos exitosas. Em 2019, a Central Gospel, empresa de Malafaia e sua esposa, a também pastora Elizete, entrou com um pedido de recuperação judicial no valor de quase R$ 16 milhões.

Na época, ele culpou a crise financeira “causada pelo PT” pela situação. Diz agora que fechou acordo com os credores e “vai quitar [o que deve] e sair disso, se Deus quiser”.

Para abastecer o caixa para novos templos, o pastor conta que três vezes por ano, “geralmente em abril, agosto e dezembro”, promove uma campanha de recursos extras para as obras.

Malafaia diz que as pessoas entregam seu dinheiro porque sabem aonde ele vai parar. “Esse negócio [de falar] que evangélico é um monte de babaca que faz o que pastor manda… A igreja hoje tem todas as classes sociais. Tenho pobre, classe média, rico, professor universitário, semianalfabeto”, afirma.

Dificilmente ergue um prédio do zero. A praxe é alugar imóveis e reformá-los para que eles acomodem uma Advec. “O que gasto numa igreja, com todo o respeito, dava para fazer umas quatro da Mundial, umas quatro da Universal”, afirma Malafaia, citando duas concorrentes de linhagem neopentecostal, a Igreja Mundial do Poder de Deus e a Igreja Universal do Reino de Deus.

“Se eu fizesse igreja nesse sistema da Mundial, ‘tem lá uma salinha do pastor, uma da tesouraria e acabou’… Ah, minha filha, eu teria aberto umas 500, 600 igrejas.”

Abriu algumas dezenas, de médio a grande porte. A Advec existe desde 1959, mas sua expansão começou pra valer quando Malafaia chegou à liderança, posto herdado do sogro, o pastor José Santos, morto em 2010. A marca evangélica conta hoje com 150 templos, 2% dos 8.000 que ele diz querer abrir no Brasil.

Malafaia prefere casas maiores, para pelo menos 400 pessoas. “Naquela época [a do sogro] se fazia igrejas pequenas com cadeira de plástico, ventilador, som de quinta categoria. Cheguei com ar condicionado, telas de Led, som importado. Isso é muito dinheiro.”

Como disse naquela noite em Taboão, a ideia é povoar o Brasil com as “noivas de Cristo”, uma definição teológica para as igrejas, suas “agências do céu na Terra”. Haja dindim.

*Anna Virginia Balloussier/Folha

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Vídeo – Wassef: “Fui agredido por ser advogado do presidente”

Em vídeo divulgado nas redes, Frederick compara a sua facada com a de Bolsonaro e afirma que foi vítima de um atentado.

Após deixar a delegacia, o advogado da Família Bolsonaro declarou que foi vítima de um atentado. “Eu sofri uma tentativa de homicídio a faca, assim como fizeram com o presidente Bolsonaro e tentaram esfaqueá-lo na barriga, tentaram me esfaquear hoje”.

Na sequência, o advogado da família Bolsonaro nega as acusações de que tenha assediado uma mulher.

“Tudo está filmado no circuito de segurança do restaurante, o restaurante inteiro é testemunha. Fui agredido pelo simples fato de ser advogado do presidente e da família Bolsonaro”.

Após negar o assédio, Wassef afirma que a mulher que o agrediu – relatos anteriores dão conta de que o marido dela o perseguiu com faca – é “esquerdista”.

“Uma senhora de mais de 60 anos de idade que disse que odeia o presidente, que odeia o presidente Bolsonaro, uma esquerdista, uma pessoa de esquerda está me atacando por eu exercer a minha função”, disse.

Por fim, o advogado afirma que é vítima de uma campanha difamatória. “Estou denunciando isso ao Brasil: estou sofrendo uma campanha de massacre midiático, onde estão jogando a população contra mim. Quase eu perdi a minha hoje, tive que correr e fugir”.

Wassef é perseguido por homem armado com faca

O advogado do presidente Bolsonaro, Frederick Wassef assediou uma mulher em um restaurante na QI 11, do Lago Sul, área nobre de Brasília, na tarde deste sábado (21) e acabou sendo perseguido pelo marido que estava armado com uma faca.

De acordo com informações do Metrópoles, Wassef fugiu correndo do marido que o ameaçava com uma faca. A Polícia Militar foi acionada e saiu em perseguição do homem que perseguia o advogado.

Policiais do 10º DP foram ao local em busca de registros da briga, tais como imagens de câmeras e depoimentos de testemunhas da briga.

O advogado Wasssef e o homem, que ainda não foi identificado, estão no DP prestando depoimento.

*Com informações da Forum

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Moraes é o relator da notícia-crime contra Aras por crime de prevaricação

O ministro Alexandre de Moraes será o relator da notícia-crime apresentada ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra o procurador-geral da República, Augusto Aras, por suposto crime de prevaricação. O pedido de investigação é de autoria dos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Fabiano Contarato (Rede-ES), que sustentam que Aras é omisso diante do que chamam de ‘crimes e arbitrariedades’ do presidente Jair Bolsonaro.

A notícia-crime foi inicialmente dirigida ao gabinete da ministra Cármen Lúcia, mas depois reencaminhada pelo presidente da corte máxima, Luiz Fux, ao gabinete de Alexandre de Moraes, por prevenção. Tal redistribuição se dá quando há, sob a relatoria de determinado magistrado, um caso que tem relação com o processo em questão.

“Os fatos alegados na petição inicial relacionam-se com o objeto de diversos processos em trâmite perante o Supremo Tribunal Federal, o mais antigo deles sob relatoria do Ministro Alexandre de Moraes (Inquérito n. 4828). Com fulcro no artigo 75 do Código de Processo Penal, segundo o qual ‘a precedência da distribuição fixará a competência quando, na mesma circunscrição judiciária, houver mais de um juiz igualmente competente’, redistribuam-se os autos ao Ministro Alexandre de Moraes”, registrou o despacho de Fux, publicado nesta sexta-feira, 20.

Na notícia-crime apresentada ao STF, Vieira e Contarato sustentam que Aras ‘permaneceu inerte’ diante das acusações feitas, sem provas, por Bolsonaro sobre a segurança das urnas eletrônicas. “O comportamento desidioso do Procurador-Geral da República fica evidente não só pelas suas omissões, mas também pelas suas ações que contribuíram para o enfraquecimento do regime democrático brasileiro, do sistema eleitoral pátrio e para o agravamento dos impactos da covid-19 no Brasil”, diz a peça.

*Com informações do Uol

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Zeca Pagodinho recebe alta e recomenda, vacinem-se!

Depois de seis dias internado para tratar sintomas da Covid-19, Zeca Pagodinho, de 62 anos, recebeu alta nesta quinta-feira, dia 19, no Rio de Janeiro.

Na saída do hospital, Zeca posou com a equipe médica, carregando cartazes: “Eu venci a Covid-19”.Fontes ligadas ao EXTRA explicam que o sambista saiu acompanhado do motorista e foi logo para Xerém, sua terra natal.

“Estou indo embora, terminar o tratamento em casa. Se cuidem, vacinem-se”, disse o sambista.

O artista, que foi vacinado com as duas doses contra a doença, teve sintomas leves e reagiu bem ao tratamento. Tanto é que apareceu cantando para a equipe médica em um dos vídeos divulgados.

Assista:

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